Correio B

Correio B+

Roberto Birindelli - O ator estreia dia 17 a segunda temporada da série DOM no Prime Vídeo

"A série DOM é a coroação de anos trabalhando com Breno Silveira. Foi a experiência mais incrível da minha vida". Birindelli é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana.

Continue lendo...

Roberto Berindelli, 60 anos, nasceu em Montevidéu, no Uruguai, mas mudou-se para o Brasil aos 15 anos. Com formação em arquitetura, o ator tem longa carreira na televisão, cinema e teatro, tanto no Brasil como em outros países.

No teatro, passou a encenar na década de 1990 o monólogo “Il Primo Mirácolo” (de Dário Fo), com o qual viajou por mais de 150 cidades brasileiras e outros oito países.

Participou das quatro temporadas da série “1 X TODOS”, como o traficante Pepe, produzida pela Conspiração e exibida na Fox Premium do Brasil.

Por esse trabalho foi indicado como melhor ator coadjuvante (4T), pelo prêmio da indústria audiovisual latina PRODU 2020.

Além das 30 produções atualmente nas plataformas de streaming, o ator Roberto Birindelli comemora a chegada da segunda temporada de "DOM", que estreia no próximo dia 17, na qual ele vive o avô do protagonista.

Roberto é a Capa do Correio B+ desta semana com exclusividade - Foto: Freitas e Aramis - Diagramação: Denis Felipe/Denise Neves

"Esta série é a coroação de quase sete anos trabalhando com Breno Silveira. Foram cinco anos fazendo ‘Um contra todos’, que foi a experiência mais incrível da minha vida. E agora, mais um trabalho com Breno, com Gabriel Leone e toda a turma. Interpreto Paulo, um médico, o avô do Dom, um carioca dos anos 70. Então, o primeiro desafio foi o estudo da prosódia, como seria o falar carioca de época e depois, entender a dinâmica do Rio de antigamente, de um médico super correto, que tentava criar o filho da melhor forma, mas no final não foi tão correto assim. Grande parte das minhas cenas acontece com o pai do Pedro Dom, vivido por Flávio Tolezani. Ele cobra muito desse filho. Esta temporada tem cenas muito emocionantes do avô com o pai", conta o ator

Ainda este ano, Birindelli estará no Festival do Rio com o filme “Gauguin e o Canal”. Para dar vida ao pintor francês, ele não mediu esforços e dedicação.

Trabalhou na fluência do francês para poder ser crível no filme e, durante oito meses, se preparou com uma profissional especializada em Paul Gauguin, para que aprendesse a pintar como o artista. O longa, com roteiro e direção de Frank Spano, ganhou o prêmio Best Film da 76ª. edição do Festival de Salerno, na Itália.

CE - Roberto, você fez arquitetura, chegou a exercer a profissão?
RB -
Desde cedo, eu foquei no Urbanismo, e principalmente em Mobilidade Urbana. Cheguei, inclusive, a fazer palestras sobre o assunto em eventos de meio ambiente, como a Rio +20.

CE - Você também fez Artes Cênicas, se identificou com a profissão de imediato?
RB - 
Comecei tendo aulas de pintura e desenho aos 5 anos, no Ateneu de Montevidéu. Mudei com meus pais aos 15 anos para Porto Alegre (RS). Fiz faculdade de Arquitetura, e na faculdade tive um colega mímico, e comecei a trabalhar com ele.

Me interessei também por dança moderna e contemporânea, e fazia aulas direto. Escrevi livros de poesia marginal nos anos 80.  Depois, em rodas de poesia dramatizada. Daí pro teatro foi um pulo. Em Porto Alegre surgiu o Cinema, e curtas para passar na TV local. Em 2008, mudei para o Rio, porque surgiram convites de atuar em cinema e TV.

                            Divulgação TV Globo

CE - Você atua e dirige, tem preferência?
RD - 
Já dirigi uma ou duas vezes, mas não é muito a minha praia. Prefiro atuar.

CE - Você é de Montevidéu, por que veio para o Brasil?
RD -
 Em 1978, a situação em Montevidéu era crítica. Governo militar, sem perspectivas e um ambiente muito pouco livre ou acolhedor. Meus pais pensavam em mudar para Buenos Aires ou São Paulo. No fim, Porto Alegre foi a opção, em função das semelhanças culturais.

Os primeiros anos no Brasil foram bem duros, até em questão de subsistência. Lembro de meu pai – empreendedor, trabalhando 16 horas por dia - derramando lágrimas sem saber como sustentar a família. Eu estudava de manhã e trabalhava à tarde com ele.

