Correio B

Correio B+

Destaque B+: Com quatro indicações ao Bibi Ferreira, Lucas Drummond fala de sucesso de "Órfãos"

Dirigida por Fernando Philbert, a versão brasileira de Órfãos, de Lyle Kessler, tem idealização e coordenação artística do ator e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz.

Continue lendo...

Indicado a quatro prêmios Bibi Ferreira (Peça, direção, ator (Ernani Moraes) e cenografia)) “Órfãos” estendeu sua temporada em São Paulo, no Teatro Faap, até dia 29 de setembro.

Com sessões às quartas e quintas, às 20h, a trama de Lyle Kessler com direção de Fernando Philbert, gira em torno dos irmãos Phillip (Lucas Drummond) e Treat (Rafael Queiroz), que vivem em um lugar abandonado e só têm um ao outro. Treat, o mais velho, comete furtos para sustentá-los. Já Phillip não sai de casa há anos. Até que eles conhecem Harold (Ernani Moraes), um homem mais velho que irá transformar suas vidas.

"Eu tô meio feliz e orgulhoso! Estivemos em cartaz com este espetáculo por um ano no Rio de Janeiro. São Paulo sempre foi um grande sonho! E mesmo só com parte do patrocínio (tivemos incentivo de 8 pessoas, que através do seu IR pessoa física, custearam uma parte da temporada paulistana, através da Lei Rouanet) decidi arriscar, porque sempre acreditei na potência dessa história e na qualidade deste trabalho. E esse reconhecimento prova que eu não estava errado e me dá força e coragem para seguir lutando pelos meus sonhos e projetos! Quero agradecer aos jurados e, principalmente, ao público de São Paulo, que nos recebeu e segue nos recebendo (pois estaremos em cartaz até 26/09!) de braços abertos" – diz Lucas Drummond, que além de fazer parte do elenco é também o responsável por trazer a história para o Brasil. 

Sobre a temporada prorrogada no Teatro Faap

Depois de temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e após arrebatar também o público e a crítica paulistanos, o espetáculo Órfãos tem sua temporada no Teatro Faap prorrogada até 26 de setembro, com sessões sempre às quartas e quintas, às 20h.

Dirigida por Fernando Philbert, a versão brasileira de Órfãos, de Lyle Kessler, tem idealização e coordenação artística do ator e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz.

Com extensa carreira internacional, o texto de 1983 deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada. A montagem brasileira recebeu 17 indicações a prêmios, sendo 3 ao Prêmio APTR, 2 ao CESGRANRIO e 12 ao CENYM. Venceu Ator Coadjuvante (Ernani Moraes) no Prêmio APTR e 3 categorias no Prêmio CENYM: Ator Coadjuvante (Rafael Queiroz), Direção de Arte e Qualidade Técnica de Produção.

Em cena, dois irmãos órfãos (Lucas Drummond e Rafael Queiroz) sequestram um misterioso homem de negócios (Ernani Moraes) para pedirem resgate e acabam encontrando a figura paterna que nunca tiveram e com a qual sempre sonharam. “Me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018.
É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o afeto, que às vezes pode ser bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond.

“Meu personagem (Phillip) é criado pelo irmão mais velho, Treat (Rafael Queiroz), que bate carteira na rua para sustentar nós dois. E por acreditar que tem uma alergia terrível à maioria das coisas, Phillip não sai de casa há anos. Então, toda a sua visão de mundo é baseada no que ele vê pela janela, pela TV e pelo que o irmão conta para ele. É um personagem extremamente sensível, poético e com uma imaginação incrível”, conta Drummond.

Para a direção de Órfãos Lucas convidou Fernando Philbert, realizando um antigo desejo de trabalhar com o diretor. “Órfãos tem a natureza de uma fábula: dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade e, de repente, chega uma figura que vai ajudar, tentar dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro”, analisa Philbert.

