Impactante filme da diretora nigeriana Chinonye Chukwu conta a história real do assassinato de um menino nos Estados Unidos e a luta de sua mãe por justiça
Historicamente, a questão racial nos Estados Unidos se desenrolou de forma diferente entre os estados do Norte e do Sul do país, que também possuíam matrizes econômicas distintas. Apesar da escravidão ter sido abolida após a Guerra de Sessão, desde 1877 existiam uma série de leis segregacionistas que legalizavam o racismo sob o bizarro slogan “separados, mas iguais”. Tal realidade só mudou em meados dos anos 1960, com o fortalecimento dos movimentos reivindicatórios dos direitos civis. O filme “Till – A Busca por Justiça”, disponível na Amazon Prime Video, Google Play Filmes e na Apple Tv, irá falar de outro personagem real que foi muito importante para esses movimentos: uma mãe negra que perdeu seu filho para o racismo.
O longa conta a história do assassinato brutal do jovem negro de 14 anos Emmett Till e a luta judicial travada por sua mãe, Mamie Till, em meados dos anos 1950. O filme começa mostrando o dia a dia tranquilo dos dois em Chicago, onde as tensões raciais eram um pouco menos latentes do que em Mississippi, estado do Sul onde moravam os primos de Emmett, com quem queria passar as férias. Apesar de relutante no início, Mamie concorda que o filho faça a viagem, já que queria que ele pudesse viver sua infância e juventude.
Mesmo assim, a protagonista alerta Emmet sobre as questões raciais na cidade dos primos e pede para que ele tome cuidado. Porém, ao chegar lá, o jovem será acusado (sem provas) de ter assobiado para uma frentista, deixando-a desconfortável. Na mesma noite, Emmett é sequestrado e brutalmente assassinado, tendo seu corpo encontrado em estado de putrefação depois de três dias. Ao se deparar com o estado do filho, Mamie decide vela-lo de caixão aberto e expor na imprensa a violência racial pela qual ele morreu. A personagem irá transformar sua dor em combustível para travar uma luta na justiça pela condenação dos assassinos de seu filho, ao mesmo tempo em que se torna uma voz ativa na luta antirracista.
Em retorno aos filmes, Jessica Alba vive agente das forças especiais em busca de vingança depois da morte misteriosa de seu pai em original da Netflix
Depois de algum tempo sem fazer qualquer tipo de aparições relevantes em algum filme, o último tendo sido lançado em 2019, a atriz norte-americana Jessica Alba será a protagonista da nova produção original da Netflix, cujo título é “Alerta de Risco”. Conhecida pelo seu papel de Mulher Invisível no filme “O Quarteto Fantástico” de 2005, dessa vez a atriz irá interpretar uma integrante das Forças Especiais do governo norte-americano, sem nenhum tipo de superpoder. Por conta disso, o original contará com muitas cenas de ação por parte da personagem de Alba, que chegará na plataforma de streaming no dia 21 de junho.
Quando “Alerta de Risco” começa, o pai da agente Parker (Alba) acaba de falecer de forma repentina e misteriosa, gerando uma comoção na cidade. Por conta disso, a protagonista decide retornar para o lugar onde nasceu, não só para ir ao enterro e resolver algumas questões burocráticas, mas também por ter sido obrigada a assumir o antigo bar de seu pai e negócio da família. Ao chegar lá, a personagem terá que se reconectar com familiares e conhecidos com quem não interagia a bastante tempo e que não sabem, exatamente, o que ela faz como funcionária do governo.
Com desconfianças sobre a morte tão repentina de seu pai, a protagonista irá aproveitar a sua ida para a cidade natal e começar a investigar mais sobre o caso. Rapidamente ela descobre que o seu falecimento está relacionado com uma violenta gangue que havia dominado o lugar. Porém, ao trazer essa investigação para policiais e senadores, a agente Parker é aconselhada a deixar o caso de lado, mostrando que essa gangue possui envolvimentos muito maiores do que havia achado. Assim, Parker irá formar um verdadeiro “exército de uma mulher só” em busca de respostas (e justiça) para a morte de seu pai.
Documentário produzido por Jennifer Lawrence e Malala Yousafzai mostra a luta das mulheres no Afeganistão depois da ascensão do Talibã ao poder
A frase “Pão e Rosas” se tornou um verdadeiro grito de guerra das causas feministas no mundo todo. Originária de um poema escrito pela norte-americana James Oppenheim, em 1911, essa frase se tornou sinônimo de justiça e dignidade para as mulheres. Por conta disso, nada mais justo do que “Pão e Rosas” ser o título do novo documentário da Apple TV, uma produção que retrata a luta de resistência feminina depois da invasão do Talibã no Afeganistão. O grupo fundamentalista islâmico sunita retornou ao poder em 2021, depois da retirada brusca – e desastrosa – de tropas militares norte-americanas, que ocupavam o país desde 2001.
O documentário, que estreia na plataforma de streaming no dia 21 de junho, irá retratar como, de forma muito rápida, os direitos mais básicos das mulheres foram totalmente abolidos. Com o Talibã no poder, elas foram proibidas de estudar, trabalhar e aparecer em público sem um homem da família que servisse de acompanhante. Ao longo da produção, o documentário irá acompanhar três mulheres afegãs que estão na luta pela recuperação dos seus direitos, mostrando a resiliência e as dificuldades enfrentadas por elas ao lutarem contra um sistema que as oprime nos sentidos mais primários.
“Pão e Rosas” é um documentário bastante provocativo e verdadeiro, chamando atenção para a luta das mulheres no Afeganistão no seu dia a dia. O projeto tem como produtoras a atriz Jennifer Lawrence, vencedora do Oscar, e a ativista dos direitos humanos Malala Yousafzai, vencedora do Nobel Prize e vítima de um atentado do Talibã com apenas 15 anos de idade, quando já era uma voz ativa em defesa do direito das mulheres estudarem. O documentário também mostra que a questão de proibir as mulheres de irem para escola é uma questão com motivações inconfessáveis e desumanas – o próprio grupo fundamentalista declarou ser mais difícil recrutar soldados cujas mães possuem melhor nível de escolaridade.