Filme gravado ao longo de 12 anos, “Boyhood: da Infância à Juventude” acompanha o processo de amadurecimento de um menino dos 6 aos 18 anos e mostra como sua visão de mundo e relações familiares mudam
Em 2014, o cineasta e escritor norte-americano Richard Linklater disponibilizava para o mundo “Boyhood: da Infância à Juventude”, um dos projetos mais ambiciosos de sua carreira. O filme começou a ser produzido em 2002 e acompanha a vida de um menino desde os seus 6 anos até os 18 anos. Porém, em vez de escalar vários atores para viverem o personagem nas suas diferentes idades, Linklater manteve o elenco e a mesma equipe ao longo de 12 anos, com encontros anuais para a filmagem de cenas que, depois desse longo período, teve como resultado o impactante título “Boyhood” – termo em inglês que pode ser traduzido como “meninice”.
Com a proposta de levar ao extremo o retrato fidedigno das experiências e o cinema naturalista, o filme tem como principal foco as dinâmicas entre Mason (Ellar Coltrane) e sua família, que consiste em sua irmã Samantha (Lorelei Linklater) e seus pais (Patricia Arquette e Ethan Hawke) que, logo no início da história, iniciam o processo de divórcio. Desde cedo, o personagem precisa lidar com a ausência da figura paterna, mudanças de cidade, de escolas e os relacionamentos repletos de idas e vindas da mãe. Nada além de coisas que podem acontecer na vida de qualquer pessoa, sem grandes reviravoltas ou histórias fantasiosas.
Por conta da forma como “Boyhood” foi filmado, além das questões emocionais, também é possível acompanhar as mudanças físicas do personagem, que passa de uma criança para um jovem adulto em 163 minutos. Sendo assim, a principal questão do filme é explorar o crescimento e amadurecimento do menino ao longo dos anos, mostrando como o seu jeito de ver o mundo e de se relacionar com as outras pessoas se alteram conjuntamente. Ao longo desse período, é possível perceber o impacto das escolhas dos pais nos seus filhos e como essa relação vai mudando conforme eles vão amadurecendo. “Boyhood” está disponível na Netflix, no Star+, no YouTube, no Google Play Filmes, na Apple Tv e na Amazon Prime Video.
Sucesso do Wattpad, livro de romance da jovem autora Mercedes Ron ganha adaptação em formato de série original da Amazon Prime Video
“Minha Culpa” estreia dia 8 de junho na Amazon Prime VideoCriado em 2006, o Wattpad é um aplicativo que permite a publicação de histórias autorais e incentiva que os seus usuários não só leiam, mas também publiquem novos conteúdos na plataforma. Algumas dessas obras on-line conseguiram tanto sucesso na plataforma que até chegaram a ser publicadas como livros e adaptadas para filmes depois, como é o caso de “After” e de “Minha Culpa”, nova série original da Amazon Prime Video que estreia na plataforma no dia 8 de junho. A produção é baseada na trilogia de sucesso “Culpables” da jovem escritora argentina Mercedes Ron, que teve a sua versão publicada no meio de 2017.
“Minha Culpa” tem como protagonista Noah (Nicole Wallace), uma jovem de 17 anos extremamente chateada por ter que deixar para trás seus amigos, namorado e a cidade em que nasceu para acompanhar sua mãe na mudança para casa de seu novo marido. O padrasto de Noah é William Leister (Iván Sánchez), um homem muito rico que mora em uma mansão de luxo com o seu filho Nick (Gabriel Guevara). Orgulhosa e independente, a protagonista tem dificuldade em aceitar a nova realidade repleta de confortos e gastanças na qual ela, de repente, se vê inserida.
O novo "meio-irmão" de Noah, além de ser muito bonito, é o típico filho modelo e, por isso, a relação dos dois não vai começar muito bem. Apesar de se estranharem logo de cara, uma tensão rapidamente se instaura entre os dois e os personagens irão acabar se apaixonando perdidamente um pelo outro. Ao mesmo tempo em que vive esse romance proibido com Nick, Noah irá descobrir uma parte escondida da vida dele, repleta de festas, corridas de carros, lutas ilegais e outras atividades ilícitas que o pai do personagem nem sonha que seu filho é capaz de fazer.
Nova série de The Weeknd e Sam Levinson para a HBO recebe duras críticas depois da sua exibição em Cannes e é taxada como uma fantasia masculina sórdida
“The Idol” é a nova série da HBO MaxA nova série da original da HBO Max, cujo título é “The Idol”, terá sua estreia oficial no dia 4 de junho. Porém, durante a 76° edição do Festival de Cannes – que aconteceu no final de maio –, os seus dois primeiros episódios foram exibidos e a recepção tem dado o que falar. Fruto de uma colaboração entre The Weeknd (como é conhecido o cantor e ator canadense Abel Tesfaye) e o diretor Sam Levinson (criador da série de sucesso “Euphoria”, também da HBO), a produção conta com Lily-Rose Depp como protagonista e diversos outros cantores conhecidos no elenco – como Jennie, do grupo de k-pop Black Pink, e Troye Sivan.
A história começa com Depp no papel de Jocelyn, uma popstar famosa que está passando por um momento delicado depois da morte de sua mãe, fato que a afetou profundamente. Por conta dessa perda, a personagem começa a usar drogas e ter problemas psicológicos que afetam diretamente a sua carreira. Quando o seriado começa, Jocelyn está em um processo de tentar retomar o seu posto de popstar depois da sua última turnê ter sido encerrada mais cedo por conta de um colapso nervoso da personagem. Porém, o escândalo de uma foto sua vazada dificulta os planos da sua equipe.
Cercada por pessoas (em sua maioria homens) que se preocupam mais em fazer com que ela volte para os palcos do que de fato com ela, Jocelyn canta o que não gosta, dança em videoclipes que não gostaria de participar e tem suas necessidades sempre desvalidadas pela equipe ao seu redor. Infeliz e instável, a personagem não precisaria de muito incentivo para tomar decisões ruins. Porém, quando ela começa a se envolver com Tedros (The Weeknd), um empresário com um passado duvidoso, a personagem irá tomar um novo rumo. Com muitas cenas de conteúdo sexual explícito, se pretendia criticar o lado misógino e exploratório da indústria, a produção parece apenas reforçá-los.
B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação
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