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Literatura

Escritora Mara Calvis distribui seu mais novo livro para crianças de escolas municipais

Para conscientizar sobre córregos, Mara Calvis distribui "As Aventuras de Ygor, o Peixe Barbado" em escolas de Campo Grande; livro também ganhou versão em audiobook e tradução em inglês e espanhol

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“A ideia do livro veio porque há 10 anos eu pergunto… Sou educadora ambiental para as questões do resíduo em Campo Grande, presto serviço para a Solurb, então, são 30 mil pessoas por ano que me escutam, e eu falo do lixo da rua, e todo mundo sabe que não se joga lixo na rua, no chão, mas o lixo está em todas as ruas. E, quando vem, a chuva leva isso para os córregos. Então todos os córregos estão poluídos. Aí eu faço a pergunta: quantos córregos têm em CG? Noventa e nove por cento da população chuta ‘até 10’. E eu me senti na obrigação, como campo-grandense, de deixar esse legado de informação de forma lúdica, para que a gente possa conhecer e preservar”.

É o que conta a escritora Mara Calvis sobre “As Aventuras de Ygor, o Peixe Barbado”. A publicação é a linha de frente de um projeto conduzido pela autora que visa a unir cultura e preservação ambiental em Campo Grande.

O projeto, intitulado Ler, para conhecer Campo Grande pelos córregos, preservar e vivulgar o município aos moradores e visitantes, foi contemplado pelo governo federal, por meio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo (MTur), da Lei Federal de Incentivo à Cultura (nº 8.313/91), mais conhecida como Lei Rouanet (Pronac 220616).

A iniciativa tem como objetivo principal sensibilizar e educar a população sobre a riqueza natural e histórica de Campo Grande, especialmente seus 33 córregos, o Rio Anhanduí e quase 100 nascentes, todos lamentavelmente poluídos com resíduos.

Para alcançar esse objetivo, Mara Calvis conta a história e a geografia da cidade por meio de seu livro “As Aventuras de Ygor, o Peixe Barbado”. A narrativa leva os leitores em uma jornada pelos pontos turísticos, prédios, praças e igrejas, acompanhada por imagens que auxiliam na contextualização geográfica, além de mapas das 11 microbacias e dos bairros da cidade. 

Um diferencial desse projeto é que os livros ganharam versões também em inglês e espanhol, além da edição original em português, e, para que a história pudesse chegar a ainda mais crianças e para espalhar a ideia da preservação para mais lugares do mundo, “As Aventuras de Ygor, o Peixe Barbado” ganhou formato de audiobook nos três idiomas. O projeto tem também o patrocínio da Solurb.

Os audiobooks estão disponíveis gratuitamente em https://www.youtube.com/watch?v=267W4Mutaqw (inglês), https://www.youtube.com/watch?v=XrgjMwtQf1Q (português) e https://www.youtube.com/watch?v=267W4Mutaqw (espanhol).

VISITAS

No dia 25 de setembro, Mara realizou a entrega das três versões do livro “As Aventuras de Ygor, o Peixe Barbado” para as escolas municipais presencialmente na Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed). Além disso, ela está organizando visitas a escolas municipais e estaduais durante todo este mês.

“Todas as escolas públicas, municipais, Emeis e estaduais, em um total de mais ou menos 300 escolas em Campo Grande, vão receber as três versões”, explica a escritora, que destaca que as entregas serão realizadas durantes as visitas ou via malote. 

As escolas municipais incluídas na programação deste mês são: Escola Municipal Professor Carlos Henrique Schrader, Escola Municipal de Educação Infantil Antonio Rustiano Fernandes, Escola Municipal Professora Ione Catarina Gianotti Igydio, Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira e Emei Georgina Ramires da Silva. 

Nas escolas estaduais, Mara Calvis estará presente nas seguintes instituições: Escola Estadual Costa Vieira, Centro Estadual de Educação Profissional Hércules Maymone e Escola Estadual Lino Villachá.
Mara Calvis tem a convicção de que a educação é o caminho para a conscientização e a preservação do meio ambiente, e seu projeto é uma valiosa contribuição para a cidade de Campo Grande. “A entrega dos livros representa um passo importante em direção a uma comunidade mais consciente e engajada na preservação de seus recursos naturais”, pontua.

Para mais informações sobre o projeto Ler, para conhecer Campo Grande pelos córregos, preservar e divulgar o município aos moradores e visitantes, o contato é (67) 99227-5169.

A OBRA

“O Ygor é um visitante de outro estado, um peixe barbado. Porque a gente teve como referência o bagre, que tem em todos os estados. E ele chega em Campo Grande porque soube que aqui a gente tem muitos córregos, e para ele poder conhecer a cidade, precisaria de muitos córregos. A arara Juju vai ser a guia turística dele, e começa no Horto Florestal dizendo que ali une o Prosa e o Segredo, que formam um único rio, que é o Anhanduí”, conta a autora.

