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Marianna Alexandre: "Interpretar Celly Campello foi um grande desafio e uma grande responsabilidade"

Essa menina prodígio, é Capa do Correio B+ desta semana

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Marianna Alexandre tem apenas 21 anos de idade. No mês de junho estreou o filme “Um Broto Legal”, onde protagoniza a vida do fenômeno Celly Campello. Sucesso no TikTok, Marianna também teve sua estreia na TV recentemente, ela fez parte do elenco da novela "Gênesis" na Record TV.

Foi tocando o hit “Estúpido Cupido” ao piano e cantando com sua voz afinada que a atriz, cantora e dubladora carioca conquistou o protagonismo de “Um Broto Legal”, cinebiografia musical dirigida por Luiz Alberto Pereira, responsável também pelo roteiro junto de Dimas de Oliveira Jr., que conta a história da cantora Celly Campello (1942 - 2003), considerada a primeira popstar do rock nacional. Tony Campello, irmão mais velho de Celly, precisou conter a ansiedade até que o longa pudesse chegar às telas devido a pandemia.

Marianna, que apesar da pouca idade já era familiarizada com o repertório da cantora por influência dos pais, chegou a compor uma música especialmente para o filme – executada brevemente em uma cena – e não hesitou à proposta de aderir ao corte de cabelo pixie, característico do período, para uma maior conexão cênica. 

A atriz, acostumada a viver personagens de época em outros trabalhos, como na novela “Gênesis” e nos musicais “Se Meu Apartamento Falasse” e a segunda montagem de “A Noviça Rebelde”, abraçou prontamente os novos desafios.

Foi ainda criança, aos sete anos, que Marianna descobriu a música, em todas as suas formas. 

A carioca, que na época morava em Brasília, fez musicalização, participou de coral e aprendeu teclado, o que foi um curto passo para o contato com o piano erudito, que estudou por quatro anos na Escola de Música de Brasília (EMB), onde se formou no curso básico e onde também teve o primeiro contato com o lado atriz, ao ser selecionada para seu primeiro teste profissional e que lhe rendeu uma participação no filme ‘O Outro Lado do Paraíso’, de André Ristum, lançado em 2016 - uma porta de entrada para novas oportunidades na TV, no cinema, na dublagem, e também nos palcos.

Marianna se dedica ainda à carreira na música, iniciada durante a pandemia, com o lançamento do primeiro single autoral e clipe “Cor de Mel”, seguido do seu mais novo trabalho, “Timbre Imperfeito”, lançado no último dia 29, e disponível em todas as plataformas digitais.  

Essa menina prodígio, é Capa do Correio B+ desta semana. Ela conversou com exclusividade com o Caderno sobre escolhas, como foi fazer Celly, sua estreia na TV e teatro musical.

 

CE - Você estreou na TV em Genesis. Como tudo aconteceu?

MA - ‘Gênesis’ foi uma novela muito legal e essa oportunidade se deu através de um teste. 

A minha agente me chamou para um teste, que seria para uma das primeiras fases da novela, mas acabou não acontecendo, e depois de um tempo, mais para frente, já na fase de José do Egito, eles me chamaram para fazer. 

Posso dizer que foi a realização de um sonho, pois eu já tinha feito alguns cursos de televisão e já alimentava essa vontade de fazer TV. 

Se tornou uma experiência incrível e eu só tenho a agradecer.

CE - Sua personagem tinha algum ponto de semelhança com você?

MA - A minha personagem foi fictícia, ela fazia parte da novela bíblica, porém foi criada a partir da imaginação da autora, ela que criou o nosso núcleo e escreveu a nossa parte, mas de qualquer forma foi uma grande responsabilidade fazer parte dessa novela, sobre uma das histórias mais contadas, encenadas, no mundo. 

A minha personagem era hicsa (estrangeira) e morava no Egito porque o irmão tinha sido coroado Faraó, então claro que tudo é bem longe da minha realidade, mas acho que, ainda assim, posso achar semelhanças (risos) entre a Marianna atriz e a Marianna que estava interpretando a Amarilis. 

A maior creio que era o amor que ela tinha pelo irmão, eu tenho uma irmã mais nova, então compartilho dessa relação familiar especial e consegui trazer bastante disso na minha personagem. 