A temporada no Teatro FAAP, que começou em junho, marcou o retorno de Ernani Moraes para os palcos paulistanos depois de 15 anos. Aos 27 anos, o ator veio para  São Paulo onde morou por 12 anos e integrou o grupo Tapa em montagens como A Megera Domada, A Mandrágora e Viúva Porém Honesta.

No papel de Harold, o homem mais velho que transforma a vida dos dois jovens, Moraes destaca o desafio lançado pelo diretor para a composição de seu personagem: “Pela primeira vez em teatro, me deram um adjetivo para eu pesquisar, que é ‘elegante’. Normalmente, estou no universo dos ogros, dos malucos, dos torturadores, e o Phil está puxando isso de mim, que é fazer um personagem elegante, sem esforço, calmo, falando com a voz normal. Para quem me conhece como ator, sabe que eu transito muito no outro lado. Está sendo muito desafiador”.

Rafael Queiroz concorda: “Fernando tirou a gente da zona de segurança, onde a gente transita bem, tirou nossa base, desestruturou para reestruturar da maneira que ele quer e que sabe que vai ter o melhor resultado. É desafiador, mas ele é preciso, estica a corda até onde sabe que é possível”.

O cenário assinado por Natalia Lana reforça o abandono que caracteriza os irmãos órfãos, vivendo de forma precária em um apartamento decadente. Mesas, cadeiras e objetos variados evocam lembranças, reais ou não, especialmente em Phillip, que passa todo o tempo confinado. E são as janelas, que rodeiam todo o cenário, que fazem a ponte entre o mundo imaginário de Phillip e o mundo exterior.

A trilha original está a cargo do diretor musical Marcelo Alonso Neves: “Há duas linhas distintas que desenvolvo no espetáculo. Primeiro, quis buscar a memória de uma época, em cima de áudios históricos de programas de televisão, de filmes de cinema. Além disso, uma trilha incidental cria essas atmosferas, para permear momentos de tensão e emoção”, resume.

A figurinista Rocio Moure partiu de ícones representativos do momento em que os personagens estão inseridos na história, através de silhuetas e peças de roupa clássicas e bem definidas, inspiradas no cinema e na cultura da época: “Procurei marcar a diferença clara do encontro entre as gerações dos três personagens, levando toques de personalidade para cada um deles com objetos de indumentária que destacam a diferença nos detalhes”, adianta.

Destaque B+: Com quatro indicações ao Bibi Ferreira, Lucas Drummond fala de sucesso de “Órfãos” - Divulgação

A trajetória internacional de Órfãos

Montada originalmente há quase 40 anos, Órfãos tem premiada trajetória nos EUA e em dezenas de países, entre eles França, Alemanha, Estônia, México, Japão e Turquia. Em 1985, foi dirigida pelo também ator Gary Sinise e, em 1986, a versão inglesa rendeu a Albert Finney o Olivier Award de Melhor Ator. A montagem norte-americana mais recente, produzida na Broadway, em 2013, foi estrelada por Alec Baldwin e indicada ao Tony Awards na categoria Melhor Peça. A história ganhou as telas de cinema em 1987, no longa dirigido por Alan J. Pakula e protagonizado por Albert Finney, Matthew Modine e Kevin Anderson.

Cinema

Menos de um mês após a morte de Silvio Santos, filme sobre o apresentador estreia nos cinemas

Confira as estreias da semana nos cinemas de Mato Grosso do Sul

12/09/2024 13h29

Cena de

Cena de "Silvio" Reprodução

Continue Lendo...

Nesta quinta-feira (12), o filme baseado em fatos reais "Silvio" estreia nos cinemas brasileiros. A trama conta o episódio do sequestro do empresário e apresentador Silvio Santos, interpretado por Rodrigo Faro.

Silvio faleceu no último dia 17 de agosto, em decorrência de um agravamento do quadro de influenza H1N1, que gerou uma broncopneumonia.

