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AGENDA CULTURAL

Glória Metal

O grande destaque é a turnê de despedida da banda Sepultura, maior nome do heavy metal brasileiro, que passa por Campo Grande neste sábado

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São 15 álbuns lançados – fora discos ao vivo, EPs e coletâneas – e mais de 50 milhões de cópias vendidas, além das altas cifras no streaming e das multidões que lotaram, e seguem lotando, seus shows em 80 países ao redor do planeta, de Cuba ao Japão.

Mais que números, o que faz do Sepultura um grupo único é o modo singular com que se apropriou do thrash metal para fazer dessa vertente do rock pesado um estilo capaz de dialogar com sonoridades até então alheias ao segmento, como as músicas africana, tribal, indígena e japonesa.

Tudo isso sem abrir mão da pancada rítmica e de guitarras tão rápidas e sujas quanto elaboradas que abrem caminho para as letras de pegada soturna e desesperada nos vocais graves e severos, sem chance para as redenções fáceis ou de audição descartável.

Parece uma receita obtusa, se é que se pode chamar de receita, mas o fato é que a banda criada em 1983 fechou as suas quatro décadas de atividade, no fim do ano passado, anunciando a turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”.

O nome de Campo Grande não apareceu na primeira lista das cidades contempladas, mas, assim que a Capital figurou no roteiro, que, além de varrer o Brasil, passa por outros países das Américas e da Europa, a comoção foi geral. Após cinco meses de espera, desde o início da turnê, em março, em Belo Horizonte, chegou a vez dos roqueiros de Campão baterem cabeça por seus ídolos.

De Campo Grande vírgula, porque muita gente de fora – outras cidades, estados e até países – prometem lotar o Guanandizão, onde o Sepultura se apresenta neste sábado.

Os portões do ginásio, localizado na Av. Pres. Ernesto Geisel, nº 6.859-7.341, Amambaí, vão abrir às 18h, e os ingressos custam de R$ 80 (meia-entrada nas arquibancadas) a R$ 330 (setor vip em pé), mais 5% da taxa de conveniência pelo site da produtora EPF – https://ingressos.epfprodutora.com.br/comprar-ingresso/sepultura-40-years-tour-5031. A classificação indicativa é de 12 anos. Mais informações: (67) 99255-5382 – das 9h às 19h. Há possibilidade de ingresso social, a partir de R$ 90, mediante a doação de 1 kg de alimento.

A formação atual do Sepultura – Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal) e Paulo Xisto Jr. (baixo) – inclui o baterista nova-iorquino Greyson Nekrutman, em substituição a Eloy Casagrande, que informou seu desligamento aos colegas de banda no dia 6 de fevereiro, poucos dias antes dos ensaios para a megaturnê.

A favor da banda conta a excelência do novo integrante, de apenas 22 anos e escolado não somente no metal, mas também no jazz, que já foi membro do Suicidal Tendencies, outro peso-pesado do thrash. 

“O Sepultura vai parar. Vai morrer. Uma morte consciente e planejada”, disse a banda no comunicado de anúncio da turnê. “Estamos no melhor momento da história da banda e saímos de cena de uma forma muito tranquila”, explicou o guitarrista Andreas Kisser durante a ocasião.

“São ciclos que se fecham e se renovam. Queremos celebrar. Não queria que o Sepultura acabasse com uma briga ou que a gente ficasse velho demais no palco”, cravou Andreas. Se ainda não tem ingresso, corra. Vários setores já estão esgotados. (Marcos Pierry)

METAL HOJE

Já nesta sexta-feira, o heavy metal dá as caras no Mirante Rock Pub (Rua Dr. Zerbini, nº 53, Chácara Cachoeira), a partir das 21h, com a banda cuiabana Sestro e as locais Miséria, Impossíveis e Katástrofe. A noite metal de hoje marca os 10 anos da loja Terror Shop, parceira na produção do evento, e os ingressos, pelo Sympla, custam R$ 40, com direito a meia-entrada para quem doar 1 kg de alimento.

