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NOVELA

Estreia da trama vingativa "Fera Radical", de Walther Negrão, no Globoplay

Misturando agropecuária e tecnologia, o folhetim de 203 capítulos já está disponível

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A versatilidade fez Walther Negrão um dos novelistas mais funcionais da tevê. Com mais de cinco décadas de carreira nas costas, o autor foi inúmeras vezes escalado por sua habilidade em se adequar ao gosto popular e às demandas das emissoras. Com uma longa lista de “missões”, Negrão já aproximou o público masculino dos folhetins em “Cavalo de Aço”, revitalizou a relação entre as crianças e o horário das seis em “Era Uma Vez...” e viajou por diversos estados brasileiros, de acordo com a necessidade da Globo, em produções como “Tropicaliente” e “Como Uma Onda”, ambientadas no Ceará e em Santa Catarina, respectivamente. No final de 1987, a Globo cancelou a produção de “Amor Perfeito”, trama de Alcides Nogueira na faixa das seis, por conta do alto custo de produção. Com pouco mais de três meses para pensar em uma novela do zero, a direção artística da emissora chamou Negrão às pressas com a incumbência de apresentar uma sinopse a ser produzida em tempo recorde. Inspirado pela peça “A Visita da Velha Senhora”, de Friederich Durrenmatt, e pelas novidades tecnológicas da informática, o autor concebeu a vingativa trama de “Fera Radical”, novela que acaba de chegar ao aplicativo Globoplay. “O tempo era curto para criar algo original. ‘Fera Radical’ tem a mesma história base de ‘Cavalo de Aço’. Só que em vez de um motoqueiro vingador, coloquei uma motoqueira no papel principal. E, por fim, com a ideia dos computadores também dei um ar de novidade ao trabalho”, conta o autor.

Na trama, 15 anos depois da misteriosa chacina que matou seus pais e irmão, a bela Cláudia, de Malu Mader, ainda tem recorrentes pesadelos com as imagens desesperadoras de tudo o que viveu. Mesmo morando no conforto de Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, ela não esquece as injustiças ocorridas na fictícia cidade interiorana de Rio Novo e não pensa em perdoar seus algozes. Obstinada, prepara-se para voltar ao lugarejo, empregada em uma das fazendas provavelmente envolvidas no seu triste passado. No meio a tantas dúvidas, apenas uma certeza: quer descobrir os verdadeiros culpados e se vingar de cada um deles. Mas o grande mistério está em descobrir a real razão e mandante dos assassinatos. “Cláudia era uma mocinha diferente de tudo o que já tinha visto até então. Além de forte, ela era focada em seus objetivos. E nem mesmo a história romântica foi capaz de apagar esse desejo dela por justiça”, valoriza Malu, que teve apenas um mês de preparação para viver sua primeira protagonista em novelas. “O convite foi feito em fevereiro e a novela estreou em março. A correria foi grande”, relembra.

A fictícia Rio Novo cresceu apenas o suficiente para manter o agronegócio, centralizado nas fazendas Olho D’Água, comandada por Altino Flores, e Gaibu, de propriedade de Donato Orsini, os dois poderosos da região, papéis de Paulo Goulart e Elias Gleizer, respectivamente. São os jovens desses dois clãs que conduzem a história. De um lado, os irmãos Fernando e Heitor Flores, papéis de José Mayer e Thales Pan Chacon. Do outro, Marília Orsini, de Carla Camurati. Para selar a paz entre as famílias, Marília e Heitor estão noivos. Isso não impede que Cláudia maliciosamente flerte com os dois irmãos. Entretanto, a mocinha acaba mais encantada por Fernando. Esse envolvimento desperta a ira da mãe do galã, a prepotente e ambiciosa Joana, personagem da saudosa Yara Amaral, principal vilã da trama. A única real aliada da mocinha é Marta, de Laura Cardoso, espécie de mãe adotiva que apoiou e criou Cláudia depois da morte de sua família. “Já perdi as contas de quantas vezes participei de novelas do Negrão. É um autor que sabe como me envolver como atriz e já me deu diversas belas personagens. Essa novela foi um sucesso estrondoso”, conta a experiente Laura, do alto de seus 92 anos.

