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AGENDA CULTURAL

Nicole Kidman retona às telonas em estreia de "Babygirl", filme que lhe rendeu indicação a prêmios

Famosa por suas personagens de sensualidade marcante, a atriz Nicole Kidman se vê às voltas com um homem mais jovem no enredo de "Babygirl", uma das estreias nos cinemas; Coquetel Blue e Samba do Caramelo também estão na programação

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Está em cartaz desde ontem, nos cinemas de Campo Grande e em todo o circuito nacional, o aguardado suspense erótico “Babygirl”. Estrelado por Nicole Kidman e Harris Dickinson, o novo longa da diretora Halina Reijn (“Morte, Morte, Morte”) coloca o desejo feminino no centro da sua trama e envolve o espectador com um romance eletrizante e, sim, muito sensual.

Na trama, Nicole interpreta Romy, uma renomada empresária que começa a viver um caso extraconjugal com o novo estagiário da sua empresa, Samuel (Dickinson). Se por um lado o romance representa para ela um processo de descoberta e aceitação dos seus desejos mais sombrios, por outro, coloca em risco tudo o que ela demorou uma vida para construir. O astro espanhol Antonio Banderas também está no elenco, ao lado de Sophie Wilde, Izabel Mar, Esther Rose McGregor e Vaughan Reilly.

A proposta do filme, que tem classificação indicativa de 18 anos, é subverter a dinâmica de poder convencional dos filmes do gênero, colocando seus dois protagonistas em um jogo de gato e rato irresistível, mas com a mulher no topo de uma hierarquia em que normalmente é o homem quem, digamos, leva a melhor.

O longa rendeu a Nicole o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza e a indicação ao Globo de Ouro 2025, conquistado pela brasileira Fernanda Torres por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”, que segue em cartaz em Campo Grande.

Além do reconhecido talento como intérprete, a australiana, atualmente com 57 anos, é famosa por suas aparições de marcante sensualidade nas telas, a exemplo de Alice Harford, sua personagem em “De Olhos Bem Fechados” (1999), último longa-metragem do aclamado diretor Stanley Kubrick (1928-1999).

Alice propõe ao marido – vivido por Tom Cruise, com quem a atriz era casada na vida real na época do filme – fantasias sexuais que incluem outros parceiros, o que o deixa obcecado. Nicole ganhou o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em “As Horas” (2002).

CHICO BENTO

Outro destaque nos cinemas é “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”, com direção de Fernando Fraiha, em que o antológico personagem de Maurício de Souza, e um dos mais queridos do universo de A Turma da Mônica, vai enfrentar um grande desafio. Confira a sinopse do enredo.

Na trama, Chico Bento (Isaac Amendoim) acorda para mais um dia na Vila Abobrinha, focado em conseguir subir em sua amada goiabeira para pegar a fruta sem o dono das terras saber. O que Chico não esperava era que sua preciosa árvore estaria ameaçada pela construção de uma estrada na região, já que, para viabilizar a rodovia, será preciso pavimentá-la pela propriedade de Nhô Lau (Luís Lobianco), exatamente onde a goiabeira está plantada.

Obstinado em salvar a árvore, Chico Bento reúne seus amigos Zé Lelé (Pedro Dantas), Rosinha (Anna Julia Dias), Zé da Roça (Guilherme Tavares), Tábata (Lorena de Oliveira), Hiro (Davi Okabe) e toda a comunidade para acabar com o projeto da família de Genezinho (Enzo Henrique) e Dotô Agripino (Augusto Madeira).

Com a turminha se metendo em diversas confusões, “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa” traz uma aventura que vai tirar o sossego e a tranquilidade da Vila Abobrinha, mas que deixa uma mensagem de entusiasmo sobre a força das coletividades e de alerta ambiental. As atrizes Débora Falabella (Professora Marocas) e Taís Araújo (Dona Goiabeira) também integram o elenco.

CATEDRÁTICOS

A Escola Catedráticos do Samba convida os foliões para os ensaios em sua quadra durante as sextas-feiras deste mês, sempre a partir das 18h30min, com entrada franca. E para quem quiser integrar a Águia Negra, nome da bateria da agremiação, no desfile do carnaval deste ano, o convite está feito.

“Não sabe tocar, mas tem vontade de aprender? Aqui é o lugar certo! Nossos mestres ensinam desde o nível básico até o mais avançado”, convoca a Catedráticos pelo Instagram. Rua Macaé, nº 572, Bairro Silvia Regina.

CARAMELO

Hoje também tem a Roda de Samba do Caramelo, no Quiçá Gastro Bar, a partir das 19h. O grupo promete esquentar, mais uma vez, a varanda e a calçada do Quiçá com clássicos de várias gerações do samba e do pagode, promovendo uma autêntica roda em que a interação entre os músicos e o público marca o ambiente, deixando o programa pra lá de descontraído. Rua Euclides da Cunha, nº 488, Jardim dos Estados.

COQUETEL BLUE

Com seu repertório de rock’ n’ roll, rockabilly e blues, a banda Coquetel Blue é uma das atrações que retomam a agenda de shows da cervejaria Lupland Biergarten (Rua Antônio Maria Coelho, nº 3.285, Jardim dos Estados), onde, amanhã, quem se apresentará é o grupo On The Road.

A Coquetel Blue costuma protagonizar noites afiadas com execuções impecáveis e cheias de punch de um repertório vasto e consagrado, que passa por Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Beatles e Roy Orbison, avançando por The Doors e outros medalhões. A cervejaria abre às 17h30min. Mais informações: (67) 3211-6598.

HAIWANNA E MAIS

No Parrock Bar (Rua Euclides da Cunha, nº 423, Jardim dos Estados), a banda Haiwanna apresentará clássicos do rock nacional dos anos 1980, 1990 e 2000 amanhã. Hoje, a atração da casa é o grupo Lizard Rock. Mais informações: (67) 98130-0021.

Também terá rock, clássicos e cervejas artesanais na Cervejaria Canalhas, amanhã, com o projeto Millennials, que foca o repertório em canções dos anos 2000. Rua Oceano Atlântico, nº 99, Chácara Cachoeira.

No Copo Bar (Rua 14 de Julho, nº 2.530, Centro), uma das atrações deste fim de semana é a primeira edição da Feira das Gurias, amanhã.

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OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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