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Carolina Ferraz & Valentina Cohen: "É maravilhosa essa jornada de empreender ao lado da minha mãe"

No Correio B+ desta semana, conversamos com mãe e filha, então o Caderno está ainda mais gostoso de ler e curtir

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“É maravilhosa essa jornada de empreender ao lado da minha mãe”

Na época em que eu era “noveleira”, lá na década de 90, eu parava tudo que estava fazendo para ver a atriz Carolina Ferraz na televisão. 

Sendo mais precisa, tudo começou quando ela fez PANTANAL do autor Benedito Ruy Barbosa na extinta TV Manchete.

Infelizmente Carolina fez somente a primeira fase da novela, mas desde então acompanhei todos os outros trabalhos em que ela estava.

Seus personagens na TV marcaram época e lançaram tendência.  

E tenho a certeza que isso não aconteceu só comigo, porque até hoje Carolina é referência quando falamos sobre moda, beleza, estilo e elegância.

“Fico muito feliz de ser uma referência de estilo, beleza, elegância… Eu fico realmente super feliz! Acho que é uma deferência, eu sou uma artista que tem um posicionamento talvez um pouco particular”, explica.

Carolina Ferraz é apresentadora, atriz, empresária, produtora, cozinheira e mãe de duas meninas: Valentina e Isabel. 

Carol saiu de Goiânia aos 15 anos de idade, foi modelo e logo depois ganhou destaque na TV e nos palcos. 

Em 35 anos de carreira, conta com mais de 60 obras em sua trajetória de muito sucesso como protagonista de novelas, programas de tv, peças de teatro, filmes e séries que marcaram a televisão no Brasil. 

Atualmente ela apresenta o Domingo Espetacular na Record TV, uma das maiores audiências da emissora.

Carolina já lançou três livros e também apresentou por longas temporadas o programa de culinária ‘Receitas da Carolina’, mais um grande sucesso em sua carreira e do canal GNT.

Foram tantos remakes e personagens marcantes como: a Milena da novela Por Amor, a Lucinha de Pecado Capital, a Paula Moretti de História de Amor... Em sua carreira, autores e diretores incríveis com quem trabalhou, aprendeu e trocou.

“Sou muito feliz pela trajetória que construí na dramaturgia, mas hoje o meu foco é a minha carreira como comunicadora e também na solidificação da minha primeira empresa, a Cimples”, ressalta.

Em seu novo projeto, quem empreende ao seu lado é sua filha Valentina Cohen de 24 anos.

“Somos mais fortes juntas! Então, não vi outra opção a não ser embarcar nessa jornada maravilhosa que é empreender ao lado dela”, destaca.

A CIMPLES by Carolina Ferraz é uma marca de home & lifestyle, criada pela atriz e sua filha Valentina, que traz um portfólio de produtos exclusivos, com estilo moderno, autêntico e acolhedor. 

A marca apresenta uma combinação entre a elegância e a simplicidade com coleções de louças, tábuas, temperos, homewear, entre outros. 

Todas as peças possuem design exclusivo, criado, desenhado e desenvolvido pela Carolina, transformando lares em ambientes ainda mais afetivos, calorosos e coloridos.

No Correio B+ desta semana, conversamos com mãe e filha, então o Caderno está ainda mais gostoso de ler e curtir.

Abaixo a entrevista na íntegra com essas duas mulheres lindas, fortes, talentosas, inspiradoras sendo elas mãe e filha.

Carolina Ferraz e Valentina Cohen são as Capas do B+ aqui no nosso espaço esta semana...

CE - Sua carreira artística começou como modelo, ainda jovem e logo depois você já iniciou na TV Manchete. Como foram esses processos?

CF - Todas as carreiras que são duradouras e tem êxito como artistas no Brasil atravessam várias fases, a minha não é uma exceção, né? 

Basta dizer que sobreviver tantos anos no meio artístico, já é, por si só, um efeito bastante relevante. 

Eu me considero uma pessoa que fez a sua parte dentro da história da dramaturgia da televisão brasileira, construí uma carreira sólida, porém, eu tenho várias habilidades diferentes e pude ao longo da minha carreira experimentá-las, isso talvez faça de mim uma artista com mais recursos para vivenciar, dar asas à minha imaginação e para me desafiar também em novas aventuras, em novos braços da minha carreira que talvez antes eu não pensasse. 