“Em todas as páginas têm fotos de referências próximas aos córregos em que ele passa. A ideia é contar a história e a geografia, todos os pontos turísticos, praças, parques, igrejas, centros de educação ambiental, universidade. Tudo que é ponto de referência, não só turístico. Rodoviária nova, velha, kartódromo. Vem uma mapa das microbacias, que são 11”, afirma. O livro, segundo Mara Calvis, também traz um “recorte” do mapa para se saber onde o peixe está na história e, do lado, fotos para representar cada localização geográfica.

“Então, ele vai passear pelos 33 córregos que estão dentro do perímetro urbano de Campo Grande. Todos os córregos estão poluídos com lixo. Por isso foram cinco anos que fui visitar essas microbacias para fazer o enredo. Meu filho Douglas Calvis fotografou todos esses pontos de referência. A ideia é que a gente possa conhecer, por meio da leitura, Campo Grande, para amar e preservar”, reforça.

Cultura

"Povo das Estrelas" apresenta espetáculo de dança cigana em Campo Grande

A apresentação, que promove a cultura do povo nômade, será no sábado (21), no Teatro Allan Kardec

13/12/2024 15h32

Imagem Divulgação

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Com uma trupe de dançarinos diversificada, o espetáculo de dança cigana “Povo das Estrelas” será apresentado no dia 21 de dezembro, no Teatro Allan Kardec, em Campo Grande.

A apresentação é uma verdadeira viagem em que o espectador poderá “passear” pela origem do povo cigano, seus costumes e valores mais tradicionais, por meio de muita música e ritmo.

Em conversa com o Correio do Estado, a produtora Yordana contou que este é o primeiro espetáculo promovido pela companhia que leva o seu nome.

“A dança cigana é uma linguagem que se manifesta a partir de toda uma forma de pensar, sentir e viver do povo cigano. Uma forma tradicional de expressão artística, repleta de encantamento e poesia, como a própria alma cigana. Para o cigano, dançar é transformar magia em movimento”, explicou a produtora e completou:

“O nomadismo cigano enriquece sua cultura artística desde sua primeira caminhada até hoje, pois, por onde passaram, os ciganos incorporaram e transmitiram novas expressões artísticas à sua dança, com influência da cultura local, criando assim uma grande diversidade de danças ciganas pelo mundo, cada qual com características típicas de sua região.”

Para quem for contemplar o espetáculo, pode-se ter em mente que a arte da dança cigana é muito mais do que a execução de movimentos; é uma atividade que engloba aspectos históricos e culturais.

“Cada passo de dança carrega consigo a memória de séculos de jornadas, lutas e celebrações de um povo.”

Imagem Divulgação

Cores e figurinos


Os figurinos e a cenografia, carregados de elementos simbólicos e representativos da cultura cigana, em combinação com as apresentações de dança, revelarão a diversidade e a criatividade deste povo.


A produtora do espetáculo, que também é bailarina e conduz a Cia Yordana de Dança Cigana, possui reconhecimento internacional, tendo recebido diversos prêmios.

Em 2024, ela organizou a primeira edição do Festival de Dança Cigana de Mato Grosso do Sul, que contou com a participação de bailarinos de várias partes do país.

Com ingressos que variam de R$ 30,00 (primeiro lote) a R$ 35,00 (segundo lote), o espetáculo de dança é um convite para uma imersão cultural no universo do povo nômade, que não deixa o tempo apagar sua resistência.

Os ingressos podem ser adquiridos por meio do WhatsApp, pelo número (67) 99888-3072.

 

 

Serviço
Espetáculo: Povo das Estrelas o Espetáculo
Local: Teatro Allan Kardec
Horário: 19h30
Endereço: Avenida América, nº 653, Vila Planalto

 

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AGENDA CULTURAL

Rap, reggae, terror e canções brasiguais

Tem também muito samba, com o primeiro grito de Carnaval da temporada na quadra da Vila Carvalho; Falange da Rima e Gio Resquin encerram o Som da Concha, Rockers Sound System toca no Jardim dos Estados e, para as crianças, "Histórias Mágicas de Natal"

13/12/2024 10h00

A partir da esquerda, Mano Cley, Jhon Geral, Mano Xis, DJ Magão e MT Flynt, do grupo Falange da Rima, encerram o Som da Concha 2024

A partir da esquerda, Mano Cley, Jhon Geral, Mano Xis, DJ Magão e MT Flynt, do grupo Falange da Rima, encerram o Som da Concha 2024 Foto: Divulgação

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Dois shows gratuitos encerram o projeto Som da Concha 2024 neste domingo: “Brasiguaia”, da cantora Gio Resquin, e “Falange da Rima Homenageia a Música de MS”, com o grupo Falange da Rima. Quem primeiro sobe ao palco da Concha Acústica Helena Meirelles (Parque das Nações Indígenas), às 18h, é a cantora de Ponta Porã. Em sua apresentação, Gio vai exaltar as influências culturais da fronteira.

