Correio B

DIÁLOGO

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta quarta-feira, 5 de julho de 2023

Por Ester Figueiredo ([email protected])

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Antoine de Saint-Exupéry - Escritor francês

"Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam”.

FELPUDA

Enquanto certo partido prossegue com uma pseudo briga interna para definir candidatura majoritária, prefeito que busca reeleição está jogando sem muitos entraves em campo. Vem conversando que só com lideranças de outras legendas partidárias, garantindo apoio e, sobretudo, evitando que surjam muitos adversários. A continuar assim, ele entrará no jogo definitivo com o “ônibus lotado” de legendas integrantes do seu time. Vai vendo…

Aumento

De janeiro a maio, o número de idosos atendidos pelo Procon MS aumentou 10,03% em relação ao mesmo período no ano passado. Em 2022, a faixa etária representou 2.567 dos 8.175 registros (31,40%), enquanto hoje constitui 3.480 de 8.393 (41,43%). Os indicadores, acima de 51%, mostram também que são as mulheres quem mais recorrem ao serviço estadual. Houve aumento de 38,19% das reclamações entre pessoas de 67 e 78 anos.

Mudança

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela cerimônia do Oscar, promoveu algumas mudanças nas regras da categoria mais importante da premiação (Melhor Filme) a partir do ano que vem – valendo, assim, para o evento de 2025.

Assim, o filme precisará ser exibido em uma das seis maiores cidades dos Estados Unidos para concorrer ao prêmio. Além disso, as produtoras precisarão antecipar os planos de distribuição para a academia.

Carlos Victoriano e Luciana Anache Victoriano. Foto: Arquivo Pessoal

Isis Valverde com a mãe Rosalba Nable. Foto: Leca Novo

Cautela

Algumas lideranças têm avaliado que, nas próximas eleições municipais, a estratégia de os partidos lançarem o maior número de candidatos para a pulverização de votos, com a finalidade de forçar o segundo turno à composição, poderá não dar certo. O problema é justamente o fato de que são pouquíssimos os nomes com potencial para encarar a jornada. O ideal seriam alianças para participação na administração e também eleger vereadores (coligação das chapas na majoritária).

Não deu

Essas mesmas lideranças ressaltam que, em 2020, foram 13 postulantes ao cargo e a eleição foi decidida no primeiro turno, com o então prefeito sendo reeleito. Políticos que acreditaram que reuniam cacife eleitoral suficiente para o embate, forçando o segundo turno, ficaram frustrados com os resultados e foram mandados para casa.

Obrigatória

É constitucional a separação obrigatória de bens a idosos que venham a se casar ou a celebrar a união estável a partir dos 70 anos. Essa foi a tese defendida na segunda-feira pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, no STF, em recurso extraordinário com agravo interposto em ação de inventário em que certo cônjuge requer o direito de participar de sucessão hereditária, após o falecimento do autor da herança, que celebrou a união estável aos 72 anos.

