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Lista com 18 livros que você precisa ler agora, segundo youtubers de literatura

Lista com 18 livros que você precisa ler agora, segundo youtubers de literatura

GALILEU

11/03/2017 - 20h00
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A Galileu não cansa de pedir sugestões de livros para todo mundo. Desta vez, pedimos a alguns dos criadores dos nossos canais de literatura do YouTube preferidos para indicarem e escreverem sobre os melhores livros que eles leram recentemente.

Confissões do Crematório, de Caitlin Doughty
Editora Darkside, tradução: Regiane Winarski
Uma obra tão bem-humorada sobre a morte que você vai começar a repensar seus medos sobre a única certeza da vida. Caitlin, que mais parece uma Zooey Deschanel do mundo funerário, conta o que aconteceu quando resolveu "largar tudo" e trabalhar em um crematório. Hoje ela é mais do que uma estudiosa do assunto: quer revolucionar a indústria da morte por dentro, questionando a nossa proximidade com nossos mortos e por que este tema é tabu. Ela também tem um canal no Youtube (em inglês) que é muito, muito viciante.

Eu Estou Vivo e Vocês Estão Mortos, de Emmanuel Carrère
Editora Aleph, tradução: Daniel Luhmann
Um trabalho de amor pela obra de Philip K. Dick, que conecta os textos do autor com a sua turbulenta história de vida. Se você prefere amar Dick incondicionalmente pelo que fez na ficção científica, talvez seja melhor evitar esse livro: Carrère nos mostra todo o lado mesquinho do autor, muitas vezes manchando a reputação de gênio atormentado que o próprio queria cultivar sobre si mesmo. Ainda assim (ou talvez por isso mesmo), um livrão imperdível pra quem ama biografias e ficção científica.

História do Novo Sobrenome, de Elena Ferrante
Editora Globo Livros, tradução: Maurício Santana Dias
A continuação de "A Amiga Genial" é tão estrondosa e viciante quanto o primeiro livro. Nunca imaginei que uma história sobre amizade entre duas garotas italianas faria uma leitura tão crua e verdadeira sobre a natureza humana. O mistério sobre a identidade de Ferrante é só a cereja do bolo; o livro seduz pela beleza do seu estilo narrativo, pelas metáforas imaginativas da autora e, principalmente, pela complexidade das duas protagonistas.

All the Birds in The Sky, de Charlie Jane Anders
Editora Tor Books, inédito no Brasil
Infelizmente ainda sem tradução para o português, All the Birds In The Sky é literalmente o casamento perfeito entre a fantasia e a ficção científica: de um lado, uma jovem bruxa que não sabe lidar com seus dons; do outro, um rapaz que desenvolveu uma inteligência artificial de complexidade tão grande que pode mudar o curso da humanidade. É uma história de amor, de magia e segredos maravilhosos, escrita por uma dar autoras trans mais importantes da nossa geração. 

Nimona, de Noelle Stevenson
Editora Intrínseca, tradução: Flora Pinheiro
Nimona chegou no Brasil apenas este ano, o que é uma pena, porque que quadrinho delicioso! A Nimona é uma vilã deliciosa, pela qual torcemos todo o tempo. O ritmo é rápido, cheio de ação, e ao mesmo tempo dá respiro para que nos importemos de verdade com os personagens. Pra ler em uma sentada e já querer continuação. 