Também acho que compartilhamos de algumas outras características, como o fato dela ser bastante curiosa e doce, como eu.

CE - Como foi fazer uma novela bíblica?

MA - Fazer uma novela bíblica foi uma experiência muito legal, até porque, como eu falei anteriormente, acho que ‘Gênesis’ é uma das histórias mais contadas no mundo, todo mundo conhece, e poder fazer parte disso foi muito interessante para mim como atriz, porque eu consegui colocar em prática a experiência de atuar para a televisão, que eu nunca tinha feito e tinha muita vontade. 

É um universo muito diferente do teatro, onde tudo é encenado, temos que projetar a voz, falar mais alto, afinal, a gente brinca que até a senhorinha da última fileira tem que ouvir o que a gente está falando (risos). Na televisão não, a câmera está muito perto, o microfone está do lado da sua boca, então é um outro lugar. 

E foi muito legal fazer parte disso em uma novela bíblica porque ela me permitiu ter diversas ‘primeiras experiências’; a minha personagem foi um grande presente, tive que contracenar com animais, sendo que eu morro de medo de cachorro, gato, e tive que encerrar com um gatinho no meu colo uma cena inteira, então foi muito legal e desafiador, até também a parte que eu fui mumificada, pois minha personagem morria e passava pelo processo de mumificação. 

Eu passei por todas as etapas, fiz tudo até ser enfaixada – experiências que vão ficar guardadas para sempre na minha memória.

CE - O teatro musical te levou até outras mídias?  

MA - Na verdade, ele veio mais tarde. Meu primeiro trabalho foi no cinema, com o filme “O Outro Lado do Paraíso”. 

Eu estudava música, fiz musicalização infantil, coral e piano, - sou formada em piano erudito -, e aí eu fiz um teste para participar desse filme e acabei passando, então foi o primeiro trabalho da vida, e só depois veio o teatro, que eu comecei a estudar de forma mais dedicada. 

Até então eu não estudava nada de teatro, de atuação, e depois que eu gravei o filme, eu entendi que queria fazer isso para minha vida, então tinha que estudar. 

Aí eu comecei a fazer vários cursos, me mudei para o Rio de Janeiro - porque na época que rodei o filme eu morava em Brasília - e aqui no Rio tem muito mais oportunidades, muito mais opções de cursos, e foi aí que eu quis juntar todas as artes; já cantava, dançava - também fazia jazz, balé, - e então vi que o teatro musical era um lugar perfeito para isso. 

Desde então fiz musicais, teatros de prosa, dois anos de tablado, estudei na CAL, no CEFTEM, fiz um curso em Nova Iorque durante um mês. Estou sempre estudando e conciliando os cursos com meus trabalhos.

CE - E o convite para estrear no cinema?

MA - Quem me dera que fosse um convite (risos), mas não, eu fiz um teste. 

Eles estavam procurando atores e atrizes para interpretar os personagens e eu fiz o teste, como todas as outras meninas fizeram, e acabei graças a Deus, tendo a sorte de passar. 

Primeiro foi um teste online, onde tive que mandar o meu material e gravar um vídeo cantando e tocando uma música da Celly Campello, e depois fui chamada para um segundo teste, já presencial em São Paulo; nesse eu tive que interpretar uma cena, e na sala de ensaio tinha um piano, então toquei e cantei ao vivo. 

O Luiz Alberto, nosso diretor, sempre fala que esse foi o diferencial, que ele já tinha certeza de que seria eu desde aquele momento, mas eu não fazia ideia (risos). 

E depois eles me chamaram mais uma vez, falando que seria para um outro teste, só que na verdade era para falar que tínhamos passado, eu e os outros dois atores principais. 

A partir daí eu estudei muito, me dediquei, porque interpretar Celly foi um grande desafio e uma grande responsabilidade.

CE - Você escutava a Celly Campello?

MA - Sim, desde pequena meus pais colocavam as músicas dela pra toca, me lembro bem de dançar e cantar os hits ‘Estúpido Cupido’ e ‘Banho de Lua’, então, apesar de ser jovem, posso dizer que a música da Celly sempre esteve presente na minha vida, ainda mais hoje em dia (risos). 

Ela ainda é tocada em várias festinhas e recentemente teve até uma trend no TikTok com as músicas dela, então costumo dizer que Celly é imortal, ela vai ficar transcendendo as gerações por muito tempo.