Por isso, estou muito feliz com esse momento onde eu trabalho não só como apresentadora na TV, que é algo que sempre gostei e sonhei, tanto que comecei minha carreira na TV apresentando, mas além disso tudo, agora, eu também sou a criadora do meu próprio conteúdo em todas as minhas plataformas, o que me rejuvenesce e me conecta com o momento atual de uma maneira bastante energética, dinâmica e muito desafiadora.

CE - O teatro foi em paralelo a tudo isso?

CF - O teatro faz parte do exercício do ator. O ator tem várias musculaturas, é como um instrumento de cordas, existem várias cordas que compõem a sonoridade daquele instrumento quando ele é completo, e você tem vontade de exercitar todos esses músculos, né?! 

O teatro é um deles e acho que todo ator no Brasil que tem projetos, que tem anseios próprios, expectativas em relação a própria carreira, inevitavelmente tem que se produzir, tem que tentar realizar esses sonhos e projetos. 

Então, em todas as peças de teatro que fiz, acabei por acaso mesmo, sendo a produtora dos espetáculos, o que foi uma experiência muito transformadora. 

O teatro realmente é algo maravilhoso!

CE - Você fez Pantanal na década de 90, um grande sucesso da TV. Como foi fazer esse trabalho e o que significou pra você, pois a novela foi um sucesso na época ganhando agora um remake.

CF - Pantanal foi feito 1989, como faz tempo! 

Eu acho que esse processo na verdade significou uma libertação ao mesmo tempo, era o meu primeiro trabalho como atriz, eu nunca tinha feito absolutamente nada antes, e acho que a minha inexperiência, a minha ingenuidade, a minha espontaneidade, a minha naturalidade que só a inexperiência dá, fez com que eu tivesse um desempenho muito bom! 

Acabei ganhando prêmios com essa minha atuação em Pantanal, e num momento libertário, onde a novela mudou a linguagem, foi realmente uma conspiração do Cosmos, e aquela novela aconteceu em um lugar onde a natureza de fato era a protagonista. 

Era muito legal estar ali, participar daquilo, conviver com aquela realidade e com um grande autor que é o Benedito Ruy Barbosa, então foi uma experiência muito boa sob todos os aspectos.

CE - Você fez novelas e minisséries com papéis de grande destaque, principalmente as novelas do Manoel Carlos. Como foi essa época pra você? Momentos marcantes.

CF - Eu fiz novelas até o final de 2017, eu adoro atuar, sou uma atriz e esse é meu ofício! Eu tive oportunidade de trabalhar como protagonista com grandes autores: 

Glória Perez, Manoel Carlos, Alcides Nogueira, Daniel Ortiz, Gilberto Braga… Sempre foi um prazer trabalhar com diversos autores, eu nunca fui uma atriz de um único autor e nem de um único diretor, sempre fui aquela atriz que transitou em todos os nichos, em todos os núcleos com todas as pessoas e isso me enriqueceu muito!

Eu tive oportunidade de conhecer várias linguagens, métodos e processos de trabalho, e fico muito feliz de ver que várias das novelas que eu fiz ganharam remake, eu acho isso muito bacana e fico super contente.

CE - Carolina, você sempre foi referência de moda, beleza e muita elegância. As pessoas adoram. Como você recebe tudo isso até os tempos atuais?

CF - Fico muito feliz de ser uma referência de estilo, beleza, elegância… Eu fico realmente super feliz! Acho que é uma deferência, eu sou uma artista que tem um posicionamento talvez um pouco particular. 

Eu fico muito feliz quando alguém me dá um presente, quando alguém me faz um elogio, porque eu não entendo como uma obrigação do outro fazer nada para me agradar, sabe?! 

Então quando algo gentil vem do outro em minha direção, sempre é um motivo de alegria, eu entendo isso claramente como uma deferência e isso evidentemente me deixa muito feliz. 

Eu agradeço porque, veja, eu sou uma mulher que já passou dos 50 e ainda ser considerada uma referência de estilo e de beleza, realmente é uma deferência, é um sinal de que realmente os tempos também estão mudando, e que cada momento da vida pode e deve ser vivido à sua maneira.

CE - Saudades da Milena em POR AMOR? As pessoas não esquecem até hoje essa personagem, né? E você? E a Lucinha? No remake de Pecado Capital?

CF - Eu adoro todas as personagens! Adoro a Milena, ela era uma heroína muito bem resolvida. 

