Filmes e Séries

PLATAFORMAS DIGITAIS

Seleção de filmes e séries em plataformas digitais, feita pelo "Via Streaming"

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Dica da Semana: “Gotas Divinas”

Baseado em um mangá de sucesso, série original da Apple TV sobre degustação de vinhos é uma produção surpreendente e única, que conquistou muitos espectadores em 2023

Em 2023, a série de mangás “Gotas Divinas” ganhou o seu primeiro live-action por meio da minissérie original da Apple TV de mesmo nome.

Ampliando o alcance da obra original, que foi um grande sucesso no Japão e na Coreia do Sul, a adaptação para o serviço de streaming chamou bastante atenção da mídia e dos consumidores da plataforma por ser uma minissérie muito envolvente, apesar de sua narrativa nem um pouco usual.

Toda a trama, que se passa entre a França e o Japão, gira em torno da enologia, ciência que estuda todos os aspectos relacionados ao vinho.

Quando “Gotas Divinas” começa, a personagem Camille Léger (Fleur Geffrier) recebe a notícia de que seu pai, o mundialmente conhecido especialista em vinhos Alexandre Léger, está em uma situação crítica de saúde.

Por conta disso, mesmo sem ter contato com ele desde que se formou no ensino médio, 11 anos antes, Camille embarca em um avião para Tóquio, onde o seu pai mora.

Porém, Alexandre acaba falecendo durante esse percurso e a personagem chega para a leitura de seu testamento.

Lá, ela irá estranhar a presença de um jovem japonês desconhecido – mas que, depois, irá descobrir ser o aprendiz favorito de seu pai, Issei Tomine (Tomohisa Yamashita).

O principal bem deixado por Alexandre é a sua coleção particular de vinhos, considerada a maior do mundo e estimada em 148 milhões de dólares.

Considerada fruto de seu trabalho ao longo de toda a vida, o enólogo quer que a pessoa que herde sua coleção seja uma verdadeira apreciadora de vinhos. Por isso, ele deixou escrito uma série de testes sobre o assunto para determinar qual dos dois candidatos (Camille ou Issei) irá herdar a sua coleção.

Com uma desvantagem gigantesca – pois além de não ser enóloga, também não consome bebidas alcoólicas –, a protagonista irá mergulhar profundamente no mundo dos vinhos para tentar se reconectar com seu pai.

 

Entre o real e o místico

Obra prima da literatura mexicana recebe ousada adaptação da Netflix com filme que chegará dia 6 de novembro na plataforma

Juan Rulfo é considerado um dos escritores mexicanos mais importantes do Século XX, apesar de ter publicado apenas dois livros ao longo dos seus 70 anos de vida, a coletânea de contos “Chão em Chamas” (1953) e o romance “Pedro Páramo” (1955).

Suas obras trabalham com o cotidiano da vida camponesa mexicana, marcada pela escassez, exploração e pobreza.

Ao mesmo tempo, também explora o misticismo e o fantástico do imaginário social, misturando a realidade com esses elementos. A própria linearidade da narrativa é questionada em suas obras, como em “Pedro Páramo”, no qual os capítulos não possuem ordem cronológica ou sequência.

Por conta de tudo isso, a Netflix terá uma grande responsabilidade (e desafio) na produção do filme “Pedro Páramo”.

O longa, que adapta a obra de Rulfo, chega ao streaming no dia 6 de novembro, como original da plataforma. A trama conta a história do personagem Juan Preciado (Tenoch Huerta).

No leito de morte de sua mãe, o protagonista promete atender ao seu pedido e ir procurar seu pai, Pedro Páramo, na aldeia de Comala. Porém, ao chegar em seu destino, Juan descobre uma cidade deserta, habitada por fantasmas, vítimas da fome, do abandono e da violência.

Nesses encontros inusitados, Juan descobre o passado de seu pai, um poderoso coronel local.

Conhecido por ser um homem cruel e impiedoso, Pedro Páramo era temido pela população de Comala, que habitavam o território de propriedade do coronel.

Ao longo da história, Juan também irá descobrir a obsessão de seu pai com Susana San Juan (Ilse Salas), um amor de infância não correspondido que irá ser obrigada a retornar para Comala depois da ascensão de Pedro Páramo ao poder.

À medida que a história se desenrola, passado e presente, mortos e vivos irão se misturar de forma cada vez mais difusa.    