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, de J.K. Rolling, John Tiffany e Jack Thorne
Editora Rocco, tradução: Anna Vicentini
Esse livro dividiu muitas opiniões esse ano, mas por isso mesmo é importante. Primeiro, porque conta a história do que rolou depois do "final feliz" do Harry, mostrando que a vida adulta é cheia de altos e baixos, inseguranças e medos também. Vale a leitura pra entender o que a Rowling planejou para o futuro (ou seriam os futuros? Tem que ler pra entender) de Harry, Rony e Hermione... e descobrir se você está do lado dos haters ou dos apoiadores. ;)

O escritor Fabio Fernandes, do canal Terra Incognita, também deu suas dicas: 

Não Chore, de Luiz Bras
Editora Patuá
Uma história impossível de classificar e quase impossível de descrever, contando as peripécias de uma série de pessoas envolvidas com um mecanismo de alteração da realidade. Na nova realidade que foi criada, elas estão presas, e precisam primeiro entender o que aconteceu com elas e como essa realidade foi alterada, para tentar escapar (se isso for possível). Luiz Bras é heterônimo de Nelson de Oliveira, e um dos melhores escritores brasileiros de ficção científica, com uma prosa quase surrealista.

Contos Comprimidos, de Odair de Morais 
Editora Multifoco
Cem continhos de três linhas cada um. Esse livro é uma prova de que a twitteratura não morreu: microcontos para o Twitter foram moda lá por volta de 2010, e em pouco tempo praticamente sumiram. Mas Odair ressuscitou esse subgênero e criou pequenas pérolas, brilhantes e (claro) rápidas de ler.

Jerusalem, de Alan Moore 
Liveright Editions (o livro sairá no Brasil pela Companhia das Letras, mas ainda não tem previsão de lançamento)
Com cerca de 1300 páginas, este livro é a obra mais importante do mestre dos quadrinhos (que agora se dedida à prosa). Descrevendo as vidas de pessoas simples (algumas vivas, outras nem tanto) da cidadezinha britânica de Northhampton ao longo de mais de um século, Moore reflete sobre a natureza do tempo como sendo algo não-linear e que nunca tem fim. O interessante, como sempre acontece nas obras dele, é que cada capítulo (e são muitos) é escrito de um jeito e às vezes quase num idioma diferente, tamanha a variação de voz narrativa. Moore não é só um dos maiores autores de quadrinhos que o mundo já viu: com Jerusalem ele se consagra como um dos maiores escritores do mundo.

All the Birds in the Sky, de Charlie Jane Anders 
Editora Tor Books, inédito no Brasil 
Um tremendo livro YA que mistura ficção científica e fantasia e desafia as convenções de ambos os gêneros. Conta a história de uma garota que descobre que pode falar com os pássaros e as árvores e um garoto que inventa uma máquina do tempo que só consegue viajar alguns segundos para o futuro. Os dois viram amigos e, ao longo de anos, se apaixonam, brigam, voltam e descobrem que são os únicos que podem salvar o mundo da completa destruição.

Também contamos com as recomendações do casal Gabi e Roberto, do canal Who's Geek:


Fábrica de Vespas, de Iain Banks
Editora DarkSide, tradução: Leandro Durazzo 
Fábrica de Vespas (The Wasp Factory) foi o primeiro romance do escritor escocês Iain Banks, escrito em 1984, e a primeira obra do autor a ser publicada no Brasil. Trazido pela editora Darkside em 2016, Fábrica de Vespas foi um dos melhores e mais perturbadores livros do ano passado. A história acompanha Frank, um jovem de 17 anos que narra os acontecimentos em primeira pessoa. Frank é um psicopata que confessa, logo nas primeiras páginas, ter matado três pessoas quando era criança.

Quando seu irmão mais velho, Eric, escapa de um manicômio, a vida de Frank começa a mudar drasticamente, levando-o de encontro a um segredo escondido desde sua infância. Fábrica de Vespas causou grande alvoroço na época de seu lançamento e certamente deixará muitos leitores perturbados ainda, mas, além disso, é um trabalho de grande inteligência. Banks constrói a narrativa como um livro de terror, conforme Frank narra com banalidade cenas de violência, tortura e assassinato, mas pouco a pouco Fábrica de Vespas se mostra um profundo comentário social com um final arrasador.

