Correio B

Diálogo

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta segunda-feira, 4 de março de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

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Zygmunt Bauman - sociólogo polonês

Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar 
pode esperar encontrar respostas 
para os problemas que a afligem”.

FELPUDA

Em Campo Grande, partido está sendo comparado por algumas lideranças de outras agremiações a um grupo de náufragos segurando em única boia salva-vidas. Ouve-se que a sigla está com pretensões de ter um candidato para disputar a cadeira mais importante do Paço Municipal da Capital e que até já teria escolhido um nome para o embate. Depois que foi submetida a intervenção, a sigla implodiu e não sobrou ninguém com potencial de votos para alavancá-la. Como “uma andorinha só não faz verão”...

Azeitando

Deputado do governador Eduardo Riedel (PSDB) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o também tucano Pedro Caravina propôs à Casa a criação da Frente Parlamentar Municipalista e está pedindo apoio aos demais colegas. 

Mais 

Como articulador político de Riedel no interior do Estado, mataria dois coelhos com uma só cajadada: trabalharia para o ex-chefe (foi secretário de Governo) e fortaleceria seu nome para 2026, quando pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Cláudia Dibo com os filhos Marina Dibo, Annalu Dibo e Nicolas DiboThaís Belchior

 

Jogo

O governador Eduardo Riedel enfrentará sua primeira missão espinhosa desde que assumiu o cargo: levar a bom termo a questão da revisão da contribuição previdenciária, cujo índice de 14% tem sido motivo de muitas manifestações, inclusive dos deputados.

Se antes tratava da questão como secretário da administração anterior, e no primeiro ano de sua gestão conduziu como sendo reflexo do governo passado, agora ele tem a caneta nas mãos. Com certeza, terá que ter muito jogo de cintura.

Rumo

Apesar de nos bastidores os comentários serem de que o vice-governador Barbosinha estaria se articulando para se filiar no Republicanos, há quem diga que o PSDB estaria de portas abertas para ele disputar a prefeitura de Dourados. Se aceitar ir para o ninho tucano, a “crise de querência” de outros pretensos pré-candidatos seria encerrada sem mais delongas.

Voltem!

Policiais que trocaram o trabalho de garantir a segurança da população nas ruas por serviços burocráticos em gabinetes ou atuando como seguranças de pessoas que se acham cabecinhas coroadas estariam sendo convocados para retornarem às funções de origem. 

Dizem que a chiadeira é muito grande, mas a determinação vinda de cima vem sendo cumprida.

Aniversariantes

Regina Maura Pedrossian,
Hélio Fogolin, 
Sérgio Dias Campos (Jacaré),
Valdir João de Oliveira Gomes, 
Sérgio Cândia Scaffa (Paxá),
Ednéia de Fátima Urzedo Costa,
Ezaldino Xavier,
Francisco Fernandes da Costa,
Graciela Simone de Souza,
Amauri Palmiro,
Dayane Higa Shinzato,
Joel Marques Gomes Dias, 
Dr. Romeu Arantes Silva,
Vitória de Rosa Silva Dacal, 
Andréia Castanheira,
Adriana Pereira,
Aline Ayoub,
Sérgio Antonio Braghim,
Celso Bejarano Junior, 
Guilherme Augusto Zan,
José Barbosa Batista,
Leondina da Silva Soares,
Adair Hardmann, 
Patricia Reis Vendramin, 
Liana Helena de Souza Cury, 
Dr. Cesar Augusto de Oliveira,
Fernanda Maciel Mendonça, 
Zuleica Maciel Oliveira, 
Ligia Braga Hvala, 
César Fróes, 
Robson Rodrigues Arantes, 
José Pereira Filho, 
Lucimar Gonçalves,
Dalton Albuquerque, 
Taís Alvarez Machado, 
Waldir Ramires, 
Eneida Maciel Chama, 
Ayrton Bachi de Araujo Neto, 
Paulo Cesar Bezerra Alves,
Edilon Rolim, 
Dr. Casimiro Mendes, 
Fábio Moura Ribeiro,
Leandro Teixeira, 
Mário Gonçalves da Costa Lima, 
Vera Brandão de Souza,
Gerson Hiroshi Yoshinari,
Elizete Vieira Carneiro, 
Átila de Mello Paleo,
Maria Helena Tourinho,
Luiz Eduardo Rodrigues dos Reis,
Maria Aparecida Kuffner dos Anjos,
Olívio Zago,
Eva Rute de Souza Vaz Almoas,
Maria Madalena Godoy Amada,
Israel Rabelo Guimarães,
Badya Bourdokan,
Carolina Maria Heliodora de Góes Araújo Feijó Braga,
Mahiele Gomes de Freitas Perondi,
Tâmara de Mattos,
Nereu Alamini,
Ana Maria Ribeiro da Rocha,
Cristiano de Sousa Carneiro,
José Maria Torres,
Ruth Gusmão Nunes,
Lindomar Silva de Souza,
Riverton Barbosa Nantes,
Luiz Alberto Miralles de Oliveira,
Maki Aparecido Lanzarini,
Dr. Durval Batista Palhares, 
Osmil Luiz Tonini,
Sidney Lopes Benites,
Marlene de Cerqueira Rodrigues, 
Walter Ferreira Azambuja, 
Fábio de Oliveira Camillo,
Marcelo Henrique de Mattos, 
Jeferson Rivarola Rocha, 
Evanir Serra Rodrigues,
Gerson Pereira,
Nauir Correa Amarilha,
Waldir Vargas,
Jeronymo Ivo da Cunha, 
Daniel José de Josilco,
Luciene Dias Ferreira Dutra, 
Ilário Hissashi Suematsu, 
Marcela Mari Higahi Hirata, 
Daniel Rezende e Silva, 
Márcia Lúcia Clemente Neto Aleixo, 
Maria Auxiliadora Pereira Martins, 
Daniel de Almeida, 
Rosa Maria Aquilino Lani, 
Samira Vargas,
Marise Cicalise Bossay, 
Wesley Lemes de Melo, 
Pietra Escobar Yano,
Carlos Augusto de Pinho,
Ewerton Araújo de Brito,
Izabel Cristina dos Santos Peres,
Luiz Aurélio Adler Ralho,
Tarik Alves de Deus,
Maria Rita de Almeida Mendes,
Carmem Lúcia Garcia Menezes,
Vera Rodrigues Braga,
Beraldo de Lima e Souza,
Mário Sérgio Antunes Barbosa,
Liliane Correia da Silva,
Vilma Rezende Nunes,
Nádia de Oliveira Rodrigues,
Senira Lopes de Matos,
Maria Fernanda Vargas Pereira,
Joacir da Silva e Souza,
Conrado da Cunha.
colaborou tatyane gameiro
 

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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