Depois de anos, com as coisas já funcionando, ríamos das piores passagens. Sofri muito na escola por não falar a língua. Depois, nos grupos de artistas, isso foi se diluindo. Cheguei sem saber falar uma palavra em português, mas tenho certa facilidade com línguas. No ano seguinte, meu portunhol já estava aceitável. Depois de 2 anos, havia apenas um leve sotaque.

CE - Costuma voltar ao Uruguai?
RD -
 Bem pouco, quero ir mais. Tenho um irmão do coração que mora em Montevideu. Breve vamos festejar 50 anos de amizade e quero muito estar com ele.

CE - Roberto você ficou em cartaz por anos com a peça “II Primo Mirácolo”, o que acarreta a esse sucesso e o que significou?
RD - 
Essa peça era onde eu testava o que vinha pesquisando nas salas de trabalho e no treinamento de ator. Então, mudou muito ao longo do tempo. Mesmo porque o mundo mudou e eu também nesses 21 anos. Foi o trabalho que me abriu as portas em São Paulo e no Rio.

Como Josué - TV Globo

CE - Além do teatro, você é atuante no Cinema, onde fez entre seus trabalhos o sucesso O TEMPO E O VENTO, como foi fazer esse trabalho?
RD -
 Atuei em 55 filmes, dos mais variados gêneros. Mas O Tempo e o Vento é, talvez, a maior epopeia gaúcha, sempre um prazer lidar com esse conteúdo.

CE - Na TV Globo fez novelas de grande sucesso na emissora, entre eles o personagem Josué, como foi?
RD -
 Certamente, meu primeiro personagem numa novela das 21h. Dá uma abrangência maior. Apesar de, na época, eu já ter feito uns 25 filmes, o grande público não conhecia o trabalho que eu vinha desenvolvendo.

Quando Aguinaldo Silva mandou um e-mail perguntando se eu toparia fazer o Josué, quase nem acreditei. Já tinha trabalhado com Papinha (o diretor Rogério Gomes) em A Teia. Foi uma grande oportunidade, um super presente do Aguinaldo. O reflexo disso nas ruas foi imediato, me paravam na rua principalmente para parabenizar.

Muitos homens vinham me parabenizar pela atuação e pela relação de amizade e fidelidade entre Josué e o Comendador. Homens que se sentiam identificados com a trama, o que não é comum em folhetins. E que podiam estufar o peito e dizer sem vergonha que assistiam novela. Isso era relativamente novo!

Mesmo na reprise teve muita repercussão. Foi de fato um divisor de águas, onde o grande público conheceu o trabalho que eu vinha desenvolvendo havia algumas décadas.

                                    Bastidores - Instagram Reprodução

CE - A segunda temporada de DOM está chegando no dia 17, o que podemos esperar de seu trabalho na série?
RD -
 Esta série é a coroação de quase sete anos trabalhando com Breno Silveira. Foram cinco anos fazendo ‘Um contra todos’, que foi a experiência mais incrível da minha vida. E agora, mais um trabalho com Breno, com Gabriel Leone e toda a turma. Interpreto Paulo, um médico, o avô do Dom, um carioca dos anos 70.

Então, o primeiro desafio foi o estudo da prosódia, como seria o falar carioca de época e depois, entender a dinâmica do Rio de antigamente, de um médico super correto, que tentava criar o filho da melhor forma, mas no final não foi tão correto assim. Grande parte das minhas cenas acontece com o pai do Pedro Dom, vivido por Flávio Tolezani. Ele cobra muito desse filho. Esta temporada tem cenas muito emocionantes do avô com o pai"

CE - Esse ano você estará no Festival do Rio com o filme “Gauguin e o Canal”, onde viveu um pintor francês. Como foi se preparar e fazê-lo?
RD - 
Um dos trabalhos que exigiram mais preparação. Foram oito meses com uma coach de pintura, online, especialista em Chicago, para me aproximar da técnica do Gauguin.

Tive também aulas de francês e todos os ensaios online com o diretor, que estava em Madrid. Tudo isso durante a pandemia.

Este filme já ganhou o prêmio Best Film da 76ª. edição do Festival de Salerno, na Itália. Estou muito ansioso para a estreia no Brasil.

CE - Consegue dividir com a gente um momento marcante na sua carreira?
RD -
 Com certeza o abraço que recebi de Breno Silveira quando terminamos as gravações de UM CONTRA TODOS. Tudo nessa produção foi muito marcante pra mim, formamos uma grande família.