CE - Como foi a sua preparação?

MA - Para mim a preparação começou desde o teste, no primeiro vídeo. 

Eu já queria muito fazer, então eu estudei, escutei bastante como ela cantava e tentei fazer o mais próximo possível, e depois que eu soube que ia interpretar mesmo, aí mergulhei fundo no material dela, só que não tem muito da época, da fase, não encontrei vídeos, o que me ajudou muito foram os relatos das pessoas que conviveram com ela e o próprio Tony Campello, que foi um dia na nossa preparação e contou como era a irmã dele, como era a relação dos dois, isso ajudou bastante; os vídeos que eu consegui ver eram mais dela já mais velha, de entrevistas, e um vídeo dela em preto e branco, tipo um videoclipe, mas foi um trabalho bem minucioso porque eu queria que as pessoas fossem no cinema, assistissem o filme e não pensassem que era uma atriz interpretando, que conseguissem assistir e realmente enxergar a Celly Campello; para isso eu tive que cortar meu cabelo, que estava grandão - inclusive tem um vídeo no meu Instagram da transformação -, topei adotar o corte da época, pixie, bem curtinho.

O sotaque também foi um cuidado especial, porque eu sou carioca e ela é de Taubaté, interior de São Paulo, então tive que trabalhar bastante isso para que ficasse verdadeiro, e como tenho certa facilidade com sotaques, porque eu já morei em vários lugares do Brasil e também por ser dubladora, eu já tenho esse trabalho de voz há um tempo.

 

CE - Gosta de saber mais sobre essa época?

MA - Sim, eu gosto bastante! E parece que os trabalhos de época vêm me cercando! Eu fiz no teatro, os musicais “Se Meu Apartamento Falasse” e “A Noviça Rebelde”, que são histórias de época, fiz a novela, “Gênesis”, então estou sempre estudando algo novo. 

E é bom que a gente sai da nossa zona de conforto e aprende mais sobre a história da nossa música brasileira, por exemplo, como no caso da cinebiografia da Celly, então a gente encontra várias preciosidades que tornam mais especial o trabalho de ator, dessa possibilidade de interpretar várias personagens diferentes e mudar tanto para o nosso trabalho, o que acaba envolvendo também nosso lado pessoal, já que acabo tendo muitos conhecimentos que, às vezes, no dia a dia, ou em outra profissão, eu não teria.

CE - Marianna, você sente muita responsabilidade com tão pouca idade interpretar uma personagem assim?

MA - Sim, com certeza, e eu acho que nem é pelo fato da pouca idade, até porque no filme ela era mais nova do que eu na época que eu gravei; eu estava com 18 anos e falando dela com uns 15 anos, então eu acho que é mais pelo fato de ser uma pessoa tão querida pelo Brasil, uma pessoa que fez muito sucesso, que era considerada ‘a namoradinha do Brasil’, então já é uma grande responsabilidade por ser a Celly, o fato de ser uma pessoa que mudou na história do rock no Brasil, ela e o Tony, então acho que é daí que vem toda a responsabilidade de fazer um ótimo trabalho, ainda mais para os fãs e para os familiares que ainda estão vivos, que assistiram, queria entregar um trabalho que fizesse eles lembrarem da época que viveram, dos momentos e dos entes que estamos homenageando.

 

CE - Suas estreias estão sendo de grande notoriedade, como é pra você?

MA - Eu fico muito feliz de ver o trabalho que a gente se dedica tanto, que a gente até trabalhou para isso, sendo reconhecido, através de cada feedback, cada mensagem que recebo. 

Fico muito feliz com essa notoriedade que venho ganhando porque é um trabalho árduo que a gente faz, seja por trás das câmeras ou por trás das cortinas do teatro, e é muito gostoso quando a gente recebe esse carinho, tanto do público quanto de profissionais, sejam eles criativos ou da imprensa. 

Quando eu fiz a novela, por exemplo, não imaginava que ganharia como Revelação da Televisão no Prêmio Contigo pela minha primeira personagem, então eu já fiquei muito feliz com isso, e com certeza acho que a emoção que mais define esse momento é a emoção de felicidade e gratidão, por tudo, de ver que o meu trabalho e o esforço que eu estou fazendo, seja com estudo, dedicando meu tempo, dedicando um cuidado com a minha assessoria e com cada veículo que me concede espaço para poder contar mais sobre mim e a minha história, enfim, tudo que a gente faz é pensado com carinho, e graças a Deus está tudo nos eixos e nos trilhos, está dando certo.

