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DESCANSO

Confira dez dicas de como melhorar o sono

Insônia, sono interrompido, dormir a noite toda, confira esses e outros temas a partir da entrevista com o psiquiatra e especialista no sono, José Carlos Rosa Pires de Souza. 

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Dormir bem não é só uma questão de conforto, mas também uma necessidade vital para o bem-estar e saúde geral, como o funcionamento adequado do organismo e a regulação metabólica.

Noites mal dormidas podem comprometer o descanso necessário, impactando negativamente vários fatores, como o estado de alerta diurno, a concentração, o humor e o desempenho nas atividades cotidianas.

Por essas razões, compreender os ciclos do sono, as causas das noites mal dormidas e adotar estratégias para melhorar a qualidade do descanso, é tão crucial para manter um estilo de vida saudável.

Para nos ajudar a explicar um pouco mais sobre esse assunto, entrevistamos o psiquiatra, especialista no sono, PHD em saúde mental e professor do curso de medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), José Carlos Rosa Pires de Souza. 

Como ter uma boa noite de sono e acordar disposto ?

O sono é tão importante para a vida humana quanto a alimentação. Por isso, é importante ter um horário fixo para deitar e se levantar, não ter muitas variações, evitar café, tereré, chimarrão, refrigerantes com cola, principalmente depois do meio-dia.

Como melhorar o sono profundo ?

Seguindo uma rotina. José detalha que o chamado “sono não REM estágio 3”, é o sono profundo de ondas delta, de extrema importância para a solidificação da memória, assim como 85% do hormônio do crescimento são produzidos durante o sono, imprescindível também para a imunidade, sistema de defesa do organismo.

Como dormir bem a noite toda ?

Segundo José, não existe uma fórmula correta para dormir bem a noite toda, é preferível que a pessoa tenha a sua necessidade individual.

“Não adianta falar que todo mundo tem que dormir de seis a oito horas, alguns precisam de seis, de cinco, outros de nove, de dez horas. Existe o chamado diário do sono, que avalia essa necessidade individual de horas de sono”.

O que tomar para dormir a noite toda ?

O único “remédio”, é seguir uma rotina, dormir no mesmo horário e acordar no mesmo horário. “Música, aromaterapia, pode despertar ao invés de ajudar a pessoa a dormir”, explicou.

Além disso, o doutor José Souza alertou a importância de não se automedicar.

“O mesmo remédio que faz bem para o amigo, pode não fazer bem para aquela pessoa, ela pode ter, por exemplo, apneia do sono, para de respirar dormindo, ronca, e aí vai tomar um remédio tarja preta para dormir que o amigo toma, e aí para de respirar de vez. Quem deve prescrever o remédio para a pessoa é o médico. Porque existe o que a gente chama farmacodinâmica, que é a ação do remédio sobre o organismo, e existe a farmacocinética, que é a ação do organismo sobre o remédio, que cada um tem a sua”, garantiu.

O que fazer quando não se consegue dormir a noite toda ? 

O mais aconselhado é não ligar televisão, rádio, celular, computador, nada disso. No máximo, levantar, tomar um leite, uma água e voltar a deitar para dormir pensando em coisas boas.

Como ter sono rápido?

Evitar fazer atividades físicas durante a noite, pelo menos até três, quatro horas antes de dormir, como lavar a casa, fazer academia, essas coisas vão aumentar a temperatura corporal interna e prejudicar o sono. Além de não ficar no celular, computador, leitura demais à noite, principalmente duas horas antes do adormecer.

Sono excessivo o que pode ser ? 

“Primeiro tem que avaliar se a pessoa não é um dormidor curto - aquele que necessita de 5 horas de sono nas 24 horas do dia e pronto. Ou um dormidor longo de 10, 12 horas necessárias dentro das 24 horas. É importante verificar também se ele não tem algum dos 88 distúrbios do sono que deve ser classificado pelo médico especialista”, declarou o médico José Souza.

Para fazer essa avaliação, existem exames, como o chamado polissonografia - que é realizado durante a noite, e o teste de latência múltipla do sono, que é durante o dia - para casos de sonolência diurna.