Era feliz e não tinha trauma, porque os clássicos das novelas têm uma métrica: o casal se conhece, se apaixona, se envolve aí o casal briga, passa a novela inteira brigados e só se acertam no final, a Milena e o Nando não! Eles se conheceram, se apaixonaram, namoraram… 

Eles eram felizes e tá tudo certo, estava tão certo que o Maneco precisou prender o Du Moscovis na cadeia por uns dois meses para poder continuar com a história (risos), porque era uma coisa muito subversiva, uma heroína romântica que era independente, que ganhava dinheiro, que era moderna, feliz no amor! Então foi uma delícia ter a oportunidade de ter um autor que me proporcionasse isso. 

Eu adorei fazer a Lucinha também, que honra interpretar um remake de uma novela que foi da Janete Clair, reescrita pela Glória Perez, um personagem que foi feito pela Betty Faria… 

Eu tive a oportunidade de interpretar grandes remakes, como por exemplo, 

O Astro, foi sensacional fazer a Amanda, que foi interpretada pela Dina Sfat. 

Fiquei tão feliz com as críticas, quando as pessoas elogiam o ator é tão bom, tão maravilhoso você perceber que o seu esforço e dedicação estão sendo reconhecidos, né?! 

Porque eu não trabalho para ser famosa, nunca trabalhei para ser famosa, acho que a fama faz parte do processo do meu trabalho, eu trabalho para ter prestígio, pra ter respeito dos meus pares, dos meus colegas, eu sinto prazer em estar com pessoas que eu gosto, admiro, respeito e que eu sinto que sente o mesmo por mim. 

O trabalho da atuação não existe só, ele depende do outro, então eu tive oportunidade de viver realmente momentos muito felizes na minha carreira.

CE - Você também já produziu para a TV, né?

CF - Eu também já produzi para televisão a cabo há muitos anos, eu tinha 28 anos e fiz uma série documental chamada 

A Mulher Invisível para o canal GNT, acho que foi a primeira produção do GNT sob encomenda e foi uma série de entrevistas sobre a situação da mulher contemporânea, e deu tão certo que depois do programa acabou virando uma série, foram feitos acho que 26 programas, foi uma experiência maravilhosa, foi muito legal entender e abordar o universo da mulher moderna… 

Você vê, tanto tempo se passou e tantas questões ainda infelizmente continuam a fazer parte desse universo, a relação da mulher com o trabalho, como uma mulher consegue administrar a maternidade, a carreira, o amor e ao mesmo tempo se realizar nas outras frentes, então foi bem interessante e foi muito nova que eu comecei a produzir, foi muito bacana também a maneira como foi bem recebido o projeto, eu fiquei muito contente.

CE - Carolina, entre todos os seus anos na TV, sua trajetória é sólida, de grandes sucessos, com personagens marcantes que o público não esquece, e entre todos esses trabalhos permearam o teatro e o cinema em alguns momentos, onde viveu inclusive a travesti Glória. Como foi essa construção de personagem?

CF - Foi um projeto que eu batalhei para produzir durante nove anos, eu quando recebi esse roteiro me apaixonei e por essa personagem particularmente, e tive uma grande preocupação durante todo o tempo em fazer um personagem que fosse um ser humano. 

Eu conversei com todas as pessoas que eu pude, me informei, fiz pesquisa, porque eu entendo a questão do gênero, respeito a questão do gênero, eu ser uma atriz cis e estar interpretando uma travesti, eu entendo as questões, mas eu realmente fiz um trabalho muito profundo com a maior intenção de construir uma coisa humana, um personagem que não fosse caricato, um personagem que tivesse um extremo respeito pela história, pela trajetória daquele ser humano chamado Glória. 

Então eu fui muito feliz nesse processo de construção, me senti abraçada por todo mundo que me acompanhou nesse processo, e foi uma luta! 

Eu ouvi muito durante o tempo em que batalhei para produzir esse filme, vários executivos do mundo corporativo me diziam “você não devia fazer esse filme, vai destruir a sua carreira” e imagina, eu fui indicada ao prêmio de melhor atriz na Academia Brasileira de Cinema, com o primeiro filme que eu produzi, olha que coisa bacana! Então fiquei muito feliz mesmo.

CE - Sente saudades de estar nas novelas e nos palcos?

CF - Sou muito feliz pela trajetória que construí na dramaturgia, mas hoje o meu foco é a minha carreira como comunicadora e também na solidificação da minha primeira empresa, a Cimples. 

O que eu gostaria mesmo de poder fazer algum dia é uma minissérie, fazer mais cinema, atuar no teatro, quem sabe...

