Correio B

DIÁLOGO

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta sexta-feira, 12 de julho de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

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Clarice Lispector - Escritora Brasileira 

A gente tem o direito de deixar  o barco correr! As coisas se arranjam,  não é preciso empurrar com tanta força”.

FELPUDA

Está chamando atenção que só, de gregos e troianos, a presença de figurinha que quer porque quer uma cadeira de prefeito para chamar de sua – tendo até participado do máximo de eventos públicos que vêm  ocorrendo, principalmente em Campo Grande. Há quem  diga que está tal qual papagaio de pirata, não perdendo  nem um minuto sequer para aproveitar a luz dos flashes.  Tudo indica que o seu time de marqueteiros deve acreditar  que assim atrairá votos. Pode até ser, mas primeiro tem  que combinar com o distinto eleitorado, né?

Da pele

Alternativa para substituir  a gelatina convencional  (de couro bovino e suíno)  foi encontrada por pesquisadores da Embrapa. Eles obtiveram sucesso com a pele do tambaqui (Colossoma macropomum), peixe nativo brasileiro de grande relevância econômica.

Mais

Em geral, as escamas  e a cabeça são utilizadas  para fabricação de ração para peixes, mas a gelatina produzida tem aplicações alimentícias e farmacêuticas,  ou seja, é transformada  em um coproduto com maior valor agregado.

 Izolina Dibo Izolina Dibo / Arquivo Pessoal 
 Victoria, Marcia e Sérgio Canton / RODRIGO ZORZI

Eles x elas

Dois contra duas. Essa foi  a interpretação da prefeita Adriane Lopes ao entendimento entre PL e PSDB. Segundo ela, durante entrevista à Rádio Hora, o presidente daquele partido, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro teriam quebrado a promessa feita a ela e à senadora Tereza Cristina de apoio para a sua reeleição.

Ao olhar  do eleitor, se oficializada a aliança dos liberais com os tucanos, ficará configurado que dois homens entraram no ringue da campanha eleitoral contra duas mulheres.

Recado

Na mesma entrevista, Adriane Lopes alfinetou os “ex-quase aliados” ao dizer que acordo  na vida é feito para ser cumprido e que ela é uma mulher que, quando dá sua palavra,  cumpre assim como a senadora Tereza Cristina.

E foi mais além, afirmando que talvez justamente por serem mulheres ficou mais fácil quebrar o que teria ficado combinado (com eles). Depois disse que eles não entenderam que Campo Grande não tem um dono e que as pessoas são livres.

Na dele

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) agiu de maneira discreta, não bateu de frente  com nenhuma liderança  nacional do partido e,  pelo menos por enquanto, mantém sua esposa,  Gianni Nogueira, como précandidata da sigla a prefeita  de Dourados. Haviam rumores de que ele poderia fazer aliança com o PP em troca da vaga  de vice do prefeito Alan Guedes, o qual tentará a reeleição.

Aniversariantes

  • Anagildes Caetano Oliveira,
  • Nina Azambuja Doria Vargas,
  • Dr. Gualberto Nogueira de Leles,
  • Raquel Anderson,
  • Carlos Roberto Taveira,
  • Alaor Ferreira de Oliveira,
  • Erico Levi Baches,
  • Geraldo Conceição Bordon Ajala,
  • Leonidas Pereira dos Anjos,
  • Magali Freire da Silva Campos,
  • Roberto de Souza Trefilo,
  • Wilma dos Santos Costa,
  • Luciene Ibanez Quinhones,
  • Guilherme Antonio de Moraes,
  • Cristiane Barbosa do Egito Costa Marques,
  • Juliana Zanato Martins,
  • João Carlos da Silva,
  • Reinaldo Ayalla,
  • Luana Bertagnolli Gonçalves,
  • Gisele Baís,
  • Thalyta Santana,
  • Miriam Paulino dos Santos,
  • Dra. Alda Lemos de Brito Curado,
  • Eduardo Gibo,
  • Gabriel Henrique Moreira Dias,
  • Rosangela Rosa Dias de Andrade,
  • Antônio Souza de Oliveira,
  • Astrogildo Silva de Lima,
  • Maria Lúcia Nunes Serôdio,
  • Marcos Antônio Adorno,
  • Geraldo Ney da Silva,
  • Carla Fernandes Veiga,
  • Cleide Pereira de Oliveira,
  • Regina Helena Scavone,
  • Terezinha Benzi da Cunha,
  • Luiz Henrique Ferreira Soares,
  • Lúcia Pires Pereira,
  • Dr. João Filgueiras Neto,
  • Lino Neto Nogueira,
  • José Melo Nogueira,
  • Flávio Cunha de Almeida,
  • Victor Marcelo Herrera,
  • Fernando Lopes de Oliveira,
  • Antônio Fontoura Corrêa da Costa,
  • Estevão Luiz de Oliveira Neto,
  • Renata Gottardi Queiroz Silva,
  • Gabriela Rezende,
  • Regina Stela Andreoli de Almeida,
  • Luciane Fracasso Dierings,
  • Neusa Maria Lessa,
  • Luciana Machado de Almeida,
  • Priscila Quevedo Monteiro,
  • Rafael Paes de Barros Netto,
  • João Alberto Maymone,
  • Silvia Helena Palomares,
  • Flávia Pereira Rômulo,
  • Virginia Friggi Martins,
  • Anna Clara Simões,
  • Dra. Regina Maria Araujo Ajalla,
  • Beneditto de Oliveira,
  • Célia Regina Miranda,
  • Dr. Valnei Bento Serra Damasceno,
  • Maria José de Queiroz,
  • Emerson Paes de Rezende,
  • Alzira Feitosa,
  • Sandra Mara Peralta Cabreira,
  • Ana Maria Albuquerque,
  • Marcelo Fontoura Dorneles,
  • Dra. Sandra Gaban,
  • Raphael Modesto Carvalho Rojas,
  • Júlio Cesar Dias de Almeida,
  • Leda Mendes Rocha,
  • Sérgio Rainho Teixeira,
  • Miriam Marques,
  • José Mendonça Bezerra Filho,
  • Vanusa da Silva Martins,
  • Vania Maria Dantas da Costa,
  • Francisco Anselmo Eugenio,
  • Maria Gorete Siqueira Silva,
  • Gilson Curvo Victório,
  • Sebastião Aparecido
  • de Souza Barros,
  • Maria Delinda Bianchi,
  • José Carlos da Silva Mendes,
  • Patrick Linares da Costa,
  • José de Lima,
  • Ana Celia Franceschini,
  • Miriam Rumi Sato,
  • Gislene Siqueira Matoso,
  • Walderez Rissato Camilo,
  • Vicente Guedes Duarte Neto,
  • Ana Carla Rios Grincevicus,
  • Luciana Domingues Duarte,
  • Marianne Fernandes Barrigosse,
  • Jorge Luiz Bittencourt,
  • Felipe Cagliari da Rocha Soares,
  • Wanilza Gomes Soares Vendas,
  • Vanessa Bogo,
  • Vivian Migueis de Mello,
  • Diogo Luiz de Paula,
  • Maria Naici Caceres da Silva,
  • Osmar Ramão Galeano de Souza,
  • Nabor Pereira,
  • Keila Priscila de Vasconcelos
  • Lobo Catan,
  • Renalvo Francisco de Pontes Júnior,
  • Anna Cláudia Barbosa de Carvalho,
  • Mariana Alves Rodrigues da Rocha,
  • Clarinda Yamaura Tamashiro,
  • Magali Corsato,
  • Haroldo José Matozo.

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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