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ALIMENTAÇÃO & COMPORTAMENTO

Sabores da consciência

Na semana em que se comemora o Dia Internacional contra o Desperdício de Alimentos, aprenda três receitas que levam banana, uma das frutas que mais facilmente se estragam na rotina doméstica

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Na semana em que se comemora o Dia Internacional contra o Desperdício de Alimentos, vale a pena fazer uma revisão em seus hábitos domésticos para, quem sabe, economizar um pouco e até comer melhor. Se dá para melhorar em família, algumas corporações também não deixaram passar a data sem uma ação em grande escala, integrando seu corpo funcional em palestras, campanhas e outras atividades.

Na segunda-feira, o Grupo Pereira, que já doou mais de mil toneladas de alimentos para o programa Mesa Brasil, mobilizou mais de 19 mil colaboradores em todo o País com essa finalidade. O Dia Internacional contra o Desperdício de Alimentos, criado em 2019, pela Organização das Nações Unidas, é celebrado no dia 29 de setembro. E para marcar a data, o Grupo Pereira serviu um cardápio especial na refeição dos funcionários de suas 120 unidades.

“Desde o ano passado, o Grupo Pereira faz doações de produtos impróprios para venda, mas próprios para consumo. Nosso principal objetivo é contribuir com instituições sociais, vinculadas ao Mesa [Brasil], que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social. Mais de mil toneladas de alimentos foram destinadas a instituições sociais de várias partes do País”, conta Adrileny Bogado Constantino, coordenadora de ESG do Grupo Pereira.

Em Mato Grosso do Sul, onde a parceria com o Mesa Brasil começou em 2019, já foram doadas mais de 562 toneladas de alimentos. Todos os refeitórios do Grupo Pereira serviram pratos com um ingrediente versátil e que está presente em doces e salgados na alimentação dos brasileiros: a banana.

No cardápio, farofa com banana, arroz com banana e, de sobremesa, chico balanceado, um prato típico gaúcho, e também, banoffee, sugerida pela nutricionista Sabrina da Silva Costa.

“A banana é rica em vitaminas e minerais, regula o sistema nervoso, evita câimbras, regula o intestino e é fonte de energia, indicada para o pré-treino”, detalha a nutricionista Luciana Costa Silva, do Fort Atacadista. “Com a redução do lixo, o impacto ambiental diminui. Também ocorre uma economia com os custos com os alimentos e a alimentação fica mais saudável, com opções mais saudáveis e nutritivas para os colaboradores e para os clientes”, destaca Sabrina.

A nutricionista Luciana Costa Silva revelou as receitas desse cardápio especial para quem quiser reproduzir em casa. Confira e aproveite.

Arroz com banana

Ingredientes

  • 2 xícaras (chá)
  • de arroz branco cozido;
  • 2 bananas médias;
  • 1 cebola média;
  • 1 colher (sopa) de margarina;
  • Cheiro-verde a gosto.

Modo de Preparo

Corte a cebola em cubos pequenos e reserve. Corte a banana em cubos pequenos e reserve. Em uma panela, derreta a manteiga e acrescente a cebola, refogando até dourar. Acrescente a banana picada. Depois, coloque o arroz já cozido e mexa para misturar. Finalizar com cheiro-verde.

Rendimento: 600 gramas.
Validade: 2 dias.

Farofa com banana

Ingredientes

  • 2 ½ xícaras (chá) de farofa pronta;
  • 2 bananas grandes;
  • 1 colher (sopa) cheia de margarina ou manteiga;
  • 1 cebola pequena;
  • 1 colher (sopa) cheia de óleo de soja;
  • Cheiro-verde a gosto.

Modo de Preparo

Corte a cebola em cubos e reserve. Descasque e corte a banana em cubos pequenos. Em uma panela, aqueça o óleo e frite as bananas até dourar. Coloque as bananas sobre papel toalha para retirar o excesso de óleo. Em uma panela, derreta a margarina e doure a cebola. Acrescente a farofa pronta. Coloque as bananas fritas. Finalizar com cheiro-verde e misturar.

Rendimento: 500 gramas.
Validade: 2 dias.

Sobremesa de banana (chico balanceado)

Ingredientes

Banana caramelizada

  • 1 xícara (chá) de açúcar;
  • ½ xícara de água quente;
  • 3 bananas cortadas em rodelas.

Creme

  • 1 lata de leite condensado;
  • 1 ½ xícara (chá) de leite integral;
  • 4 gemas;
  • ½ colher de sopa de amido de milho.

Cobertura

  • 4 claras;
  • 1 xícara (chá) de açúcar.

Modo de Preparo

Banana Caramelizada – em uma panela deixe o açúcar dourar. Junte a água quente e mexa com uma colher. Deixe ferver até dissolver os torrões de açúcar e a calda engrossar. Espere amornar e distribua em um refratário. Coloque as bananas e reserve.

Creme – em uma panela junte o leite condensado, o leite, as gemas e o amido e leve ao fogo médio, mexendo sempre para não formar grumos, por cerca de cinco minutos até engrossar. Distribua o creme sobre as bananas. Reserve.

Cobertura de merengue (ou suspiro) – em uma panela, misture as claras e o açúcar e leve ao fogo médio, mexendo sem parar por três minutos, tirando a panela do fogo por alguns minutos e continuando a mexer para não cozinhar. Transfira para a batedeira e bata até dobrar de volume e formar um merengue consistente.

Distribua a cobertura sobre o creme e leve ao forno médio (180°C) preaquecido, por cerca de cinco minutos ou até dourar o merengue.

Rendimento: 10 porções.
Validade: 2 dias.

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OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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