Com personagem que trata da violência doméstica e da masculinidade tóxica, ator Marcéu Pierrotti é o antagonista da série na plataforma de streaming, Univer Vídeo.
Os primeiros meses de 2024 estão intensos para Marcéu Pierrotti. O ator é “Sidney” na série “Até onde ela vai”, escrita por Raphaela Castro e dirigida por Felipe Cunha, que será exibida na plataforma de streaming Univer Video. Marcéu interpreta o antagonista Sidney, que tem uma relação marcada por abusos e agressões com sua companheira Bárbara, vivida por Louise Clós.
Marcéu conta que Sidney aparenta doçura e simpatia, mas é capaz de cometer atrocidades. A série, de 10 episódios, discute temas que estão em voga na atualidade, como a violência contra a mulher, as relações abusivas, a educação agressiva na infância e traumas gerados.
“Esta série fala sobre nossos traumas e como lidamos com eles ao longo da vida. Será que continuamos replicando todo o mal que foi feito a nós? Será que buscamos transformar nossas feridas e temos coragem de abrir a gaveta das dores e enfrentar nossas sombras?”, questiona o ator, que tem no currículo outros trabalhos televisivos, como “Terra e Paixão” (2023) e Malhação (2007 e 2018), na Globo, “Reis” (2022), “Gênesis” (2021) e “Jezabel” (2019), na Record, “Poliana Moça” (2022), no SBT, e as séries “Pela Fechadura” (2019), na Prime Box Brazil, e “Desencontros” (2018), na Sony.
No mês de abril, estreia no teatro.
De 03 de abril a 02 de maio, Marcéu estará em cartaz, no Rio de Janeiro, com o espetáculo “3 Meses e 3 Dias”, do qual assina a direção e colaboração dramatúrgica e em que interpreta Ivan, um neurocirurgião.
Em um dos dois monólogos que compõem o texto, o personagem relembra o dia em que fez de tudo para salvar um garoto de dez anos durante uma cirurgia de emergência. Enquanto questiona suas habilidades profissionais, por conta de seu insucesso, e a competência para ter um filho, ele também enfrenta o trauma de não ter conhecido verdadeiramente seu pai, morto prematuramente.
Um drama ficcional inspirado na própria história de vida de Marcéu.
Foto: Vinícius Mochizuki“3 Meses e 3 Dias” é um trabalho autoral, feito a quatro mãos com o ator e dramaturgo Ricardo Burgos. A dupla se utilizou de acontecimentos biográficos para tratar de temas como paternidade, relação entre pais e filhos e a masculinidade. “A fragilidade da masculinidade e a paternidade são temas que, muitas vezes,são negligenciados e, por isso, é importante que essas histórias sejam contadas”, afirma Marcéu.
Este é o 10º trabalho do ator nos palcos, que já assinou a direção dos espetáculos “Moléstia” (2018/2019) – que deu origem ao filme homônimo (2021), “O Lado B” (2019) e “Grau Zero” (2022). Esteve, entre outros, no elenco de “Match” (2018), sob a direção de Bruno Guida, “O Beijo no Asfalto – O Musical” (2016/2018), dirigido por João Fonseca, e em “Como os peixes chegaram ali” (2016), dirigido por Miwa Yanagizawa.