Sem tempo hábil de ter uma cenografia mais elaborada, “Fera Radical” investiu alto em cenas externas. Iniciadas em fazendas na região de Vassouras, interior do Rio de Janeiro, as gravações foram concentradas em locações rurais dos bairros de Paciência e Jacarepaguá, na capital do estado. Embora fosse ambientada no campo, Fera Radical era diferente de outras produções focadas no interior. Seus personagens não eram caipiras e a história abordava assuntos como exportação de carne e inseminação artificial de gado. “Atribuo o sucesso da novela a algo novo que experimentávamos ali. Houve um rompimento com a linguagem tradicional das novelas rurais”, acredita Denise Saraceni, que dirigiu a novela ao lado de Gonzaga Blota. Exportada para mais de 30 países e já reprisada com sucesso pela Globo no “Vale a Pena Ver de Novo” e, recentemente, pelo canal Viva, “Fera Radical” agora tem a chance de conquistar o público do “streaming” ao ser disponibilizada com todos os seus 203 capítulos. “Esse resgate das novelas antigas é bem-vindo. Há tempos que o público pedia por isso e agora está acontecendo”, destaca Negrão.

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Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Arquiteta mostra como fazer composições elegantes usando apenas itens que já fazem parte da casa

20/12/2025 17h00

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista Foto: Divulgação

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À medida que dezembro avança e o clima de final de ano se espalha, aflora-se também o desejo de preparar as ceias que receberão familiares e amigos para as noites festivas de Natal e Ano Novo.

Na opinião da arquiteta Cristiane Schiavoni, a elaboração da mesa posta tornou-se um ritual e, para quem tem esse apreço, é uma forma de materializar o amor por meio do simbolismo, dos significados, a beleza e a atenção explícita nos pequenos detalhes.

E claro, saber como preparar uma composição que seja sofisticada, de requinte e prática faz parte da ideia. Apaixonada por estas festividades, a profissional afirma que preparar uma mesa vistosa não depende de grandes investimentos como aparenta ser. 

“É tão bom viver esse senso de pertencimento e eu gosto de enfatizar que com coisas simples, como a louça que temos em casa, é possível fazer criar efeitos e lembranças memoráveis à mesa”, afirma.

Identificando as necessidades

Para que a experiência seja única, Cristiane explica que a primeira etapa é definir o cardápio, já que ele orienta a escolha dos pratos, talheres e taças. Quem vai servir uma sopa de entrada, por exemplo, precisa de um bowl ou prato fundo acompanhado da colher adequada. Isso vale também para as bebidas, pois cada uma exige um tipo de taça ou copo.

A arquiteta Cristiane Schiavoni apresenta os detalhes da mesa com a presença do sousplat branco. “A decoração deve facilitar a interação entre os convidados e, por isso os arranjos muito altos atrapalham o contato visual. Recomendo apostar em acessórios mais baixos que trazem charme sem comprometer a conversa”, complementa.

Quando o serviço é à francesa, o souplat, nome em francês para o suporte de prato que protege a toalha, ganha ainda mais importância, uma vez que ele mantém a mesa com a apresentação sempre belíssima, mesmo quando o prato é retirado entre uma etapa e outra.

Segundo a arquiteta, outro cuidado que agrada bastante é oferecer guardanapo de papel junto ao de pano, uma solução prática para quem usa batom e não quer manchar o tecido.

Para deixar a noite mais personalizada, ela sugere acrescentar marcadores de lugar que podem ser feitos com pequenas etiquetas ou suportes simples. “Esse detalhe organiza a disposição dos convidados e reforça a atenção dedicada ao preparo da mesa”, diz.

