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Marcelo Luna "Quando você surfa onda grande, você nasce para aquilo"

Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, o atleta relembrou momentos marcantes da sua trajetória e falou sobre a atual fase da sua carreira e expectativas

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Por Denise Neves e Flávia Viana

Marcelo Luna, de 38 anos, é o atleta que transformou a sua história de vida através das ondas gigantes do mar. 

Natural de São Bernardo do Campo (SP), o surfista conheceu as drogas aos 11 anos de idade, e, cinco anos depois, ao ter o seu primeiro contato com o esporte, decidiu que era essa a trajetória que seguiria dali por diante.

De lá para cá, Luna coleciona conquistas que a sua relação de amor com o mar lhe proporcionou: três Big Wave Awards, o Oscar do surfe, um projeto social intitulado “Meu Mundo, Meu Sonho”, no qual já resgatou a infância e adolescência de milhares de jovens brasileiros, além de ser o primeiro surfista contratado na história do Corinthians, o seu time do coração.

Toda a sua história foi escrita pelo próprio Luna para ser compartilhada através da sua autobiografia que será lançada no dia 25 de julho no Parque São Jorge, em São Paulo (SP), no tradicional estádio de futebol do Timão.

 

“Eu comecei a escrever esse livro durante uma das piores fases da minha carreira, que foi quando eu fiquei lesionado por conta de um acidente grave. Fiquei muito mal, tive depressão... Foi um momento bem difícil para a minha carreira. E eu comecei a escrever esse livro como uma forma de lembrar, talvez, de tudo o que eu já tinha feito, de tudo o que eu representava para mim”, conta Luna.

Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, o atleta relembrou momentos marcantes da sua trajetória e falou sobre a atual fase da sua carreira e expectativas.

CE: Como começou a sua história com o surfe? Quando decidiu que queria ser atleta profissional?

ML: “Eu sempre quis ser atleta. A minha vida inteira eu tive envolvimento com o esporte. Eu joguei em escolas de time de futebol quando era criança, e de atletismo também. Já cheguei a competir no skate, só que o surfe foi avassalador. Quando eu o conheci com 16 anos de idade, eu disse para mim mesmo que iria ser surfista profissional um dia, que eu tinha nascido para fazer aquilo e que eu ia fazer de tudo na minha vida para tentar ser surfista.”

 

CE: Já na infância, você fazia uso das drogas... Com que idade você entrou para as drogas e quando decidiu sair? Como foi esse processo?

ML: “Eu comecei a usar drogas com 11 anos de idade até conhecer o surfe, com 16.”

CE: Há quanto tempo você está longe das drogas?

ML: “Desde sempre. Nunca voltei.”

CE: Você contou com alguma rede de apoio?

ML: “Foi eu por mim mesmo. Desde que eu entrei no mar pela primeira vez, eu decidi que não iria usar mais nada no mesmo dia.”

CE: Falando da sua carreira... Como foi a experiência de surfar pela primeira vez a Onda de Nazaré?

ML: “Foi entender o que eu tinha nascido para fazer no esporte. Quando você surfa onda grande, você nasce para aquilo. Não é qualquer pessoa que quer entrar no mar daquele jeito. Você é mesmo predestinado a fazer aquilo.”

CE: Você foi condecorado no Surfer Wall de Nazaré, onde sua prancha está exposta com uma placa com sua foto no local. Como você descreve a sensação de ter chegado tão longe sendo homenageado dessa maneira? Se pudesse usar uma palavra para resumir o sentimento, qual seria e por quê?

ML: “Resiliência. Saber lidar com a condição que a vida te impõe e você fazer dessa condição se tornar algo melhor, aprender com ela e fazer e provar não só para você, mas para uma sociedade que julga e impõe limites às pessoas em classes sociais, condições financeiras, enfim, por ‘n’ fatores, que estão fadadas ao fracasso e, na verdade, eu consegui provar que estava todo mundo errado. Quando você tem força de vontade, dedicação e profissionalismo, você consegue fazer coisas que, é o que eu costumo dizer, as pessoas que chegam no sucesso, elas chegaram e fizeram mais do que todo mundo faz. Acho que é essa a grande verdade.”

CE: “Sobre o seu contrato com o Corinthians, como é para você ter a responsabilidade de levar o nome do clube para diferentes cantos do mundo através do surfe?

