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ARTES NAS RUAS

Confira a programação da mostra Boca de Cena, que vai muito além do teatro

A edição deste ano da mostra teatral, de 13 a 19/5, vai ocupar a Praça Ary Coelho, o Centro Cultural Octávio Guizzo e outros pontos da cidade; Fernando Cruz, Lú Bigatão, Malu Morenah e Laila Pulchério são os nomes a serem homenageados

Da comédia ao drama: em sentido anti-horário, "O Grande Salto", com João Rocha, "Dom Casmurro", com o Grupo Casa, e "Como Nascem as Estrelas", com Laura Santoro, estão entre os espetáculos que poderão ser conferidos gratuitamente até o dia 19

Da comédia ao drama: em sentido anti-horário, "O Grande Salto", com João Rocha, "Dom Casmurro", com o Grupo Casa, e "Como Nascem as Estrelas", com Laura Santoro, estão entre os espetáculos que poderão ser conferidos gratuitamente até o dia 19 - Foto: Divulgação

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A Mostra Boca de Cena – Semana de Teatro e Circo de Mato Grosso do Sul, a ser realizada entre os dias 13 e 19, traz em sua programação neste ano apresentações em vários pontos de Campo Grande, todas com entrada franca.

Serão espetáculos de teatro e circo na Praça Ary Coelho e na Lona da Mostra, montada ao lado do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, e no Teatro Aracy Balabanian (Centro Cultural Octávio Guizzo).

O festival é organizado pelo governo do Estado por intermédio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), que integra a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

Ao todo, serão 52 espetáculos de teatro e circo para toda a família. Além das apresentações, no decorrer da semana, será realizado o 8º Seminário Estadual de Teatro e o primeiro Seminário Estadual de Circo em Mato Grosso do Sul, que discutirá políticas públicas para o segmento, sobre o fazer e o pensar a arte como um todo, para todos os cantos do Estado.

O Boca de Cena teve início em 2008, com organização da FCMS, em comemoração ao Dia Mundial do Teatro e ao Dia Nacional do Circo, ambos celebrados em 27 de março.

Até sua edição de 2018, o festival havia contemplado 123 apresentações de artistas sul-mato-grossenses, com público estimado em 22 mil pessoas.

HOMENAGENS

“O Boca de Cena é um verdadeiro presente para a população de Mato Grosso do Sul, uma oportunidade de acesso à cultura de forma gratuita e democrática. Estamos empenhados em proporcionar uma semana repleta de espetáculos teatrais e circenses de alta qualidade, levando entretenimento e reflexão para todos os cantos da capital”, afirma o titular da Setesc, Marcelo Miranda.

O diretor-presidente da FCMS, Eduardo Mendes, explica que o Boca de Cena visa valorizar os artistas locais, “além de destacar a riqueza cultural sul-mato-grossense e destacar nossos talentosos artistas”.

“Estamos também preparando homenagens para reconhecer as contribuições significativas daqueles que muito fizeram pela cultura de Mato Grosso do Sul”, adiciona.

Na edição deste ano, serão homenageados os atores Lú Bigatão e Fernando Cruz, na área do teatro, e Malu Morenah e Laila Pulchério, no circo, durante a solenidade de abertura, programada para o dia 13, às 19h, no Teatro Aracy Balabanian.

Lú Bigatão Rios é atriz formada pela Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo (EAD/USP), jornalista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e mestre em Meio Ambiente pela antiga Uniderp.

Ela atua no teatro, no audiovisual e na educação ambiental. São 40 anos dedicados ao segmento teatral, em que atuou em mais de 50 espetáculos, escrevendo, dirigindo ou produzindo.

Por sua vez, Fernando Cruz, nascido em Porto Alegre (RS), em 1963, atua e milita nas artes públicas desde os anos 1980 e criou o Teatro Imaginário Maracangalha em 2006, em Campo Grande.

