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ESTREIA

Choque de gerações em "Os Roni"

Na terceira temporada, a série mescla nomes em alta da internet com veteranos da tevê

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A internet ganha cada vez mais força e relevância no setor artístico. Não à toa, a “web” tornou-se um celeiro de novas atrações. O Multishow, inclusive, foi um dos primeiros a absorver os nomes que surgiram das redes sociais para sua programação na tevê. Tanto é que a trama de “Os Roni”, é capitaneada por dois fenômenos do humor e das redes sociais: Whindersson Nunes e Tirullipa, que, juntos, contabilizam mais de 55 milhões de seguidores no Instagram. “Cada vez mais essas plataformas estarão integradas. Todos estamos aprendendo e evoluindo para aproveitar e explorar essas possibilidades. O Whindersson começou sozinho na internet. Agora está estudando e evoluindo seus potenciais artísticos. O Tirullipa fez um caminho oposto. Veio do circo para a tevê e tornou-se também mais um fenômeno na internet. No final, estamos falando de talentos naturais que estão se lapidando. E a tevê agradece por esse encontro”, valoriza o diretor César Rodrigues, que também é responsável pela direção do “Vai Que Cola”, um dos maiores sucesso do canal a cabo.

A série narra a trajetória dos irmãos Ronivaldo, Roniclayson e Roniwelinton, vividos por Tirullipa, Whindersson e Carlinhos Maia, o último, no entanto, deixou o elenco na nova leva de episódios. Eles saem do Nordeste para tentar a sorte em São Paulo, acompanhados da avó Dona Santinha, de Ilva Niño. Ao chegarem na capital paulista, eles procuram a ajuda da irmã, que é casada com um cirurgião plástico e mora numa luxuosa mansão. Na terceira temporada, os dois irmãos resolvem virar empreendedores, transformando a casa de Itaquera em uma bodega. “A gente está mais engraçado, o Vadinho (apelido de Ronivaldo) está mais entrosado, mais sem vergonha. O Vadinho e o Clayson (apelido de Roniclayson) já estão mais em sintonia, a gente só se olha e um já sabe o que o outro vai fazer. Ganhamos mais espaço por conta de a bola agora estar sempre com o Clayson e Vadinho. Vai ter muita coisa boa, muita coisa interessante”, adianta Tirullipa.

Apesar da saída de Carlinhos Maia, o elenco não ficou menos numeroso. Rafael Cunha, que interpreta Josebson, é a novidade do “casting” do seriado, que também conta com Raphael Vianna, Falcão, Karla Karenina e Titina Medeiros. Na história, Josebson é funcionário de Jennyfer, papel da influenciadora digital GKay. Como a jovem cresceu na vida e ascendeu nos negócios, ela precisará de alguém para assessorá-la. “Então, chega o meu personagem. Um cara meio ignorante e bruto, que não tem muitos termos. Ele, inclusive, tem até um bordão: ‘perguntou besteira, leva rasteira’. Perguntou besteira, ele dá um fora na hora, sem pestanejar. E tem uma pitada de humor de resenha, ele é meio vigaristão, eu amei fazer esse personagem”, valoriza Rafael.

A equipe de diretores também ganhou um novo nome. Régis Faria, filho do ator e diretor Reginaldo Faria e irmão do ator Marcelo Faria, entrou no seriado através de um convite da dupla César Rodrigues e Christian Machado, que formataram as primeiras duas temporadas. Recém-chegado ao projeto, Régis acredita no poder de identificação da série com o público. “Temos uma família que vem do Nordeste tentar a vida em uma grande metrópole e se depara com as adversidades inerentes a este movimento. As situações que surgem são muito divertidas e trazem em si uma crítica social. O texto é muito bem construído e trabalhado de forma coletiva. Toda a produção é muito bem feita. Estamos todos felizes de fazer este projeto e nossa felicidade imprime na tela. O público capta essa leveza e boa vibração”, elogia.

