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Sophie Charlotte - Atriz é Capa do Correio B+ e tem encantado o público na novela "Todas as Flores"

"Ano que vem, a gente vai lançar o filme da Gal Costa, estou bem ansiosa para ver"

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Após sete anos, Sophie Charlotte está de volta às novelas. A atriz vive Maíra, uma das principais personagens de 'Todas as Flores'. A jovem nasceu com deficiência visual.

A novela Original Globoplay é criada e escrita por João Emanuel Carneiro com direção artística de Carlos Araujo que estreiou em outubro.

A trama é um conto de fadas moderno, um thriller contemporâneo regado por histórias de amor, vingança e redenção escrita pelo autor de Avenida Brasil. A atriz encanta com seu jeito de ser e atuar, e agora está matando a saudade de seu público nas telinhas.

Bem-casada com Daniel de Oliveira e mãe de Otto, fruto da união com a ator, Sophie conta que o marido é um bom companheiro e um grande incentivador da sua carreira. “A gente assistiu ao primeiro episódio da novela juntos. Ele é meu parceiro e me apoia em tudo. Estou muito feliz. A gente tem as nossas questões, inseguranças, então, é bom compartilhar e saber a opinião do outro. Assim como assistimos juntos “Independências”, na TV Cultura, (trabalho em que Daniel de Oliveira vive Dom Pedro), ele agora me vê na novela”, diz. 

Apesar de pouco tempo no ar, "Todas as Flores' já é um grande sucesso. Todos também aguardam ansiosamente por Sophie nas telonas vivendo a saudosa Gal que faleceu recentemente com quem a atriz esteve e viverá no cinema. 

A atriz vai viver a cantora Gal Costa que morreu recentemente - Divulgação



Sophie Charlotte começou em Malhação na TV Globo e coleciona sucessos na TV, no cinema e no teatro, além de ser uma atriz premiada e ter feito durante a pandemia outro grande destaque dirigido por Jayme Monjardim - Passaporte para Liberdade.

Capa do Correio B+ desta semana, a atriz conversou com o Caderno falando com exclusividade sobre sua personagem na nova novela e seu momento, além da composição da personagem e do marido Daniel de Oliveira. 

CE - Como você recebeu todo esse carinho? Tá todo mundo elogiando tanto o seu trabalho...

SC -
“Ah, que máximo... Eu estou muito feliz, a gente precisava entregar logo para o público, só estava falando disso nas últimas semanas, da necessidade desse diálogo. A gente já está acostumado com essa troca, e como a gente tem uma frente maior, é uma novela que tem duas temporadas, precisamos ver para conseguirmos fazer ajustes, então, assistir e entender a repercussão do público é fundamental.”

A atriz é Capa da semana do Correio B+A atriz é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto Eestevam Avellar - Diagramação Denis Felipe

CE - Qual foi a maior dificuldade? Para a gente, parecia que você já nasceu assim.

SC - “É o entendimento de que a gente tem conceitos e estigmas muito simples, muito enganosos, estereótipos com relação a deficiência visual e uma vivência de quem convive com essa condição. Então, desconstruir esse entendimento e levantar novos pilares possíveis para essa história e mudar tem sido muito interessante, muito potente.”

CE - E sobre a inclusão? Eu acho que abordando a deficiência visual na sociedade que talvez ainda não esteja tão preparada para o assunto, como você se sente dando voz para essa causa e trazendo esse tema para ser discutido?

SC - “Eu acho que todos nós que não convivemos com algum tipo de deficiência precisamos entender que temos que ser presentes e parceiros nessa luta anticapacitista do Brasil. Então, essa desconstrução de um olhar estigmatizado e o entendimento de que precisamos entrar em contato com essas pessoas que não são poucas, são muitas. Para mim, tem sido revelador, e ao mesmo tempo poder contar uma história de ficção, com todo um enredo de muitas reviravoltas, enfim...”

CE - O que você tem aprendido?

SC - “Normalmente, eu preciso terminar um trabalho para conseguir ter esse distanciamento. A gente ainda tá muito mergulhado, então é difícil dizer: ‘Ah, essa foi a maior lição’. Eu estou no meio do processo, muito mergulhada mesmo, então, eu ainda tenho que esperar um pouco para conseguir entender.”

CE - Uma personagem como essa faz a gente valorizar coisas na vida que a gente não percebe. O que tem te transformado?

SC - “A minha intenção nessa composição da Maíra, foi justamente buscar abrir o coração e representar de alguma forma o pilar de bondade, do entendimento de que nós seres humanos podemos e devemos ser bons uns com os outros. Ter essa noção do amor como uma força que mobiliza a Maíra (minha personagem na novela) foi um caminho que eu acho que é um diferencial nessa personagem. Eu não entendo toda a personagem apenas através de dentro da condição da deficiência, essa é uma das coisas, mas a personagem é uma pessoa que a gente vai construindo através do texto e do desejo que a gente tem do que a gente quer comunicar. Nesse momento, eu acho importante a gente falar de amor, de contato com a natureza, de um olhar carinhoso, amoroso, presente etc. É uma personagem que eu tenho me dedicado muito a trazer esse estado de presença que a gente sempre busca em cena.”

              A atriz ao lado do marido o ator Daniel de Oliveira e o filho Otto - Divulgação

CE - E sobre ela ser uma perfumista, você teve alguma preparação para isso?