LENINE E GUILHERME

Com abertura do instrumentista, cantor e compositor corumbaense Guilherme Rondon, o pernambucano Lenine se apresenta, neste domingo, no Parque das Nações Indígenas, acompanhado pela SpokFrevo Orquestra, pelo projeto MS Ao Vivo, sob o patrocínio do governo do Estado. Reconhecido por sua maestria na fusão de ritmos tradicionais – guarânia, polca e chamamé – com uma abordagem contemporânea, Rondon, que se iniciou na música aprendendo a tocar piano com a mãe, entra em cena às 17h. Entrada franca.

TELÓ E SATER

Marcando o centenário de Ueze Zahran, Almir Sater e Michel Teló amanhã se apresentam gratuitamente no Parque de Exposições Laucídio Coelho (Rua Américo Carlos da Costa, nº 320, Vila Carvalho). Também se apresentam Chicão Castro e a Orquestra Indígena de Campo Grande. A partir das 16h30min.

KADU

A peça “O Futuro da Humanidade”, baseada na obra de mesmo nome de Augusto Cury, marca a volta de Kadu Moliterno aos palcos e será apresentada, em sessão única, neste sábado, às 21h, no Teatro Glauce Rocha, com direção de Rogério Fabiano.

Os ingressos, de R$ 50 a R$ 150, estão disponíveis no Comper Jardim dos Estados ou pelo site www.pedrosilvapromoções.com.br. Assinantes do Correio do Estado têm direito a 50% de desconto. Mais informações: (67) 99296-6565 – WhatsApp

Na trama, Marco Polo, um jovem psiquiatra, desafia o complexo universo dos tratamentos psiquiátricos tradicionais, defendendo terapias mais humanas e sensíveis às histórias e aos sentimentos dos pacientes. Com mais de cinco décadas de carreira, Kadu vive um mendigo no espetáculo.

Esquentando os tamborins

Corumbá bate os tambores e define a ordem do desfile das escolas de samba

O próximo passo será a negociação com o Governo do Estado e a Prefeitura do repasse financeiro para as escolas, que este ano somou R$ 1,4 milhão

10/09/2024 17h44

Desfile deste ano da escola Império do Morro

Desfile deste ano da escola Império do Morro Sílvio Andrade

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O melhor carnaval de rua do interior brasileiro antecipou a ordem do desfile oficial das dez escolas de samba, nos dias 2 e 3 de março, e deu prazo para as agremiações apresentarem o enredo e o samba, entre outubro e novembro. É o cumprimento do regulamento e resultado do planejamento apresentado pela Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá).

Embora ainda falte organização interna das escolas na gestão dos seus desfiles, onde muitas pecam em pequenos detalhes que implicam em punições aniquilando chances de disputar o título ou uma apresentação de gala, o carnaval corumbaense evoluiu nos últimos anos a partir do trabalho da Liesco. A profissionalização começou na organização da festa, dentro e fora da passarela.

Hoje, a liga cumpre um calendário anual na preparação do desfile, onde a definição da ordem do desfile na Avenida General Rondon, por meio de sorteio, representa o pontapé inicial do carnaval de rua, que se tornou oficial por lei municipal.

O próximo passo será a negociação com o Governo do Estado e a Prefeitura do repasse financeiro para as escolas, que este ano somou R$ 1,4 milhão.

Barracões

Ainda em setembro, a Liesco se reunirá para discutir algumas mudanças no regulamento, dentre as quais a volta do acesso e descenso, critério que não prevaleceu nos últimos anos.

A partir daí, as escolas devem cumprir algumas formalidades, entre elas, a entrega do enredo e do samba-enredo. As agremiações já estão trabalhando em seus barracões.