CE - Como é ser uma artista multifacetada?

MA - É muito bom poder trabalhar em diferentes áreas da Arte, pois isso abre muitos leques. Esse conjunto de habilidades me permite trabalhar com dublagem, com teatro, teatro musical, televisão, cinema, agora com o universo digital, através do TikTok, onde reúno mais de 6 milhões de seguidores, que acompanham minha produção de conteúdo, então acho que dessa forma eu consigo abranger muitas pessoas, conectar diferentes públicos e perfis para que elas vejam minha arte, e eu acho que isso é fundamental; eu faço o que eu gosto, então estou sempre me divertindo e trabalhando, e isso é o mais importante.

 

CE - E a dublagem, como iniciou?

MA - Eu conheci a dublagem quando me mudei para o Rio de Janeiro. 

Assim que terminei de gravar o filme meu pai acabou sendo transferido pra cá - eu sou carioca, mas por conta do trabalho dele eu já viajei é já morei em vários lugares -, então minha mãe perguntou se eu não gostaria de fazer um curso de dublagem, algo que na época nem passava pela minha cabeça, nem sabia da existência da dublagem, pois eu assistia aos filmes, mas não me ligava no trabalho que existia por trás das vozes dubladas deles. 

Acabei topando e fiz um curso de férias como a Mabel César, que é a voz da Luluzinha, da TV Globo, de muita coisa que ouvimos por aí, e ela foi uma professora maravilhosa, quem me ensinou todo o início da dublagem, então eu devo muito a ela, e claro, a minha mãe, que me colocou nesse universo. 

Depois eu emendei alguns outros cursos e não fui parando até começar a trabalhar profissionalmente, e nessa estou aqui até hoje, eu comecei com 14, 15 anos, hoje estou com 21, e se Deus quiser não vou parar não, vou dublar até ficar velhinha (risos).

CE - Você dublou filmes de terror Mari?

MA - Sim!!! Eu lembro que o primeiro filme, a primeira dublagem que eu fiz para cinema foi para um filme de terror, “Invocação do Mal 2”. 

Eu lembro de sair da escola e a galera comentar, “-caramba vai estrear um filme muito maneiro, Invocação do Mal”, e quando eu cheguei no estúdio para dublar era justamente ele. 

Eu fiquei chocada, porque eu morro de medo de filmes de terror, inclusive eu brinco que todos os gritos que minha personagem, a Margaret, dá no filme, são reais, porque eu me assustava de verdade (risos)! Mas foi uma experiência muito legal, além de ter sido a primeira vez que ouvi a minha voz no cinema - e eu adorei -, depois disso dublei “Annabelle 2”, “It – A Coisa” e vários outros.

 

CE - E a carreira de cantora? Você lançou seu 1 single na pandemia e agora outro? Conta um pouco...

MA - Digamos que eu nunca quis ser cantora, eu sempre fui uma atriz que cantava, mesmo tendo começado na música, cantando desde novinha. 

Mas eu sempre tive vontade de compor, de ter o meu próprio material, e acabou que durante a pandemia eu tive tempo para isso, tempo de sentar e escrever, de colocar essas ideias no papel, numa canção; então eu lancei “Cor de Mel” em 2020 e foi um lançamento super intimista, onde eu que fiz tudo, desde de correr atrás do e como se fazia, até distribuir a música. 

Eu tive ajuda do meu amigo Davi Pithon, ele compôs junto comigo, tocou violão, e junto dele, da minha família, do diretor de imagem, Fábio Costa, e uma amiga, fizemos acontecer e gravamos o clipe. Foi uma coisa muito familiar, muito especial. 

Depois disso eu segui com vontade de produzir mais, e só agora, em 2022, eu fechei com os produtores do estúdio Bazuca para fazer uma série de lançamentos. 

O primeiro desse meu novo momento foi “Timbre Perfeito”, lançado recentemente, já estou terminando o segundo e tenho mais alguns por vir, então estou animada para essa nova fase, para que as pessoas possam me ver como ‘Mariana cantora’ também e aproveitar e consumir um pouco dessa música que eu tenho para oferecer.