Mesa posta com louças pretas e detalhes dourados

Para quem busca um estilo um pouco fora do tradicional – e não menos chique, muito pelo contrário! –, umas das propostas sugeridas por Cristiane envolve o emprego da louça preta brilhante ou fosca e combinada ao dourado, resultando em contraste acolhedor. Galhos secos, pinhas, velas, anéis e guardanapos no mesmo estilo reforçam o clima intimista.

Ela reforça que não é preciso transformar a casa inteira para montar uma mesa marcante. “O espírito do Natal está nos detalhes e, principalmente, no prazer de reunir quem importa em um ambiente preparado com carinho”, argumenta.

Na paleta natalina

O clássico sempre faz bonito e, nessa sugestão de mesa, a louça branca se une ao vermelho, cor muito evidente entre os adereços natalinos.

“Vale começar pelo essencial como a aplicação de jogo americano vermelho, sousplat branco associado com louças da mesma cor e guardanapo claro para manter a harmonia”, diz Cristiane. 

Com essa base, o anfitrião pode ajustar os detalhes ao cardápio da noite, usando talheres adequados, taças compatíveis com as bebidas e até pratinhos extras para azeites ou pequenos petiscos.

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Pet B+: Vai viajar com o pet? Veja o que não pode faltar no checklist

Médica-veterinária dá dicas para evitar imprevistos e tornar esse momento divertido e inesquecível

20/12/2025 15h30

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal Foto: Divulgação

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As férias de fim de ano estão chegando e muita gente aproveita esse período para fazer aquela viagem em família. E, nesse momento de puro descanso e diversão, é possível levar também o animalzinho de estimação. Com alguns cuidados antes e durante o trajeto, esse momento tende a ser inesquecível também para o pet.

Em 2024, dados das companhias aéreas indicaram que mais de 100 mil pets viajaram ao lado de seus donos – 15% a mais que no ano anterior. Essa é uma rotina comum na vida da designer de experiência Mariana Corrér, de 36 anos. Toda vez que a viagem é de carro, Giovanna e Maya, duas vira-latas de 1 e 7 anos, embarcam juntas. No dia 20 de dezembro, elas iniciam uma nova aventura, saindo de Indaiatuba/SP com destino as cidades da região Serrana do Rio de Janeiro, num total de 1.590km em 16 dias de passeio.  

“É sempre uma experiência maravilhosa envolvê-las em minhas viagens, pois são membros da nossa família. Eu trabalho em casa e a gente fica juntas o dia inteiro. Tudo que vou fazer procuro levá-las comigo, seja em passeios ao ar livre, no shopping ou em restaurantes. Daí, sempre busco lugares que são pet friendly”, conta. “Eu gosto muito de viajar, me faz muito bem, então poder compartilhar esses momentos com elas é algo muito valioso e torna-os ainda mais especiais. Eu não conseguiria passar tanto tempo longe delas.”

A médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi, salienta que o primeiro ponto a ser avaliado para essa decisão é a idade do animal.

“O ideal é que eles viajem após completarem o protocolo inicial de vacinação, geralmente a partir de 16 semanas (4 meses). Antes disso, cães e gatos ainda não possuem proteção adequada contra doenças infecciosas”, alerta. “Filhotes mais novos só devem viajar em situações realmente necessárias e com orientação direta do médico-veterinário.”

Os cães devem estar imunizados com a vacina polivalente (V8 ou V10), que previne doenças graves como cinomose e parvovirose; a vacina antirrábica (raiva), obrigatória em todo território nacional; e a vacina contra a tosse dos canis (gripe canina), doença altamente contagiosa e comum em ambientes com grande circulação de animais, como hotéis e praias.

No caso dos gatos, é importante que estejam com as vacinas tríplice (V3) ou quádrupla (V4/V5) e a antirrábica em dia.

“A vermifugação e o controle parasitário são obrigatórios tanto para cães quanto para gatos, incluindo vermífugos gastrointestinais e controle contra pulgas, carrapatos e mosquitos. Isso é fundamental para prevenir dirofilariose, leishmaniose e doenças transmitidas por carrapatos e pulgas”, destaca Aline.

