Correio B

Correio B+

Cinema B+: Nem The Idol ou 50 Tons de Cinza chega perto de 9 Semanas e 1/2 de Amor

Filme adaptado de um romance polêmico dos anos 1970s será refilmado como série e é 'copiado' até hoje

Continue lendo...

Há 37 anos um drama dirigido por Adrian Lyne, vindo do mega sucesso como Flashdance – Em Ritmo de Embalo e antes de embarcar em Atração Fatal, foi o filme mais falado de 1986 fora dos Estados Unidos.

Usando parte da narrativa de clipes musicais, sexo, elenco lindo e locações urbanas com muita fumaça e jogos de luz e, claro, uma trilha sonora repleta de clássicos como Slave to Love de Bryan Ferry e You Can Leave Your Hat On de Joe Cocker, o filme 9 Semanas e 1/2 de Amor gerou polêmica e muita imitação, mas nenhum herdeiro digno. 

50 Tons de Cinza e o segundo episódio de The Idol foram cópias pobres de um filme inimitável, até porque, há quase 40 anos, a cultura era outra. Tanto que vale relembrar.

Uma relação tóxica, abuso psicológico e outros problemas são o mínimo que dificultariam a história de 9 semanas e 1/2 de amor a sair do papel nos dias de hoje. Vendida como um “amor obsessivo”, mas verdadeiro, a “odisséia erótica” que durou dois meses e meio fez de Kim Basinger e Mickey Rourke símbolos sexuais e Adrian Lyne o diretor em maior demanda em Hollywood nos anos1980s.

                              Filme foi sucesso nos anos 80 - Divulgação

Mais ainda, fez de Mickey um “novo Marlon Brando”. Com um conteúdo ousado, que incluía dominação sexual, sadismo e amaurofilia não teve bom desempenho nas bilheterias nos cinemas americanos, mas fez sucesso ao redor do mundo ganhando o prestigiado status de “cult”.

Acompanhamos a história de Elizabeth McGraw (Kim Basinger), uma mulher recém divorciada que casualmente conhece John Gray (Mickey Rourke) e embarca em uma relação sexualmente inovadora, parte de um jogo de domínio e ousadia até que fica tão perigoso que tem que fazer uma escolha.

Surpreendentemente para a época, e desculpem o SPOILER, ela dá um basta e escolhe sua saúde mental. Mas chegaremos lá. Zalman King assinou o roteiro ao lado de sua esposa, Patricia Knop, e Sarah Kernochan, sendo uma adaptação do romance semi-autobiográfico de Ingeborg Day, a escritora austríaca-americana que escreveu “Nine and a Half Weeks” em 1978, sob o pseudônimo de Elizabeth McNeill, recontando um affair pessoal que teve quando se mudou para Manhattan.

O filme foi gravado em 1984, mas só chegou aos cinemas dois anos depois, por conta das brigas entre atores e entre executivos dos estúdios.

O livro, como o filme, poderia ser um conto alertando os perigos de relações tóxicas, mas por conta do contexto sexual, acabou sendo considerado sexy. Vai entender! Para piorar, quando Kim Basinger relatou sobre o sexismo e exploração que viveu, desde os testes até as gravações, foi taxada como problemática.

Sua lembrança de 9 Semanas e 1/2 de Amor são lágrimas e humilhações porque não se entendeu nem com Mickey Rourke ou até mesmo Adrian Lyne e as brigas atrasaram as gravações.

Kim Basinger relatou sobre o sexismo e exploração que viveu - Divulgação

Ainda assim, protagonizaram sequências copiadas desde então, como o strip-tease de Kim e a cena da cozinha, sendo que a gente engasga quando aparecem outras situações já incômodas na época, como “fingir” estupro.

Voltei a pensar no filme cult original porque depois de uma reedição menos picante com os livros e filmes de 50 Tons de Cinza (onde Kim Basinger faz uma ponta, deixando clara a alusão, mesmo que sua personagem na trilogia seja a da abusadora), a série The Idol, da HBO, que é muito ruim, não percam seu tempo, reeditou uma das cenas de sexo de 50 Tons que remete a 9 semanas e ½ de Amor. Tentar ver The Weeknd sendo um John Gray não rola e não rolou. Ficou apenas grosseiro.

Mickey Rourke ficou “gigantesco” (antes de destruir sua carreira e rosto) nesse papel questionável, mas justamente porque era um bom ator emplacou como uma relação abusiva pode ser comprada como uma aventura.

Foi por causa do talento dele que conseguiu inverter situações questionáveis em sucesso. Sem surpresa, quase 40 anos depois já há um projeto em andamento de adaptar o livro original em uma série. No original, a conclusão é ainda mais sombria do que a do filme, quando Elizabeth tem um colapso mental e deixa John.

No livro, John coage Elizabeth a cometer um assalto violento em um elevador, sendo que após um “quase estupro”, Elizabeth é levada por ele a um hospital psiquiátrico onde é abandonada por John. A ver como será recontado e com quem! Dizem que Kim Basinger já aceitou fazer uma ponta. Será?

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

Continue Lendo...

Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

Continue Lendo...

A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).