O Menino que Desenhava Monstros, de Keith Donohue
Editora DarkSide, tradução: Cláudia Guimarães
Outro grande lançamento da editora Darkside em 2016, O Menino que Desenhava Monstros (The Boy who Drew Monsters) é o segundo livro do autor Keith Donohue a ser publicado no Brasil, depois do excelente A Criança Roubada publicado pela Alfaguara em 2006. Jack Peter é um menino de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele não sai mais de casa e passa a maior parte do dia desenhando monstros. Não demora até que seu pai comece a ver coisas estranhas e sua mãe a ouvir barulhos vindos de dentro da casa.

O Menino que Desenhava Monstros é somente o quarto romance do autor norte-americano Keith Donohue, mas o confirma como uma das grandes vozes da fantasia atual. O escritor também demonstra um domínio astuto da psicologia infantil em seu trabalho, criando uma narrativa simultaneamente delicada e assustadora, que deixa o leitor preso em seu suspense do começo ao fim.

Coração de Aço, de Brandon Sanderson
Editora Aleph, tradução: Isadora Prospero
Quando se trata de autores recentes de fantasia, Brandon Sanderson é o nome que aparece na ponta da língua. Desde o lançamento de seu primeiro romance, Elantris, em 2005, Sanderson tem publicado pelo menos um livro por ano. Além de um volume de trabalho considerável, Sanderson ainda conseguiu manter um padrão de qualidade em suas obras. Entre seus principais livros lançados no Brasil, encontram-se Elantirs e a trilogia Mistborn, publicados pela Leya, e Coração de Aço (Steelheart) primeiro volume da trilogia Executores e um dos principais lançamentos da Aleph no segundo semestre do ano passado. Após o aparecimento de um estranho objeto, chamado de Calamidade, nos céus da Terra, pessoas aleatórias começam a ganhar superpoderes.

As pessoas são chamadas de Épicos. Porém, ao invés de se tornarem super-heróis, elas escravizam a humanidade. Nessa história que só tem supervilões, os mocinhos são os Executores, um grupo de rebeldes cuja missão é matar esses Épicos. Depois de ver seu pai ser morto por um épico chamado Coração de Aço, o protagonista David se une aos Executores para vingar seu pai. Destacam-se no livro o domínio absoluto de Brandon Sanderson do complexo e intricado mundo que ele criou, aliado a uma prosa eloquente e uma trama inteligente. Coração de Aço é tensão do começo ao fim.

Estrela da Manhã, de Pierce Brown
Globo Alt, tradução: Alexandre D’Elia
Entre os principais lançamentos de 2016, está Estrela da Manhã (Morning Star) de Pierce Brown, terceiro e último livro da trilogia Red Rising, que ainda conta com Fúria Vermelha e Filho Dourado. Após alcançar fama mundial com a história de um operário em Marte chamado Darrow, que se infiltra na classe mais alta de uma sociedade distópica para promover uma revolução, Pierce Brown teve a difícil tarefa de concluir o que se tornou uma das melhores sagas de ficção científica dos últimos anos.

Ele precisou de pouco mais de 600 páginas, mas conseguiu. Estrela da Manhã é um espetáculo de ação e emoção da primeira à última página. Com personagens vívidos e envolventes e um complexo sistema político, Brown criou uma profunda história sobre liderança, vingança e amizade. Decerto um dos melhores lançamentos do ano passado e que agradará não só aos fãs de ficção científica, mas àqueles que buscam uma grande história de aventura.

O Feiticeiro de Terramar, de Ursula K. Le Guin
Arqueiro, tradução: Resende Ana
Publicado originalmente em 1968, O Feiticeiro de Terramar (A Wizard of the Earthsea) da lendária escritora Ursula K. Le Guin finalmente chegou ao Brasil com uma nova tradução e capa pela editora Arqueiro. O Feticeiro de Terramar é o primeiro livro do Ciclo de Terramar, composto por seis romances e oito contos. Neste livro, o protagonista, Ged, é um jovem bruxo cheio de talento que é enviado para uma escola de magia para treinar seus poderes. Lá, ele acidentalmente desperta uma criatura sombria que passa a persegui-lo. Para derrotá-la, Ged precisa partir em uma jornada de autodescobrimento, que o levará aos confins do mundo de Terramar. 