 

Magia da cozinha

O livro mexicano “Como Água Para Chocolate” ganhará mais uma adaptação, dessa vez como serie original da Max

O realismo fantástico é um gênero literário bastante associado às obras latino-americanas.

Com uma abordagem que transforma o cotidiano em uma realidade surrealista, diversos livros fora do eixo norte-americano e europeu ganharam o mundo a partir da década de 1970.

Um deles é o clássico mexicano “Como Água Para Chocolate”, livro de Laura Esquivel, lançado em 1989.

A obra vendeu mais de 4,5 milhões de cópias ao redor do mundo e rendeu à autora o prêmio American Booksellers Book of the Year, sendo a primeira vez que uma escritora estrangeira o recebeu. O livro ainda foi adaptado para o filme homônimo de 1982, indicado ao Globo de Ouro.

Em 2024, a plataforma de streaming da Max anunciou que iria trazer a história de “Como Água Para Chocolate” novamente para as telas, dessa vez em formato de minissérie.

Com o mesmo título da obra original, a produção terá seis episódios, sendo o primeiro deles lançado no dia 3 de novembro e, os demais, serão disponibilizados semanalmente.

A trama, que se passa durante a Revolução Mexicana (1910-1920), é ambientada no Norte do país e tem como protagonista a jovem Tita de la Garza (Azul Guaita), filha mais nova de sua grande família.

Todos sabem que a personagem e o vizinho, Pedro Múzquiz (Andrés Baida), são completamente apaixonados um pelo outro.

Porém, quando ele vai pedir a mão de Tita em casamento, sua mãe Elena (Irene Azuela) nega a proposta, já que, segundo a tradição, a caçula da família deveria cuidar dos pais até sua morte.

Impedida de ficar junto com o amor de sua vida, Tita assiste Pedro se casar com sua irmã mais velha Rosaura (Valeria Becerril). Ao mesmo tempo em que o país e suas relações familiares enfrentam um período de tensão, Tita encontra na cozinha uma forma de se expressar e lutar por sua independência.

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Confira a seleção da semana feita pelo Via Streaming

A dica da semana é o filme "Pachinko", um drama sensível e, por vezes novelesco, série da Apple Tv conta a história de uma família de imigrantes coreanos ao longo de quatro gerações

21/08/2024 14h30

Pachinko conta a história de uma família de imigrantes coreanos ao longo de quatro gerações

Pachinko conta a história de uma família de imigrantes coreanos ao longo de quatro gerações Divulgação

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Dica da Semana: “Pachinko”

Um drama sensível e, por vezes novelesco, série da Apple Tv conta a história de uma família de imigrantes coreanos ao longo de quatro gerações

Durante o período de 1910 até 1945, que incluiu a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, o Japão ocupou a península coreana, que foi anexada ao Império. Durante esse tempo, os coreanos viveram um verdadeiro terror, com muitos assassinatos, estupros, trabalhos forçados e a proibição de praticarem a sua cultura.

Além disso, o Japão também assumiu total controle sobre a terra na Coreia, transformando a paisagem local e retirando o sustento de diversas famílias. A série “Pachinko”, lançada em 2022 e disponível na Apple TV, aborda – além de outras coisas – os efeitos dessa violência ao longo de quatro gerações de uma mesma família.

O original é uma adaptação do best-seller de mesmo nome da autora sul-coreana Min Jin Lee, lançado em 2017. “Pachinko” começa com Sunja (personagem presente em todas as gerações) ainda criança, vivendo em uma Coréia ocupada pelos japoneses. Filha de pescadores, a protagonista tem sua vida virada de cabeça para baixo depois de se apaixonar por Hansu (Lee Minho), um rico forasteiro.

Sunja acaba engravidando dele, porém, ao descobrir que o mesmo é casado, se recusa a ser comprada e aceita a proposta de um pastor que está de passagem pelo vilarejo. Com isso, a personagem toma a decisão de abandonar sua casa e partir com o noivo para o Japão, onde a saga de “Pachinko” começa.

Ao longo das duas temporadas, os espectadores são apresentados a vários integrantes da família de Sunja, incluindo seus filhos e netos. A história tem como fio condutor como uma decisão pode afetar a vida de uma série de pessoas. Sendo assim, a narrativa não é linear, intercalando entre momentos nos anos 1910 até os anos 1980, que tem como principal foco as crises familiares causadas pelo ambicioso neto Solomon.

