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RECONHECIMENTO

Premiada, juíza Jacqueline Machado afirma que trabalho de combate a violência contra as mulheres tem o objetivo de "salvar vidas"

Juíza foi homenageada no Prêmio Mulheres que Fazem a Diferença 2020, da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil

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Homenageada pelo terceiro ano consecutivo, a juíza Jacqueline Machado está entre as oito brasileiras escolhidas para receber o Prêmio Mulheres que Fazem a Diferença 2020, da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil. A condecoração reconhece trabalhos comunitários significativos que causam algum impacto social.

O intuito do Prêmio Mulheres que Fazem a Diferença 2020 é homenagear mulheres que estão ou na linha de frente ou nos bastidores dos desafios locais, nacionais e até globais, sempre lutando para romper barreiras e conseguir mudanças positivas na sociedade.

Neste sentido, representando a história e a luta pelos direitos das mulheres, a juíza Jacqueline Machado foi uma das ganhadoras.

Segundo ela, a Embaixada entrou em contato avisando que seu nome seria um dos indicados e, apesar de premiações não serem o propósito do seu trabalho, ficou emocionada por estar entre as vencedoras.

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“O objetivo desse trabalho não é ter reconhecimento, e sim proteger as mulheres, é tentar salvar vidas; então esse é meu papel, mas quando a gente ganha, também é sinal de que o trabalho está fazendo a diferença, ele pode inspirar outras pessoas”, frisa.

Questionada, a juíza disse que acredita que essa vitória pode ser o resultado da maior visibilidade que sua atuação ganhou depois que ela começou a trabalhar na Capital, em 2016.

Como seu foco é a prevenção, os projetos desenvolvidos ao longo deste tempo, como o Mãos EmPENHAdas, iniciativa que capacita trabalhadores da área de beleza a reconhecerem os sinais de violência doméstica.

O trabalho rendeu bons resultados e foi replicado em outros estados. Além disso, Jacqueline também já estabeleceu outros projetos, inclusive em parceria com a ONU Mulheres.

Para Jacqueline, ainda é importante que as pessoas vejam e repliquem esses projetos e impactem outros locais pelo País.

“A gente tem que lembrar que a maioria das vítimas de feminicídio, que é o crime mais bárbaro, não tinha acesso ao sistema de Justiça, por isso é importante buscar ajuda”, pontua.

Além dela, os outros nomes vencedores do Prêmio são: Claudinete Colé de Souza, de Oriximiná (PA), Janete Vaz e Sandra Soares Costa, de Brasília (DF), Jeanne Aguiar, do Recife (PE), Jovita Belfort, do Rio de Janeiro (RJ), Major Karla Lessa, de Belo Horizonte (MG), e Nadine Anflor, de Porto Alegre (RS).

Conforme destacado pela Embaixada, todas as indicadas ao prêmio promovem iniciativas econômicas e ambientais, engajamento cívico, a inclusão e os direitos dos migrantes e refugiados, políticas de minorias religiosas e étnicas, comunidades indígenas, mulheres com deficiência e outros grupos historicamente marginalizados.

Fazendo uma analogia entre a data do Prêmio e a semana de Ação de Graças, em que os estadunidenses festejam e agradecem pelos bons acontecimentos, o embaixador dos EUA, Todd Chapman, falou da alegria em anunciar as vencedoras.

“Esta semana [de Ação de Graças] é o momento certo para expressarmos nossa gratidão e admiração a essas oito mulheres brasileiras incríveis, que trabalham incansavelmente para apoiar e avançar suas comunidades”, afirmou.

TRAJETÓRIA

Há quase duas décadas atuando em Mato Grosso do Sul, Jacqueline explica em entrevista ao Correio do Estado que sempre teve vontade de buscar a justiça

"É uma coisa que me veio desde muito cedo, não sei nem dizer de onde esse desejo surgiu”, explica. 

Natural de Passo Fundo, no interior do Rio Grande do Sul, Jacqueline cresceu, estudou e teve sua primeira experiência profissional na cidade.

Formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo, a juíza advogou por oito anos antes de mudar o endereço.

Com a aprovação no concurso público, seu trabalho começou por Campo Grande e Amambai, município a 301 km da Capital. Por algum tempo se manteve no cargo de juíza substituta, até ser transferida para outras cidades do Estado, como Rio Negro, Camapuã e Nova Andradina, onde já era juíza titular.

Ao retornar de forma definitiva para a Capital, em 2016, a promoção deu a ela um lugar na Vara Cível, porém, como seu interesse já espreitava outras áreas, acertou uma troca com um amigo e conseguiu ser transferida para a Vara de Violência Doméstica.

Segundo a jurista, nas outras comarcas onde trabalhou ela já tinha atuado com questões familiares, da área da infância e de violência contra a mulher.

“Sempre gostei de temas relacionados aos direitos humanos, acho importante que as pessoas saibam o que são, pra não cair no senso comum de que serve só para bandido”, frisa.

DIREITOS HUMANOS

No ano passado, Jacqueline deixou o cargo na Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, onde estava desde 2017.

Atualmente, além de coordenar a 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar, na Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, ela também é presidente do Fórum Nacional de Juízes e Juízas da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Fonavid).

