Jorge Lucas não precisa falar muito para chamar a atenção em um ambiente. Dublador há 25 anos, ele já emprestou a voz para famosos internacionais, como Ben Affleck, Vin Diesel, Johnny Depp, Matt Damon e Mark Rufallo. Durante diversas conversas, o ator se deparou com questionamentos como: “eu conheço a sua voz” ou “o senhor é dublador, não é?”. “É sempre interessante chegar em um local, abrir a boca e a pessoa ficar parada me olhando, curiosa, tentado descobrir de onde me conhece. Tudo isso é maravilhoso, nos faz ter consciência do caminho certo. As redes sociais nos aproximaram muito dos fãs que cada vez mais nos seguem, conhecem, incentivam, acarinham”, valoriza Jorge Lucas, que atualmente integra o elenco de “Bom Sucesso”, em que vive o médico Mauri. “Fui convidado pelo produtor de elenco Fábio Zambroni. Já havia trabalhado com ele em uma participação muito legal em ‘Totalmente Demais’. É a primeira vez em 30 anos de profissão que sou convidado para viver um papel numa novela. Todas as outras foram testes. Isso dá um prazer, uma honra e gratidão enormes ao projeto”, completa.
Jorge Lucas, o Mauri de "Bom Sucesso", da Globo. (Foto: Divulgação)Na história escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, Mauri é médico de Alberto, papel de Antonio Fagundes. O dono da Editora Prado Monteiro sofre de uma doença em estágio terminal. Para o ator, Mauri é a chance de viver um personagem no vídeo que foge do estereótipo dos atores negros na tevê. “Interpreto um personagem distante do estereótipo a que tanto tentam pasteurizar os atores negros. Faço um personagem com o qual eu me identifico e que me representa socialmente, pois fui nascido e criado na Zona Sul carioca, filho de uma família de classe média”, explica. Na hora de compor o papel, Jorge Lucas não foi longe. O ator é irmão de uma médica-cirurgiã e pegou referências de sua trajetória profissional. “Li e reli alguns livros. Pesquisei na internet, participei de palestras com grandes médicos ligados à especialidade do Dr. Mauri. E pela convivência com minha irmã, a Dra. Glória Maria, tenho uma certa observação daquele jeitão dos profissionais da medicina, como eles lidam com os pacientes e os familiares, ainda mais quando se é amigo deles”, afirma.
Nome: Jorge Eduardo Lucas Costa.
Nascimento: Em 12 de maio de 1967, no Rio de Janeiro.
Atuação inesquecível: “O pai da peça ‘Pão com Mortadela’, direção de João Fonseca”.
Interpretação memorável: Al Pacino em “Scarface”, de Brian De Palma.
Um momento marcante na carreira: “Bom Sucesso”.
O que falta na televisão: “Falarmos mais do bem”.
O que sobra na televisão: “Falamos muito do mal”.
Com quem gostaria de contracenar: Sonia Braga.
Se não fosse ator, o que seria: “Veterinário”.
Ator: Osmar Prado.
Atriz: Viola Davis.
Novela preferida: “Vale Tudo”, da Globo, de 1988.
Vilão marcante: Maria de Fátima e Odette Roitman, interpretadas por Gloria Pires e Beatriz Segall em “Vale Tudo”.
Personagem mais difícil de compor: “Aquele que está por vir”.
Que novela que gostaria que fosse reprisada: “Ciranda de Pedra”, de 2008, da Globo.
Que papel gostaria de representar: “Pai de uma família bem estruturada com vida cotidiana assentada na sociedade”.
Filme: “Alien - O Oitavo Passageiro”, de Ridley Scott.
Autor predileto: Nelson Rodrigues e Gabriel García Márquez.
Diretor favorito: Spike Lee e Pedro Almadóvar.
Uma mania: “Tomar banho no escuro”.
Um medo: “De não ter medo”.
Projeto: “‘Somos 1’. Texto de minha autoria”.
Ryan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas

Marcio Benevides, Maria José falcão e Fabiana Jallad
Andreas Penate e Monica Ramirez