Sono excessivo mesmo dormindo muito

Por fim, o doutor José informa que caso a pessoa tenha algum prejuízo de dia relacionado ao sono, sonolência, falta de concentração, memória, irritabilidade, depressão, é necessário procurar ajuda profissional o mais breve possível.

Evidências científicas

Em estudo realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, pessoas que têm insônia ou dormem menos de cinco horas por dia, têm um aumento de até 69% no risco de infarto em comparação com quem não sofre desses problemas.

Observaram também que o grupo que dorme 6 horas apresenta um risco de infarto menor do que os que dormem menos de 5 horas, porém maior do que os que dormem de 7 a 8 horas. Não foram encontradas mudanças significativas nos resultados para doenças cardiovasculares entre aqueles que dormem mais de 9 horas.

Além disso, a falta de sono também pode estar associada a casos de obesidade e de depressão.

“O que podemos afirmar é que dormir menos do que 5 horas aumenta consideravelmente o risco de infarto e dormir de 7 a 8 horas por noite foi considerado a faixa ideal de sono para proteção”, disse a cardiologista Juliana Soares.

Este estudo corrobora o impacto da qualidade do sono na saúde cardiovascular e também consegue estabelecer os intervalos de horas de sono que são mais prejudiciais.

“A gente já tinha evidências da associação de distúrbios do sono com a saúde cardiovascular. O que a gente ainda não sabia era dizer quais intervalos de sono apresentavam maior risco. E esse estudo conseguiu mostrar exatamente isso”, disse.

Conclusão

De forma resumida, compreender a relevância do sono para o bem-estar e saúde é crucial em nossa vida diária. Como pudemos observar, é imprescindível estabelecer rotinas consistentes para assegurar um sono reparador. Isso envolve não apenas a regularidade nos horários de deitar e acordar, mas também a adoção de práticas, que promovem um ambiente propício ao sono.

Vale ressaltar que cada indivíduo possui necessidades únicas de sono, sendo necessário respeitar essas diferenças e não aplicar uma abordagem universal para todas as pessoas. Sendo assim, a principal dica é não querer se automedicar e SEMPRE procurar uma ajuda profissional caso haja algum sintoma que a pessoa considere preocupante.

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Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Arquiteta mostra como fazer composições elegantes usando apenas itens que já fazem parte da casa

20/12/2025 17h00

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista Foto: Divulgação

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À medida que dezembro avança e o clima de final de ano se espalha, aflora-se também o desejo de preparar as ceias que receberão familiares e amigos para as noites festivas de Natal e Ano Novo.

Na opinião da arquiteta Cristiane Schiavoni, a elaboração da mesa posta tornou-se um ritual e, para quem tem esse apreço, é uma forma de materializar o amor por meio do simbolismo, dos significados, a beleza e a atenção explícita nos pequenos detalhes.

E claro, saber como preparar uma composição que seja sofisticada, de requinte e prática faz parte da ideia. Apaixonada por estas festividades, a profissional afirma que preparar uma mesa vistosa não depende de grandes investimentos como aparenta ser. 

“É tão bom viver esse senso de pertencimento e eu gosto de enfatizar que com coisas simples, como a louça que temos em casa, é possível fazer criar efeitos e lembranças memoráveis à mesa”, afirma.

Identificando as necessidades

Para que a experiência seja única, Cristiane explica que a primeira etapa é definir o cardápio, já que ele orienta a escolha dos pratos, talheres e taças. Quem vai servir uma sopa de entrada, por exemplo, precisa de um bowl ou prato fundo acompanhado da colher adequada. Isso vale também para as bebidas, pois cada uma exige um tipo de taça ou copo.

A arquiteta Cristiane Schiavoni apresenta os detalhes da mesa com a presença do sousplat branco. “A decoração deve facilitar a interação entre os convidados e, por isso os arranjos muito altos atrapalham o contato visual. Recomendo apostar em acessórios mais baixos que trazem charme sem comprometer a conversa”, complementa.

Quando o serviço é à francesa, o souplat, nome em francês para o suporte de prato que protege a toalha, ganha ainda mais importância, uma vez que ele mantém a mesa com a apresentação sempre belíssima, mesmo quando o prato é retirado entre uma etapa e outra.

Segundo a arquiteta, outro cuidado que agrada bastante é oferecer guardanapo de papel junto ao de pano, uma solução prática para quem usa batom e não quer manchar o tecido.

