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REINO UNIDO

Rainha Elizabeth comemora 70 anos de reinado e quer Camilla como rainha consorte

A declaração mostra que a rainha tem em alta conta Camilla, de 74 anos, que se casou com Charles em 2005

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A rainha Elizabeth II comemora neste domingo, 6, em cerimônia íntima, 70 anos de reinado e marcou o momento com o inesperado anúncio de que quer Camilla, a mulher do príncipe Charles, como rainha consorte quando, chegado o momento, seu filho se tornar rei.

A monarca disse que não tem intenção de deixar seus deveres reais e até falou de um novo cachorro que agora é parte de sua rotina, mas nitidamente está pensando além de seu reinado. 

Antes do anúncio, havia a possibilidade de Camilla ser a primeira rainha britânica que não seria chamada de rainha, e sim de princesa consorte.

Em uma mensagem escrita em razão de seu jubileu de platina, marco que nenhum monarca britânico alcançou antes, Elizabeth, de 95 anos, expressou seu "sincero desejo" de que Camilla "seja conhecida como rainha consorte" quando o príncipe Charles, de 73 anos, subir ao trono. 

Até agora, a monarca nunca havia dito nada sobre o assunto, que foi objeto de polêmicas intermináveis durante anos. Elizabeth acrescentou saber que o povo britânico dará a Charles e Camilla "o mesmo apoio que deu a mim".

A declaração mostra que a rainha tem em alta conta Camilla, de 74 anos, que se casou com Charles em 2005.

Camilla foi amante de Charles durante seu casamento com a princesa Diana e não era querida pelo público. Mas a duquesa da Cornualha viu seu índice de aprovação crescer graças a seus numerosos compromissos junto à família real. 

Em dezembro, Elizabeth nomeou Camilla membro da antiga Ordem da Jarreteira, a única mulher de seus filhos a receber a honraria, marcando o crescente protagonismo da mesma na monarquia.

Um porta-voz disse que Charles e Camilla estavam "emocionados e honrados pelas palavras" da rainha, que também destacou o "trabalho leal" da duquesa de Cornualha.

O caráter histórico do acontecimento não muda a tradição, que não prevê nenhuma cerimônia oficial. Geralmente, a rainha costuma passar o jubileu na propriedade real de Sandringham, ao norte de Londres.

A imprensa britânica elogiou neste domingo a futura "rainha Camilla", o que "encerra anos de especulações", como destaca o jornal Daily Mail

Por sua vez, o primeiro-ministro Boris Johnson homenageou Elizabeth, dizendo que ela "em sete décadas de reinado mostrou um inspirador sentido de dever e uma devoção inabalável a esta nação".

O dia 6 de fevereiro costuma ser contraditório para Elizabeth II porque, além de sua ascensão ao trono aos 25 anos de idade em 1952, é também a data da morte de seu pai, o rei George VI, a quem era muito apegada, de um câncer de pulmão.

Tensões

Este ano é também o primeiro em que a monarca comemorou seu aniversário de reinado sem seu marido, o príncipe Philip, que morreu em abril de 2021 aos 99 anos. 

A monarquia enfrenta um período tenso entre as acusações de agressão sexual contra um dos filhos da monarca, o príncipe Andrew, e a mudança para os Estados Unidos de seu neto Harry com sua mulher Meghan.

Antes de viajar para Sandringham, a rainha analisou no Castelo de Windsor os objetos e mensagens que recebeu pelos seus jubileus anteriores, segundo o Palácio de Buckingham. Entre eles, um cartão feito com tampas de garrafa e uma "receita para uma rainha perfeita" idealizada por uma criança. 

"É muito divertido", reagiu, sobre a receita que pede "500 ml de sangue real", "um pouco de joias" e "uma pitada de lealdade".

Comemorações

Vestida com um traje de cor turquesa e com um duplo broche de diamantes que ganhou de presente de seu pai, Elizabeth II também viu as primeiras sobremesas criadas em um concurso do jubileu de platina.

No sábado 5, a monarca havia feito uma recepção em sua residência em Sandringham para os membros da comunidade local e grupos de voluntários. 

Entre os convidados estava a ex-cozinheira Angela Wood, que contribuiu para a criação do "Coronation chicken" ou "Frango Rainha Elizabeth", agora um clássico da gastronomia britânica (frango frio coberto por molho curry cremoso).

A monarca possui uma grande popularidade no país, apesar de suas aparições serem cada vez mais escassas desde que sofreu problemas de saúde no ano passado.

Para o jubileu de platina, moedas comemorativas foram cunhadas e oito selos que representam a rainha em diferentes momentos de seu reinado foram emitidos. 

Na segunda-feira, dia 7, uma salva de 42 canhões será disparada no centro da capital Londres. (Com agências internacionais).

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OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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