CE - Quando descobriu que ser artista era a sua vocação?

MA- Acho que eu já fazia arte desde quando estudava música, eu comecei com 6, 7 anos de idade, mas não tinha noção de que eu ia seguir por essa carreira. 

Eu sempre fui aquela criança que queria ser tudo, quis ser astronauta, modelo, e a última profissão que eu dizia que queria seguir era diplomata, isso até fazer o meu primeiro filme, foi com ele que eu mudei de ideia, mas realmente acho que artista eu sempre fui, porque eu sempre toquei piano, mas acabei estudando mesmo para me tornar uma, sendo essa a minha escolha de carreira, a partir dos 12 anos.

 

CE - Como foi passar pela pandemia e pela covid com sua família?

MA - A pandemia foi uma situação difícil pra todo mundo, no mundo todo né... Um dia a gente está vivendo tranquilamente e do nada temos que parar tudo e ficar em casa - porque é um assunto muito sério. 

Eu lembro que estava em São Paulo, ensaiando para um musical que acabou nem acontecendo, voltei para o Rio e a gente ficou em casa por muito, muito tempo se protegendo - e até hoje nos protegemos, nessa nova realidade que estamos vivendo -, mas passar a pandemia com a minha família foi muito tranquilo, a gente sempre foi muito unido, então a gente passava tardes e noites assistindo série, criando juntos; quando eu comecei a produzir conteúdo para a internet eles super me apoiavam, criavam conteúdo comigo - criam até hoje, a gente senta e escreve o roteiro junto -, então eu acho que serviu para a gente se aproximar ainda mais. 

Foi também uma época bem proveitosa para mim, como artista, em termos de criação, de aflorar ideias, mas também foi muito difícil ver a situação do mundo e não ter muita perspectiva sobre o que acontecer. Apesar dos pesares, graças a Deus atravessamos bem e eu fico muito feliz pela família que eu tenho, pelo suporte que nos demos.

CE - Algum momento muito marcante pra você até aqui?

MA - Eu acho que todos os momentos da minha carreira até aqui foram muito marcantes, cada um representa uma realização, algo que eu consegui, foi uma comemoração diferente, uma felicidade diferente, então eu acho que não tem como escolher uma coisa até agora que tenha um espaço muito mais importante na minha vida.

CE - Um personagem que adoraria fazer?

MA - Sempre uma pergunta muito difícil, porque cada vez que aparece um trabalho novo eu penso o quanto queria fazer aquela personagem, tenho sempre muita vontade, mas tendo que escolher um, diria Wandinha Addams, no teatro musical. 

Com essa nova montagem do espetáculo “A Família Addams”, em São Paulo, acabou que eu não passei na audição, mas tenho muita vontade de, quem sabe um dia, interpretar ela; é uma personagem que eu tenho um carinho grande desde muito jovem e adoro o perfil.

CE - Pensa em largar alguma das coisas que faz por apenas uma?

MA - Não, eu não penso em largar algo que eu faço, ou penso que quero fazer apenas uma coisa; eu acho que, se a vida for me encaminhando para isso, tipo, em um determinado momento fazer só televisão, ou só cinema, tudo bem, mas se puder conciliar tudo eu vou amar. 

Sempre conseguir fazer isso. Às vezes é difícil? É. Mas eu sempre batalho para que eu possa fazer todas as minhas coisas e não deixar nada, porque eu sou realmente muito feliz fazendo tudo.

CE - Novos projetos?

MA - Eu vou continuar com a dublagem, porque é uma coisa que não para, sempre está estreando uma coisa nova, então a dublagem é uma coisa que eu faço sem pausa, mas também outras coisas vão aparecendo. 

Eu acabei de encerrar a temporada carioca do musical “Brilha la Luna”, com as músicas da banda Rouge, estou emendando em um musical infantil, “ViraLatas, o musical animal”, que vai estrear no shopping da Gávea, também no Rio de Janeiro, e em paralelo estou nessa correria com o lançamento dos meus singles, com previsão de ter um novo já no próximo mês, e outros até o fim do ano, mas claro, estou sempre aberta a convites e testes. 

Minha vida é essa coisa intensa, que não para, onde as oportunidades vão aparecendo, eu vou agarrando.