Filha de brasileiros e de paraguaios, a artista busca expandir a visão da cultura fronteiriça, indo além de elementos tradicionais como a sopa paraguaia e o tereré. O show “Brasiguaia” destaca gêneros musicais que a cantora cresceu ouvindo, como kachaka, reggaeton, polca, cumbia, vallenato e bachata. O repertório inclui releituras e composições autorais que combinam elementos eletrônicos do pop e do reggaeton com os ritmos tradicionais paraguaios.

“O Falange preparou um repertório que cria uma atmosfera de homenagem a personagens da música regional de Mato Grosso do Sul. Trechos das memoráveis músicas de Délio e Delinha, Almir Sater, Bêbados Habilidosos, entre outros, fazem parte desta criativa homenagem que, junto com nossas letras de rap, entregará um espetáculo que valoriza a memória musical do Estado”, adianta Mano Cley, um dos cinco integrantes do grupo.

Desde 1998, o Falange ocupa um lugar de destaque na história do hip-hop em Mato Grosso do Sul, sendo reconhecido como o grupo de rap mais antigo em atividade no Estado. Oficialmente formado em Campo Grande, seus integrantes já participavam da cena cultural urbana desde os anos 1990, por meio do breaking. A formação atual conta com Flynt, Mano Xis, John Geral, Mano Cley e DJ Magão.

Com dois álbuns lançados, “Acheromthius Lexis Mariposa Assassina” (2001) e “Esquadrão Mariposa” (2013), o grupo deixou um legado significativo para os amantes da cultura hip-hop. Canções como “Circo dos Horrores”, “Abrakadabra”, “Quem Nunca Sonhou em Ter?”, “O Pano do Rei”, “Super-Heróis”, “Passos Indecisos”, “Capital sem Favela” e “Filho” são clássicos que marcaram gerações e não saem do repertório do Falange da Rima.

REGGAE NO QUIÇÁ

Além de rap e de música fronteiriça, domingo também é dia de reggae. O Rockers Sound System marca presença no Quiçá Bar, a partir das 19h, com entrada franca e seu afiado repertório de pérolas da música jamaicana extraídas de discos de vinil que são uma raridade.

“Moldando o futuro da música reggae em Campo Grande, promovendo novos talentos e criando produções que honram as raízes jamaicanas, Rockers Sound System toca neste domingo”, convoca o DJ Jah Rebel, que, ao lado de Diego Manciba, comanda o som. Rua Euclides da Cunha, nº 488, Jardim dos Estados. Entrada gratuita.

TEATRO DE BRINCAR

Sábado (19h) e domingo (16h), no Ateliê Ramona Rodrigues, a Trupe Teatro de Brincar apresenta o espetáculo “Histórias Mágicas de Natal”, com teatro, brincadeiras, cantigas clássicas e histórias como “A Lenda do Pinheirinho” e “A Fada dos Brinquedos Abandonados”, de Didier Lévy, que trazem personagens como anjinhos, bonecos de neve e o Papai Noel. A peça conta com trilha sonora ao vivo, com canções antológicas interpretadas pelos cantadores Edu Brincante e Érica Toledo.

A dramaturgia e a direção-geral são de Eduardo Alcântara, bonecos por Driely Alves, cenário e figurinos por Luiz Carvalho e produção-executiva de Randryer Ortiz. O espetáculo tem classificação livre, e os ingressos, para compra antecipada, custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Rua 14 de Julho, nº 1431, Centro. Vendas e informações pelo WhatsApp: (67) 98154-1699.

NEUROEXPLORADOR

A última sessão do ano do Cineclube da Boca, neste sábado, apresenta “Neuroexplorador”, filme de terror produzido por alunos da Escola Estadual Vespasiano Martins. O evento, com entrada franca, será na Casa de Cultura (Quartel da Afonso da Pena), às 18h30min. 

A sessão contará com coquetel gratuito de salgadinhos e refrigerantes, distribuição também gratuita de livros sobre o filme e cerimônia de premiação. O curta-metragem é resultado das oficinas de cinema ofertadas pelo projeto do cineclube ao longo deste semestre.

Os estudantes que realizaram o filme compartilharão as etapas que trilharam durante a produção, desde a escolha do gênero e a escrita do roteiro à filmagem e à pós-produção. Foram eles, afinal, que conduziram toda a feitura da obra. Depois do filme, haverá uma cerimônia de premiação e debate. 

O filme conta a história da cientista Mayana. Após inventar um capacete tecnológico, ela faz testes clandestinos que transformam sua vida em um pesadelo. O projeto foi financiado pela Lei Paulo Gustavo, via governo do Estado de Mato Grosso do Sul. Entrada gratuita.

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