Confira a lista completa de estreias abaixo:

Sinopses

SILVIO

Cena de "Silvio"

Baseado em fatos reais, "Silvio", dirigido por Marcelo Antunez, retrata o sequestro do icônico apresentador Silvio Santos, vivido por Rodrigo Faro. A trama se inicia 12 horas após o sequestro de sua filha (Polliana Aleixo), quando Silvio enfrenta uma nova crise: sua casa é invadida e ele é mantido como refém por sete horas. Diante dessa situação de extremo perigo, o apresentador precisa lutar pela sua vida e pela segurança de sua família, enquanto reflete sobre sua trajetória de vida, marcada por desafios e conquistas. As lembranças remontam à sua juventude, quando, aos 14 anos, começou a trabalhar como camelô, dando os primeiros passos em direção ao sucesso. O filme explora o lado humano de Silvio, que, mesmo em uma situação de vulnerabilidade, tenta proteger seu legado. Esse evento dramático marcou o Brasil e se tornou um dos momentos mais desafiadores na vida do apresentador, destacando sua resiliência e força interior.

Direção: Marcelo Antunez

Duração: 1h 51min

Classificação indicativa: 14 anos

Onde ver: 

  • Campo Grande: Cinemark (Shopping Campo Grande), Cinépolis (Shopping Norte Sul) e UCI (Shopping Bosque do Ipês)
  • Três Lagoas: Cinépolis (Shopping Três Lagoas)
  • Dourados: Cine Araújo (Shopping Avenida Center)

Meu Amigo Pinguim

Cena de "Silvio"

Com direção de David Schurmann, o longa-metragem é um conto de amizade entre um pai solitário e um pequeno pinguim perdido, que recarrega seu espírito e cura sua família com uma lealdade inabalável que atravessa o oceano. Na trama, o humilde pescador João (Jean Reno) se afastou do mundo após uma tragédia, mas quando ele descobre um pinguim à deriva sozinho no oceano, encharcado de óleo de um vazamento, seu primeiro instinto é ajudar. Para desespero de sua esposa (Adriana Barraza), ele não apenas resgata a criatura marinha, mas cuida do pássaro e o apelida de DinDim.

Direção: David Schurmann

Duração: 1h 37min

Classificação indicativa: 10 anos

Título Original: My Penguin Friend

Onde ver: 

  • Campo Grande: Cinemark (Shopping Campo Grande) e Cinépolis (Shopping Norte Sul)
  • Três Lagoas: Cinépolis (Shopping Três Lagoas)

Não Fale o Mal

Cena de "Silvio"

Não Fale o Mal é uma nova versão do filme dinamarquês dirigido por Christian Tafdrup, Speak No Evil. Nessa adaptação americana, dirigida e roteirizada por James Watkins, a trama acompanha uma família dos Estados Unidos que, após se aproximar de uma família britânica durante suas férias na Europa, aceita um convite para passar um final de semana em sua casa de campo. Inicialmente, o cenário parece perfeito, oferecendo uma pausa tranquila. No entanto, o que deveria ser um fim de semana relaxante logo se transforma em um pesadelo sombrio. Os anfitriões, Paddy (James McAvoy) e Ciara (Aisling Franciosi), começam a agir de forma estranha, revelando uma violência perturbadora e traços de maldade sobrenatural. Ben (Scoot McNairy) e Louise Dalton (Mackenzie Davis), os visitantes, se veem presos em um jogo sinistro do qual desconhecem as regras, sem saber como escapar da situação cada vez mais aterrorizante.

Direção: Christian Tafdrup

Duração: 1h 50min

Classificação indicativa: 18 anos

Título original: Speak No Evil

Onde ver: 

  • Campo Grande: Cinemark (Shopping Campo Grande)

Robô Selvagem

Cena de "Silvio"

Em Robô Selvagem, o robô conhecido como "Roz"  a unidade ROZZUM 7134  naufraga em uma ilha desabitada, precisa aprender a se adaptar a esse novo ambiente e, pouco a pouco, construindo relações com animais nativos e isso inclui até a adoção de um filhotinho de um ganso. O filme é uma adaptação do livro de mesmo nome do escritor Peter Brown.