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Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Sob a regência do Seis de Copas, a semana convida à celebração das memórias, dos afetos e dos reencontros que aquecem o coração. Permita-se viver esse clima de carinho e nostalgia. Boas Festas!

21/12/2025 14h00

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração Foto: Divulgação

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Esta é, sem dúvida, a época perfeita do ano para a energia do Seis de Copas. Vivemos o clima das festas de fim de ano, quando família e amigos se reúnem e as memórias ganham um brilho especial. Ancorada na harmonia e no equilíbrio do número seis e na sensibilidade emocional do naipe de Copas, essa carta é tradicionalmente vista como positiva e acolhedora.

O Seis de Copas fala sobre revisitar o passado com carinho, mergulhar na nostalgia e, sobretudo, estar presente para o outro. Afinal de contas, o que realmente importa na vida são os laços que construímos com amigos e família. Não se trata de bens ou posses, mas de criar boas memórias e ter consciência de como escolhemos viver e compartilhar nosso tempo.

Quando penso em lembranças marcantes das festas de fim de ano, é difícil escolher apenas uma. O que permanece mais vivo na memória não são os presentes, mas a alegria genuína de compartilhar nosso tempo e estarmos todos juntos em família nessas datas tão especiais.

O Seis de Copas nos convida a olhar para trás e recordar aquilo que verdadeiramente nos fez felizes. Muitas vezes, ao revisitar o passado, é comum fixarmo-nos apenas nos momentos difíceis... aqueles que, não raro, renderiam longas sessões de terapia. No entanto, quando observamos nossa história como um todo, percebemos que, ao lado dos desafios, também existiram fases de alegria, leveza e esperança no futuro.

O Seis de Copas celebra a bondade, a generosidade e a simplicidade do afeto. Ele nos convida a valorizar o que realmente importa: o amor, a partilha e os gestos gentis que dão sentido à vida. Sua lição é clara: viver com mais delicadeza transforma não só a nós, mas também quem está ao nosso redor.

Em um plano mais profundo, essa carta fala de enraizamento e pertencimento. Evoca família, ancestralidade e a consciência de onde viemos, convidando-nos a refletir sobre como essas raízes moldam quem somos hoje. Seja em um lugar, em uma tradição ou em uma linhagem, o Seis de Copas nos chama a reconhecer e honrar aquilo que nos sustenta.

Na imagem do Seis de Copas, as crianças representam uma memória afetiva feliz. A menina recebe flores, símbolo de beleza, afeto e prazer simples. Jardins e flores evocam para ela sentimentos de acolhimento e contentamento; são a expressão de um sonho de futuro que nasce justamente dessa lembrança: uma casa, um quintal, um jardim onde a vida possa florescer. As crianças brincam em um espaço protegido, cercadas por segurança. Ao fundo, um guarda vigia silenciosamente, assegurando que nada interrompa esse momento de inocência. Um grande escudo reforça essa sensação de proteção.

Tudo nessa cena indica que as necessidades básicas estão plenamente atendidas. Por isso, essas crianças podem ser criativas, rir, crescer e confiar na vida. As flores que brotam dos vasos mostram que tudo prospera em um ambiente de cuidado e segurança. Elas encaram o futuro com otimismo, acreditando que ele pode ser tão feliz quanto o presente.

Quando nossas necessidades essenciais — abrigo, alimentação, segurança — estão supridas, tornamo-nos capazes de prosperar emocionalmente. É nesse espaço que a autoestima se desenvolve e que podemos voltar a olhar para os sonhos e desejos que cultivávamos na juventude. Na vida adulta, nossa principal responsabilidade é garantir essa base. A partir dela, torna-se possível direcionar energia para aquilo que realmente nos traz realização..

Muitas pessoas, porém, se perdem nesse processo. Mesmo depois de atender às próprias necessidades, continuam presas à busca incessante por mais segurança, mais dinheiro, mais controle. Não conseguem se desligar do trabalho, nem encontrar espaço para o prazer simples de uma tarde livre. Aos poucos, passam a se identificar mais com a segurança material do que com a criança que brinca no jardim. A criança interior é esquecida e, com ela, suas esperanças e desejos mais genuínos.

