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Última temporada de Sweet Tooth chega à Netflix

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Junho começa com uma longa lista de séries e filmes para maratonar. Confira abaixo a lista do que estreia nos streamings na próxima semana:

Netflix

O Preço da Herança da Vovó (filme)

Após o sucesso de O Preço da Família, o clã Delle Fave parte para uma nova aventura em Minorca. A missão agora é no filme O Preço da Herança da Vovó, onde a família precisa se reunir para proteger a matriarca Giuliana (Fioretta Mari) e sua herança das garras do ardiloso Nunzio (Antonino Bruschetta), que seduziu a idosa e quer se casar com ela. A ideia do pretendente é levá-la para a América do Sul e, provavelmente, fazer a pobre senhora desaparecer em algum recanto escondido do Rio Amazonas. Desesperada para salvar a mãe, Anna (Angela Finocchiaro) envolve o marido e os filhos em um plano mirabolante: matar o futuro esposo da vovó Giuliana alguns dias antes do casamento. Entre brigas familiares, antigas desavenças e possíveis tragédias, os assassinos amadores descobrirão, mais uma vez, que o verdadeiro tesouro é a família. A comédia dramática revela que, apesar dos conflitos, o amor e a união entre os membros da família Delle Fave são mais valiosos do que qualquer herança.

Direção: Giovanni Bognetti

Duração: 1h 30min

Título original: Ricchi a tutti i costi

Data de estreia: 4 de junho

 

Sob as Águas do Sena (filme)

No coração de Paris, no verão de 2024, pela primeira vez os parisienses irão sediar o anual Campeonato Mundial de Triatlo, uma famosa competição de natação no lendário rio Sena. Porém, os planos estão prestes a mudar quando a ativista ambiental Mika nota uma estranha agitação no rio. É com urgência que ela alerta a cientista Sophia (Bérénice Bejo) que um grande tubarão está nadando nas profundezas do rio Sena. Apesar de desacreditada, o terror se instaura, e a competição se torna uma luta pela sobrevivência. Para evitar um banho de sangue no coração da cidade, elas precisam se juntar ao chefe de polícia Adil. Em uma corrida contra o tempo, o trio precisa encontrar uma maneira de neutralizar o tubarão e garantir a segurança dos competidores e espectadores, enquanto enfrentam a incredulidade das autoridades e o pânico crescente entre os habitantes de Paris.

Direção: Xavier Gens

Duração: 1h 41min

Título original: Sous la Seine

Data de estreia: 5 de junho

 

Como Roubar um Banco (filme)

Como Roubar um Banco é um documentário sobre crimes reais, que conta a história de Scott Scurlock, - interpretado na produção por Jordan Burtchett - um rebelde carismático, conhecido pelo apelido de Hollywood e responsável por uma uma série de roubos a banco dignos de cinema na década de 1990 em Seattle. Scurlock estaria supostamente por trás de mais de vinte assaltos a bancos ao longo de sua vida. O documentário detalha o longo processo de investigação da polícia, além de buscar entender como ele era capaz de realizar crimes e sair impune, quase como um fantasma.

Duração: 1h 26min

Título original: How To Rob A Bank

Data de estreia: 5 de junho

 

 

 

 

 

Baki Hanma x Kengan Ashura (filme)

Realizando o sonho de todo fã de artes marciais, Baki Hanma VS Kengan Ashura é o encontro mais esperado do mundo dos animes. "Baki", publicado na "Weekly Shonen Champion", da editora Akita Shoten, é um mangá de artes marciais que vendeu mais de 85 milhões de exemplares. A história gira em torno de vários lutadores, com foco especial na luta de vida e morte entre o jovem campeão Baki Hanma e seu pai, Yujiro Hanma, o ser vivo mais forte do planeta. Sucesso absoluto, o mangá "KENGAN ASHURA" continua sendo um dos preferidos dos leitores do site Ura Sunday e do app MangaONE até hoje. O humilde funcionário Kazuo Yamashita conhece o misterioso lutador Ohma Tokita e começa a participar das "partidas Kengan", em que as corporações resolvem seus conflitos de negócios apostando grandes quantias em lutadores experientes.

Direção: Toshiki Hirano

Duração: 1h 02min

Data de estreia: 6 de junho

 

 

Sweet Tooth (série) - 3ª Temporada

Produzida por Robert Downey Jr. e baseada na série homônima de HQs da Vertigo (selo da DC Comics), Sweet Tooth conta a história de Gus (Christian Convery), um menino-cervo que vive em um futuro pós-apocalíptico e faz parte de uma nova raça híbrida de humanos e animais. Isso é resultado de uma série de mutações que aconteceram depois do "Grande Colapso", quando um misterioso e mortal vírus espalhou o caos pelo mundo. Devido à pandemia, Gus cresceu isolado por uma década, até que decide deixar sua casa na floresta para explorar o que restou lá fora e encontrar sua mãe desaparecida. Mas, contra todas as probabilidades, ele se torna amigo do ex-jogador de futebol Tommy Jepperd (Nonso Anozie), agora viajante solitário e um dos sobreviventes da catástrofe. Juntos, eles embarcam em uma aventura extraordinária por um planeta devastado – e perigoso. Ao descobrir que existem outros como ele, Gus acaba ingressando em uma família de híbridos enquanto busca por respostas acerca dessa nova realidade e o mistério por trás da origem de sua espécie.

Produção: Robert Downey Jr.