Para deixar a noite mais personalizada, ela sugere acrescentar marcadores de lugar que podem ser feitos com pequenas etiquetas ou suportes simples. “Esse detalhe organiza a disposição dos convidados e reforça a atenção dedicada ao preparo da mesa”, diz.

Mesa posta com louças pretas e detalhes dourados

Para quem busca um estilo um pouco fora do tradicional – e não menos chique, muito pelo contrário! –, umas das propostas sugeridas por Cristiane envolve o emprego da louça preta brilhante ou fosca e combinada ao dourado, resultando em contraste acolhedor. Galhos secos, pinhas, velas, anéis e guardanapos no mesmo estilo reforçam o clima intimista.

Ela reforça que não é preciso transformar a casa inteira para montar uma mesa marcante. “O espírito do Natal está nos detalhes e, principalmente, no prazer de reunir quem importa em um ambiente preparado com carinho”, argumenta.

Na paleta natalina

O clássico sempre faz bonito e, nessa sugestão de mesa, a louça branca se une ao vermelho, cor muito evidente entre os adereços natalinos.

“Vale começar pelo essencial como a aplicação de jogo americano vermelho, sousplat branco associado com louças da mesma cor e guardanapo claro para manter a harmonia”, diz Cristiane. 

Com essa base, o anfitrião pode ajustar os detalhes ao cardápio da noite, usando talheres adequados, taças compatíveis com as bebidas e até pratinhos extras para azeites ou pequenos petiscos.

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Pet B+: Vai viajar com o pet? Veja o que não pode faltar no checklist

Médica-veterinária dá dicas para evitar imprevistos e tornar esse momento divertido e inesquecível

20/12/2025 15h30

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal Foto: Divulgação

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As férias de fim de ano estão chegando e muita gente aproveita esse período para fazer aquela viagem em família. E, nesse momento de puro descanso e diversão, é possível levar também o animalzinho de estimação. Com alguns cuidados antes e durante o trajeto, esse momento tende a ser inesquecível também para o pet.

Em 2024, dados das companhias aéreas indicaram que mais de 100 mil pets viajaram ao lado de seus donos – 15% a mais que no ano anterior. Essa é uma rotina comum na vida da designer de experiência Mariana Corrér, de 36 anos. Toda vez que a viagem é de carro, Giovanna e Maya, duas vira-latas de 1 e 7 anos, embarcam juntas. No dia 20 de dezembro, elas iniciam uma nova aventura, saindo de Indaiatuba/SP com destino as cidades da região Serrana do Rio de Janeiro, num total de 1.590km em 16 dias de passeio.  

“É sempre uma experiência maravilhosa envolvê-las em minhas viagens, pois são membros da nossa família. Eu trabalho em casa e a gente fica juntas o dia inteiro. Tudo que vou fazer procuro levá-las comigo, seja em passeios ao ar livre, no shopping ou em restaurantes. Daí, sempre busco lugares que são pet friendly”, conta. “Eu gosto muito de viajar, me faz muito bem, então poder compartilhar esses momentos com elas é algo muito valioso e torna-os ainda mais especiais. Eu não conseguiria passar tanto tempo longe delas.”

A médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi, salienta que o primeiro ponto a ser avaliado para essa decisão é a idade do animal.

“O ideal é que eles viajem após completarem o protocolo inicial de vacinação, geralmente a partir de 16 semanas (4 meses). Antes disso, cães e gatos ainda não possuem proteção adequada contra doenças infecciosas”, alerta. “Filhotes mais novos só devem viajar em situações realmente necessárias e com orientação direta do médico-veterinário.”

Os cães devem estar imunizados com a vacina polivalente (V8 ou V10), que previne doenças graves como cinomose e parvovirose; a vacina antirrábica (raiva), obrigatória em todo território nacional; e a vacina contra a tosse dos canis (gripe canina), doença altamente contagiosa e comum em ambientes com grande circulação de animais, como hotéis e praias.

No caso dos gatos, é importante que estejam com as vacinas tríplice (V3) ou quádrupla (V4/V5) e a antirrábica em dia.