CE - O que acha da indústria de streaming?
RD -
As séries chegaram no Brasil com um certo atraso, mas já tomaram conta. E o streaming é a evolução natural, veio pra ficar. Cada espectador monta sua grade, com seu mix de conteúdo no momento que ele quiser. Quem não migrar para estas plataformas em breve trabalhará apenas para uma pequena parcela do mercado.

                                     O TEMPO E O VENTO - Divulgação

CE - Algum personagem ou trabalho que tem muita vontade fazer?
RD -
 Eu queria mesmo fazer um filme de super-heróis, mas não como os da Marvel. Gostaria que fosse algo como o Chapolin Colorado, adulto, um drama mesmo. Interpretar um cara mergulhado em dificuldades, que nem tem como pagar aluguel mas mesmo assim tem que salvar o mundo. Seria fantástico.

CE - Um momento que gostaria de reviver em sua vida...
RD -
 Eu gostaria muito de visitar Colonia del Sacramento, no Uruguai. Passei minha infância lá e sinto que devo isso às minhas memórias.

CE - Você não atua somente no Brasil, mas sim fora também. Em que países já atuo e nos fale sobre seus trabalhos fora...
RD - 
Já trabalhei em um grupo italiano de teatro. Apresentei em Roma, Estocolmo e em outras cidades europeias. Também fiz teatro no Uruguai, na Argentina e no Chile.

Filmei algumas vezes no Panamá, na Colômbia, Argentina e, também, no Uruguai.

É muito legal ver as lógicas diferentes de produção e do fazer artístico. Encaro tudo como um aprendizado.

                             O Sétimo Guardião - TV Globo

CE - Uma inspiração...
RD - 
Aprendo demais com meu filho Carlo. Com a relação que ele tem com a música, sua maneira de compor e produzir me emocionam e me inspiram.

CE - E a indicação como melhor ator coadjuvante pelo prêmio da indústria audiovisual latina PRODU 2020?
RD -
Ah, foi justamente pelo PEPE, de Um Contra Todos. É muito legal a abrangência que essa série teve. Também foi indicada quatro vezes ao EMMY.

E pensar que quando terminamos a primeira temporada nem havia perspectiva de ter outra. A produção de séries mal estava começando no Brasil. Um dia Breno juntou a turma e avisou, “Fox pediu outra temporada, bora lá?”.

Anos depois, várias indicações ao Emmy, muito retorno lindo de vários países da América Latina. Me enche de orgulho.

CE - Como é a vida do Roberto fora do trabalho?
RD -
 Sou bastante caseiro. Adoro ficar em casa com meu filho e assando um churrasco com os amigos. E sempre com um bom vinho por perto, claro.

CE - O que mais gosta na sua profissão?
RD -
 Me encanta poder entender cada vez mais a respeito do ser humano e todos as suas nuâncias. Gosto da oportunidade de aprender com o outro

CE - Novos projetos?
RD - 
Tenho três longas vindo por aí, assim que terminarem de captar já vamos começar a rodar. E tem o projeto, para o qual também estamos captando ,de um centro cultural na Gávea, no Rio de Janeiro.

                                               Apocalipse - Divulgação

 

Correio B+

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

A lista de indicações revela forças, silêncios e tendências que devem marcar toda a temporada de premiações. Sinners domina, Wagner surpreende e Cynthia fica de fora.

13/12/2025 14h00

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026 Foto: Divulgação

Continue Lendo...

As indicações ao Critics’ Choice deste ano chegaram com aquela mistura deliciosa de obviedades confirmadas, surpresas estratégicas e ausências que vão ecoar pelas próximas semanas. Não é exagero dizer que, com essa lista, o jogo realmente começou e já com algumas peças bem posicionadas no tabuleiro.

Sinners no comando absoluto

O grande fato é inescapável: Sinners saiu da largada como o filme da temporada. São 17 indicações, um número que não deixa espaço para debate. Ele entra em tudo: Filme, Diretor, Ator, Roteiro, categorias técnicas, Elenco, Trilha, Canção. Quando uma produção aparece em quase todos os campos possíveis, ela naturalmente assume o posto de eixo gravitacional do ano. É aquele combo que a crítica adora: força dramática, acabamento técnico, ambição estética e performances que sustentam o pacote. Sinners não só lidera, ele estabelece o tom.

Logo atrás, One Battle After Another surge com 14 indicações, enquanto Hamnet e Frankenstein empatam com 11. É um grupo que revela o gosto de 2025/2026: cinema com assinatura, com textura, com direção que guia narrativa e atmosfera. Nada de lugar-comum — mesmo quando lidam com obras literárias ou universos de fantasia, esses filmes chegam com personalidade.

