Correio B

DIÁLOGO

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta quarta-feira, 22 de março de 2023

Por Ester Figueiredo ([email protected])

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Cecilia Sfalsin, escritora brasileira

"Nos tornamos grandes quando diminuímos
o nosso orgulho, calamos a nossa insensatez,
abaixamos o nosso nariz e aumentamos a nossa humildade”.

FELPUDA

Pelos corredores de certo poder, as “ondas médias, curtas e tropicais” da rádio-peão dão conta de que a questão da proibição do nepotismo estaria valendo somente para outros, pois, se duvidar, há parentes consanguíneos se trombando por ali, quando saem de suas respectivas salas. É a tal história: quem está fora, quer entrar (mas não deixam), e quem está dentro, nem pensa em perder a boquinha. Ainda vigora a teoria dos “dois pesos e duas medidas”. E assim caminha a humanidade...

Foto: Storylines / MV Narrative

Que tal viajar pelo mundo enquanto mora em um cruzeiro?

Pois essa vida de luxo estará verdadeiramente ao alcance dos afortunados. A expectativa é de que o navio seja construído ainda neste ano e lançado em 2025. O condomínio em alto-mar oferecerá casas completas, com um a quatro quartos. No total, são 547 unidades residenciais mobiliadas – desde estúdios até coberturas de dois andares. O navio MV Narrative está programado para começar com uma viagem de três anos, por seis continentes,  passando, em média, de três a cinco dias em cada destino. Ele terá todas as comodidades de uma comunidade terrestre, incluindo escola, cinema, pista de corrida e de dança, escritórios, banco, correios, consultório médico, academia, teatro, golfe e até uma marina para embarcações particulares. A Storylines, empresa responsável pelo condomínio, informou que o custo das casas ficará entre US$ 875 mil e US$ 8 milhões. E haverá taxa mensal para cobrir custos com alimentação e outros, a partir de US$ 5,4 mil por casal.

Foto: Storylines / MV Narrative

 

Marcia Coelho Lopez e Yasmin Torres / Arquivo pessoal

 

Diogenes Queiroz / Lucas Jones

 

No aguardo

A convocação da professora Gleice Jane, que, na qualidade de primeira-suplente, assumirá a cadeira do falecido deputado Amarildo Cruz na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deveria ter sido feita ontem, porém isso não ocorreu. Ela está fazendo tratamento de saúde. Há 19 anos filiada ao PT, Gleice conquistou 9.767 votos nas eleições de 2022. A futura parlamentar já disputou eleição para vereadora em Dourados, mas não teve sucesso.

Elas

Assim, o PT passará a ter três representantes femininas com mandatos nos Legislativos de Campo Grande e do Estado e na Câmara dos Deputados, e duas delas estavam na suplência. Na Câmara Municipal, assumiu Luiza Ribeiro na vaga aberta por Camila Jara, eleita deputada federal. Agora, Gleice Jane assumirá na Assembleia Legislativa de MS. O trio tem a mesma linha de atuação no que se relaciona às bandeiras que defendem.

“De leve”

O deputado Neno Razuk foi designado pela Mesa Diretora da Alems como corregedor. Passa, portanto, a ser o responsável pela manutenção do decoro, da ordem e da disciplina, além de apurar denúncias atribuídas aos seus colegas. Ele disse acreditar que a função será exercida “de forma leve”, por considerar que os parlamentares são comprometidos “com valores muito fortes, com a honestidade e com a ética”.

 

ANIVERSARIANTES

 

Pe. Antonio Ribeiro Leandro,

Marli Vavas,

Walfrido Ferreira de Azambuja Junior,

Fátima Deolinda Domingues Medeiros,

Lucimar Couto,

Caroline Siufi,

João Antonio de Lima,

André Luis Xavier Machado,

Divino José Sonchine Pereira,

José Leonel dos Santos,

João Evangelista Candido Teodoro,

Estevão Antônio Petrallas,

José Carlos de Campos Maciel,

Luiz Hernani Pinheiro,

João Batista Xavier,

Marineide Rodrigues da Silva,

Lizandra Petinari,

Milto Schulz,

João Olegário Figueiredo,

Vanessa Pereira Ranunci,

Assaf Jorge Nesrala Filho,

Cecília Hojaij Carvalho Figueiredo Dobashi,

Hiroko Mori,

José Antônio Assad e Faria,

Deolina Souza de Oliveira,

Maura Rodrigues dos Santos,

Ivana Costa Nasser,

Cyrilo Bento da Costa,

Moacir Gaia Junior,

Marta Contini,

Vania Luisa Rodolfo Toledo,

Vitorino da Rosa Lima,

Zulmira Maia Freitas,

Eleuza Ferreira Duarte,

Darci Cunha,

Fernando Luiz Alves Ribeiro,

Clélio Costa,

José Carlos Gomes,

Rosa Miyasato Alves,

João Alexandre,

Dr. Umberto Inácio Cardoso,

Marcelle Delmira Carrapateira Carcano,

Dra. Andrea Calepso Paludo, Antônio José Corrêa da Costa,

Laura Jane Moreita Santiago,

Ney Barbosa,

José Carlos Nogueira de Jesus,

Irene Zandonadi Silva,

Janes Maria Corrêa Coelho,

Ana Verde Selva,

José de Freitas,

Jussara Oliveira da Silva,

Moacyr da Silva Junior,

Josué da Silva Moraes,

Maria Vera Lúcia da Silva Gomes,

Cássia Venize Vilanova Veras,

Maria da Luz Silva Almeida,

Michel Scaff,

Rosa Kassar Ferreira,

Marilda Borba da Silva,

Estevão Antônio Manoel Garcia Cruz,

Fernando Antônio da Câmara Freire,

Carlos Alberto Bandeira Oliver,

Noeli Deiss,

Carmen Judite de Almeida,

Celso Emidio Tormena,

Tereza Oshiro,

Nataly Bortolatto,

Manoel de Moraes,

Gabriel Gomes de Sá,

Silvano Jean Franco Guizzo,

Eliana Rocha Fernandes,

Paulo Cesar Pinto de Souza,

Eduardo Branches Formiguieri,

Vivian Cristiane Krajeweski,

Pedro Henrique de Barros Camargo,

João Atílio Mariano,

Ari Antonio Tieppo,

Walmir Pavon,

Magali Coelho,

Ana Vilma Magalhães de Queiroz Silva,

Erika dos Santos Lopes Martins,

Joselma Gomes Pereira,

Josiane Gouvea Carvalho,

Claudio Alberto de Miranda,

Ari Paes Corrêa,

Valdemar Favareto,

Liliane de Souza Marcussi Cristovão,

Whirley Martins Colombo,

Márcia Regina Teixeira Minari,

Maria Lázara Messias Rampelotti,

Valeria Saes Cominale,

João Douglas Guio de Azevedo,

Dr. Edmundo José de Souza,

Eva Maria da Silva Bogado,

Brazilicia Suely Rodrigues Monteiro,

Clemente Bazan Hurtado Neto,

Deluse Cassia da Silva Miranda Barbosa,

Magida Hazime,

Jordachy Massayuky Alencar Ohira,

Lourival Francisco Inocencio,

Walquíria Rosangela Tassi,

Leandro de Sena Correia.

(Colaborou: Tatyane Gameiro)


 

 

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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