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TURISMO

Curtir a Disney no inverno europeu pode ficar mais barato que ir ao parque nos EUA

Você não precisa ir até a Flórida para conhecer o mundo encantado da Disney; a versão francesa do parque fica bem perto de Paris e o custo do passeio cai junto com a temperatura

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Que tal curtir o mundo encantado dos parques temáticos da Disney pagando mais barato pelos ingressos e enfrentando filas bem menores?

Não é propaganda enganosa, mas apenas as possíveis barganhas que você pode obter se programar uma escala na Disneylândia francesa, localizada nos arredores de Paris, até o fim do inverno europeu, no dia 20 de março.

Quem tem mais idade conhece a Disneyland Paris pelo nome de EuroDisney, como o complexo de entretenimento se chamava até 2004.

A versão europeia do mundo Disney completou 30 anos de funcionamento em 2022 sem deixar de fazer bonito para os fãs da trupe comandada pelo camundongo mais famoso do mundo.

A popularidade do Mickey atrai muita gente, sim, aos parques da franquia. Mas é o que se vê, e o que se curte, por lá que fideliza a legião de visitantes mobilizada pelas alegrias coloridas do ambiente cercado de magia nos complexos.

Embora anoiteça mais cedo e eventualmente alguns brinquedos estejam em manutenção durante o período, o inverno na Disney europeia pode ser mais quente, e econômico, do que se imagina. Acompanhe os argumentos abaixo e decida enquanto há tempo.

IR OU NÃO IR?

Vale a pena, sim. Para quem gosta, a Disney é sempre de encher os olhos e o coração onde quer que esteja instalada – além de Paris, há parques na Flórida, na Califórnia, no Japão e na China – ou a bordo, já que uma das opções são os cruzeiros temáticos da marca. Naturalmente, o sucesso do passeio depende também de seu planejamento.

Mesmo com pouco tempo, a imersão rende boas memórias e muitas imagens para o álbum de recordações. A Disney de Paris – na verdade, fica nos arredores da Cidade Luz – é menor que a original, criada nos EUA na década de 1950.

COMO CHEGAR

A Disneylândia francesa localiza-se a pouco mais de 40 km do centro da capital, na região de Marne-la-Vallée.

Uma opção é o Magic Shuttle, o serviço de ônibus da Disney, com pontos de partida nos principais aeroportos da cidade, Charles de Gaulle e Orly, e em outras estações. Os ônibus te deixam direto nos parques ou nos hotéis da Disney.

Também é possível, e fácil, chegar de metrô. Basta pegar o RER linha A, sentido Marne-la-Vallée Chessy. Na fachada dos ônibus tem a cabeça do Mickey para facilitar. As estações de metrô que vão direto são Châtelet-Les Halles e Auber.

De carro, só valerá a pena se você for seguir a viagem adiante, já que, somando aluguel do veículo, pedágios, combustível e estacionamento, os custos ficarão lá em cima. De táxi ou de Uber, com até três pessoas no carro, o custo fica em torno de 200 euros ida e volta.

TEMPO DE PASSEIO

São dois parques: o Parc Disneyland, no estilo Magic Kingdom, e o Walt Disney Studios, mais dedicado às produções cinematográficas. Se tiver somente um dia e quiser visitar os dois, é possível, basta se programar.

Os parques ficam um ao lado do outro, o que facilita o acesso. Se pesquisar as atrações e os horários direitinho, basta chegar cedo para aproveitar de tudo um pouco.

QUANTO CUSTA

A partir de 62 euros (um dia/um parque) ou 87 euros (um dia/dois parques), você já está dentro da magia. Fora do período, o custo seria, respectivamente, de 79 ou 99 euros. 

A melhor dica é comprar no site com antecedência (disneylandparis.com), já que é necessário escolher a data da visita no momento da compra. O motivo: o número de visitantes por dia é limitado.

São basicamente duas opções: para um dia de parque ou para dois, três ou quatro dias. Depois de efetuada a compra, leve o ingresso impresso ou salve no seu celular.

O Disney Premier Access, uma espécie de fura fila, te ajuda a esperar por menos tempo para curtir as atrações. O valor varia de 8 a 15 euros por brinquedo/pessoa e tem validade somente no dia de visita.

REFEIÇÕES

Há diversas opções temáticas de alimentação nos parques, como o Bistrot Chez Rémy, de comida francesa, inspirado no filme “Ratatouille”.

O Au Chalet de la Marionnette, restaurante decorado como uma aldeia alpina, serve frango assado e hambúrgueres do filme “Pinóquio”. Há também opções italianas, asiáticas, africanas, mexicanas, do Oriente Médio, etc.

Um dos carros-chefes é a pizza de calabresa no formato da cabeça – de quem mais? – do Mickey. Alguns viajantes profissionais recomendam sorvete de baunilha como sobremesa.

O QUE COMPRAR

As compras são outro dilema para muitos. Cada brinquedo tem uma loja ou cada loja tem um brinquedo? Fora dos parques tem uma loja enorme que tem todos os brinquedos com o mesmo preço. Portanto, caso não queria comprar durante o passeio, compre tudo ao fim da jornada.

OUTRAS DICAS

O figurino também é muito importante. Vista-se com roupas confortáveis e quentinhas. Lembre-se de que você vai andar o dia todo e ficar em filas, embora menores do que nas estações mais quentes. Mesmo no inverno, leve protetor solar, pois muitas das filas são debaixo de sol e, mesmo no frio da Europa, o risco de queimaduras solares existe.

Mantenha-se hidratado, leve uma garrafinha de água ou compre uma no local e encha no bebedouro durante o dia. Pegue um mapa na entrada e baixe o aplicativo do parque para não ficar andando de um lado para o outro à toa. Faça um circuito inteligente seguindo uma ordem para ir nos brinquedos. Assim, vai se cansar menos.

Nos mapas ou no aplicativo, é possível ter acesso aos horários dos shows. Use o despertador do celular como lembrete com no mínimo 30 minutos antes do início de cada programa.

Os parques abrem às 10h, ou seja, em média duas horas depois do nascer do sol. Uma alternativa para superar a preguiça matinal, reforçada pelo frio, é se hospedar já nos arredores da Disney Paris. Algumas horas a mais de sono podem ajudar, uma vez mais, na reserva de energia para os programas do dia.

Em Paris, trens urbanos e metrôs são diferentes, por isso, fique atento se utilizá-los. Nos primeiros, a identificação dos destinos é por letras; nos segundos, por nomes. Se você for nos dias úteis, estará indo contra o fluxo, e os 40 minutos de viagem permitem mais uma dormida providencial. O parque fica na parada final, Marne-la-Vallée Chessy.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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