 

CE - Das novelas para a gastronomia. Como foi? E também estrear na TV com um programa de culinária? Receitas de Carolina e Tá na Mesa no GNT?

CF - O programa foi um super sucesso, foram cinco temporadas, eu fiquei muito feliz com a repercussão, acho que me humanizou muito também, foi muito importante ao longo da minha carreira, eu fazia com uma alegria e acho que as pessoas viam isso. 

E isso foi muito bom para mim, então foi uma experiência maravilhosa… 

E depois o resto da história, né?! Já lancei mais dois livros, hoje em dia eu estudo no Le Cordon Bleu, porque decidi investigar mais a fundo, descobrir mais técnicas e me apropriar mais desse universo, então a coisa tem tomado um caminho muito natural. 

Eu amo a gastronomia!

CE - Como surgiu a ideia dos livros e suas inspirações?

CF - Na verdade eu sempre cozinhei, a minha mãe cozinhou e eu aprendi a cozinhar com a minha mãe, e inúmeras vezes eu saía dos estúdios gravando uma novela, 8 horas da noite, para casa de uma amiga, fazia um jantar para várias pessoas, eu sempre gostei de cozinhar. 

O primeiro livro que eu fiz, saiu há nove anos, na verdade surgiu de tantos amigos pedirem “você tem que fazer um livro!” e eu acabei fazendo o livro e foi um grande sucesso. Foi em função do livro que surgiu o convite para que eu fosse fazer um programa de culinária, e durante 3 anos eu recusei, me sentia uma impostora porque eu sou uma cozinheira, né?! 

Eu não sou uma chef de cozinha, e depois eu acabei me entregando e foi uma das melhores coisas!

CE - Você já apresentou programas jornalísticos e também de entretenimento. Hoje no Domingo Espetacular como é a experiência e diferença de outros que fez?

CF -No Domingo Espetacular eu tenho a preocupação de não me comportar como uma jornalista, porque eu não tenho formação jornalística, eu sou uma atriz que gosta de apresentar e que tenta fazer da melhor forma possível, acho até modestamente que estou fazendo bem, mas eu tento me comportar como uma pessoa interessada que está me contando uma história para quem está assistindo, está envolvido de uma ou de outra maneira e fico muito feliz. 

Eu adoro ir para lá e apresentar o programa. 

Fui muito bem recebida na Record TV, me acolheram muito bem, o programa graças a Deus é um sucesso, se tornou a segunda audiência do horário nas noites de domingo e isso me deixa muito feliz.

CE - Você produz para o Youtube?

CF - Eu produzo para o meu canal do YouTube, mas ele está meio parado agora por conta da pandemia. 

Nesses últimos tempos estava difícil reunir a equipe, agrupar com as pessoas, então eu preferi ficar me protegendo, manter o isolamento mesmo e fazer uma pausa.

CE - Quais os seus planos com a gastronomia?

CF - Os meus planos com a gastronomia existem na exata proporção em que eu gosto de comer e cozinhar para as pessoas. 

Eu pretendo seguir, me formar no Le Cordon Bleu, e não sei exatamente, mas eu não penso em montar um restaurante, pelo menos nunca passou pela minha cabeça, eu quero dividir com as pessoas as técnicas que eu aprender, poder passar isso para as pessoas.

CE- Como surgiu a sua primeira empresa, a Cimples?

CF - A Cimples nasceu de um sonho antigo. Anos atrás, eu criei, junto de uma amiga, um site de decoração, mas, com as gravações e outros compromissos do dia a dia, não conseguia focar 100% no negócio. Com a pandemia, a Valentina voltou para o Brasil e, juntas, conseguimos colocar em prática nosso desejo de empreender e ter uma marca de home & lifestyle, já que sempre tivemos uma conexão muito grande com o lar.

CE - Qual o diferencial e inspiração da marca?

CEF - Nós somos uma marca versátil, que possui um portfólio que oferece muita variedade para as pessoas. 

Nós auxiliamos os amantes da mesa posta a servir um café da manhã, almoço ou jantar com itens 100% brasileiros, que criam conexões entre anfitriões e convidados, tornando qualquer ambiente mais aconchegante e cheio de charme. 

Nosso objetivo é trazer para o mercado produtos autênticos e práticos, sem perder a elegância e a simplicidade.

CE - A Valentina está com você desde o início?