Ainda conforme relatou a juíza, apesar dos temas tratados por ela serem considerados “polêmicos” por alguns, nunca teve problemas com a família, nenhuma reprovação. 

Quando decidiu sair de casa e mudar de cidade, os pais ficaram apreensivos sobre como seria esse futuro em outro Estado, mas Jacqueline conta, feliz, que seu pai nunca foi o tipo de homem que tentou podar as filhas mulheres de suas vontades.

Essa liberdade para seguir as aspirações profissionais a deu força para conquistar espaço em uma área majoritariamente masculina, não só em relação à quantidade de pessoas, mas também às posições de poder e escolha.

“A gente sabe que há uma dificuldade da mulher ascender porque ainda não somos encaradas com normalidade nos espaços públicos. Ainda se tem o senso comum de que a mulher tem que cuidar de casa, dos filhos ou, no máximo, trabalhar em serviços de cuidado. Eu nunca ouvi nenhum comentário direto, mas a gente sabe que as pessoas falam”, pontua.

O caminho a levou ao reconhecimento neste ano e nos anteriores. Além da atual honraria, a jurista também recebeu em 2018 o Prêmio de Direitos Humanos, do Ministério de Direitos Humanos do Brasil, e em 2019 o Prêmio Espírito Público, de uma organização social apartidária que contempla a Fundação Lemann, Humanize, entre outras.

Neste último prêmio, como complemento, ganhou um curso de gestão na Hertie School, com duração de uma semana, na Alemanha.

magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Campo Grande nesta terça; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

16/12/2025 12h00

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Faltam 9 dias para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas de Natal da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada de Natal percorre ruas e avenidas de Campo Grande nesta terça-feira (16). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

Confira os trajetos e horários:

CAMPO GRANDE - 16 DE DEZEMBRO -  19H

  • INÍCIO - 19 horas – Comper Itanhangá – Avenida Ricardo Brandão
  • Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo
  • Avenida Afonso Pena – Bioparque Pantanal até a 13 de maio
  • Avenida Ceará
  • Avenida Mato Grosso – apenas três quadras
  • Avenida Antônio Maria Coelho
  • Avenida 14 de julho
  • Avenida 13 de Maio – apenas três quadras
  • Avenida Eduardo Elias Zahran
  • Avenida Bom Pastor
  • Avenida Toros Puxian
  • Avenida Dr. Olavo Vilella de Andrade
  • FIM – Avenida Gury Marques

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

 

ALERTA PARA A EXAUSTÃO

A síndrome do dezembro perfeito

16/12/2025 11h30

Divulgação / Renata Carelli

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Dezembro traz dois fenômenos digitais que podem afetar o bem-estar: as retrospectivas de um ano supostamente perfeito e a pressão estética pelo chamado corpo de verão. O que deveria servir de inspiração tem se tornado gatilho de ansiedade para quem tenta conciliar o esporte com uma rotina de trabalho exaustiva.

O canal Atleta de Fim de Semana, criado pela produtora audiovisual Renata Carelli para servir de guia a uma prática mais saudável do esporte amador, defende que a matemática dessa comparação é injusta.

O erro comum do amador é comparar sua vida integral, que inclui boletos, trânsito, cansaço e limitações, com os melhores momentos editados de influenciadores ou atletas que vivem da imagem.

A vida é complexa demais para caber em um post. Quando nos comparamos com a retrospectiva de alguém, ignoramos o contexto, como a rede de apoio, o tempo livre e os recursos financeiros.

Essa busca por uma estética ou performance irreal no fim do ano gera uma sensação de fracasso, mesmo para quem teve um ano vitorioso dentro de suas possibilidades.

Para virar a chave em 2026, o Atleta de Fim de Semana sugere trocar a meta do corpo de verão pelo corpo funcional. A ideia é valorizar o corpo não pela aparência na praia, mas pela capacidade de viver experiências, aguentar a rotina e gerar disposição.

Confira três dicas que Renata considera essenciais para sobreviver ao fim de ano sem culpa.

NÃO DESISTIR

Não desistir é a verdadeira medalha: no mundo amador, a consistência vale mais que intensidade. Se você teve um ano difícil no trabalho e, mesmo assim, conseguiu treinar duas vezes na semana, isso é uma vitória.

O importante é celebrar o fato de não ter voltado ao sedentarismo, sem se comparar com quem treinou todos os dias.

FILTRE O FEED

Filtre o feed e a mente. Nesta época, o algoritmo privilegia corpos expostos e grandes feitos. Se isso gera ansiedade, a recomendação é prática: silencie perfis que despertam a sensação de insuficiência. O esporte deve ser sua válvula de escape para o stress, não mais uma fonte dele.

REDEFINA O SUCESSO

Redefina o sucesso para 2026: ao fazer as resoluções de Ano-Novo, evite metas baseadas apenas em estética, como perder peso a qualquer custo, ou em números de terceiros.

Trace metas de comportamento, como priorizar o sono ou se exercitar para ter energia para a família. Quando o objetivo é funcional, a pressão diminui e a longevidade no esporte aumenta.

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