Se hoje você já construiu uma base segura, o Seis de Copas convida a um retorno essencial: revisitar as partes esquecidas de si mesmo. Seus sonhos ainda podem florescer, mas antes é preciso lembrar que eles existem. Revisite os momentos mais felizes da sua vida e observe as pistas que eles oferecem sobre o futuro que você deseja criar.

Conhecida como a carta da nostalgia, ela encontra ressonância perfeita no Natal e nas festas de fim de ano. Não por acaso, rege esta semana. Nesse período, é quase impossível não ser tocado por memórias afetivas evocadas por músicas, aromas, sabores e sensações que permeiam as celebrações entre familiares e amigos.

Essa carta frequentemente fala da nossa ligação com a família, os avós e até com os ancestrais. Ela nos convida a refletir sobre o lugar de onde viemos e sobre a relação que mantemos com essa origem hoje.

Preservamos e honramos nossas raízes nos gestos simples que atravessam o tempo: ao repetir a receita de rabanada que passa de geração em geração, ao folhear fotos antigas que guardam histórias de quem veio antes, ao montar a mesma decoração de Natal que sempre ocupou um lugar especial na casa. São rituais aparentemente pequenos, mas carregados de afeto, que mantêm viva a memória, fortalecem o sentimento de pertencimento e nos lembram de quem somos e de onde viemos.

O Seis de Copas também fala de cura por meio da lembrança. Revisitar o passado não significa ficar preso a ele, mas sim resgatar o que houve de verdadeiro, afetuoso e essencial. Sua vibração é gentil e restauradora, lembrando-nos de que conforto, ternura e familiaridade podem ser guias preciosos enquanto seguimos adiante.

Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 22 e 28 de dezembro. Memórias que aquecem o coração

Não é de se espantar que, ao vivenciarmos a energia deste arcano, situações e pessoas do passado queiram retornar. Pode ser uma relação antiga, um reencontro inesperado ou a reaproximação de alguém de quem você estava afastado há algum tempo: amigos da escola, da infância ou antigos colegas de trabalho com quem havia afinidade. O Seis de Copas é a carta dos reencontros e das reconciliações, mas também do resgate de atividades, interesses ou até caminhos profissionais que um dia trouxeram alegria.

E você, de que forma a energia do Seis de Copas tem se manifestado na sua vida ultimamente?

Seis de Copas no Amor

Novo relacionamento

Há uma sensação imediata de familiaridade, como se vocês já se conhecessem há muito tempo. A conexão flui com naturalidade, marcada por afinidade emocional, memórias semelhantes ou até uma impressão de laço de outras vidas.

Parceria de longo prazo

Esta carta convida a resgatar momentos felizes do passado. Se o entusiasmo diminuiu, revisitar lugares ou experiências marcantes pode reacender a conexão.

Em busca de romance

Para quem está solteiro, o Seis de Copas alerta para apegos ao passado que podem estar bloqueando o novo. Quando um amor antigo ainda ocupa espaço no coração, torna-se difícil acolher alguém diferente. Talvez seja o momento de liberar esse vínculo e abrir-se ao que vem.

Seis de Copas no trabalho

No trabalho, o Seis de Copas pode indicar o retorno de oportunidades do passado, como um convite para colaborar novamente com antigos colegas, voltar a uma área em que você já foi feliz ou resgatar talentos e habilidades que haviam sido deixados de lado. Também sugere um ambiente profissional mais harmonioso, baseado na confiança, no apoio mútuo e em relações construídas ao longo do tempo. Em alguns casos, aponta para a valorização da experiência adquirida e para a sensação de “estar em casa” no que se faz.

Seis de Copas nas finanças

Nas finanças, o Seis de Copas fala de estabilidade ligada à simplicidade e ao uso consciente dos recursos. Pode representar ajuda financeira vinda de alguém do passado, um investimento que começa a dar retorno ou escolhas baseadas em valores afetivos, e não apenas materiais. Essa carta lembra que segurança também vem do equilíbrio e da gratidão, incentivando uma relação mais saudável e generosa com o dinheiro.

Nosso passado é parte do nosso legado, e a energia do Seis de Copas o envolve como flores que desabrocham na brisa da primavera. A vida se abre agora em oportunidades de crescimento e expansão, convidando você a revisitar capítulos antigos como quem relê um livro querido — não para permanecer ali, mas para compreender o quanto já floresceu. E, às vésperas do Ano Novo, fica a pergunta essencial: que novo capítulo você está pronto para escrever no livro da sua vida?

