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Final de semana terá de rock nacional até hits dos anos 2000, além de muitos arraiais

Dos clássicos do rock nacional aos hits pop dos anos 2000, passando pelas tradições caipiras, a cidade oferece várias atrações neste fim de semana; confira as muitas opções que junho chegou trazendo

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O ar já se enche do delicioso cheirinho de pipoca e do inconfundível aroma do curau fresquinho, anunciando que a temporada de festas juninas está oficialmente aberta. Mas a programação deste fim de semana em Campo Grande vai muito além dos arraiais.

Enquanto os amantes da cultura caipira se preparam para dançar quadrilha e se deliciar com comidas típicas, os millennials terão a chance de reviver os grandes clássicos que marcaram sua adolescência. Dos emocionantes tributos ao rock nacional aos hits internacionais que embalaram gerações, a nostalgia será a grande estrela dos próximos dias.

É tempo de reencontrar velhas paixões musicais, seja no calor dos bares que resgatam os grandes sucessos dos anos 1980 e 1990, seja nas festas temáticas que celebram aquelas modas que hoje nos fazem rir, mas que um dia foram levadas muito a sério. E, para quem prefere algo mais tranquilo, a cidade oferece ainda feiras culturais, exposições e ações ambientais que prometem agradar a todos os gostos.

ROCK ’N’ ROLL

O Blues Bar hoje se transforma em uma máquina do tempo musical, transportando o público para a era de ouro do rock brasileiro. A Noite Nacional Plebheus Especial promete uma jornada emocional por meio de interpretações cuidadosamente preparadas de Legião Urbana, Capital Inicial e Mamonas Assassinas – vozes que ecoam nas memórias afetivas de quem viveu os anos 1980 e 1990. O ápice da noite será o tributo a Tim Maia, artista cuja voz rouca e soul continua a arrancar suspiros mesmo décadas após sua partida. A entrada será vendida exclusivamente no local, a partir das 20h, no valor de R$ 30.

Também acontece hoje, a partir das 20h, na Cervejaria Canalhas, a celebração dos três anos da !RED!, banda que vem conquistando espaço no cenário local com seu rock potente e letras afiadas.

O show terá participações especiais de artistas que fizeram parte da trajetória do grupo e um repertório recheado de covers de ícones como Alanis Morissette e The Cranberries.

Com ingressos no 4º lote por R$ 30, no Sympla, a casa servirá cervejas artesanais temáticas, incluindo a edição limitada Red Ale, criada especialmente para a data.

Amanhã, o Blues Bar continua sua celebração da música nacional com um tributo triplo que homenageia os pilares do rock brasileiro dos anos 2000. Charlie Brown Jr., com seu rap rock cheio de atitude, CPM22, com suas letras que viraram hinos da juventude, e Pitty, voz feminina que quebrou barreiras no cenário nacional – todos ganham vida novamente por meio da energia contagiante da banda Kefla e da carismática Jacke Cafure.

Os ingressos, já no 4º lote, custam R$ 45 e podem ser adquiridos antecipadamente pelo site Sympla.

O Sunset Growler apresenta, amanhã, às 18h, o melhor tributo a Guns N’ Roses da região. A banda User Your recria com precisão cirúrgica os solos de Slash e os vocais característicos de Axl Rose. Ingressos podem ser adquiridos, a partir de R$ 30, pelo Sympla.

PARA MILLENNIALS

O Mirante Pub se prepara para receber, também amanhã, a festa mais autêntica (e sem vergonha alguma!) da nostalgia dos anos 1990 e 2000. Pra Sempre Cringe é uma declaração de amor às modas que hoje nos fazem rir, mas que na época eram levadas muito a sério.

Desde os shorts oversized do nu metal até as pantalonas do pop punk, o dress code estimula os frequentadores a resgatarem seus looks mais questionáveis (e queridos) do fundo do armário.

A trilha sonora, uma cuidadosa curadoria que vai de “Toxic”, da Britney, a “Helena”, do My Chemical Romance, promete arrancar gritos de reconhecimento a cada batida.

Com ingressos no segundo lote a R$ 25, pelo Sympla, a noite inclui ainda: concurso de melhor look cringe (prêmio: vale-consumo); fotobooth com cenários temáticos (inclusive uma réplica do MSN); e rodada de doces dos anos 1990.

ARRAIAIS

Durante todo o fim de semana, sempre a partir das 19h30min, o Arraiá do Santuário São Judas Tadeu estará aberto à população. Com entrada gratuita, o evento será realizado na Rua Fernando Corrêa da Costa, nº 58, com música católica e quadrilhas. No domingo, haverá churrasco, servido das 12h às 14h, ao som das duplas João Lucas & Cleiton e Giva & Eduardo.

Hoje e amanhã acontece o tradicional Arraial São Chico, que começa a partir das 19h, na Paróquia São Francisco de Assis, localizada na Rua 14 de Julho, nº 4.213. A entrada é gratuita.

Hoje e amanhã, acontecerá o Arraiá Beneficente em Prol da Pestalozzi, no Comper Itanhangá. A programação inclui a tradicional quadrilha, casamento caipira e barracas com pratos típicos.

Outro evento beneficente é o Arraiá da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer de Mato Grosso do Sul (AACC-MS), que acontece amanhã, no Centro de Convenções Albano Franco. Com entrada custando R$ 10, a festa vai das 11h às 22h. Crianças até 10 anos não pagam.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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