CF - Sim! A Cimples nasceu de uma vontade nossa, e nada disso teria acontecido sem o apoio, determinação e eficiência da Valentina. Com a pandemia, nós tivemos a oportunidade de mergulhar nesse projeto e de unir nossas formações e vivências.

CE - Ela gosta de cozinhar junto com você?

CF - Sim! Nós somos caseiras e adoramos reunir nossos amigos em volta da mesa. 

A Valentina morou muitos anos fora do Brasil e conheceu muitas pessoas de diferentes nacionalidades. Ela sempre comenta como gostava de entender a cultura e os costumes dos amigos através da comida.

CE - Como é trabalhar com a sua filha?

CF - É muito bom! Nossas diferenças se complementam e temos uma ótima sinergia. Com a Cimples. 

Nós conseguimos unir nossos pontos de vista, ideias e know-how para criar uma marca completa. 

E a intimidade que temos é ótima. Posso delegar e me sentir confortável com isso. Sei que posso contar com a sinceridade total da Valentina no nosso dia a dia, e isso é muito positivo para o negócio.

CE - Quais os próximos lançamentos e novidades?

CF - Nós temos nove lançamentos previstos para esse ano. Em março, vamos lançar uma linha de temperos e depois teremos como novidades tábuas de mármore, homewear, coleções de louças, entre outros itens.

Aproveitamos o papo gostoso e descontraído com a Carolina, e falamos um pouco com a Valentina, sua filha e sócia que nos contou um pouco da sua relação com a mãe e seus planos junto a Cimples...

CE - O que você mais admira na Carolina Ferraz, como mãe e claro, como profissional?

VC - Tanto como mãe quanto como profissional, a Carolina me inspira diariamente. 

Ela está sempre em constante busca em se aprimorar e modernizar, sem deixar de ser fiel aos seus princípios. 

Mas, uma ferramenta que a minha mãe me ensinou desde pequena, que eu acredito que a torne uma mãe e profissional impecável é a sua inteligência emocional, isso é uma coisa que sou muito grata por ter sido apresentada desde o dia 1. 

A inteligência emocional é uma ferramenta que torna o ser humano mais preparado para lidar com qualquer tipo de empecilho que venha a percorrer o seu caminho. Te torna mais capaz de ser um “problem solver” em qualquer que seja a área de desconforto.

CE - Fale um pouco sobre você Valentina, e também o que a te motivou a criar essa marca ao lado de sua mãe?

VC - Sou muito grata pela criação que tive e pelas oportunidades que me foram dadas. A minha mãe, a Carolina Ferraz, sempre me proporcionou um ambiente seguro e estável para que eu me desenvolvesse e crescesse. Sempre fomos muito unidas, eu e ela, ela e eu. 

Mas, quando escolhi ir morar fora do país em um internato aos 14 anos, foi a primeira grande decisão que fiz por mim e para mim. 

E isso mudou tudo, me proporcionou um espaço só meu para que eu entendesse e escolhesse o que eu queria para mim e meu futuro. 

Durante a minha jornada de 10 anos fora, tive a oportunidade de viver em 3 países diferentes e conviver com pessoas de origens muito diferentes da minha. 

Essa experiência me transformou e me mostrou que aprendizados estão em todos os lugares para os interessados em expandir e aprender com os seus entornos. 

Eu me tornei mais forte, e mais eu mesma do que jamais podia imaginar, mas, sair da sua zona de conforto tem um custo, e sempre soube que essas experiências não teriam valor se eu não tivesse um ambiente tão seguro e meu para voltar e processar todas as informações e estímulos que tinha recebido. 

E por isso aos 24 decidi voltar a morar com a minha família no Brasil, agora uma mulher, com experiências e sabedorias próprias. 

E ao me juntar à minha mãe outra vez, eu me senti mais forte do que nunca. Somos mais fortes juntas! Então, não vi outra opção a não ser embarcar nessa jornada maravilhosa que é empreender ao lado dela.

CE - Quais as suas expectativas para a Cimples?

VC - O crescimento da empresa até pode ser devagar, mas quero que seja constante para atingirmos grandes resultados. Sem pretensões de inventar a pólvora, como diria minha mãe Carolina rs. 

Temos como objetivo criar objetos de altíssima qualidade e design para agregar ao lar de todos, e torná-lo ainda mais nosso e aconchegante.

CE - Por fim, você costuma cozinhar ao lado de Carolina? Qual é aquele prato preferido quando sua mãe cozinha?