Durante sua ilustre carreira, Le Guin se tornou uma das mais importantes escritoras de fantasia e ficção científica nos Estados Unidos e resto do mundo, inspirando uma geração de escritores que inclui Joe Abercrombie, Patrick Rothfuss e Neil Gaiman. Compacto e envolvente, O Feticeiro de Terramar é uma das grandes obras de fantasia do século XX e precursor da magia encontrada na série Harry Potter.

Simon vs a Agenda Homo Sapiens, de Becky Albertalli
Editora Intrínseca, tradução: Regiane Winarski
A obra conta a história de um adolescente, o Simon, que troca e-mails com outro garoto de sua escola. Eles se apaixonam, mas não têm coragem de revelarem suas identidades, e seguem se conhecendo virtualmente. O problema é que um colega de escola descobre sobre os e-mails e chantageia Simon para que o ajude, e em troca ele não vai contar para a escola inteira que Simon é gay. É um ótimo livro sobre descobertas na adolescência, amizade e assumir quem você realmente é, escrito com uma sensibilidade invejável. Becky Albertalli trabalhou com grupos de crianças gays, lésbicas e trans, e consegue transpassar essa vivência de forma muito bonita para as páginas de seu livro.

Carry on, de Rainbow Rowell
Editora St. Martin's Griffi, (o livro sairá no Brasil pela Novo Século, mas ainda não tem previsão de lançamento)
Esse livro surgiu quase que como um spin-off de outra obra da autora: Fangirl. Dentro desse livro, a protagonista escreve fanfics da história de Carry On, e depois do sucesso, Rowell traz o que seria o último livro da saga: Carry On - Ascensão e Queda de Simon Snow. Em uma escola de magia, Simon precisa aprender a lidar com a pressão de ser o Escolhido, que vai trazer equilíbrio à magia e parar o mal. Mas ele não quer ser o Escolhido, só quer ser um garoto normal. Ou o mais normal possível dentro do mundo mágico. Qualquer semelhança com Harry Potter não é mera coincidência, mas Rowell consegue trazer novos elementos, diversidade de personagens e humor à sua história de forma original.

O Último Adeus, de Cynthia Hand
Editora DarkSide, tradução: Carolina Coelho 
O Último Adeus, escrito por Cynthia Hand, foi lançado pela Editora DarkSide Books, e fala sobre suicídio de adolescentes. O irmão mais novo de Lex tirou a própria vida na garagem de casa, depois de um divórcio complicado dos pais, problemas com a namorada e com a escola, e uma depressão mal-compreendida. Agora, a garota precisa terminar a escola, passar em uma faculdade e lidar com o vazio dentro de casa e dentro de si. A sensibilidade da autora ao lidar com um tema tão pesado se mostra na forma de contar a história, que é em forma de diário e de narrativa em terceira pessoa, alternando entre o passado e o presente, e vem do fato que ela mesma perdeu alguém quando nova e tentou lidar com isso da melhor maneira possível.

Nimona, de Noelle Stevenson
Essa graphic novel lançada pela Intrínseca veio da internet, tendo sido um trabalho de faculdade da autora. Noelle Stevenson ganhou o prêmio Eisner de quadrinhos em 2015 e foi indicada ao National Book Award no mesmo ano. Nimona é uma garota cujo sonho é ser comparsa do maior vilão do Reino: Bálister Coração Negro. Só que ela descobre, ao se juntar a ele, que Bálister é um vilão com muitos escrúpulos, que não mata pessoas se puder evitar e que só comete crimes dentro de certas regras. Nimona, no entanto, quer matar e destruir, principalmente quando toma formas de animais e monstros, já que é uma metamorfa. Aos poucos, ela descobre que há mais história por trás das ações de Bálister contra Ouropélvis, o herói oficial do Reino, e descobrimos que Nimona talvez não seja quem ela diz ser.