ANIVERSARIANTES

 
  • Eduardo Corrêa Riedel,
  • Fausto Ferreira de Brites,
  • Dra. Débora Marchetti Chaves Thomaz,
  • Victor Daniel Arriagada (Chileno),
  • Odilon de Oliveira Júnior,
  • Aluízio Pereira dos Santos,
  • Eunice Xavier,
  • Lia Maria Bruno Marietto,
  • Dra. Maria Ilizabeti Donatti,
  • Valdeci Paulino dos Anjos,
  • Odete Silveira Severo,
  • Eduardo Miranda dos Santos,
  • Gecylda Zoé Siemionko Suris,
  • Milton Carlos de Oliveira,
  • Francisco Rennei Guimarães,
  • Dr. Ary Sortica dos Santos,
  • Waldeir Piano da Silva,
  • Maiza Odette Pereira Caldas,
  • Cleonice Alexandre Le Bourlegat,
  • Geraldo Mangel Cardoso,
  • Ilda Ribeiro de Oliveira,
  • Stela Mari Pirez,
  • Dr. Hércules Maymone Júnior,
  • Jean Marcel Abuhassan Gonçalves,
  • Dr. Antônio Miziara Neto,
  • Heloisa Helena Meldau Varela,
  • Karina Cogo do Amaral,
  • Flávia Bertoni,
  • Yoshikazu Higa,
  • Clauder Gaete,
  • Fabiana Silva da Cunha Dal Farra,
  • Luciano Augusto Rinaldi Netto,
  • Edileuza Pereira de Lima,
  • Sandra Maria Azambuja,
  • Helder Carvalho Pereira,
  • Luiz Estevão Mujica,
  • Mônica Sofia Augusto,
  • Bruna Lucianer,
  • Janaína Fiuza de Andrade,
  • Mirella Silva Melo,
  • Antônio Carlos Pereira,
  • Marlene de Matos Oliveira,
  • Amauri de Oliveira,
  • Dr. Jorge Cardoso Ramalho,
  • Mirtys Fabiany de Azevedo Pereira,
  • Kátia Chaia Jacob Pedrossian,
  • Luiz Akira Yoshio Otsubo,
  • Goretti di Moura,
  • Ricardo Cândido de Oliveira Ramires,
  • Eva Simioli Furlan,
  • Paulo Roberto Ximenes,
  • Ruth Ferreira Corrêa,
  • Arlete Pedroso Mariano,
  • Rosângela Ramires de Campos,
  • Alberto Elias de Souza,
  • Fábio Grisolia Stefani,
  • Adriana Mara de Oliveira,
  • Gilberto Felix de Souza,
  • Dr. Ivoney Assad Villa Maior,
  • Nadim Salles,
  • Marisa Luna Kitzig,
  • Bethânia Rocha Araújo do Nascimento,
  • Roberto Duarte Faria,
  • Geovania Jardim Ribeiro,
  • Osmar Alves Coco,
  • Oberdam Amâncio Alves Lima,
  • Rossana Paroschi Jafar,
  • Diogo Martinez da Silva,
  • João Vanderlei Cabral,
  • Diego Freire Thomaz,
  • Luis Fernando Nunes Rondão Filho,
  • Marcelo Henrique Galharte,
  • Ronaldo da Silva Xavier,
  • Deraldo Pereira da Motta,
  • José Maria Pereira Gonçalves,
  • Mariana Ormazabal Sastre,
  • Erika Kiyomi Matsuda,
  • Onofre da Costa Lima Filho,
  • Francisco Carlos Hauschild Fetter,
  • Elizabeth Seabra Pereira,
  • Valdenil Rodrigues Pinheiro,
  • Mirian Luzia Carvalho de Moura Bastos,
  • Elaine Cristina da Costa Leite,
  • Luciana Insfran Barbosa,
  • Doglas Roberto Lemoigne da Silva Junior,
  • Marcos Kiribao Cavalcanti,
  • Jorge Paiva Santos Martinez,
  • Natacha de Castro Wiziack,
  • Rubia Mariana Possa Daneluz,
  • Dayane Machado Tobias,
  • Bruna Kawano Rodrigues,
  • Renata Cristina Gobbi de Oliveira,
  • Greicy Samir Nammoura,
  • Eurico Santanna,
  • André Puccinelli Júnior,
  • Emanuelle Rossi Martimiano,
  • Flávio Augusto Teixeira Barros,
  • João Eduardo Doimo de Oliveira,
  • Geraldino Viana da Silva,
  • Patricia Gonçalves da Silva Ferber,
  • Raimundo Paulino da Rocha,
  • Maria Lúcia Martins Rocha,
  • Rosana Carolina Gonçalves,
  • Luiz Henrique Correia,
  • Corina Pereira da Silva,
  • Roberto Sales Ribeiro,
  • Keila Cristina Xavier.

Colaborou: Tatyane Gameiro

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OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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