Ele é ator, diretor e pesquisador em teatro de rua e documental, cultura popular, agitprop (agitação e propaganda), intervenção, performance e cortejo.

É licenciado em Artes Visuais pela UFMS e especialista em Ciências da Linguagem – Estudos Literários pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), com pesquisa em transposição da literatura medieval para dramaturgia de rua.

Ainda, atuou como conselheiro nacional de Cultura do Ministério da Cultura de 2010 a 2014. Além disso, é articulador da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR).

Já Malu Morenah é formada pela extinta Academia Piolin de Artes Circenses (1978-1982) em acrobacia aérea, contorcionismo e funambulismo. Profissional sindicalizada das artes cênicas desde 1980, teve enfoque na preparação do ator sob a estética e a coreografia cênica da linguagem do circo-teatro.

Nos últimos anos, tem colaborado com projetos de parceiros em outras capitais e festivais em países da América Latina. Também faz locuções para audiovisuais em português e em castelhano.

Laila Pulchério é formada em Relações Públicas, além de ser produtora cultural e fotógrafa. Atua no Circo do Mato – Grupo de Artes Cênicas, em Campo Grande, desde 2003. 

É responsável pela administração, pela elaboração de projetos, pelos registros fotográficos/de vídeos, pela operação de luz e som de alguns espetáculos, pela comunicação e pela manutenção do espaço.

Ao longo desses mais de 20 anos com o Circo do Mato, Laila fotografou e produziu vídeos de toda trajetória do grupo, além de estudos, pesquisas, reformas da sede, produções de espetáculos e todos os outros projetos da trupe. Participa dos colegiados campo-grandense e sul-mato-grossense de circo e teatro.

SERVIÇO -15ª MOSTRA BOCA DE CENA

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

SEGUNDA-FEIRA (13/5)

14h  |  Teatro
“Todo Redemoinho Começa com Um Sopro” (Cia Ofit), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 14 anos.

14h30min  |  Circo
“Gran FinaLe” (Cia Pisando Alto), na Lona Boca de Cena.

18h  |  Performance
“Querô – Índia Mendiga”(Alessandra Tavares), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 16 anos.

18h20min  |  Teatro
“Tekoha – Ritual de Vida e Morte do Deus Pequeno” (Imaginário Maracangalha), em frente ao Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

19h  |  Evento
Abertura oficial da Mostra Homenagens.

20h  |  Teatro
“Os Corcundas” (Breno Moroni), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

TERÇA-FEIRA (14/5)

8h30min às 11h30min  |  Evento
8º Seminário Estadual de Teatro, no Teatral Grupo de Risco.

8h30min às 11h30min  |  Evento
1º Seminário Estadual de Circo, no Circo do Mato.

14h  |  Circo
“Mixicirquinho” (Kelly de Figueiredo), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

14h30min  |  Circo
“O Grande Salto” (João Rocha), na Lona Boca de Cena.

Sessão Esquetes
19h  |  Performance “Mulher que Corre” (Leonardo Augusto Castro), em frente do Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 16 anos.

19h30min  |  Performance
“Che Rohayhu” (Bárbara Albino), em frente do Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.
 

QUARTA-FEIRA (15/5)

8h30 às 11h30  |  Evento
8º Seminário Estadual de Teatro, no Teatral Grupo de Risco.

8h30min às 11h30min  |  Evento 1º Seminário Estadual de Circo, no Circo do Mato.

14h  |  Circo
“Mixicirquinho” (Kelly de Figueiredo), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

14h30min  |  Circo
“Circo do Bolachinha” (Wagner Perez), na Lona Boca de Cena. Classificação: livre.

19h30min  |  Performance“Danúbio” (Leonardo da Silva), em frente do Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 16 anos.

20h  |  Teatro
“Eu Preciso que Vocês Me Escutem” (André Tristão), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 12 anos.

21h  |  Teatro
“Groselha” (Karine Araújo), no Fulano Di Tal. Classificação: 18 anos.