Documentação deve estar em dia

Com vacinas e vermífugos atualizados, o próximo passo é juntar toda a documentação do animal. Para viagens nacionais, geralmente é exigida a carteira de vacinação atualizada, com destaque para a vacina antirrábica válida. Também é necessário o atestado de saúde, emitido exclusivamente por médico-veterinário –, com validade de 7 a 10 dias antes da viagem.

Em viagens de ônibus, as empresas podem exigir caixa de transporte adequada e documentação de vacinação.

Se a viagem for de avião, o tutor deve apresentar o atestado de saúde recente (3 a 10 dias, dependendo da companhia), a carteira de vacinação com antirrábica válida e o laudo de aptidão ao transporte (quando solicitado). Podem ser exigidos ainda documentos específicos para transporte na cabine ou no porão.

Para voos internacionais, a companhia aérea pode solicitar microchip, sorologia da raiva, o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e documentos adicionais do país de destino. “É fundamental que o tutor consulte a companhia aérea com antecedência”, reforça Aline.

Chegou a hora de partir: como transportar o pet?

Segundo a médica-veterinária, essa pode ser a etapa mais importante, pois envolve a segurança do animal.

Se a família viajar de carro, cães e gatos podem ser levados em caixa de transporte, com cinto de segurança ou em cadeirinha específica para pets.

“O importante é nunca transportar o bichinho de estimação no colo ou solto no carro. Também é essencial evitar que o animal fique com a cabeça para fora da janela do veículo, pois, além do risco de acidente, pode acarretar infração de trânsito”, alerta Aline. A prática está prevista no artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e prevê multa grave no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

Caso a viagem seja de ônibus, é fundamental que o pet esteja bem acomodado em caixa de transporte rígida e bem ventilada.

Em viagens de avião, animais de pequeno porte podem ir na cabine, acomodados em uma caixa macia adequada ao seu tamanho. Os pets de grande porte viajam no porão climatizado, em caixa compatível com o tamanho do animal. Todas as caixas devem seguir as normas da International Air Transport Association (IATA).

Conforto e comodidade durante o trajeto

Para que a viagem seja realmente inesquecível com o “melhor amigo”, é importante que ela seja confortável, especialmente durante o percurso.

Nas viagens terrestres, além de transportar o animal com segurança, o tutor deve levar a ração habitual do pet para evitar distúrbios gastrointestinais.

“O recomendado é alimentar o animal de 2 a 3 horas antes da saída e, durante o trajeto, ofertar pequenas quantidades a cada 4 a 6 horas, conforme a tolerância do animal. Já a água deve ser ofertada com frequência, a cada 1 a 2 horas”, orienta Aline.

Em viagens de avião, não é recomendado oferecer comida durante o voo. O tutor deve alimentar o animal 3 horas antes para evitar náuseas. A água pode ser deixada em recipientes presos à caixa, especialmente em voos longos. “Evite tranquilizantes sem prescrição veterinária, pois não são recomendados”, reforça Aline.

Durante viagens terrestres, é fundamental fazer paradas a cada 2 horas. Esse momento é importante para a oferta de água, para que o cão faça suas necessidades fisiológicas e para caminhadas breves.

Os felinos devem permanecer seguros na caixa, mas podem ter breves pausas em ambiente totalmente controlado, evitando qualquer risco de fuga.

10 dicas para a viagem ser agradável ao pet:

1 – Realize avaliação veterinária antes da viagem;

2 – Mantenha vacinas e antiparasitários atualizados;

3 – Não dê alimentos que o pet não esteja acostumado a comer;

4 – Faça a identificação do animal

5 – Garanta sombra, hidratação e pausas frequentes;

6 – Evite passeios nos horários mais quentes;

7 – Utilize protetor solar veterinário em áreas sensíveis do animal;

8 – Leve kit de primeiros socorros;

9 – Respeite a individualidade do pet, alguns se assustam com ambientes agitados;

10 – Nunca force interação, aglomeração ou exposição excessiva ao calor.

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