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Se promessas dos candidatos fossem cumpridas, Campo Grande se transformaria em conto de fadas

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta quarta-feira, 2 de outubro de 2024 - Por Ester Figueiredo ([email protected])

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Silvana Duboc - escritora brasileira

"A vida cobra cedo ou tarde as dívidas acumuladas, e pessoas que se julgam vencedoras acabam encurraladas. A vida não perdoa quem usa da vida de terceiros para se tornar o primeiro”.

FELPUDA

São tantas as promessas de alguns candidatos a prefeito que, se todas fossem realmente cumpridas, Campo Grande se transformaria em um conto de fadas. Assim, a Capital deixaria sua condição de “Chapeuzinho Vermelho”, ameaçada pelo lobo mau do atraso, para viver o progresso que viria com o “Gato de Botas”, aquelas de sete léguas, acompanhado do “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa”.

A Cidade Morena deixaria de ser a “Bela Adormecida”, segundo os adversários uns dos outros, e se transformaria, então, na “Cinderela”.

E depois?

Será que os projetos defendidos para transformar Campo Grande em “terra dos sonhos” estarão na pauta de trabalho de quem não for eleito, embora tenha mandato? Essa é a pergunta que dá para se ouvir pelos quatro cantos da cidade. 

Mais

Afinal, são dois deputados federais e um deputado estadual, além do marido de uma das concorrentes, que é integrante do Legislativo estadual. E ainda há candidata afirmando que tem caminho livre em Brasília para solucionar os problemas. É ver para crer...

Bizarros

Certas candidaturas a vereador em Campo Grande seriam apropriadas para um álbum de bizarrices, pois têm muitas figurinhas, inclusive algumas carimbadas, que são prato cheio para quem gosta de se divertir com aquilo que aparentam ser, mas passam bem longe disso.

Haja!

Entre as bizarrices há desde fulano acusado de forjar sequestro com “rajadas de metralhadora”, passando pelo causador de morte por atropelamento quando bêbado ao volante, e um outro que se recusou a fazer teste do bafômetro em blitz e teve a CNH suspensa. 

Isso, segundo os comentários, representa uma gota no oceano. E todos se colocando como “pessoas iluminadas”.
Dá licença, vai!

Cadeiras

Passadas as eleições, é esperada batalha judicial do vereador Thiago Vargas (PP), que concorre à reeleição, para ter assento na Assembleia Legislativa de MS. 

Explica-se: sua demissão dos quadros da Polícia Civil foi suspensa até o julgamento do mérito. Essa decisão afastou sua inelegibilidade e permitiu que ele possa disputar a reeleição, assim como requerer sua vaga no Legislativo estadual. 

Em 2022, Vargas teve votos suficientes para ser eleito, mas eles foram anulados por conta dessa exoneração a bem do serviço público. Em seu lugar assumiu Pedro Pedrossian Neto (PSDB).

ANIVERSARIANTES

  • Osmar Luiz Belin,
  • Rosaria Escobar Freire, 
  • Dr. Ruben Figueiró de Oliveira,
  • Beatriz Brites Mondadori, 
  • Marcílio de Souza Silva, 
  • Dannrley Maik Soares Balbuena,
  • Adelcio de Souza,
  • Cláudia Maria de Melo Hamana,
  • João Candido Alves de Souza,
  • Lindalva Carvalho Collante,
  • Claudimor João Dal Pasqual,
  • Luiz Justino Leal,
  • Antonio Naglis,
  • Rosana Cláudia Gonçalves, 
  • Adriana de Souza Gomes,
  • Terezinha de Moraes Ribeiro,
  • Walter Ferreira de Oliveira Filho,
  • Savio Moral Rezuth,
  • Bruno Terence Romero e Romero Dias,
  • Delcindo Afonso Vilela,
  • Vera Maria Chaves Panete Lago,
  • Giselle Maiolino Simioli,
  • Sônia Maria Jim, 
  • Alexandre Coutinho Souza,
  • Evaldo Garcia Ferreira,
  • Alcir Nogueira Coelho,
  • Armando Alves Corrêa,
  • Viviane Tereza Castro Ferreira,
  • Ênio Duarte Machado,
  • Boanerges Campos Pacheco,
  • Virginia Moreira,
  • José Luiz Gonçalves dos Santos,
  • Adenir Bertoni,
  • Maristela Zapata,
  • Luiz Mauro Corrêa,
  • Rui Alves de Souza,
  • Maria Abdo Saddi,
  • Lucila Antunes,
  • Ana Paula Ribas dos Santos,
  • Marli Tulu,
  • Neder Emilio Coenga,
  • Alessandra Rivas Paes,
  • Varico de Paula,
  • Zenilda Gregório de Souza,
  • Catarina de Azevedo,
  • Dr. Luiz Felipe Terrazas Mendes, Ricardo Prata Chacha,
  • Maria Célia Tôrres Alvim, 
  • Rosângela Xavier de Jesus,
  • Juliana Cardoso Viana,
  • Maria de Fátima Dantasde Araújo,
  • Lilian Rita de Almeida,
  • Pedro Monteiro Teixeira,
  • Mônica da Silva Corrêa,
  • Haroldo Conde de Almeida,
  • Renata Fonseca Xavier,
  • Tereza Cristina Alvin,
  • Maria Carolina de Almeida,
  • Maria do Socorro Vilela Barbosa,
  • Sandro Noburo Shirado,
  • Eliana Terezinha Marcon,
  • Terezinha Camposano,
  • Márcia Regina Gonzaga Alves,
  • Vilma Marcos da Silva Ortega,
  • Jurandir Francisco de Araújo,
  • Antonio Eduardo Pagliuso Ascencio,
  • Deborah Gomes de Miranda Vargas,
  • Dr. César Augusto Toledo, 
  • Luciane Terezinha Zanchet Vieira,
  • Priscila Wrbieta Ferezin,
  • Kleris da Rocha,
  • Ricardo Pedra Lourenço,
  • Mauro Conti Pereira,
  • Rafael Ferreira Luciano Santos,
  • Adhemar Godoy,
  • Hélio Honorio da Silva,
  • Izabel Cristina Santos de Quevedo,
  • Antônio Carlos de Oliveira,
  • Aurico Aparecido de Godoy Amaral,
  • Jaqueline Villa Gwozdz Rodrigues,
  • Rosângela Maria Pereira,
  • Pedro Mendes Neto,
  • Vital José Spies,
  • Glauco Leite Mascarenhas,
  • Cleonice Flores Barbosa Miranda,
  • Mara Maristela Marques Souza,
  • Silvia Lechuga Capriata Nunes,
  • Lucimar Cristina Gimenez Cano,
  • Clodoaldo Cote Lima,
  • Dóris Granzotto Ramos,
  • Letícia Cerutti Facco,
  • Flávio Teixeira Sanches,
  • Silvano Gomes Oliva,
  • Jânio Ferreira Silva,
  • Lucas Rojas Franco de Souza,
  • Silvani Maria Duarte,
  • Mirian Terezinha Garcia Ávila 
  • Ferraz de Campos,
  • Emilio Winckler Novaes,
  • Marcos Antonio Ruiz,
  • Nivaldo Fernandes Moreira,
  • Mauro Pereira,
  • Antonio Marcos Reis,
  • José Augusto Maria,
  • Salviano Pereira Francisco,
  • Letícia Marcondes Lima,
  • Luiz Claudio Batista Pereira,
  • Maria Rita Fonseca da Silva,
  • Conrado Alves Leite,
  • Mário Márcio de Oliveira Santos.
     

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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