Bugônia cresce, Avatar diminui

Entre os movimentos mais reveladores da manhã está Bugônia entrando em Melhor Filme. Até pouco tempo, muitos tratavam a presença de Avatar: Fire and Ash como automática nas listas amplas, mas a vaga ficou com Bugônia. E isso não é acidental: o filme também aparece em Melhor Atriz (Emma Stone) e em Roteiro Adaptado, o que sinaliza que não é um candidato “alternativo”, mas uma força real na temporada. Avatar, ao contrário, ficou restrito ao espaço inevitável: Efeitos Visuais. Para um projeto concebido como megaevento, é um baque. O Critics’ Choice deixa claro que a escala, sozinha, não define relevância este ano.

Wagner Moura atravessa fronteiras

Um dos momentos simbólicos — e históricos — da lista é a indicação de Wagner Moura em Melhor Ator por O Agente Secreto, somada à presença do filme em Melhor Filme em Língua Estrangeira. Não é comum um protagonista de um filme internacional furar a bolha das categorias principais de atuação. Quando isso acontece, desloca a conversa. A indicação reforça tanto a força do filme quanto o impacto da performance. É um marco real para a presença latina nas premiações americanas e abre caminho para que O Agente Secreto circule mais amplamente na temporada.

Melhor Ator: a categoria mais competitiva do ano

A lista de Melhor Ator deixa claro que a corrida está mais apertada do que parecia. Além de Wagner, aparecem nomes que já estavam no radar e outros que chegam para consolidar suas chances:

• Joel Edgerton, por Train Dreams • Ethan Hawke, por Blue Moon • Mais Michael B. Jordan, Lee Byung-hun, George Clooney, entre outros
Com tantos filmes fortes aparecendo também em categorias de topo, essa é uma daquelas disputas que pode mudar semana a semana. Train Dreams, por exemplo, cresceu muito: entrou em Filme, Ator e Roteiro Adaptado e isso automaticamente fortalece Edgerton. Já Hawke, vindo de um filme mais isolado, depende do carinho dos votantes.

A categoria perfeita com o buraco mais comentado: Melhor Atriz

O grupo de indicadas a Melhor Atriz está impecável no conjunto, mas não sem um peso: a ausência de Cynthia Erivo por Wicked: For Good. Com seis vagas, deixar de fora a protagonista de um filme indicado em várias categorias, inclusive Melhor Filme, não passa despercebido. O Critics’ Choice abraça Amanda Seyfried, Emma Stone, Rose Byrne, Chase Infinity e outras grandes performances, mas o silêncio em torno de Erivo fala alto. Ela era tratada como nome praticamente garantido, e essa esnobada agora se torna um fantasma que a temporada precisará exorcizar — ou confirmar — nas próximas rodadas.

Direção: del Toro dentro, outros nomes fortes de fora

Na categoria de Direção, o espaço para Guillermo del Toro por Frankenstein já era esperado: o filme é um projeto de paixão e chegou com a marca emocional e visual que os votantes costumam prestigiar. Mas sua entrada implica ausências significativas: diretores que vinham sendo tratados como fortes na temporada ficaram de fora. Isso reforça uma tendência do ano: a crítica está priorizando obras com assinatura estética e emocional muito clara e sendo mais seletiva com continuações de franquias ou com cinema político mais direto.

Coadjuvantes e roteiros mSinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar.

E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes mostram onde a crítica está arriscando.
As categorias de coadjuvante e de roteiro ajudam a desenhar o segundo plano da temporada:

• Amy Madigan e Ariana Grande ganham força em Atriz Coadjuvante. • Jacob Elordi conquista espaço com Frankenstein. • O elenco de Sinners aparece em categorias diversas, reforçando a força coletiva do filme.

Em roteiro, o Critics’ Choice faz escolhas que deixam clara a intenção de ampliar a conversa:


- Weapons e Sorry Baby entram em Original, abrindo espaço para filmes fora do eixo óbvio. • Train Dreams, Bugônia, Hamnet e Nenhuma Outra Escolha formam um Adaptado sólido e variado. Quando um filme vai forte em roteiro, automaticamente fortalece seus nomes de atuação — é o caso de Train Dreams e Bugônia. O que a lista diz, no fim das contas o Critics’ Choice deste ano não só acende a temporada: ele revela um movimento coletivo. 

Sinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar. E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes.
 

CULINÁRIA

Motivo de discórdia na ceia natalina, uva-passa traz benefício à saúde

Item obrigatório para uns ou dispensável para outros no cardápio das ceias natalinas, a uva-passa, embora divida opiniões, traz benefícios à saúde; especialista destaca seu valor nutricional e versatilidade no preparo de receitas

13/12/2025 09h00

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes Divulgação

Continue Lendo...

