Correio B

VIA STREAMING

Dica da Semana: "Reign"

Voltada para o público jovem, "Reign" é uma envolvente série de época que mistura ficção com fatos históricos

Continue lendo...

Lançada em 2013, “Reign” é um dos grandes sucessos da emissora de televisão americana The CW. Com suas quatro temporadas disponíveis na Netflix, no Globoplay e no Now, o drama histórico se passa na Europa do Século XVI e tem como personagem principal Mary Stuart, rainha da Escócia de dezembro de 1542 até julho de 1567. A série conta a sua trajetória pelo poder, criando uma ficção em cima dos fatos mais marcantes da vida real da personagem. 

A primeira temporada conta a chegada de Mary, com apenas 15 anos, à França juntamente com suas damas de companhia e melhores amigas. Já noiva de Francis Valois II, o príncipe herdeiro do trono francês, Mary deverá sobreviver as intrigas e as ameaças da corte francesa a fim de assegurar seu trono escocês, abalado pelos embates entre católicos e protestantes, e de viver ser grande amor ao lado de Francis. Ao longo das temporadas, os espectadores acompanham a evolução da personagem da Mary de uma garota inocente e doce até uma mulher decidida e convicta de seus valores morais e responsabilidades como governante. Assim, enquanto as primeiras temporadas são mais votadas para os seus relacionamentos amorosos, as últimas pesam mais na parte política de sua jornada. 

Com um enredo que mistura os fatos históricos reais com romances envolventes, magia e muito mistério, “Reign” é uma série que rapidamente cativa o espectador, principalmente aqueles já são interessados em produções do gênero. Além de chamar atenção pelos belíssimos figurinos usados pelos personagens - que conseguiu unir elementos contemporâneos com a moda do passado -, a produção foi gravada em um autêntico castelo (Asford Castle, na Irlanda), o que contribui imensamente para uma melhor na imersão na época em que a história se passa.

Pintando outra realidade

Inspirada nas pinturas do sueco Simon Stålenhag, “Tales From The Loop” é a nova produção original da Amazon Prime Video que chega à plataforma no dia 3 de abril

A produção original da Amazon Prime Video “Tales From The Loop” tem seu enredo baseado na série de pinturas do artista sueco Simon Stålenhag, conhecido por suas imagens digitais que misturam elementos futuristas com ambientes rurais suécos dos anos 1980, que foram reunidas em um livro com o mesmo nome da série. Lançado em 2015, “Tales From The Loop” é um de seus trabalhos mais conhecidos, tendo servido de inspiração para a criação de um RPG de mesa, com o mesmo nome do livro. 

A série traz o ambiente das pinturas suecas para a pequena cidade americana de Mercer, em Ohio. Lá, seus habitantes moram em cima de um laboratório subterrâneo chamado de Mercer Center for Experimental Physics, fundado por Russ Willard (Jonathan Pryce). Apelidado de Loop pelos habitantes da cidade, é uma máquina construída para explorar os mistérios do universo, porém ninguém sabe exatamente o que é feito lá. Enquanto isso, na superfície, humanos, robôs e veículos futuristas convivem normalmente, sendo parte normal do dia-a-dia dos moradores da pequena cidade. Todos os elementos sci-fi da série - como robôs, objetos voadores, dimensões paralelas, dobras temporais e desaparecimentos inexplicáveis - são ferramentas narrativas encontradas pelos autores para explorar a condição de existência humana, abordando temas como a morte, a vida, a solidão e as consequências que vem com as tomadas de decisões. 

Apesar de sua estreia estar marcada para o dia 3 de abril, a Amazon Prime já havia disponibilizado três episódios de “Tales From The Loop” em uma espécie de pré-estreia. Curiosamente, somente o primeiro, o quarto e o sexto episódios (de um total de oito) foram liberados. Assim, observou-se que cada episódio possuía uma história particular, fechada em seu tempo de duração. Porém, de alguma forma os episódios se correlacionam, mostrando as diversas facetas da humanidade na pequena cidade de Mercer.

Rejeição perigosa

Com muito humor e xingamentos, “Coffee & Kareem” chega à Netflix

Famoso por seus papéis em “The Office” e “Se Beber, Não Case!”, Ed Helms já é uma figura conhecida no universo das comédias. Apesar de suas produções pecarem em profundidade, é o humor persistente que as torna apelativa para muitos. Nesse sentido, em tempos de isolamento e incertezas, um filme besteirol pode ser a pedida certa para alegrar o dia. E é exatamente essa a proposta de “Coffe & Karen”, um filme original da Netflix que conta com a direção de Michael Dowse (“Stuber” e “Goon”) para retratar uma comédia de ação sobre laços inesperados.

Quando Vanessa (Taraji P. Henson) decide assumir seu namoro com James Coffee (Ed Helmes), o policial acreditava que finalmente havia embarcado num relacionamento estável. No entanto, como sempre se dera bem com os namorados da própria mãe, não contava com a extrema rejeição de Kareem (Terrence Little Gardenhigh), o filho pré-adolescente de Vanessa. Assim, numa tentativa de se aproximar do garoto, James propõem que os dois façam juntos uma ronda pelo bairro. Apesar das boas intenções, Kareem enxerga esse momento como a oportunidade perfeita para bolar um plano que separe o mais novo casal e, portanto, contrata um criminoso fugitivo para afastar James de vez.

Mas aquilo que deveria ser apenas um susto toma proporções inimagináveis quando a gangue mais perigosa do bairro decide, no mesmo dia, resolver suas pendências com o tal criminoso. Dessa forma, Kareem e Coffee acidentalmente se transformam em testemunhas de uma secreta rede de atividades ilegais, o que coloca um alvo em suas costas e de suas famílias. Com o intuito de proteger Vanessa e aqueles que mais amam, os dois formam uma inusitada dupla e partem numa perigosa perseguição por Detroit, recheada de comédia e palavrões.

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

Continue Lendo...

As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).