VC - Eu amo cozinhar para ela e minha família, sinto que é um ato de compartilhamento de amor e carinho. 

Dizem por aí que a minha especialidade é a bolonhesa, e que realmente é o meu prato preferido desde a minha infância, então sempre me dediquei a aprimorar a minha receita. 

Mas, ultimamente estou em uma fase de experiências com sopas asiáticas, a minha favorita do momento tem sido o sukiyaki.

Agora, quando a Carolina cozinha é outra história. Um outro patamar de sabores e técnicas envolvidas. 

Ela normalmente faz tudo bem, e faz tudo parecer simples e fácil. Mas, o seu arroz de pato para mim leva o prêmio de melhor receita/prato que ela faz com certeza.

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B+: Quer morar nos EUA? Saiba o que mudou após a vitória de Donald Trump

Morar nos Estados Unidos está ainda mais rigoroso. Especialista explica.

08/02/2025 15h30

Morar nos Estados Unidos está ainda mais rigoroso. Especialista explica.

Morar nos Estados Unidos está ainda mais rigoroso. Especialista explica. Foto: Divulgação

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou a Lei Laken Riley, que endurece a prisão e deportação de imigrantes ilegais acusados de crimes. Assim, a legislação permite ao Departamento de Segurança Interna deter imigrantes sem julgamento formal e amplia a lista de crimes que resultam em deportação imediata.

Além disso, uma série de regras de imigração já ficaram mais rígidas, afetando um território que, segundo o Pew Research Center, tem mais de 11 milhões de imigrantes não autorizados. Leonardo Leão CEO da Leao Group - Global e advogado brasileiro, licenciado pela Ordem dos Advogados do Brasil explica:

Sobre a deportação:

A deportação em massa já era uma promessa clara do presidente dos EUA durante a campanha. Ele ressalta que, após a vitória, Trump reafirmou que o foco seria nos imigrantes ilegais com histórico criminal, o que gera preocupação em alguns casos.

Então, se a pessoa está fora do status ou entrou pela fronteira, naquele processo que muita gente conhece como ‘cai, cai’, entregou-se às autoridades e tem histórico de crime cometido em solo americano, realmente deve se preocupar, porque esse será o foco das deportações em massa.

As regras:

Entre as regras de imigração que ficaram mais rígidas estão as que restringem a cidadania por nascimento para filhos de mães em situação irregular e barram a entrada de nacionais de países que não compartilham dados.

Tropas também serão enviadas à fronteira sul e a admissão de refugiados foi suspensa. Gangues como MS-13 e Tren de Aragua serão classificadas como organizações terroristas.

Cidades-santuário enfrentarão sanções, imigrantes irregulares deverão se registrar e benefícios públicos serão bloqueados e a política “Permaneça no México” voltará a vigorar, exigindo que solicitantes de asilo aguardem fora do país.

Novas medidas:

Diante das novas medidas, há necessidade de atenção às regras de asilo. Já é jurisprudência pacificada que o pedido de asilo não dá status legal para ninguém, ainda que tenha sido feito durante estadia legal.

A pessoa chegou como turista, entrou nos Estados Unidos e foi orientada a pedir asilo. Primeiramente, pode ter, já aí, uma pena grande, inclusive de banimento e cassação do visto, se notarem que ela prestou falsas declarações.

O pedido de asilo, ainda que feito dentro dos seis meses de estadia como turista, não dará à pessoa status legal após o vencimento desse período. Então, a recomendação é de que não utilizem o pedido de asilo para ganhar tempo em solo americano, pois serão considerados fora de status do mesmo jeito.

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Cinema B+: Para fãs de House of the Dragon... Como resolver seu principal problema

Há tantas alterações do conteúdo original que a preocupação é válida.

08/02/2025 13h00

Cinema B+: Para fãs de House of the Dragon... Como resolver seu principal problema

Cinema B+: Para fãs de House of the Dragon... Como resolver seu principal problema Foto: Divulgação

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Em um mês as gravações da penúltima temporada de House of the Dragon vão começar e fãs estão tensos com o que deve vir por aí em 2026. Há tantas alterações do conteúdo original que a preocupação é válida.

Faço parte dos chatos puristas quando se fala de House of the Dragon e apoio as críticas de George R. R. Martin às decisões artísticas da série, especialmente na 2ª temporada. 

Houve muitas adaptações com o trecho escolhido – A Dança dos Dragões – desde a aparência de personagens à idade e relações entre eles, coisas que jamais me incomodaram quando vi Game of Thrones antes de começar a ler os livros, mas me pegaram aqui.