Há dias em que o coração desperta voltado para o que foi simples, verdadeiro e afetuoso. Talvez seja exatamente isso que Clarice Lispector traduziu tão bem ao dizer: “Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz.” Que essa nostalgia seja um convite para viver, no agora, aquilo que já fez a sua alma sorrir.

Uma ótima semana, boas festas e muita luz!

Ana Cristina Paixão

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Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Arquiteta mostra como fazer composições elegantes usando apenas itens que já fazem parte da casa

20/12/2025 17h00

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista

Especial B+: Festas de final de ano: como montar uma mesa que encanta à primeira vista Foto: Divulgação

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À medida que dezembro avança e o clima de final de ano se espalha, aflora-se também o desejo de preparar as ceias que receberão familiares e amigos para as noites festivas de Natal e Ano Novo.

Na opinião da arquiteta Cristiane Schiavoni, a elaboração da mesa posta tornou-se um ritual e, para quem tem esse apreço, é uma forma de materializar o amor por meio do simbolismo, dos significados, a beleza e a atenção explícita nos pequenos detalhes.

E claro, saber como preparar uma composição que seja sofisticada, de requinte e prática faz parte da ideia. Apaixonada por estas festividades, a profissional afirma que preparar uma mesa vistosa não depende de grandes investimentos como aparenta ser. 

“É tão bom viver esse senso de pertencimento e eu gosto de enfatizar que com coisas simples, como a louça que temos em casa, é possível fazer criar efeitos e lembranças memoráveis à mesa”, afirma.

Identificando as necessidades

Para que a experiência seja única, Cristiane explica que a primeira etapa é definir o cardápio, já que ele orienta a escolha dos pratos, talheres e taças. Quem vai servir uma sopa de entrada, por exemplo, precisa de um bowl ou prato fundo acompanhado da colher adequada. Isso vale também para as bebidas, pois cada uma exige um tipo de taça ou copo.

A arquiteta Cristiane Schiavoni apresenta os detalhes da mesa com a presença do sousplat branco. “A decoração deve facilitar a interação entre os convidados e, por isso os arranjos muito altos atrapalham o contato visual. Recomendo apostar em acessórios mais baixos que trazem charme sem comprometer a conversa”, complementa.

Quando o serviço é à francesa, o souplat, nome em francês para o suporte de prato que protege a toalha, ganha ainda mais importância, uma vez que ele mantém a mesa com a apresentação sempre belíssima, mesmo quando o prato é retirado entre uma etapa e outra.

Segundo a arquiteta, outro cuidado que agrada bastante é oferecer guardanapo de papel junto ao de pano, uma solução prática para quem usa batom e não quer manchar o tecido.

Para deixar a noite mais personalizada, ela sugere acrescentar marcadores de lugar que podem ser feitos com pequenas etiquetas ou suportes simples. “Esse detalhe organiza a disposição dos convidados e reforça a atenção dedicada ao preparo da mesa”, diz.

Mesa posta com louças pretas e detalhes dourados

Para quem busca um estilo um pouco fora do tradicional – e não menos chique, muito pelo contrário! –, umas das propostas sugeridas por Cristiane envolve o emprego da louça preta brilhante ou fosca e combinada ao dourado, resultando em contraste acolhedor. Galhos secos, pinhas, velas, anéis e guardanapos no mesmo estilo reforçam o clima intimista.

Ela reforça que não é preciso transformar a casa inteira para montar uma mesa marcante. “O espírito do Natal está nos detalhes e, principalmente, no prazer de reunir quem importa em um ambiente preparado com carinho”, argumenta.

Na paleta natalina

O clássico sempre faz bonito e, nessa sugestão de mesa, a louça branca se une ao vermelho, cor muito evidente entre os adereços natalinos.

“Vale começar pelo essencial como a aplicação de jogo americano vermelho, sousplat branco associado com louças da mesma cor e guardanapo claro para manter a harmonia”, diz Cristiane. 

Com essa base, o anfitrião pode ajustar os detalhes ao cardápio da noite, usando talheres adequados, taças compatíveis com as bebidas e até pratinhos extras para azeites ou pequenos petiscos.

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