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Reestreia de "Tapas e Beijos"

Comédia romântica ambientada no caos de Copacabana, volta a divertir na tevê aberta

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O sucesso garantiu a sobrevida à “Tapas e Beijos”. Idealizada para ter apenas duas temporadas, a série criada por Claudio Paiva foi lançada em 2011, ficou no ar por cinco anos, ganhou diversos prêmios e manteve sua audiência média sempre acima de satisfatórios 20 pontos de audiência. Em vez de um encerramento melancólico e decadente, algo muito comum na tevê, a comédia romântica protagonizada por Fátima e Sueli, de Fernanda Torres e Andréa Beltrão, respectivamente, só chegou ao fim por conta das aspirações artísticas de suas atrizes principais. “A série foi encerrada no momento certo. As gravações dos últimos episódios foram uma choradeira generalizada, mas estava todo mundo feliz com o trabalho que foi realizado. Cada um seguiu seu caminho, mas continuamos meio família”, conta Torres. Pegando elenco e equipe de surpresa, a série volta ao ar a partir do próximo dia 4 de agosto, para ocupar as noites de terça durante a quarentena que paralisou temporariamente os trabalhos nos Estúdios Globo. “Foi difícil convencer os diretores executivos da emissora de que a série tinha de chegar ao fim. Quando tudo ficou acertado, deixaram bem claro que a gente poderia voltar quando quisesse. E não é que isso aconteceu?” festeja o diretor artístico Maurício Farias.

Grandes amigas, independentes e solteiras, Fátima e Sueli dividem um apartamento no Méier, bairro do subúrbio carioca, e trabalham na Djalma Noivas, loja que aluga vestidos e artigos para cerimônias de casamento, comandada pelo sensível Djalma, de Otávio Muller. Diariamente, elas lidam com os sonhos matrimoniais de muitas mulheres e também esperam encontrar a felicidade no amor. Essa tarefa parece bem difícil, visto que a vida sentimental das duas é extremamente confusa. Sueli foi casada com Jurandir, de Érico Brás, um típico malandro que não quer saber de carteira assinada. O casamento durou dois meses, mesmo assim ele volta para atormentar a vida da ex-mulher que, no momento só tem olhos para Jorge, dono da boate La Conga, vivido por Fábio Assunção. O galã, entretanto, é pai da rebelde e dominadora Bia que, inicialmente, não quer ver o pai envolvido com outra mulher. “Fico muito feliz de rever a Sueli. O programa tem um elenco incrível, histórias muito divertidas, uma direção espetacular e uma equipe de criação primorosa. Tenho certeza de que será muito bem recebido agora”, elogia Beltrão.

A situação de Fátima também é complexa. Apaixonada pelo sedutor Armane, dono de uma pequena importadora interpretado por Vladimir Brichta, ela espera pelo dia em que será realmente levada a sério pelo amado. Os dois iniciaram o romance quando Armane ainda era casado com outra e hoje vive com a promessa de que o casamento só acontecerá quando os filhos dele ficarem adultos. “Mesmo com tantos problemas com seus pares, o mais importante na série era a amizade dessas duas mulheres. Achava muito bonito isso. Fora que elas eram completamente tresloucadas. Lembro das cenas e começo a rir sozinha”, ressalta Torres. Com elenco ainda formado por nomes como Fernanda de Freitas, Daniel Boaventura, Kiko Mascarenhas, Orã Figueiredo, Natália Lage e o saudoso Flávio Migliaccio, a reprise da série será especial e contará com dois episódios todas as terças. A ideia da Globo é fazer um compilado das melhores edições das cinco temporadas. “O conflito feminino entre profissão e vida amorosa ainda é muito comum. Acho que tratar isso com verdade e muito humor é o nosso grande trunfo. A série se manteve no ar em canais pagos, está disponível no streaming e agora e volta à tevê aberta. Não imaginava que fosse ficar esse tempo todo sendo exibida. Como criador, fico muito contente com esse resultado”, valoriza o roteirista Cláudio Paiva.

Gravada em uma realista cidade cenográfica que reunia vários signos e características do bairro de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, a estética de “Tapas e Beijos” foi se aprimorando à medida em que a série se desenvolvia. A fidelidade aos detalhes arquitetônicos dos bares, calçadas, cores e toda a gama de informações do multifacetado bairro era auxiliada pelo uso do Virtual Backlot, tecnologia que possibilita estender digitalmente as imagens de um determinado local. O trabalho começava pela captação de imagens cotidianas do bairro que, na pós-produção, são somadas às cenas da cidade cenográfica. “Para dar maior veracidade às imagens, aspectos de cor, brilho e iluminação são corrigidos e equiparados para que não haja nenhum elemento destoante e estranho no resultado final”, explica a cenógrafa Luciane Nicolino. Para Maurício Farias, o “pacote” envolvendo elenco talentoso, equipe técnica e as as divertidas histórias de Claudio Paiva é plenamente capaz de divertir novamente o público durante a quarentena. “Séries de humor são um gênero tradicional na tevê aberta. A gente tinha orgulho disso e fazia tudo com muita paixão. Acho que essa reprise é mais um reconhecimento desse empenho”, analisa o diretor.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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