Data de estreia: 6 de junho

 

Hierarchy (série)

Em Hierarchy, um novo aluno é transferido para um colégio reservado somente para os filhos da elite coreana ameaça as estruturas de poder estudantil. Construída e gerenciada pelo Jooshin Group, a Jooshin High School escolhe a dedo quem pode se matricular, praticamente, desde o berço. Mesmo só com os mais ricos e poderosos do país, a própria escola tem sua hierarquia, os 0,01% melhores alunos dominam os corredores. Tudo muda quando Kang-ha (Lee Chae-min) chega de transferência, abalando as estruturas da escola.

Criação: Bae Hyeon-jin e Chu Hye-mi

Título original: Hailaki

Data de estreia: 7 de junho

 

 

 

 

 

Max

Fixer Upper: The Lakehouse (série)

Chip e Joanna comemoram dez anos de Fixer Upper com um novo desafio: a revisão de um casa do lago severamente desatualizada dos anos 1960. Surpreendentes opções de design de interiores e características externas exclusivas destacam as vistas dramáticas do penhasco da propriedade.

Produção: Blind Nil, de Chip e Joanna Gaines

Título original: Night Court

Data de estreia: 2 de junho

 

 

 

 

 

 

 

 

Ren Faire (série) 

Por meio século, George Coulam, de 86 anos, conhecido por seus funcionários como Rei George, reinou com mão de ferro no Texas Renaissance Festival, o maior “faire” desse tipo no mundo. Ele tem o poder, como prefeito eleito da cidade que incorporou. Ele tem glória como empregador indiscutível e autoproclamado governante de milhares. Ele possui uma vasta riqueza, como acionista majoritário do festival. Agora, ele está pronto para desistir de tudo e passar os últimos anos de sua vida em busca de uma companheira romântica. Mas antes de se aposentar, George finalmente escolherá qual de seus funcionários de longa data receberá sua coroa. 

Direção: Lance Oppenheim

Data de estreia: 2 de junho

 

 

 

 

 

Am I Okay? (filme) 

Em Am I Ok? Lucy e Jane são amigas inseparáveis e de longa data. Elas fazem tudo juntas, elas sabem cada segredo e cada parte da vida da outra. Mas Jane é promovida e aceita o cargo, o único problema é que ela terá que ir para Londres, Inglaterra, deixando a amiga no país de origem. Lucy então decide abrir o jogo e confessar que é lésbica e que gosta da amiga já há um tempo. Apesar da grande coragem de falar para a amiga, a amizade das duas começa sumir e as vidas das duas seguem rumos diferentes.

Direção: Tig Notaro e Stephanie Allynne

Duração: 1h 26min

Data de estreia: 6 de junho

 

 

 

 

 

Fantasmas (série) 

O escritor, diretor e comediante Julio Torres conta uma história fantástica em seis partes sobre quando ele perdeu um brinco de ostra de ouro. Em sua busca para encontrar o objeto precioso, Julio reflete sobre os personagens excêntricos que encontra em vinhetas introspectivas, muitas vezes misteriosas e sempre cômicas, ambientadas em uma versão alternativa e sonhadora da cidade de Nova York. Um caleidoscópio de cores e surrealismo, Fantasmas tece histórias de pessoas que procuram significado, propósito e conexão num mundo cada vez mais isolado.

Criação: Julio Torres

Data de estreia: 6 de junho

 

 

 

 

 

 

Disney+

Star Wars: O Acólito (série)

Baseada na famosa franquia de George Lucas, a série Star Wars: O Acólito se situa cerca de 100 anos antes dos eventos do filme Episódio I - A Ameaça Fantasma. Durante os últimos dias da Alta República, onde os Jedi estão alcançando seu auge e liderando a República em explorações com iniciativas galácticas uma jovem ex-padawan se vê obrigada a se reunir com seu mestre Jedi para investigar uma série de crimes. No caminho, eles deparam-se com forças mais sinistras do que esperavam, entre segredos e potências emergentes do lado negro nos últimos dias da época da Alta República, os Jedi são ameaçados por uma força determinada a aniquilá-los.

Criação: Leslye Headland

Título original: Star Wars: The Acolyte

Data de estreia: 4 de junho

 

 

Clipped: Escândalos no Los Angeles Clippers (série)

Baseada no podcast de sucesso The Sterling Affairs da ESPN 30 por 30, a série Clipped: Escândalos no Los Angeles Clippers narra os bastidores do escândalo de um famoso proprietário de um time da NBA que tem seus comentários racistas registrados em um áudio e que compartilhados pelo mundo inteiro. Na trama, no ano de 2013 o famoso técnico Doc Rivers (Laurence Fishburne) chega ao LA Clippers com um time promissor de grandes nomes. O técnico  tem todo o potencial para fazer o time conquistar seu primeiro campeonato porém, o dono do time, Donald Sterling (Ed O’Neill), representa um problema familiar: ele é mesquinho, inconstante e um valentão, o que faz Doc embarcar em uma missão pessoal para minimizar sua influência e conquistar o título. Enquanto isso, a vida pessoal de Donald Sterling encontra sua profissional quando sua ambiciosa assistente pessoal luta pelo poder com sua esposa e sócia há 60 anos, Shelly (Jacki Weaver). 

Criação: Gina Welch

Título original: Clipped

Data de estreia: 4 de junho

 

Tornando-se Karl Lagerfeld (série)

Tornando-se Karl Lagerfeld é uma série que segue a ascensão do estilista na alta costura parisiense dos anos 1970, destacando sua ambição de se tornar o imperador da moda. Com Daniel Brühl no papel principal, a narrativa explora os bastidores glamorosos e os conflitos de ego, revelando as histórias por trás do icônico estilista antes de alcançar a fama.

Direção: Jérônome Salle e Audrey Estrougo

Título original: Becoming Karl Lagerfeld

Data de estreia: 7 de junho

 

 

 

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OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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