“Na realidade, muitas escolas já se adiantaram e apresentaram suas composições e o planejamento do desfile”, informou Victor Raphael, presidente da liga. Ele explicou que as escolas vêm se mantendo com promoções em seus barracões, enquanto aguardam a verba pública para iniciarem as compras de material de confecção de carros alegóricos e fantasias.

 

Desfile

A Império do Morro, com o maior número de títulos (34), foi a escola campeã do carnaval de 2024, depois de um jejum de oito anos, com o enredo

“As emoções do cantador pantaneiro”. Ganhou por um décimo da vice-campeã, a Major Gama. Foi um desfile de sucessivas falhas técnicas, como alas incompletas, o que colocou a tradicional Vila Mamona na última colocação.

No desfile de 2025, a Vila Mamona faz o abre-alas no dia 2 de março (domingo). Na sequência, entram na passarela as escolas: A Pesada, Unidos da Major Gama, Acadêmicos do Pantanal e Caprichosos de Corumbá. No dia 3, a ordem é esta: Imperatriz Corumbaense, Estação Primeira do Pantanal, Império do Morro, Marquês de Sapucaí e Mocidade Independente da Nova Corumbá.

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Literatura

Livraria itinerante de Campo Grande abre espaço físico com café

Inauguração do local terá workshop de autora finalista do Prêmio Jabuti

10/09/2024 17h00

Espaço físico da livraria Hámor

Espaço físico da livraria Hámor Reprodução

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A Hámor Livraria, que até então operava de forma itinerante e online, abrirá oficialmente sua sede física no coração de Campo Grande, no próximo sábado (14). Localizado no antigo Recanto das Ervas, o novo espaço promete unir cultura, café e literatura, trazendo também o retorno das atividades da Hámor Edições, a editora da livraria.

Fundada em 2022 por Bianca Resende e Felipe Mafra, a Hámor Livraria consolidou sua presença em eventos e festivais literários ao longo dos últimos dois anos, conquistando um público fiel. A inauguração do novo espaço marca uma nova fase, permitindo que a livraria ofereça uma experiência mais imersiva para os amantes de livros.

"Queremos que o nosso espaço seja mais do que uma livraria, um ponto de encontro para clubes de leitura, lançamentos e outras atividades culturais”, afirma Bianca Resende.

O café do Recanto das Ervas, que compartilha o local com a livraria, complementa o ambiente, oferecendo um espaço acolhedor para os visitantes desfrutarem de uma boa leitura com um café especial.

Workshop literário

Para celebrar a abertura, a Hámor Livraria trará a escritora gaúcha Mar Becker, que lançará seus livros "Cova profunda é a boca das mulheres estranhas" e "Canção derruída". Além disso, no domingo (15), às 10h, Mar Becker ministrará o workshop "Poesia e Rastro", no qual abordará os processos criativos da poesia. As inscrições para o workshop estão abertas no site oficial da Hámor Edições.

Mar Becker, finalista do Prêmio Jabuti com seu primeiro livro A mulher submersa, é uma das autoras mais celebradas da nova geração de poetas brasileiras. 

Hámor Edições

A inauguração do espaço físico também marca o retorno das atividades da Hámor Edições, que planeja lançar cinco títulos nos próximos meses, com foco em autores inéditos de Mato Grosso do Sul.

"Nossa missão é publicar histórias que desafiem o real e tragam vozes plurais", destaca Febraro de Oliveira, um dos editores. A Hámor Edições busca fomentar a produção literária local, contribuindo para o enriquecimento cultural da região.

Serviço

Hámor Livraria

  • Inauguração: 14 de setembro, às 16h

  • Workshop "Poesia e Rastro" com Mar Becker: 15 de setembro, às 10h
    Inscrições: www.hamoredicoes.com.br

  • Endereço: Rua 13 de Junho, 1592, Centro, Campo Grande, MS

  • Horário de funcionamento:

    • Terça a sexta-feira: 13h às 19h
    • Sábado: 9h às 16h

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