“A vermifugação e o controle parasitário são obrigatórios tanto para cães quanto para gatos, incluindo vermífugos gastrointestinais e controle contra pulgas, carrapatos e mosquitos. Isso é fundamental para prevenir dirofilariose, leishmaniose e doenças transmitidas por carrapatos e pulgas”, destaca Aline.

Documentação deve estar em dia

Com vacinas e vermífugos atualizados, o próximo passo é juntar toda a documentação do animal. Para viagens nacionais, geralmente é exigida a carteira de vacinação atualizada, com destaque para a vacina antirrábica válida. Também é necessário o atestado de saúde, emitido exclusivamente por médico-veterinário –, com validade de 7 a 10 dias antes da viagem.

Em viagens de ônibus, as empresas podem exigir caixa de transporte adequada e documentação de vacinação.

Se a viagem for de avião, o tutor deve apresentar o atestado de saúde recente (3 a 10 dias, dependendo da companhia), a carteira de vacinação com antirrábica válida e o laudo de aptidão ao transporte (quando solicitado). Podem ser exigidos ainda documentos específicos para transporte na cabine ou no porão.

Para voos internacionais, a companhia aérea pode solicitar microchip, sorologia da raiva, o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e documentos adicionais do país de destino. “É fundamental que o tutor consulte a companhia aérea com antecedência”, reforça Aline.

Chegou a hora de partir: como transportar o pet?

Segundo a médica-veterinária, essa pode ser a etapa mais importante, pois envolve a segurança do animal.

Se a família viajar de carro, cães e gatos podem ser levados em caixa de transporte, com cinto de segurança ou em cadeirinha específica para pets.

“O importante é nunca transportar o bichinho de estimação no colo ou solto no carro. Também é essencial evitar que o animal fique com a cabeça para fora da janela do veículo, pois, além do risco de acidente, pode acarretar infração de trânsito”, alerta Aline. A prática está prevista no artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e prevê multa grave no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

Caso a viagem seja de ônibus, é fundamental que o pet esteja bem acomodado em caixa de transporte rígida e bem ventilada.

Em viagens de avião, animais de pequeno porte podem ir na cabine, acomodados em uma caixa macia adequada ao seu tamanho. Os pets de grande porte viajam no porão climatizado, em caixa compatível com o tamanho do animal. Todas as caixas devem seguir as normas da International Air Transport Association (IATA).

Conforto e comodidade durante o trajeto

Para que a viagem seja realmente inesquecível com o “melhor amigo”, é importante que ela seja confortável, especialmente durante o percurso.

Nas viagens terrestres, além de transportar o animal com segurança, o tutor deve levar a ração habitual do pet para evitar distúrbios gastrointestinais.

“O recomendado é alimentar o animal de 2 a 3 horas antes da saída e, durante o trajeto, ofertar pequenas quantidades a cada 4 a 6 horas, conforme a tolerância do animal. Já a água deve ser ofertada com frequência, a cada 1 a 2 horas”, orienta Aline.

Em viagens de avião, não é recomendado oferecer comida durante o voo. O tutor deve alimentar o animal 3 horas antes para evitar náuseas. A água pode ser deixada em recipientes presos à caixa, especialmente em voos longos. “Evite tranquilizantes sem prescrição veterinária, pois não são recomendados”, reforça Aline.

Durante viagens terrestres, é fundamental fazer paradas a cada 2 horas. Esse momento é importante para a oferta de água, para que o cão faça suas necessidades fisiológicas e para caminhadas breves.

Os felinos devem permanecer seguros na caixa, mas podem ter breves pausas em ambiente totalmente controlado, evitando qualquer risco de fuga.

10 dicas para a viagem ser agradável ao pet:

1 – Realize avaliação veterinária antes da viagem;

2 – Mantenha vacinas e antiparasitários atualizados;

3 – Não dê alimentos que o pet não esteja acostumado a comer;

4 – Faça a identificação do animal

5 – Garanta sombra, hidratação e pausas frequentes;

6 – Evite passeios nos horários mais quentes;

7 – Utilize protetor solar veterinário em áreas sensíveis do animal;

8 – Leve kit de primeiros socorros;

9 – Respeite a individualidade do pet, alguns se assustam com ambientes agitados;

10 – Nunca force interação, aglomeração ou exposição excessiva ao calor.

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