SC - “Sim. Tivemos uma preparação maravilhosa para entender esse universo da perfumaria. O Brasil é um mercado consumidor tão potente mas a gente ainda entende pouco como funciona essa feitura, essa composição, então, pesquisar isso, entender um pouco mais das matérias-primas, das famílias olfativas, entender como se compõe um perfume, foi o máximo. Eu amo que esse ofício me dá a possibilidade de viver outros ofícios numa vida só. Entender um pouco desse universo da perfumaria foi incrível.”

CE - E que perfume que você usa?

SC - “Eu faço uma misturinha, mas, para cada personagem eu uso um perfume específico. Só que é segredo (risos). Eu faço isso há muitos anos, porque o olfato leva a gente para campos de memória específicos, então, eu já começo a usar esses perfumes na preparação e isso vai me acompanhando até o fim de cada projeto.”

CE - E as dificuldades em ser mulher nesse condição?

SC - “Eu acho que as pessoas às vezes têm um entendimento equivocado de que é preciso tirar um sentido ou anular um sentido. Na verdade, a minha busca foi outra. Não tanto pela performance, mas muito mais pelo entendimento das questões de uma mulher que convive na condição da deficiência visual vive. Ela toca a vida dela. Ela conhece o Rafael, ela vai se apaixonar, ela vai trabalhar... Não é o que a gente acha que não está presente, mas tudo que está presente. Essa é a vida dela. Não é de ausência, é de presença. É disso que a gente está falando.”

CE - Os primeiros capítulos já passaram, o Daniel de Oliveira (seu marido) já deve ter visto...
O que ele achou? 

SC - “A gente assistiu só o primeiro episódio juntos e ele adorou. Ele é super meu parceiro e eu estou muito feliz. Ele já estava ouvindo dessas histórias da gente junto, das questões que a gente tem, dessas inseguranças, e poder compartilhar, assim como eu, assistir o ‘Independências’, né, que ele está na TV Cultura, agora ele está me assistindo no Globoplay.”

Ao lado da atriz Letícia Colin na novela - Divulgação TV Globo

CE - A personagem é zero maquiagem ou tem muito pouco? Porque parece que você faz de cara limpa.

SC - “É praticamente nada. É uma gotinha de corretivo, um pouquinho de uma saúdezinha e foi. Mas vai ficar cada vez menos e eu não posso dar mais spoiler do que isso (risos).”

CE - Fale três curiosidades sobre a sua personagem, Maíra na novela?

SC - “Ela tem um humor diferente de outras personagens que eu já fiz. Tem humor, mas tem uma suavidade, uma leveza, uma brincadeira, sabe? Curiosidade também é um traço forte que essa personagem me permite colocar em cena.”

CE - A cena do heliponto te deu arrepio?

SC - “Os bastidores dessas gravações são sempre inusitados e surpreendentes, e aí, quando a gente vê o resultado no ar, que valeu a pena. A gente está contando uma história que realmente tem que dar esse frio na barriga.”

CE - Você tem medo de altura?

SC - “Tenho, bastante (risos).”

CE - E como foi para você subir naquela beiradinha?

SC - “Mas você está se ligando na história, a gente não estava na beira de prédio nenhum não (risos).”

TV Globo

CE - Teve alguma cena difícil de você se desligar emocionalmente?

SC - “Não. Eu não tenho tanto isso. No caminho, do trabalho para casa, eu já vou refletindo... A gente tem sempre que pedir licença e agradecer em todo set que a gente faz. Hoje em dia, depois de tanto tempo trabalhando, a gente vai aprendendo, tudo é aprendizado. A gente entender que aquele momento, aquela vivência, cabe ali, no lugar do set, entre a cena e o corta.”

CE - E as cenas com a Regina Casé? Aquela canastrona e ao mesmo tempo aquela mãe que está babando?

SC - “Ah, eu não podia estar mais feliz por esse privilégio de poder contracenar com a Regina Casé. Eu admiro ela há muito tempo. Ela é uma grande atriz. Uma grande personalidade da nossa cultura, então, assim, conviver com ela, aprender com ela, trocar em cena, é maravilhoso.”

CE - Como você vê essa época do streaming?

SC - “É uma só Globo, a gente está produzindo um conteúdo que é original Globoplay em algum momento vai chegar na TV aberta. Eu acho maravilhoso. Quando a gente gosta de uma novela, a gente assiste uma, duas vezes... Eu acho ótimo. Quanto mais a gente puder revisitar os nossos trabalhos e as nossas histórias, melhor.”

CE - Você é muito querida em Portugal... Como é para você receber esse carinho?

SC - “É incrível. A gente às vezes esquece do alcance do nosso trabalho que a gente faz. No set, a gente convive basicamente com a nossa equipe. Depois, quando está no ar, com o público no Brasil. É curioso saber que as nossas séries e novelas estão rodando o mundo. Portugal, eu não fui nesse lançamento. Só cheguei a ir uma vez a Portugal.”

CE - Você já foi para a Europa, né? Você nunca pensou em voltar e morar lá?

SC - “Quem sabe, né. Por enquanto, ainda não. Eu estou trabalhando e amo estar aqui trabalhando.”

CE - E essa sua voz, a gente vai ver em algum musical?

SC - “Espero que sim. No ano que vem, a gente vai lançar o filme da Gal Costa, né. Estou bem ansiosa para ver.”

Sophie linda como Gal - Divulgação

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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