QUINTA-FEIRA (16/5)

8h30min às 11h30min  |  Evento
8º Seminário Estadual de Teatro, no Fulano Di Tal.

8h30min  às 11h30min  |  Encontro
Treino livre e troca de técnicas circenses, na Lona da Mostra.

14h  |  Teatro
“Aquele, Aquela, Menos Ela” (Liz Nátali Sória), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

14h30min  |  Circo
“Tradicional Pocket Show” (Junior de Oliveira), na Lona Boca de Cena. Classificação: livre.

17h  |  Teatro
“O Que os Olhos Veem o Coração Sente?” (Carlos Alexandre Melo), na Praça Ary Coelho. Classificação: livre.

19h30min  |  Performance
“O Grito Trans” (Emy Mateus), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 14 anos.

20h  |  Teatro
“Valsa Nº. 6” (Tauanne Gazoso), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 14 anos.

21h  |  Circo
“Quem Matou o Morto?” (Társila Bonelli Calegari Paulino, da cidade de Dourados), na Lona Boca de Cena. Classificação: 14 anos.

SEXTA-FEIRA (17/5)

8h30min  |  Teatro
“Manual de Barro II – Concerto a Céu Aberto Para Solos de Objeto”, no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

8h30min  |  Circo
“Bobolito: Um Espetáculo sobre a Bobagem e o Nada” (Pietro Falcão), na Lona Boca de Cena. Classificação: livre.

14h  |  Teatro
“Navegantes” (Grupo Deslimites), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

14h30min  |  Circo
“Mini Cirquin” (Circo do Mato), na Lona Boca de Cena. Classificação: livre.

17h  |  Circo
“Requebra Torto” (Cia Apoema), na Praça Ary Coelho. Classificação: livre.

19h30min  |  Performance
“A/partir de mim” (Gabriella Thais), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 12 anos.

20h  |  Teatro
“O Vil Metal” (Identidade Teatral), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 12 anos.

21h  |  Teatro
“A Vida Nos Traz Presentes Inesperados” (Vânia Marques), na Lona Boca de Cena. Classificação: 16 anos.

SÁBADO (18/5)

10h  |  Circo
“Pipocket Pernalhaça” (Ludmila de Paula), na Praça Ary Coelho. Classificação: livre.

11h  |  Performance
“ANI – Animal Não Identificado” (Diogo Adriani), na Praça Ary Coelho. Classificação: livre.

11h15min  |  Intervenção
“Poética” (José Roberto Brasil Pimenta Dos Santos), na Praça Ary Coelho.

12h  |  Teatro
“Estorvos!” (Karla Neves), na Praça Ary Coelho. Classificação: livre.

17h  |  Teatro
“Des-calço” (Raquel Charão), na Praça Ary Coelho. Classificação: livre.

19h30min  |  Performance
“Pocket Show Musical” (Marcos Moura), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: livre.

20h  |  Teatro
“Como Nascem as Estrelas” (Laura Santoro), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 10 anos.

21h  |  Cabaré Boca de Cena 2024

  • “Intervenção Circo Poética”;
  • “Magia da Dança Aérea em Lira Americana”;
  • “Peço a Benção para Passar”;
  • “Pintor do Absurdo”;
  • “Malabares Ando”;
  • “Teleoementário”;
  • “Fogo que Toca”;
  • “A Mulher do Futuro Fim do Mundo”;
  • “Los Chicos: Latinos, Latentes e Calientes”
  • “Luz Acrobacias Aéreas”

Local: Lona Boca de Cena;
Classificação: 12 anos.

DOMINGO (19/5)
16h  |  Teatro
“Dom Casmurro” (Grupo Casa), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 12 anos.

19h  |  Teatro
“O Experimento Tirésias” (Ricardo Thibau), no Teatro Aracy Balabanian. Classificação: 14 anos.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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