Correio B

DIÁLOGO

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta quinta-feira, 18 de julho de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

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FIÓDOR DOSTOIÉVSKI ESCRITOR RUSSO

"... Apenas entendo que o riso é a mais certeira prova da alma.  Olhai para uma criança: só as crianças  sabem rir com perfeição, por isso são fascinantes”.

FELPUDA

Em cidade do interior de Mato Grosso do Sul não se fala em outra coisa a não ser sobre o falso  sequestro envolvendo autoridade municipal  e com objetivo de aplicar o golpe do seguro.  

A trama foi tão mal arquitetada que a “vítima”  teve até hospedagem em outra cidade, paga pelo “sequestrador”, com direito a celular, que sequer foi usado  para pedir socorro. O número de versões desencontradas também levou a polícia a suspeitar de que havia, digamos, caroço naquele angu. E deu no que deu. É cada uma...

Das sombras

Certos partidos políticos  vão apostar em nomes que já cumpriram mandatos, tanto  no Legislativo como no Executivo. Alguns deles ficaram no sereno por opção, enquanto outros  foram afastados pelas urnas.

Escadaria colorida com 227 graus foi revitalizada no município  de União da Vitória, no sul do Paraná, e dá acesso ao Morro  do Cristo, onde está uma estátua de 27 metros de altura, fixada  em pedestal de seis metros, que abriga uma capela. Ao longo do trajeto é contada, em mosaicos, a história da localidade, desde a colonização, passando pelos tropeiros e mostrando também a beleza e a violência  do Rio Iguaçu, a tristeza e as vitórias da Guerra do Contestado  e os monges da região. Os degraus ainda revelam a diversidade religiosa de povos que ajudaram a construir União da Vitória.  São indígenas, africanos, poloneses, italianos, ucranianos, alemães, suíços, orientais, libaneses, israelenses, portugueses e austríacos.

Dra. Renata Antonialli

 

 Wagner Lima e Nikole Cestaro

Cobrança

O PT está exigindo do TCE-MS  a lista de gestores enrolados  com as prestações de contas. A cobrança partiu de parlamentar interessado  em tirar do páreo quem esteja  em situação de inelegibilidade.  

Aquele tribunal tem prazo até  15 de agosto para a divulgação dos nomes, mas os petistas querem que isso ocorra ainda neste mês. Vale lembrar que  a inelegibilidade é determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral, cabendo ao TCE apenas elaborar a relação de quem teve  contas reprovadas.

Empreitada

Depois de ter quebrado  um tabu, conquistando  o governo em 2014 e ainda continuar no comando  político-administrativo  de MS, o PSDB tenta uma  nova empreitada: a de ganhar  a Prefeitura de Campo Grande no voto. Se o partido conseguir vencer as eleições, o crédito será do ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente da sigla, que desde aquele ano  vem pavimentando  o caminho para o tucanato.

Desde já

Diante do desempenho  de Reinaldo Azambuja,  o PSDB não tem nenhuma dúvida de que ele vai disputar pelo partido uma das duas vagas do Senado que se abrirão em 2026, com o encerramento dos mandatos de Nelson Trad Filho (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos). A outra vaga deverá ser oferecida para representante de um dos partidos que na época estiver na coligação.

Aniversariantes

 

  • José Luiz Moreno Bisogenin,
  • Dra. Andréa Ribeiro Aleixo,
  • Reni Garcia,
  • Maritza da Silveira Cogo,
  • Marco Antônio Pina Kabad,
  • Filipe Fernandes Dias Tomazoni,
  • Marly Rodrigues,
  • Sônia Eiko Nakamura,
  • Vera Lucia Saito Oshiro,
  • José Joaquim Filho,
  • Juciara Freire Victorio,
  • Helio Cordeiro,
  • José Elias da Silva,
  • Elisa Kaneyo Nakazato,
  • Itamar Seabra Santana,
  • Dr. Marcos Guisson Asato,
  • Pedro Augusto Donida,
  • Ari Giovani da Silva Mazzanti,
  • Helmuth Maaz Filho,
  • Jorge Tsutomu Miyoshi,
  • Solange Maria de Figueiredo Castro,
  • Zenaldo Longo,
  • Teruo Higashi,
  • Dr. Cláudio Henrique Vianna Stuhrk,
  • Solange Resstel,
  • Denise Hugo,
  • Valdenir Machado,
  • Bruna Fernandes Barbosa,
  • Dr. José Duarte Filho,
  • Maria Moura de Araújo Mota,
  • Aparecida Ferreira de Souza Almeida,
  • Paulo André Garcia Marques da Costa,
  • Natalia Munhóz Camargo, Gizelaine
  • de Oliveira Silveira,
  • Maria Guiraldi da Silva,
  • Davi Souto da Silva,
  • Ondina Monteiro de Medeiros,
  • Kamil Farah Said,
  • Nilton Monteiro Azevedo,
  • Maria do Carmo Abussafi,
  • Carlos Yoshiaki Komori,
  • João Derli Farias Souza,
  • Rufina Ávalo Guandalini,
  • José Antônio Braga,
  • Rafael Orsi Abdul Ahad,
  • Lucas Orsi Abdul Ahad,
  • Dra. Regina Barros Cordeiro Pantano,
  • Venina Vargas Alencar,
  • Martha Guimarães,
  • Maria de Lourdes Pedrosa,
  • Hilton Martins,
  • Claudio Manoel da Costa,
  • Odila Cabral Tavares,
  • Maria Aparecida Abussafi,
  • Jonir Castilho Lopes de Carvalho,
  • Marcela Yamanaka dos Santos,
  • Vizi Chaves,
  • Silvia da Silva Silvestre,
  • Jairo Queiroz Mercante,
  • Nelson Arakaki,
  • Sônia Maria Serrou D’Oliveira Mariano,
  • Marly Bossay Albuquerque,
  • Gretta Simone de Paula,
  • Dilson Duarte de Lima,
  • Arnaldo Benício da Silva,
  • Dr. Fábio Paes Barreto,
  • Rodrigo Almeida Caminha,
  • Juliana Silveira Maciel,
  • Valdeci de Alcântara Silva,
  • Hosana de Souza Alves,
  • Elida Gonçalves Garcete,
  • Mara Cristina Machado Ramos Gaiotto,
  • Patrícia Helou dos Reis,
  • Ida Mieko Taira Takushi,
  • Edézio Correa de Mello,
  • Wilmar Quadros Bulhões,
  • Márcia Monteiro da Costa,
  • Geraldo Marcondes Filho,
  • Doulivar Beranger Monteiro,
  • Flávia Vitória de Moraes Barros,
  • Dr. Arnaldo Kazuhiki Ishy,
  • Sibele Cristina Boger Feitosa,
  • José Luiz da Silva Antunes de Almeida,
  • Eduardo Ortelan Santana de Rezende,
  • André Luiz Mariusso Soares,
  • Dr. Silvano da Silva Silvestre,
  • Ana Izabel Cicalise Rodrigues,
  • Sérgio Battaglin Brum Junior,
  • Dr. Pedro Ricardo Dias,
  • Alfredo Carlos Ballock,
  • Conceição Pereira,
  • Ana Paula Scherwinski do Nascimento,
  • Elza da Silva Cação,
  • Leonir Basso,
  • Alexandry Chekerdemian Sanchik Tulio,
  • Lecticia Basilio Marcondes Rezende,
  • Ariadne Barros Andrino,
  • Cláudia Lavia Addor,
  • Fernanda Valéria Aranha Loiola Leal,
  • Marcela Gonçalves Navarrete Lozano.

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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