The Kiss of Deception, de Mary E. Pearson
Editora Henry Holt & Company, inédito no Brasil
O primeiro livro das Crônicas de Amor e Ódio, escrito por Mary E. Pearson, lançado pela Editora DarkSide Books, conta a história de Lia, a princesa do reino de Morrighan, que foge no dia de seu casamento. Cansada de ser um peão no jogo político de seu pai, ela se recusa a se casar com o príncipe de Dalbrek e foge com sua melhor amiga e dama de companhia, Pauline. Juntas, vão viver e trabalhar em uma taverna de uma pequena vila. O que ela não esperava era que o príncipe em pessoa fosse procura-la, ao mesmo tempo que um assassino é enviado pelo reino de Venda para acabar com sua vida. A autora intercala capítulos do ponto-de-vista de Lia, e dos jovens Rafe e Kaden, sem nos dizer quem é o assassino e quem e o príncipe. A história tem um pouco de magia, uma ambientação medieval e personagens femininas que se apoiam sempre que precisam.

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Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Arquiteta mostra como fazer composições elegantes usando apenas itens que já fazem parte da casa

20/12/2025 17h00

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista Foto: Divulgação

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À medida que dezembro avança e o clima de final de ano se espalha, aflora-se também o desejo de preparar as ceias que receberão familiares e amigos para as noites festivas de Natal e Ano Novo.

Na opinião da arquiteta Cristiane Schiavoni, a elaboração da mesa posta tornou-se um ritual e, para quem tem esse apreço, é uma forma de materializar o amor por meio do simbolismo, dos significados, a beleza e a atenção explícita nos pequenos detalhes.

E claro, saber como preparar uma composição que seja sofisticada, de requinte e prática faz parte da ideia. Apaixonada por estas festividades, a profissional afirma que preparar uma mesa vistosa não depende de grandes investimentos como aparenta ser. 

“É tão bom viver esse senso de pertencimento e eu gosto de enfatizar que com coisas simples, como a louça que temos em casa, é possível fazer criar efeitos e lembranças memoráveis à mesa”, afirma.

Identificando as necessidades

Para que a experiência seja única, Cristiane explica que a primeira etapa é definir o cardápio, já que ele orienta a escolha dos pratos, talheres e taças. Quem vai servir uma sopa de entrada, por exemplo, precisa de um bowl ou prato fundo acompanhado da colher adequada. Isso vale também para as bebidas, pois cada uma exige um tipo de taça ou copo.

A arquiteta Cristiane Schiavoni apresenta os detalhes da mesa com a presença do sousplat branco. “A decoração deve facilitar a interação entre os convidados e, por isso os arranjos muito altos atrapalham o contato visual. Recomendo apostar em acessórios mais baixos que trazem charme sem comprometer a conversa”, complementa.

Quando o serviço é à francesa, o souplat, nome em francês para o suporte de prato que protege a toalha, ganha ainda mais importância, uma vez que ele mantém a mesa com a apresentação sempre belíssima, mesmo quando o prato é retirado entre uma etapa e outra.

Segundo a arquiteta, outro cuidado que agrada bastante é oferecer guardanapo de papel junto ao de pano, uma solução prática para quem usa batom e não quer manchar o tecido.

Para deixar a noite mais personalizada, ela sugere acrescentar marcadores de lugar que podem ser feitos com pequenas etiquetas ou suportes simples. “Esse detalhe organiza a disposição dos convidados e reforça a atenção dedicada ao preparo da mesa”, diz.

Mesa posta com louças pretas e detalhes dourados

Para quem busca um estilo um pouco fora do tradicional – e não menos chique, muito pelo contrário! –, umas das propostas sugeridas por Cristiane envolve o emprego da louça preta brilhante ou fosca e combinada ao dourado, resultando em contraste acolhedor. Galhos secos, pinhas, velas, anéis e guardanapos no mesmo estilo reforçam o clima intimista.