Diferentemente de Canção de Gelo e Fogo, Fogo e Sangue é bem direto, seus capítulos funcionam como potenciais séries com início, meio e fim, cheios de controvérsia e maravilhosamente divertidos.

Por isso não me pareciam necessárias as mudanças como a de criar uma rivalidade entre Rhaenyra Targaryen e Alicent Hightower com detalhes diferentes dos das páginas, mas ok, podemos conviver com elas. No entanto, no caminho FALTOU Maelor Targaryen e agora a encruzilhada da série complicou. Tipo: MUITO.

Colocar Alicent e Rhaenyra com a mesma idade já complicou a questão dos filhos da Rainha Verde e Viserys I: eram quatro, só vimos três na 1ª temporada. Só que Daeron Targaryen teria grande importância na guerra civil e todos ficaram confusos quando ele foi virtualmente ignorado.

Problema “resolvido” com duas ou três linhas de diálogo, explicando que a criança cresceu longe de King’s Landing. Podemos engolir. No entanto, Helaena e Aegon II criaram outro impasse. O jovem casal – no livro – teria três filhos: o casal de gêmeos e um caçula, mas, na série, só vimos dois: Jaehaerys e Jaehaera. Maelor foi eliminado da trama.

Martin vociferou sua indignação porque isso não apenas mudou a cena mais antecipada da temporada (a de Sangue e Queijo), como criou um conflito para a 3ª parte da história.

O anúncio de James Norton como Ormund Hightower foi celebrado por confirmar mais uma vez que Daeron entrará na guerra (ainda aguardamos o nome do ator que vai interpretar o príncipe), mas a pior das dúvidas permanece: como vão resolver o problema de Maelor?

Para isso, precisamos discutir os detalhes porque, embora ainda fosse uma criança, o destino de Maelor se tornou uma grande questão política e sua ausência em House of the Dragon sugere que a série está fazendo alguns ajustes importantes na história.

Cinema B+: Para fãs de House of the Dragon... Como resolver seu principal problema                         Cinema B+: Para fãs de House of the Dragon... Como resolver seu principal problema - Divulgação

Por que a ausência de Maelor é um grande problema?

O impacto na história de Helaena Targaryen

A vida de Helaena em Fogo e Sangue foi moldada por uma profunda tragédia pessoal, especialmente por causa de seus filhos e, sem Maelor, muda drasticamente seu arco.

No livro, Helaena sugere entregar Maelor para salvar Jaehaerys, mas, quando o primogênito é assassinado, ela fica devastada pela perda e pela culpa de sua escolha. Eventualmente tira a própria vida por isso, após saber dos detalhes da morte de Maelor que foi mais tarde caçado e morto por multidões furiosas.

Não há como emprestar a parte da história dele para Jaehaera (que vai ter um fim triste também, mas chega à vida adulta e é forçada a se casar com o filho de Rhaenyra, Aegon III). Sem Maelor na série, o arco de Helaena pode ser simplificado, talvez focando apenas na perda de Jaehaerys. Isso pode tornar sua história menos complexa e trágica, perdendo um elemento importante da representação do livro sobre seu sofrimento.

O papel político de Maelor

A Casa Hightower e outros Verdes ainda tinham Maelor como o último herdeiro homem de Aegon II, o que faz dele uma figura política crucial durante e após a guerra. Sua sobrevivência poderia ter alimentado o conflito mesmo após a morte de Rhaenyra. No entanto, Maelor foi morto de forma brutal e caótica.

Enquanto viajava para Oldtown em busca de segurança, ele foi pego por uma multidão. Os habitantes da cidade discutiram sobre seu destino — alguns queriam mandá-lo para os apoiadores de Rhaenyra, enquanto outros o queriam morto. A esposa de um açougueiro finalmente esmagou sua cabeça contra uma parede, matando-o.

Essa morte horrível e violenta simbolizou a destruição do legado dos Verdes e ajudou a solidificar a vitória final da facção Negra. Se Maelor tivesse sobrevivido, ele poderia ter sido um ponto de encontro para os Hightowers e prolongado a guerra civil, mas sua morte definiu o fim da Dança dos Dragões.

