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Diversão

Roteirão de Natal

Roteirão de Natal

Thiago Andrade

24/12/2010 - 00h00
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Final de ano, comemorações natalinas e a completa falta do que fazer. Para muitos, a realidade é essa. Com o feriado prolongado muitos lugares estão fechados, mas não há motivo para desespero. Campo Grande não é mais a cidade onde impera o marasmo! O Correio do Estado foi em busca de opções de entretenimento para os leitores. Festas, filmes, livros e espaços culturais fazem parte do roteiro de Natal. Confira abaixo a seleção cultural para o feriado.

Festas
Natal NEO
Quem quer diversão e música eletrônica a noite inteira pode ir à recém-inaugurada NEO Club, que contará com a presença dos DJs André X, Bruna Moura, Pedro Pereira e Daniel Carbo. A festa natalina acontece na madrugada do dia 25, à 0h30min, depois de todo mundo passar um tempo com a família. A NEO Club fica na Rua 15 de Novembro, 1.995. Os ingressos custam R$ 30 (homem) e R$ 25 (mulher) e estão sendo vendidos na Fórum e Dona Flor.

House Christmas
Se a ideia é misturar estilos, a festa que acontece na Mansão Casa Cor é a melhor opção. Reunindo o pagode do grupo C4, hip hop com DJ Ploc e música eletrônica com DJ Klauss. Tudo acompanhado de vodka, cerveja, água e refrigerante na faixa. A festa à 0h do dia 25, na Rua Sophia Melke, 280. Os ingressos custam R$ 60 (homem) e R$ 40 (mulher), no primeiro lote, e estão sendo vendidos na Chilli Beans, Bebi Festas, Dona Flor e Kalua.

Especial de Natal Valley
Não gosta de música eletrônica? Que tal partir para o sertanejo? No sábado, a partir das 23h, o Valley Acoustic Bar recebe a dupla João Lucas & Walter Filho para a apresentação de encerramento de ano. Os ingressos custam R$ 35 (homem) e R$ 25 (mulher) e podem ser adquiridos no próprio local. A casa fica na Rua José Antônio, 792.

Natálcool – Voodoo Bar
Fim de ano é uma época de nostalgia. Nada melhor que celebrar essa época com shows de bandas memoráveis da história do rock em Mato Grosso do Sul. Impossíveis, Crazy Dick e Astronauta Elvis animam a opção guitarra-baixo-bateria deste roteiro natalino. As portas do bar se abrem às 23h e os ingressos custam R$ 10. O Voodoo Bar fica na Rua 13 de Junho, 945.

Cinema
“Tron – O legado”
O grande lançamento para o fim de ano é uma viagem por terras digitais e combates alucinantes sobre motos que fazem valer qualquer videogame. Sequência do filme lançado em 1982, “Tron – Uma odisseia eletrônica”, este filme se foca em Sam Flynn, especialista em tecnologia, que não vê o pai há década. Depois de ser conduzido por uma série de eventos ao mundo digital conhecido como Grid, ele reencontra o pai e tentam fugir do local. Aventura clássica para crianças e adultos, cheia de efeitos especiais. Vale ser vista tanto na versão 3D quanto na normal.

“Harry Potter e as relíquias da morte” - Parte 1
O melhor filme da série ainda está em cartaz e se você ainda não o assistiu, agora é a chance. O mundo mágico de Hogwarts, assim como o mundo dos trouxas (como são chamados os humanos comuns), está sob ataque de Voldemort e os comensais da morte. Para recuperar todo o seu poder, no entanto, o bruxo precisa destruir o jovem Harry Potter, que tem de fugir para sobreviver. A história se aproxima do fim e a tensão acompanha o filme desde os primeiros instantes. Por ser mais violento e pesado que os primeiros longas-metragens da série, a indicação é para maiores de 12 anos.

“72 horas”
Estreia da semana, o thriller conta a história de John, interpretado pro Russell Crowe, que após ver a mulher se presa injustamente, decide tirá-la da prisão. Por meio de sites como YouTube e Google, o homem aprende como fazer cópias ilegais de chaves, a arrombar carros com bolas de tênis e encontra um memorialista, interpretado por Liam Neeson, que detalha sua fuga de sete penitenciárias. Quem deseja fugir dos filmes de temáticas infantis ou religiosas, pode encontrar a salvação em “72 horas”.

No aconchego do lar
Mas, se nenhuma das sugestões ao lado lhe agradou e seu interesse é fugir das badalações e aproveitar o fim de semana de Natal para descansar no aconchego do lar, existem opções mais simples como alugar filmes, ler um livro ou procurar programas interessantes na televisão. Apesar de nenhum grande lançamento ter chegado às locadoras nesta semana, vale a pena procurar nas prateleiras filmes que fizeram sucesso em 2010, caso não tenha tido a chance de assisti-los no cinema.

“A origem”, de Christopher Nolan, foi um dos longas mais comentados na internet e no mundo real em 2010. A sinopse já dá margem a discussões. Um grupo de pessoas invade a mente de outra enquanto esta dorme para roubar informações ou incutir sonhos. Especulações a parte, vale a pena assistir ao filme considerado um dos melhores do ano por muitos. Quem quiser adentrar ainda mais no clima de suspense, pode locar “Ilha do medo”, também estrelado por Leonardo Di Caprio, em uma história que mistura suspense e terror para falar sobre a loucura. Para as crianças, “Shrek para sempre” é o lançamento que vale a pena ser locado. O encerramento da quadrilogia sobre o ogro que vive em uma terra de faz de conta.

Cansado do audiovisual? Que tal um livro para passar o fim de semana natalino exercitando a mente e a memória. A parceria entre Companhia das Letras e Penguin Books acaba de lançar “As viagens de Gulliver”, clássico da literatura de aventura, escrito por Jonathan Swift. Para quem prefere histórias mais realistas, o relato de Ingrid Bittencourt em “Não há silêncio que não termine”, sobre os anos que permaneceu em cativeiro na selva colombiana em controle das Farc, é uma opção interessante. Apesar das mais de 500 páginas, a leitura é fácil, embora pesada.

Entre os destaques da televisão por assinatura estão o Natal dos Simpsons, que será exibido pela Fox, nos dias 24 e 25, às 20h. Como é tradicional na série está no ar há mais de 20 anos, os episódios natalinos fazem paródia de contos de Natal já famosos. As opções de filme também são grandes, com destaque para “Simplesmente amor”, exibido no canal A&E no dia 25, às 22h30min, e “O diário de Briget Jones”, também no A&E no dia 25, às 15h30min. Na TV aberta, os especiais de natal tomam conta de programação. Na TV Campo Grande, o filme “O expresso Polar” é a atração na Tela de Sucessos de hoje, às 23h, e no sábado, às 23h, será exibido o filme “Jesus, a história do nascimento”.

Confira a programação e os horários para o filme em cartaz nos cinemas da Capital na página 6B.

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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