Ela reforça que não é preciso transformar a casa inteira para montar uma mesa marcante. “O espírito do Natal está nos detalhes e, principalmente, no prazer de reunir quem importa em um ambiente preparado com carinho”, argumenta.

Na paleta natalina

O clássico sempre faz bonito e, nessa sugestão de mesa, a louça branca se une ao vermelho, cor muito evidente entre os adereços natalinos.

“Vale começar pelo essencial como a aplicação de jogo americano vermelho, sousplat branco associado com louças da mesma cor e guardanapo claro para manter a harmonia”, diz Cristiane. 

Com essa base, o anfitrião pode ajustar os detalhes ao cardápio da noite, usando talheres adequados, taças compatíveis com as bebidas e até pratinhos extras para azeites ou pequenos petiscos.

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Pet B+: Vai viajar com o pet? Veja o que não pode faltar no checklist

Médica-veterinária dá dicas para evitar imprevistos e tornar esse momento divertido e inesquecível

20/12/2025 15h30

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal Foto: Divulgação

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As férias de fim de ano estão chegando e muita gente aproveita esse período para fazer aquela viagem em família. E, nesse momento de puro descanso e diversão, é possível levar também o animalzinho de estimação. Com alguns cuidados antes e durante o trajeto, esse momento tende a ser inesquecível também para o pet.

Em 2024, dados das companhias aéreas indicaram que mais de 100 mil pets viajaram ao lado de seus donos – 15% a mais que no ano anterior. Essa é uma rotina comum na vida da designer de experiência Mariana Corrér, de 36 anos. Toda vez que a viagem é de carro, Giovanna e Maya, duas vira-latas de 1 e 7 anos, embarcam juntas. No dia 20 de dezembro, elas iniciam uma nova aventura, saindo de Indaiatuba/SP com destino as cidades da região Serrana do Rio de Janeiro, num total de 1.590km em 16 dias de passeio.  

“É sempre uma experiência maravilhosa envolvê-las em minhas viagens, pois são membros da nossa família. Eu trabalho em casa e a gente fica juntas o dia inteiro. Tudo que vou fazer procuro levá-las comigo, seja em passeios ao ar livre, no shopping ou em restaurantes. Daí, sempre busco lugares que são pet friendly”, conta. “Eu gosto muito de viajar, me faz muito bem, então poder compartilhar esses momentos com elas é algo muito valioso e torna-os ainda mais especiais. Eu não conseguiria passar tanto tempo longe delas.”

A médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi, salienta que o primeiro ponto a ser avaliado para essa decisão é a idade do animal.

“O ideal é que eles viajem após completarem o protocolo inicial de vacinação, geralmente a partir de 16 semanas (4 meses). Antes disso, cães e gatos ainda não possuem proteção adequada contra doenças infecciosas”, alerta. “Filhotes mais novos só devem viajar em situações realmente necessárias e com orientação direta do médico-veterinário.”

Os cães devem estar imunizados com a vacina polivalente (V8 ou V10), que previne doenças graves como cinomose e parvovirose; a vacina antirrábica (raiva), obrigatória em todo território nacional; e a vacina contra a tosse dos canis (gripe canina), doença altamente contagiosa e comum em ambientes com grande circulação de animais, como hotéis e praias.

No caso dos gatos, é importante que estejam com as vacinas tríplice (V3) ou quádrupla (V4/V5) e a antirrábica em dia.

“A vermifugação e o controle parasitário são obrigatórios tanto para cães quanto para gatos, incluindo vermífugos gastrointestinais e controle contra pulgas, carrapatos e mosquitos. Isso é fundamental para prevenir dirofilariose, leishmaniose e doenças transmitidas por carrapatos e pulgas”, destaca Aline.