Em um paralelo com a própria história de imigração da avó, o personagem tem a tarefa de convencer uma senhora idosa de vender sua casa para uma grande empresa hoteleira.

O poder da música

Nova série musical da Disney Plus adapta peça de sucesso de Miguel Falabella e conta a história de uma jovem com Síndrome de Asperger que deseja ser cantora lírica

 Diretor e ator, Miguel Falabella é um nome muito conhecido no cenário cultural brasileiro, principalmente quando se trata sobre a chegada dos teatros musicais no país. Além disso, ele também é responsável pela criação de várias obras do gênero, como a peça “O Som e a Sílaba”.

Tendo estreado nos teatros em 2017, o musical fez muito sucesso por abordar temas como inclusão e diversidade. Por conta disso, terá sua história adaptada para uma série original do Disney Plus, que irá contar com o mesmo elenco do teatro e a direção de Falabella. Com o título de “O Som e a Sílaba”, o original será disponibilizado no dia 28 de agosto.

Essa não é a primeira vez que Falabella leva um musical para o catálogo do Disney Plus. Em 2022, a plataforma e o diretor firmaram a parceria na série “O Coro: Sucesso Aqui Vou Eu”, que contava a história de um grupo de jovens que estavam participando de um teste de elenco para uma famosa companhia de teatro musical.

Em “O Som e a Sílaba”, o público alvo é um pouco mais maduro. O original gira em torno de Sarah Leighton (Alessandra Maestrini), uma jovem com Síndrome de Asperger, uma condição psicológica que está inserida no espectro autista e que afeta as habilidades de socialização da pessoa.

 Apesar disso, Sarah tem uma habilidade enorme para a música, em especial a clássica, e sonha em se tornar uma cantora lírica. Já adulta, a protagonista mora com o seu irmão e a esposa dele. Um dia, ele consegue agendar uma entrevista entre Sarah e a soprano Leonor Delise (Mirna Rubim), figura que a irmã admira, para que ela a aceite como uma de suas alunas de canto.

Assim, começa uma relação tensa entre aluna e professora que, com o passar do tempo, vão aprender a aceitar as diferenças e aprender uma com a outras importantes lições de vida.  

Duas décadas depois

Violência explícita perde o protagonismo e novos personagens são apresentados na série spin-off de “Cidade de Deus”, que estreia dia 25 de agosto no streaming da Max

Um dos filmes mais conhecidos e aclamados da história da cinematografia brasileira certamente é “Cidade de Deus”. Com uma projeção internacional que poucos atingiram – e que, até hoje nenhum outro filme se equiparou –, o longa de 2004 foi indicado a 4 categorias do Oscar e se consagrou como um grande clássico brasileiro.

Ambientada na Cidade de Deus, uma das comunidades mais violentas do Rio de Janeiro, a trama é uma adaptação do livro homônimo de Paulo Lins, sob a direção de Fernando Meirelles. Em “Cidade de Deus”, os espectadores acompanham a história de dois amigos (Dadinho e Buscapé) nascidos na comunidade que tomam rumos muito distintos para suas vidas.

Vinte anos depois do lançamento do filme, a Max anunciou que iria produzir uma série de spin-off. Com o título de “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, o original terá seis episódios em sua primeira temporada e chegará na plataforma de streaming no dia 25 de agosto.

A continuação mantém o protagonismo no personagem de Buscapé (Alexandre Rodrigues), porém vinte anos mais velho. Agora atendendo pelo nome de Wilson, o protagonista continua trabalhando como fotógrafo, o que lhe permitiu sair da favela. Apesar disso, vários de seus amigos e familiares continuam morando na Cidade de Deus, o que faz com que ele acompanhe de perto a situação dos moradores.

Isso porque, nos últimos vinte anos, a violência urbana no Rio de Janeiro se intensificou bastante. Com o surgimento das milícias e as brigas constantes pelo domínio do tráfico entre facções rivais, tiroteios e operações policiais fazem parte do dia a dia dos moradores da comunidade, que ficam no meio do fogo cruzado.

Quando “Cidade de Deus: A Luta Não Para” começa, quando Bradock (Thiago Martins) – o filho de consideração de Curió (Marcos Palmeira), chefe da boca antigamente ocupada por Zé Pequeno – é solto. Os dois entram em uma sangrenta disputa pelo comando do tráfico, inaugurando uma nova era de terror na favela. 

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