Todo ano ocorre o mesmo debate nas famílias brasileiras: a inclusão – ou não – da uva-passa nas receitas natalinas. Enquanto uns defendem o toque agridoce que ela agrega aos pratos, outros nem querem ouvir falar da fruta desidratada no cardápio.

Segundo uma pesquisa realizada pela Ticket, marca de vale-refeição e vale-alimentação, 37% das pessoas trabalhadoras no Brasil afirmam que colocariam uva-passa em tudo na ceia de Natal. Outros 43% se dizem indiferentes à fruta, enquanto apenas 20% declaram não gostar. A nutricionista Bárbara Tonsic ressalta que, para além do gosto pessoal, a uva-passa tem, sim, seu valor do ponto de vista nutricional.

“Por ser uma fruta desidratada, ela tem maior concentração de açúcar, sendo uma boa fonte de energia. Além disso, é rica em fibras solúveis, como os frutoligossacarídeos, que favorecem a saúde intestinal. Substâncias como o ácido tartárico ainda auxiliam na fermentação por bactérias boas, contribuindo para o equilíbrio da microbiota”, especifica Bárbara.

A uva-passa também se destaca por oferecer vitaminas e minerais importantes, como vitaminas do complexo B, vitamina A, cobre, ferro, cálcio, potássio e magnésio. Bárbara alerta, entretanto, que o consumo deve ser moderado.

“Por conta da alta concentração de carboidratos, ela pode não gerar saciedade tão facilmente e, nesse caso, é comum ultrapassar a quantidade recomendada”, pontua a nutricionista, que também é professora da área em um curso de ensino superior.

Claras e escuras

Outro ponto que gera curiosidade é a diferença entre as passas escuras e claras. Segundo a professora, as escuras têm maior teor de resveratrol e flavonoides, compostos antioxidantes conhecidos por seus benefícios contra o envelhecimento. Já as claras ou verdes têm menores quantidades desses compostos, mas continuam sendo uma boa opção.

E quanto aos pratos que podem ser enriquecidos com o sabor da uva-passa? Além do tradicional arroz natalino, a especialista sugere outras opções como salpicão, farofas, bolos, tortas e até caponatas.

“As uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações no cardápio natalino. Combinações como uva-passa com maçã ou abacaxi, queijos salgados, castanhas e carnes, como frango ou cordeiro, fazem bastante sucesso”, sugere Bárbara.

Corredores

A professora destaca ainda que o consumo regular de uva-passa pode trazer benefícios à saúde, principalmente por sua ação antioxidante e por melhorar o funcionamento intestinal.

Além disso, pode ser uma opção prática para corredores que precisam repor energia durante treinos ou provas mais longas.

“A verdadeira questão é saber combinar os pratos à sua mesa natalina e aproveitar tanto o sabor quanto os benefícios do alimento. Ame ou odeie, a uva-passa tem muito a oferecer”, reforça a nutricionista.

Benefícios da uva-passa:

> Redução de risco da diabetes tipo 2;
> Prevenção do câncer;
> Prevenção do infarto;
> Diminuição da pressão arterial;
> Prevenção da prisão de ventre;
> Melhora a saúde dos ossos;
> Controle de peso;
> Eliminação de radicais livres;
> Prevenção da anemia;
> Proteção à saúde do coração;
> Promove a saúde dos dentes.

*SAIBA

A origem da uva-passa vem da Roma Antiga, onde era utilizada nas celebrações como símbolo de fartura, alegria e prosperidade.

RECEITA Salpicão com uva-passa

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Ingredientes:

> 2 peitos de frango cozidos e desfiados;
> 1 xícara (chá) de uva-passa;
> 395 g de milho-verde;
> 395 g de ervilha;
> 2 cenouras descascadas e raladas;
> 1/2 xícara (chá) de azeitona verde sem caroço e picada;
> 1/2 xícara (chá) de maionese;
> 1/2 xícara (chá) de creme de leite;
> Sal, pimenta-do-reino moída, salsa picada e batata-palha a gosto.

Modo de Preparo:

Em um recipiente, coloque o frango, a uva-passa, o milho-verde, a ervilha, as cenouras e a azeitona e misture;

Adicione a maionese e o creme de leite e mexa para incorporar;

Tempere com sal, pimenta-do-reino e salsa;

Leve à geladeira por 1 hora;

Finalize com a batata-palha e sirva em seguida.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).