Direção: Chris Sanders

Duração: 1h 42min

Classificação indicativa: Livre

Título original: The Wild Robot

Onde ver: 

  • Campo Grande: Cinemark (Shopping Campo Grande), Cinépolis (Shopping Norte Sul) e UCI (Shopping Bosque do Ipês)
  • Três Lagoas: Cinépolis (Shopping Três Lagoas)
  • Dourados: Cine Araújo (Shopping Avenida Center)

Assine o Correio do Estado

MULHERES DO CAMPO

Documentário registra a rotina de cinco produtoras rurais

Com direção do jornalista Sérgio Carvalho, documentário registra a rotina de cinco produtoras rurais que vivem e trabalham na fronteira sul-mato-grossense do Brasil com o Paraguai; estreia será na terça-feira (17), no MIS

12/09/2024 10h00

Continue Lendo...

O Museu da Imagem e do Som (MIS) vai abrigar, na terça-feira (17), às 19h, o lançamento do documentário “Esmalte no Alimento”, produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo 2023 repassados pela Prefeitura de Campo Grande. 

O documentário, que recebeu R$ 72 mil da lei federal, tem duração de 23 minutos e apresenta o registro de depoimentos e imagens que mostram a vida e o trabalho de cinco mulheres produtoras rurais na fronteira do Brasil com o Paraguai, em Mato Grosso do Sul.

O projeto “Esmalte no Alimento”, da produtora TBX Audiovisual, sob a produção-executiva de Gabriela Oliveira Xavier, nasceu da necessidade de se obter “um registro documental sobre o amor ao trabalho na terra, a dedicação e os desafios de mulheres que receberam terras dos programas de reforma agrária do governo federal”, explica Gabriela.

Em “Esmalte no Alimento”, com direção de fotografia, captação e finalização de Marcos Mendes, que também atua no meio musical, as cinco mulheres em foco contam um pouco de suas histórias de vida. 

Por meio desses depoimentos, em formato de diálogo com um interlocutor, essas mulheres relembram o período de acampamento, a espera pela entrega da terra, a conquista do pedaço de chão e o início das atividades de criação de pequenos e grandes animais, além do trabalho na lavoura.

O documentário, roteirizado e dirigido pelo jornalista Sérgio Carvalho, está segmentado em cinco eixos que representam o imaginário dos sabores que se alcança com os alimentos: salgado, doce, amargo, azedo e umami (o quinto sabor). 

A linha condutora do roteiro foi inspirada no livro de crônicas “Umami – O Quinto Sabor”, da jornalista Patrícia Leite. É “nessa métrica imaginária” que o documentário permite ao espectador reconhecer, “aplaudir e nos emocionar com a determinação da força feminina na produção de alimentos no Brasil”.

 

OLHARES FEMININOS

O diretor e roteirista Sérgio Carvalho diz que o processo de produção e criação do documentário “Esmalte no Alimento” se deu de maneira inteiramente coletiva. “Desde o momento da escolha do nome para o documentário à linha de raciocínio que a gente seguiria para construir, edificar o documentário, todo o processo foi coletivo”, afirma Sérgio Carvalho.

“A produção, por exemplo, ela vem com base em uma experiência minha como roteirista e diretor no próprio campo de trabalho, que era a fazenda Itamarati, hoje assentamento Itamarati. Veio de uma experiência de um outro trabalho que eu realizei no assentamento Itamarati. O processo de produção veio dessa experiência, e mesmo assim foi um processo de produção coletivo. O resultado do trabalho de produção é a várias mãos. Roteirização e pós-produção também foram um trabalho coletivo”, conta o diretor e roteirista.

“Esmalte no Alimento”, diz Carvalho, é acima de tudo o resultado de olhares femininos sensíveis e de uma pesquisa apurada da produtora Sabrina Barros Xavier, e o resultado final é uma homenagem a todas as mulheres que trabalham de sol a sol nas pequenas propriedades do País, produzindo alimento e vivendo do que plantam, colhem e criam sobre a terra.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).