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Fim de Ano

Saiba como se safar com elegância do convite para o amigo secreto

Saiba como se safar com elegância do convite para o amigo secreto

Ig

15/12/2011 - 22h30
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Amigo secreto, amigo oculto, inimigo secreto, o nome varia. Mas a brincadeira institucionalizou-se e o espírito é sempre o mesmo: no final de ano a tradicional troca de presentes entre amigos, colegas ou familiares precisa incluir sorteios, adivinhações, presentes temáticos, cartas, bilhetinhos e muito suspense até a hora de descobrir enfim quem deu presente para quem.

Pode ser uma economia, para não ter que dar presente a todos, mas se você for participar do amigo secreto da família, do trabalho e o dos colegas dos tempos de colégio e do curso de inglês, haja décimo terceiro salário. Fora que é preciso conseguir achar um dia para encontrar todos e fazer a entrega dos regalos. “Participar de amigo secreto não é uma obrigação. Você só deve brincar se tiver vontade e afinidade com as pessoas”, diz a consultora de etiqueta e marketing pessoal Ligia Marques, de São Paulo.

O problema é que ficamos com fama de antissociais quando não topamos participar. A estudante de propaganda e marketing Natalia Quinta, de 18 anos, declina a maioria dos convites, porque não gosta de correr o risco de ter que dar presente para colegas que não conhece bem. “As pessoas sempre reclamam, tentam me convencer, mas me recuso educadamente e ainda faço parecer que estou triste por não participar”, ensina. Ela costuma dizer que não poderá estar presente no dia da entrega, uma desculpa defendida pelos especialistas em etiqueta. Afinal, a falta de tempo nessa época é um motivo bastante comum. “O ideal é ser sincero ao negar. Não tem problema falar que você está sem tempo oucom dinheiro curto. Mas se o verdadeiro motivo for que você não gosta de amigo secreto ou das pessoas que estão participando, fica meio desagradável. Não custa dar uma desculpa mais amena”, sugere o consultor de etiqueta Fábio Arruda, de São Paulo.

Escolhendo o presente

A lojista Eliane Borges, 49 anos, também prefere dizer que não sabe se vai conseguir ir à entrega, mas ela não participa de amigo secreto algum, por trauma. “Já tive experiências ruins anteriores, quando recebi coisas compradas de última hora só para constar”, recorda.

O que nos leva a uma outra questão importante que envolve a participação em amigos secretos: é melhor não participar de um do que entrar só para fazer uma média e depois comprar a primeira coisa que encontrar na frente. Se não teve como fugir, gaste um tempinho pensando na pessoa que você sorteou. Conhece pouco sobre ela? Certamente tem alguém que pode te dar dicas de gostos e hobbies. “E nada de dar vale-presente. Dá a impressão que a pessoa não está com vontade de se preocupar, de prestar atenção, de tentar descobrir o que o outro gostaria”, lembra a consultora de etiqueta Célia Leão, de São Paulo. Aquela lista ou bilhetinho com dicas do que cada um quer ganhar é uma boa saída para grupos que se conhecem pouco. 

Estipular limites de preço também é recomendável, porque ajuda a evitar saias justas. Confira as sugestões dos especialistas em etiqueta para presentear em amigos secretos das várias esferas da nossa vida:

Amigos: que tal sair do lugar comum e montar kits temáticos? Pode ser de beleza (com sabonete, hidratante e perfume), kit verão (com protetor solar, toalha e chinelo), kit esporte (com meia, short e camiseta) ou kit gourmet (com avental de chef, facas de cerâmica e espátulas de silicone). Pense em algo que o seu amigo gosta e use a criatividade!

Colegas de trabalho: procurar saber mais sobre quem você tirou nesse caso é imprescindível para não errar feio no presente. Mas praticamente todas as mulheres gostam de bijuterias delicadas. Para os homens, repare no tipo de camisa ou camiseta que eles costumam usar para trabalhar. Nunca é demais ter uma extra no armário. E deixe as gracinhas para outra hora. Qualquer presente que possa constranger alguém deve ficar de fora do amigo secreto do trabalho. Aqui, não dá para ser muito criativo, prefira opções mais óbvias.

Familiares: dê um presente que diz respeito ao hobbie da pessoa. Seu tio gosta de futebol? Compre uma camisa de time europeu. Sua avó passa a tarde fazendo crochê? Dê uma caixinha charmosa para ela guardar o material. O primo adora rock? Escolha um DVD de show. Quem você tirou vai sentir que você dá importância às coisas que ele gosta.

E não perca de vista o verdadeiro motivo da brincadeira: aproximar pessoas. O presente é apenas uma desculpa para levar à reunião, mas ele nem é tão necessário assim. Se você odeia amigo secreto ou esse ano está economizando para atingir seus sonhos, sugira um encontro sem lembrancinhas, apenas para celebrar os relacionamentos que foram tão importantes durante 2011. Ou como uma promessa de que em 2012 vocês vão se encontrar mais vezes do que no ano que está terminando.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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