Várias pessoas, com suas artes e empreendimentos passaram pela esquina, localizada bairro Amambaí, que transformou o ponto onde, hoje (06), às 17h30, será inaugurado o Aporé Espaço Cultural.
Com uma identidade que valoriza a regionalidade do cerrado pantaneiro, o encontro das ruas Aporé com Paissandú servirá como espaço para que as pessoas frequentem, sintam o acolhimento e também conectadas umas com as outras.
"A gente quis trazer isso pra nossa identidade. Muito dessa coisa da proximidade, das relações, conexões, das pessoas virem aqui, sentar, tomar uma cerveja com a gente, ouvir música... e de dar espaço para as pessoas que estão criando aqui na cidade se sentirem abrigadas", explica Alessandra Mathias, sócia-proprietária do local.
Como bem destaca o espaço cultural em suas publicações, a apropriação do nome que batiza o local e a rua casa com a ideia de valorização ancestral.
"A gente quer mesmo se desvincular, porque é outra coisa, outro rolê, outras propostas. Claro que foram espaços voltados com intuito de contribuição cultural, mas a gente tá buscando dar o nosso nome também, né?", comenta Alessandra.
De origem Tupi-guarani, ela aproveita e aponta o significado e à expressão que "Aporé" remete, significando "rio que enche, rio do índio, rio que atravessa, rio do peixe".
"E todos eles falam de rio. Então a gente ficou pensando a origem desse nome. Do que pode ter passado por aqui antes, estamos falando do bairro mais antigo da cidade. A gente quer trazer toda essa carga histórica, de que é um espaço que vem sendo ocupado por artistas há anos que, agora, a gente quer dar uma nova roupagem", afirma ela.
Atrações
Nessa noite de inauguração oficial, até às 20h os convidados poderão aproveitar a promoção "double de caipirinha". Além disso, estão programadas diversas atrações para os convidados.
Haverá pocket show, de psicodelia brasileira e samba rock, com Sal dos Santos, além de um set que vai do do indie ao carimbó com Amarelo Drama DJ.
Além disso, no espaço hoje funcionará uma "Ferinha de economia criativa", com produtores locais, exposições e performances surpresas.
Novos caminhos
Além disso, ela revela que justamente a questão arquitetônica contribuiu para a escolha do lugar, como se Alessandra Mathias e Santiago Cuella tivessem sido escolhidos pelo espaço.
Além do espaço, Alessandra há tempos trabalha como cozinheira, além de atuar com performances em grupos teatrais e um coletivo feminino próprio chamado "Clandestinas".
Com ambos os sócios respirando da cena cultural local, eles apontam para a aventura de se lançar nesse novo negócio.
"A gente não tem investidor rico nem nada. Não tem muita grana pra fazer isso acontecer. A gente tem ou está à disposição, e vive a cena cultural de Campo Grande, então sabemos o que as pessoas querem ou esperam também, sem querer ser arrogante com isso", diz Alessandra.
Nesse novo espaço, na ideia de acolher, as crianças poderão frequentar e brincar pelo local, assim como os pets, além de que o horário de funcionamento será acessível às famílias.
"Vai abrir cedo, 18h, e fechar às 23h. Então não é balada, e também não quero chamar de bar, porque é muito mais que isso. A gente colocou espaço cultural porque vamos ter um momento voltado para a gastronomia, sou cozinheira, vivo isso, então vai ter variação de cardápio, pratos típicos, tudo isso com música, atrações culturais, teatro, performance, exposição", cita.
Por fim, Alessandra ressalta o peso cultural histórico desse local que já movimentou artistas e grupos indepentes de Campo Grande.
"Inclusive me apresentei lá várias vezes, com a Nathália, com o Coletivo Clandestinas. Sempre foi um lugar que a gente gostou muito de se apresentar, posso dizer que foi o que mais gostei. Então tem essa memória afetiva com o espaço.


B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação
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