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Animação

Sucesso no Cartoon Network, série Irmão do Jorel ganhará nova versão no ano que vem

Série animada que cativa pré-adolescentes vai ganhar uma versão em game e também produtos em outras plataformas

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Fãs de Irmão do Jorel podem começar a comemorar. A série animada, que foi criada pelo cartunista Juliano Enrico, está com sua quarta temporada em fase de finalização. Ainda sem data de estreia confirmada pelo Cartoon Network, o certo é que as divertidas aventuras dessa turma que conquistou público e crítica terá um 2021 muito promissor. Sem entrar em detalhes, o produtor da animação Zé Brandão, sócio e diretor criativo do Copa Studio, revela que Irmão do Jorel vai ganhar uma versão em game e que terá produtos em outras plataformas.

Mesmo não contando detalhes dessa nova temporada, Brandão frisa que Irmão do Jorel é, por si só, um marco na área, podendo já ser considerada uma série longeva. "Vamos somar 104 episódios, o que é bastante coisa", afirma o produtor. Segundo ele, até dez anos atrás, o setor de animação ainda era pequeno, mas aí teve um boom, e vem crescendo ano a ano. Para o produtor, Irmão do Jorel é realmente "uma referência". Tanto é que esse ano o desenho animado começou sua jornada mundo afora, passando a ser será distribuído internacionalmente pela empresa britânica Cake Entertainment.

Como é uma produção do Copa Studio com o Cartoon, a série já é exibida em toda a América Latina pelo canal infantil e pela Netflix. Essa trajetória mundo afora se deve também pela visibilidade que ganhou ao conquistar prêmios internacionais. No ano passado, sua terceira temporada ganhou o prêmio de melhor série de animação da segunda edição dos Prêmios Quirino, na Espanha. Mas, ainda em 2017, havia sido agraciada com dois prêmios do Festival ComKids, o Prix Jeunesse Iberoamericano. "E ainda foi indicado ao Emmy Internacional", comemora Brandão.

Recluso para se concentrar na finalização da quarta temporada, Juliano Enrico é a cabeça criativa de Irmão do Jorel, que foi apresentada a seu público em setembro de 2014. "O Juliano criou o Jorel no formato de quadrinhos, que teve sua própria família como inspiração, depois adaptou para um projeto de série de animação", conta Zé Brandão. E esse projeto ganhou um episódio piloto que foi, então, escolhido pelo Cartoon "para virar a primeira série de animação original do canal na América Latina", continua o produtor. Para viabilizar a produção, Irmão do Jorel contou com lei de incentivo ao audiovisual. "Não é um dinheiro que sai direto do cofre da União", diz Brandão. "É pago pelo Cartoon que deixa de emitir lucros para sua matriz, para que parte de seus dividendos fique no País para investimento em produções nacionais", explica o produtor, deixando claro que esse financiamento corresponde a 95% do total, o restante é da produtora.

Também, fazer uma animação não é simples, muito pelo contrário. Como explica Brandão, trata-se de um produto muito trabalhoso, que exige uma equipe especializada, com inúmeras horas de empenho no projeto. "Um animador, quando trabalha muito bem em um dia em cima da animação, ele faz seis segundos dela, isso em oito horas de trabalho, mas uma temporada é composta por 26 episódios de 11 minutos, se fizer as contas, dá para imaginar a quantidade de trabalho necessário", conta o produtor, que acrescenta ser necessário tem uma de cerca de 70 pessoas envolvida coma série e, destas, 40 ficam aplicadas diariamente e exclusivamente para esse fim.

Para quem ainda não conferiu a série Irmão do Jorel, ela se destina a crianças, mas o público adulto também foi conquistado por suas histórias. Nela, acompanhamos as aventuras desse menino, o protagonista, que não sabemos o nome, apenas que ele é o irmão do Jorel. E esse ponto é o que Brandão faz questão de chama a atenção, pois acredita ser ele o motivo de atrair a identificação com seu público. "Eu quero crer que o segredo do Irmão do Jorel está na empatia, porque é a história de um menino que vive à sombra do irmão, que é tão famoso na escola, no bairro, que faz com que ninguém chame o protagonista pelo nome, só o trate por 'irmão do Jorel', então as pessoas se identificam em viver à sombra de alguém e com essa criança que procura seu lugar no mundo", afirma.

Além desse contexto, o humor existente nas historinhas e nos personagens são um outro atrativo. Entre eles, uma das paixões dos fãs e das redes sociais é, sem dúvida, a Vovó Juju. Uma senhorinha amável, simples, sem maldade alguma e que ama cuidar e alimentar a família e os netos, especialmente o irmão do Jorel, sempre tendo a oferecer um delicioso abacate. Alguns detalhes que fazem, segundo Brandão, ser uma série especial para brasileiros.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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