ML: “É uma honra. Primeiro, por ter me tornado o primeiro atleta da modalidade do surfe com um contrato profissional. Porque tem atletas que fazem parcerias e tal, mas contrato profissional, eu fui o primeiro, então, é muita honra mesmo de poder levar o nome deles, principalmente por ser o meu time, eu sou corinthiano. Como atleta, me sinto honrado de poder abrir uma porta gigantesca para o esporte e poder unir a maior potência esportiva do mundo, que é o futebol, obviamente, com o surfe. É um motivo de alegria e poder dizer: ‘Cara, realmente reconheceram o meu profissionalismo de fato. Eu cheguei ao nível mais alto’.”

CE: Ainda sobre futebol, qual a relação do Marcelo Luna com o esporte? Você gosta? Acompanha?

ML: “Eu acompanho muito o futebol. Eu, como torcedor fanático, ia para estádio quando era criança e tudo. Depois que o surfe entrou na minha vida, eu me afastei um pouco por conta do próprio esporte. E, agora, eu até brinco, dizendo que eu fiquei mais corinthiano do que eu já era, porque eu não perco um jogo. Querendo ou não, além de ser o meu clube, agora é a minha empresa.”

CE: Há algum outro esporte que você goste?

ML: “Além do futebol, eu gosto muito de basquete. Eu gosto de assistir futebol, mas não de jogar. Já basquete, eu sou fissurado, gosto, jogo, acompanho etc.”

 

CE: Sobre as Olimpíadas, será que veremos o Marcelo Luna representando o Brasil?

ML: “Não. Surfe olímpico não é a minha modalidade. Eu faço surfe de performance e não sou um cara que me dedico a isso. Não existe a possibilidade disso acontecer. Mas, não sei, de repente posso estar lá para acompanhar e torcer.”

CE: Você está lançando agora a sua autobiografia... Pode contar sobre esse projeto? Como surgiu a ideia de escrever o livro, quando começou, quando ficou pronto etc...

ML: “Na verdade, eu comecei a escrever esse livro durante uma das piores fases da minha carreira, que foi quando eu fiquei lesionado por conta de um acidente grave. Fiquei muito mal, tive depressão... Foi um momento bem difícil para a minha carreira. E eu comecei a escrever esse livro como uma forma de lembrar, talvez, de tudo o que eu já tinha feito, de tudo o que eu representava para mim. Comecei a escrever em dezembro de 2019 e levei cerca de uns dois anos e pouco escrevendo. E foi uma forma de contar para mim mesmo tudo o que eu já tinha passado e falar: ‘Caramba, você conseguiu fazer tudo isso e você está desistindo agora por causa dessa lesão?’. Foi uma autoajuda para mim mesmo, na real. E o livro é exatamente sobre isso: superação.”

CE: Você também é o idealizador do projeto “Meu Mundo, Meu Sonho”, pode falar um pouco sobre a iniciativa? Como surgiu essa ideia e qual o seu objetivo? Quais resultados já foram alcançados através desse projeto social?

ML: “Eu comecei a minha carreira com esse projeto, em 2015. O meu objetivo era contar a história de um cara que tinha um sonho e criou o mundo dele para fazer as coisas acontecerem e inspirar crianças. Eu já palestrava em comunidades e favelas, contando a minha história de vida e dar um pouquinho de esperança para essas crianças. E, foi assim que começou. E as coisas foram acontecendo e tomando proporções diferentes e eu vi que a minha carreira explodiu e continuei palestrando. É deixar o legado, o que acaba sendo exatamente isso, não é o que você faz e sim o que você deixa de ensinamento para que os outros façam iguais ou mais do que você. Essa que é a ideia.”

CE: Tendo uma história de vida tão forte e já tendo superado tanta coisa... Quais são os sonhos que você almeja alcançar daqui para frente?

ML: “Eu quero ter um pouco de estrutura para formar atletas no final da carreira. Ser formador de atletas. Não do ponto de vista empresarial, mas mais para poder fomentar, trabalhar e instruir como um atleta deve ser. Mas, isso eu planejo para o final de carreira. Antes disso, eu ainda quero surfar muita onda e o céu é o limite. Quando você é atleta, não tem limite, você tá sempre procurando alguma coisa para fazer. Essa é que é a verdade.”

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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