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AGENDA CULTURAL

Fim de semana terá Luan Santana, teatro e cinema na Capital

Outro destaque do fim de semana é o show "Rita Proibida", que a atriz, cantora e compositora campo-grandense Magê apresentará hoje, na Cervejaria Canalhas, em tributo a Rita Lee; e nos cinemas, "Estômago 2 O Poderoso Chef"

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Hoje e amanhã, a 36ª edição da Noite da Poesia ocupa o Centro Cultural José Octávio Guizzo. O evento é realizado pela União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul (UBE-MS), em parceria com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, e tem como objetivo estimular a produção poética no Estado e em todo o Brasil.

O concurso deste ano recebeu 1.669 inscrições e premiará as melhores poesias em duas categorias: autores nacionais e autores sul-mato-grossenses.

Em cada categoria, serão reconhecidos três vencedores com prêmios em dinheiro: R$ 5 mil para o primeiro lugar, R$ 3 mil para o segundo e R$ 2 mil para o terceiro. Dáfini Lisboa, presidente da UBE-MS, comenta sobre o impacto do evento: “O recorde de inscrições e a abrangência em outros países mostram como a Noite da Poesia está consolidada dentro do cenário de produção literária nacional”. A solenidade de entrega será amanhã, a partir das 19h, com entrada franca.

Os poemas finalistas serão declamados pelos artistas Aline Calixto, Bruno Moser, Karine Araújo, Febraro de Oliveira, Alê Coelho e Vini Willyan, sob a avaliação de uma comissão composta por Nill Amaral, Ruberval Cunha e Ligia Prieto. Oficinas literárias, palestras e outras atividades culturais preenchem a programação da Noite da Poesia.

Hoje, a poeta Nina Rizzi conduzirá uma oficina cujas inscrições já estão encerradas. E amanhã, a escritora Ryane Leão vai ministrar uma oficina pela manhã e fazer uma palestra à noite. O evento contará com uma novidade, a Praça da Poesia. No espaço, além de estandes destinados à gastronomia, livros de autores locais e de outros estados estarão à venda.

A ideia é proporcionar um ambiente acolhedor para o encontro entre escritores, leitores e entusiastas da literatura. Para mais informações sobre a 36ª Noite da Poesia, acesse o site www.ubems.org.br ou siga o perfil no Instagram: https://www.instagram.com/ube.ms.

LUAN CITY

Luan Santana aportará amanhã no Shopping Bosque dos Ipês com a sua turnê “Luan City 2.0”. Com participação das duplas Jorge e Mateus e Clayton e Romário, o astro campo-grandense vai apresentar no seu “Luan City Festival” o repertório integral do DVD de mesmo nome, gravado em São Paulo, em 2021, além de novas canções, como “Clone”, lançada na semana passada. Os portões abrem às 20h e os ingressos custam de R$ 200 a R$ 749 (+ taxa de serviço) pelo site 
https://q2ingressos.com.br/.

MAGÊ E RITA

A atriz, cantora e compositora campo-grandense Magê prestará uma homenagem a Rita Lee (1947-2023) hoje, a partir das 20h, na Cervejaria Canalhas (Rua Oceano Atlântico, nº 99, Chácara Cachoeira).

No show “Rita Proibida”, já apresentado em São Paulo, Magê destaca “Banho de Espuma”, “Papai Me Empresta o Carro” e outras músicas da cantora paulista que foram censuradas durante a ditadura militar, sem deixar de lado “Lança Perfume”, “Doce Vampiro” e “Ovelha Negra”, entre outros sucessos. Ingressos a R$ 35 pelo Sympla.

GODÓ

O ator baiano Caco Monteiro – de novelas como “Laços de Família” e filmes como “Faroeste Caboclo” – fará hoje, às 20h, no Teatro Aracy Balabanian, a segunda e última sessão gratuita do espetáculo solo “Godó, o Mensageiro do Vale”, com direção de John Mowat.

A trama se baseia em fatos reais que se passaram no Vale do Pati da Chapada Diamantina, na Bahia, entre 1937 e 1985. Em 1967, um decreto do governo militar proibiu o cultivo do café na região, e as famílias da comunidade foram obrigadas a abandonar suas terras.

O personagem Godó é inspirado em uma dessas famílias e aparece em cena aos 9 e aos 90 anos de idade. O Godó menino leva um dia um vaga-lume de presente para a mãe e acaba descobrindo que o inseto luminoso é, na verdade, um diamante.

O valioso cristal foi um importante item da economia local nos tempos do garimpo, e Caco – que, além de Godó, incorpora outros personagens em cena – desenvolveu extensa pesquisa na região entre 2000 e 2014 antes de escrever o texto do espetáculo, que estreou em 2017.

“Foi através dos patizeiros que vi que o ser humano ainda é possível”, diz o ator. “O desafio dessa montagem é ser fiel à ambientação do espaço onde acontece a ação.

A iluminação cênica do espetáculo também é um personagem que dialoga com o ator. Isso é um grande desafio”, afirma Antônio Kika, responsável pela direção técnica de “Godó, o Mensageiro do Vale”. A peça já foi encenada em vários estados no Brasil e também em Portugal e em Angola. 

“A concepção de luz de Jorginho de Carvalho tem detalhes preciosos para a ambientação do espetáculo, o que torna um desafio conseguir executar com presteza todos os efeitos que a montagem exige. Na nossa caminhada com o espetáculo, encontramos muitos desafios referentes aos riders técnicos dos teatros e dos palcos em que nos apresentamos. Muitas vezes, temos que adaptar o mapa original à realidade técnica dos teatros e dos espaços culturais onde realizamos a encenação”, argumenta Kika.

CRIANCEIRAS

No encerramento do Festival Encontro com a Música Clássica 2024, hoje, no Teatro Glauce Rocha, a noite de apresentações começará mais cedo, às 19h30min, e abrirá o palco para os talentos do futuro da música de concerto de MS. Acompanhado da Sinfônica de Campo Grande, o músico Márcio de Camillo, com o projeto Crianceiras In Concert, abre espaço para vários corais infantojuvenis de Campo Grande.

Antes, o Concerto Sinos apresentará uma mostra das oficinas desenvolvidas durante a 17ª edição do festival pelos professores do Sistema Nacional de Orquestras Sociais Funarte – Júlio Possette, Ana Letícia Barros, Cristiano Alves e Fernando Pereira – e pelo maestro Matheus Coelho.

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OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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