CUIDANDO DO SONO

Pós-ceia: como equilibrar alimentação e descanso

23/12/2025 10h30

Refeição pesada e tardia prejudica organismo que precisa manter o metabolismo ativo em um momento em que deveria desacelerar

Refeição pesada e tardia prejudica organismo que precisa manter o metabolismo ativo em um momento em que deveria desacelerar Divulgação / Freepik

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Pratos fartos, sobremesas e bebidas alcoólicas fazem parte das ceias de fim de ano, mas as escolhas feitas à mesa influenciam diretamente na qualidade do sono. Alimentos ricos em gordura e carboidratos refinados, além do consumo tardio, estão associados a noites menos reparadoras.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), de 2022, indica que refeições noturnas pesadas aumentam o número de despertares ao longo da noite. Isso ocorre porque o organismo precisa manter o metabolismo ativo em um momento em que deveria desacelerar.

Segundo Sara Giampá, pesquisadora de uma empresa brasileira de biotecnologia especializada em distúrbios do sono, alimentos típicos das ceias exigem mais esforço digestivo e mantêm o corpo em estado de alerta.

“O recomendado é fazer a última refeição até quatro horas antes de deitar, dando preferência a proteínas simples e preparações com pouca gordura”, orienta a pesquisadora.

O tipo de alimento também pesa. Frituras, massas, doces e bebidas gaseificadas favorecem o refluxo quando consumidos à noite, causando desconforto e interrupções no sono. Pratos muito condimentados ou apimentados têm efeito semelhante, elevando a temperatura corporal e dificultando o adormecer.

“O álcool também é um vilão. Apesar de provocar relaxamento inicial, ele interfere no sono REM – fase essencial para a memória e para a recuperação do corpo – tornando o descanso mais superficial”, alerta a especialista.

Dicas para aproveitar a ceia sem prejudicar o sono:

> Controle as porções, especialmente de pratos gordurosos e doces;

Prefira proteínas magras, legumes e preparações assadas;

> Faça a ceia com antecedência, dando um espaço de algumas horas antes de dormir;

> Modere o álcool e intercale com água;

Evite excesso de temperos fortes ou apimentados.

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SAÚDE

Psiquiatra alerta para excessos nas festas, que podem desencadear dependência química

Segundo Relatório Global sobre Álcool e Saúde de 2024, quarenta e um por cento dos adultos relataram episódios de consumo abusivo em interações sociais

23/12/2025 10h00

Festas sim, problemas não: para quem está em tratamento, tem histórico de dependência ou qualquer outra vulnerabilidade, o primeiro gole pode ser a porta de entrada para os estragos na saúde e na vida pessoal, causados pelo vício

Festas sim, problemas não: para quem está em tratamento, tem histórico de dependência ou qualquer outra vulnerabilidade, o primeiro gole pode ser a porta de entrada para os estragos na saúde e na vida pessoal, causados pelo vício Divulgação

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O fim do ano traz uma combinação intensa de celebrações, expectativas emocionais e mudanças de rotina. Relatórios nacionais e internacionais mais recentes, como o Vigitel 2023 do Ministério da Saúde e o Relatório Global sobre Álcool e Saúde 2024 da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que o consumo abusivo de álcool cresce de forma expressiva nesse período, chegando a aumentar até 20 por cento em algumas capitais brasileiras.

O cenário também coincide com maior risco de recaídas entre pessoas em tratamento ou com histórico de dependência.

Para a psiquiatra Aline Sena da Costa Menêzes, que atua em grupo que oferece tratamentos de saúde mental, a vulnerabilidade tende a crescer justamente porque o período ativa estímulos conhecidos e emoções acumuladas.

Ela explica que muitos pacientes que mantiveram estabilidade ao longo do ano podem sentir a pressão do contexto festivo.

As festas, segundo Aline Sena, ampliam a sensação de permissão para beber e reduzem o senso de limite. “Pacientes que estavam bem podem ser surpreendidos por gatilhos emocionais que não apareciam há meses”, explica a psiquiatra.