Documentação deve estar em dia

Com vacinas e vermífugos atualizados, o próximo passo é juntar toda a documentação do animal. Para viagens nacionais, geralmente é exigida a carteira de vacinação atualizada, com destaque para a vacina antirrábica válida. Também é necessário o atestado de saúde, emitido exclusivamente por médico-veterinário –, com validade de 7 a 10 dias antes da viagem.

Em viagens de ônibus, as empresas podem exigir caixa de transporte adequada e documentação de vacinação.

Se a viagem for de avião, o tutor deve apresentar o atestado de saúde recente (3 a 10 dias, dependendo da companhia), a carteira de vacinação com antirrábica válida e o laudo de aptidão ao transporte (quando solicitado). Podem ser exigidos ainda documentos específicos para transporte na cabine ou no porão.

Para voos internacionais, a companhia aérea pode solicitar microchip, sorologia da raiva, o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e documentos adicionais do país de destino. “É fundamental que o tutor consulte a companhia aérea com antecedência”, reforça Aline.

Chegou a hora de partir: como transportar o pet?

Segundo a médica-veterinária, essa pode ser a etapa mais importante, pois envolve a segurança do animal.

Se a família viajar de carro, cães e gatos podem ser levados em caixa de transporte, com cinto de segurança ou em cadeirinha específica para pets.

“O importante é nunca transportar o bichinho de estimação no colo ou solto no carro. Também é essencial evitar que o animal fique com a cabeça para fora da janela do veículo, pois, além do risco de acidente, pode acarretar infração de trânsito”, alerta Aline. A prática está prevista no artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e prevê multa grave no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

Caso a viagem seja de ônibus, é fundamental que o pet esteja bem acomodado em caixa de transporte rígida e bem ventilada.

Em viagens de avião, animais de pequeno porte podem ir na cabine, acomodados em uma caixa macia adequada ao seu tamanho. Os pets de grande porte viajam no porão climatizado, em caixa compatível com o tamanho do animal. Todas as caixas devem seguir as normas da International Air Transport Association (IATA).

Conforto e comodidade durante o trajeto

Para que a viagem seja realmente inesquecível com o “melhor amigo”, é importante que ela seja confortável, especialmente durante o percurso.

Nas viagens terrestres, além de transportar o animal com segurança, o tutor deve levar a ração habitual do pet para evitar distúrbios gastrointestinais.

“O recomendado é alimentar o animal de 2 a 3 horas antes da saída e, durante o trajeto, ofertar pequenas quantidades a cada 4 a 6 horas, conforme a tolerância do animal. Já a água deve ser ofertada com frequência, a cada 1 a 2 horas”, orienta Aline.

Em viagens de avião, não é recomendado oferecer comida durante o voo. O tutor deve alimentar o animal 3 horas antes para evitar náuseas. A água pode ser deixada em recipientes presos à caixa, especialmente em voos longos. “Evite tranquilizantes sem prescrição veterinária, pois não são recomendados”, reforça Aline.

Durante viagens terrestres, é fundamental fazer paradas a cada 2 horas. Esse momento é importante para a oferta de água, para que o cão faça suas necessidades fisiológicas e para caminhadas breves.

Os felinos devem permanecer seguros na caixa, mas podem ter breves pausas em ambiente totalmente controlado, evitando qualquer risco de fuga.

10 dicas para a viagem ser agradável ao pet:

1 – Realize avaliação veterinária antes da viagem;

2 – Mantenha vacinas e antiparasitários atualizados;

3 – Não dê alimentos que o pet não esteja acostumado a comer;

4 – Faça a identificação do animal

5 – Garanta sombra, hidratação e pausas frequentes;

6 – Evite passeios nos horários mais quentes;

7 – Utilize protetor solar veterinário em áreas sensíveis do animal;

8 – Leve kit de primeiros socorros;

9 – Respeite a individualidade do pet, alguns se assustam com ambientes agitados;

10 – Nunca force interação, aglomeração ou exposição excessiva ao calor.

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