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Ratos de Porão e Revisiting Creedence são as principais atrações musicais deste fim de semana

Shows do Ratos de Porão e Revisiting Creedence são as principais atrações musicais deste fim de semana, que oferece também festival de tango e três oficinas gratuitas no Centro Cultural José Octávio Guizzo

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Além do erre no nome, o que Reginaldo Rossi, Rod Stewart e o grupo Ramones têm em comum? Todos os três, e mais dezenas de outros nomes da música, já gravaram pelo menos uma versão de “Have You Ever Seen the Rain?” (1970), um dos clássicos do repertório da banda norte-americana Creedence Clearwater Revival que o público de Campo Grande poderá curtir ao vivo no show de hoje à noite, no Ginásio Guanandizão (Av. Pres. Ernesto Geisel, nº 6.859-7.341, Amambai).

Mas nenhum dos integrantes originais do grupo, formado na Califórnia em 1967, estará no palco. Na verdade, o Creedence Clearwater Revival se desfez em 1972 e ainda consegue figurar, passadas mais de cinco décadas, como um dos nomes mais expressivos do rock, justamente graças ao seu repertório infalível, que não para de tocar nas rádios e nas plataformas – em que têm 32 milhões de ouvintes mensais – e pavimentou a existência da inusitada banda oficial de covers Revisiting Creedence.

Encabeçado por Dan McGuinness (vocal e guitarra) e Kurt Griffey (guitarra), o Revisiting Creedence vem à Capital com o baterista Ron Wikso e o baixista Mat Scarpelli na formação. O que distingue o Revisiting Creedence é que o quarteto meio que foi ungido por Stu Cook (baixo) e Doug “Cosmo” Clifford (bateria), a cozinha original do Creedence Clearwater Revival. Após excursionarem por 25 anos ao lado de outros músicos, parte desse tempo com McGuinness, sob o nome de Creedence Clearwater Revisited, Cook e Clifford jogaram a toalha.

Foi então que, em 2022, a versão três do Creedence entrou em cena, perpetuando pelo mundo “Have You Ever Seen the Rain?” e diversas outras canções consagradas pelo tempo, a exemplo de “Proud Mary”, “Band Moon Rising”, “Looking for a Reason”, “Fortunate Son”, “Born on the Bayou” e “Up Around the Bend”. A adesão ao Revisiting Creedence mostra que o quarteto atual mais que passou no teste. A passagem pelo Brasil inclui, além de Campo Grande e Porto Alegre, onde o grupo tocou na quarta-feira, mais sete cidades.
Os portões do ginásio estarão abertos a partir das 20h, com show de abertura de Jonavo. Ingressos, a partir de R$ 126,50, estão disponíveis no site https://www.blueticket.com.br e na loja ¼ Colchões (Av. Afonso Pena, nº 4.393, Jardim dos Estados).

RITUAL

Falando em clássico, a segunda edição do Ritual Rock Festival, amanhã, a partir das 18h30min, no Garagi Eventos (Rua Coxim, nº 881, Cel. Antonino), traz a Campo Grande o Ratos de Porão (SP), um dos grupos mais antológicos do punk brasileiro, criado em 1981 e com uma carreira de turnês e reconhecimento internacional, com as letras cantadas em português pelo vocalista João Gordo – “Beber até Morrer”, “Próximo Alvo”, “Veneno Cristão”, etc.

Também estão confirmados no evento os mineiros do Black Pantera, que milita contra o racismo com o seu crossover thrash irreverente. Três bandas locais completam o line-up: Katastrofe, Pata de Cachorro e Darhew. Os ingressos custam a partir de R$ 100 e podem ser adquiridos pelo site articket.com.br. Mais informações: (67) 99255-5382, das 9h às 19h.

CAMINHOS DO TANGO

Segue até este domingo, com aulas, bailes e outras atividades, o 4º Festival Caminhos do Tango. O espetáculo de encerramento “No Ínfimo do Abraço”, no domingo, às 18h, no Teatro Allan Kardec, é inspirado no poeta Manoel de Barros. No mesmo dia, das 19h às 21h30min, no Espaço Tangoo Vip (Cabreúva), será realizado o evento gratuito Café com Tango. A argentina Betsabet Flores, campeã mundial, é uma das convidadas do festival.

“A programação foi elaborada para oferecer uma experiência que vai além dos espetáculos e das milongas festivas. Demos uma atenção especial à vertente de capacitação e formação, proporcionando aos bailarinos a oportunidade de aprofundar o conhecimento técnico e explorar diferentes perspectivas da arte do tango, para o desenvolvimento e o fortalecimento da comunidade da dança”, diz a bailarina e organizadora Camilla Marques.

NATAL NO SHOPPING

Papai Noel já está quase onipresente nos shoppings da cidade, ancorando o clima natalino da decoração e da agenda festiva dos centros de compras. No Shopping Campo Grande, uma árvore de 10 metros e a Confeitaria dos Ursos são a porta de entrada para a curtição da garotada.

Entre os brinquedos estão o escorregador, a gangorra (brinquedo adaptado para crianças com deficiência) e o gira-gira (localizado em frente às Pernambucanas), todos gratuitos. O trenzinho e o balanço giratório custam R$ 30 cada (ou os dois por R$ 50). O Papai Noel e seus ajudantes estão disponíveis para fotos e pedidos de presentes a partir das 14h.

No Shopping Norte Sul Plaza, o bom velhinho chega hoje, às 16h, acompanhado de atrações como o Bassetto Ballet, o coral A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a banda Pionners47 e a Trupe do Reino. Tudo com direito a distribuição gratuita de pipoca, algodão-doce e bexiga. Os horários das fotos com o Papai Noel são: sábado, das 10h às 22h, e domingo, das 12h às 20h.

OFICINAS NO GUIZZO

A exposição “Entre o Céu e a Terra”, com 87 obras inspiradas na religiosidade e no folclore brasileiro, promove três oficinas no Centro Cultural José Octávio Guizzo: vogue, com Gabi Mancini, hoje das 14h às 16h; pintura, amanhã, das 9h às 10h30min; e manipulação de ervas e feitura de chás, amanhã, das 14h às 15h30min. Às 19h, também neste sábado, as houses de ballroom Coletivas e 007s se apresentam no espaço, localizado na Rua 26 de Agosto, nº 453, Centro. Tudo grátis.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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