DESAFIO EMOCIONAL

O Relatório Global sobre Álcool e Saúde 2024, da Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que 41% dos adultos relataram episódios de consumo abusivo em interações sociais no último ano.

Já o Relatório Mundial sobre Drogas 2024 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) destaca que datas festivas costumam intensificar vulnerabilidades, especialmente no primeiro ano de tratamento.

Na visão de Aline Sena, esse movimento é previsível e deve ser enfrentado com informação e suporte adequado. A psiquiatra afirma que não se trata apenas de estatística. “Para quem está em tratamento, um fim de semana prolongado ou um encontro de família pode representar um desafio emocional enorme.

Reconhecer isso ajuda a organizar estratégias de proteção antes que os riscos aumentem”, destaca a dra. Aline.

JOVENS MAIS EXPOSTOS

Jovens ficam mais expostos às pressões sociais. O período festivo é especialmente delicado para adolescentes e para quem está começando a vida adulta. A OMS reforça que o início precoce do consumo aumenta a probabilidade de dependência na vida adulta.

O levantamento da entidade aponta que festas abertas, viagens e eventos com pouca supervisão favorecem experimentação e excessos.

De acordo com a psiquiatra, conversas abertas e orientação direta ajudam a reduzir riscos. Ele comenta que muitos jovens bebem para se sentir pertencentes aos grupos que almejam.

“Quando os adultos deixam claro que não há obrigação para beber e explicam os efeitos no organismo, isso já diminui a pressão social”, explica Aline Sena.

SINAIS DE ALERTA

Festas sim, problemas não: para quem está em tratamento, tem histórico de dependência ou qualquer outra vulnerabilidade, o primeiro gole pode ser a porta de entrada para os estragos na saúde e na vida pessoal, causados pelo vícioO apoio de familiares e de amigos é fundamental para que se consiga dar a volta por cima - Foto: Divulgação

No contexto da prevenção e combate aos riscos dos abusos e recaídas, é recomendável que os familiares fiquem atentos aos sinais de alerta. Mudanças bruscas de humor, isolamento, consumo escondido, perda de controle sobre a quantidade ingerida e episódios de memória falha são sinais importantes.

Para quem já está em tratamento, sensações de desgaste emocional, conflitos familiares, ansiedade aumentada ou sentimento de obrigação social para beber exigem atenção adicional.

PLANEJAMENTO

O planejamento e o suporte fazem a diferença para lidar com os problemas causados por vícios e excessos. Para reduzir riscos durante as festividades, a médica recomenda que pacientes e familiares planejem previamente situações que possam causar desconforto.

Aline Sena orienta que identificar gatilhos antes das festas, organizar alternativas sem álcool e combinar palavras-chave com pessoas de confiança pode ajudar muito. “Pequenos ajustes fazem diferença no final”, alerta a psiquiatra.

A especialista reforça ainda que buscar ajuda rapidamente ao notar sinais de vulnerabilidade é fundamental. Intervenções precoces evitam recaídas prolongadas e impedem a evolução para quadros mais graves.

“Passar pelas festas de fim de ano com segurança é totalmente possível quando existe apoio consistente e uma rede preparada para acolher”, assegura a médica.

*SAIBA

Na busca de evitar ou remediar as recaídas, médicos e grupos de tratamento desenvolvem planos de prevenção, que, basicamente, é um documento escrito que o próprio paciente cria com sua equipe de tratamento e compartilha com seu grupo de apoio.

O plano oferece um curso de ação para responder a gatilhos e desejos. A recaída geralmente não é um evento do momento. Normalmente , é um processo de três partes, incluindo: recaída emocional; recaída mental; e recaída física.

O plano de prevenção permite reconhecer e agir sobre certos sentimentos e eventos, evitando uma recaída física – estágio em que alguém volta ao uso de álcool e outras substâncias nocivas.

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