Com a morte de Maelor, a única filha restante de Aegon II e Helaena era a Princesa Jaehaera, que eventualmente se casou com o Rei Aegon III (filho de Rhaenyra), um casamento que uniu os dois ramos em guerra da Casa Targaryen, ajudando a estabilizar o reino após a devastadora guerra civil.
Se Maelor tivesse sobrevivido, a situação política poderia ter sido muito mais complicada, possivelmente levando a mais conflitos entre os Verdes e Negros sobreviventes.

Por que a série cortou Maelor?

Ainda é incerta a razão pela qual Ryan Condall excluiu Maelor da narrativa. Se for, como foi dito, para simplificar porque há muitos personagens como está, o drama que muitos consideravam o mais marcante (o arco de Helaena) será condensado e seu declínio, em vez de lento por meio de múltiplas tragédias, se concentrará no assassinato de Jaehaerys.

Por outro lado, ter um ator de prestígio como Ormund Hightower sugere que acompanharemos mais os conflitos que cercaram a morte de Maelor.

Ormund Hightower, Lorde de Oldtown, uma das cidades mais ricas e poderosas de Westeros, foi um dos principais apoiadores de Aegon II e comandou um forte exército pelos Verdes. No entanto, ele foi morto em batalha por Lorde Roddy, o Ruin na Segunda Batalha de Tumbleton. Sua morte enfraqueceu a posição militar dos Verdes, mas a Casa Hightower ainda tinha influência.

Após a morte de Aegon II, a família sobrevivente e os apoiadores de Ormund viram o Príncipe Maelor como a única chance para os Verdes manterem qualquer reivindicação ao trono.

A decisão de enviar Maelor para Oldtown

Depois que Aegon II foi envenenado, os Negros assumiram o controle de Porto Real e por isso os Verdes restantes precisavam proteger Maelor, já que ele ainda era tecnicamente o herdeiro de Aegon II. Eles decidiram mandá-lo para Vilavelha, a sede da Casa Hightower, onde ele estaria sob a proteção da família e dos apoiadores de Ormund.

Se Maelor tivesse chegado a Vilavelha, os Verdes poderiam ter continuado sua resistência sob seu nome, possivelmente até desafiando o governo de Aegon III.

Mas, na viagem, Maelor foi interceptado em Ponteamarga — uma cidade que havia sofrido muito durante a guerra. O povo da cidade estava furioso com os Targaryens porque sua cidade havia sido devastada por ambos os lados durante a guerra e quando os habitantes da cidade souberam que Maelor era o último filho sobrevivente de Aegon II, ficaram divididos sobre o que fazer.

Alguns queriam enviá-lo aos apoiadores de Rhaenyra como prisioneiro e outros queriam matá-lo para evitar qualquer chance dos Verdes retomarem o poder.

No meio da discussão, a esposa de um açougueiro resolveu o problema com as próprias mãos. Ela agarrou Maelor e esmagou sua cabeça contra uma parede, matando-o instantaneamente. Este ato chocante garantiu que nunca haveria um herdeiro homem de Aegon II para desafiar o novo governo Negro. Com a morte do príncipe, os Verdes perderam toda a legitimidade e foram forçados a aceitar Aegon III como rei.

Mas o principal problema de excluir Maelor da trama vão além da derrota dos Verdes. Seu assassinato não foi apenas brutal, mas também profundamente simbólico porque seus traumas mostram como a guerra tinha ido longe demais, levando à morte até de crianças inocentes. 

Mais ainda, todo caos político da transição terá menor peso. Mais ainda, porque com a morte de Maelor, a Casa Hightower perdeu sua última chance de manter influência no Trono de Ferro. Efetivamente, depois, nunca mais alcançou o mesmo prestígio.

Como Martin escreveu em um post agora deletado, “Maelor sozinho significa pouco. Ele é uma criança pequena, não tem uma linha de diálogo, não faz nada de importante além de morrer… mas onde, quando e como, isso importa. Perder Maelor enfraqueceu o final da sequência de Sangue e Queijo, mas também nos custou a cena de Bitterbridge com todo seu horror e heroísmo, minou a motivação para o suicídio de Helaena, e isso por sua vez enviou milhares para as ruas e becos, gritando por justiça para sua rainha ‘assassinada’.

Nada disso é essencial, eu suponho… mas tudo isso serve a um propósito, tudo ajuda a unir as linhas da história, então uma coisa segue a outra de uma maneira lógica e convincente,” ele se queixou.

É possível contar boa uma história que já é sangrenta por si só sem nenhum dos detalhes mencionados, como a MAX alegou defendendo a escolha de Ryan Condall. Mas que é uma pena, ninguém pode discordar.

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