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MEMÓRIA

Tania Menna Barreto, terceira mulher de Raul Seixas, lança livro sobre vida do cantor

No livro "Pagando Brabo: Raul Seixas na Minha Vida de Amor e Loucuras", Tania Menna Barreto, terceira mulher do roqueiro baiano, reabre o baú da vida pessoal do artista, com quem fez canções e mergulhou em idílio romântico

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Quando morreu, em 1989, o baiano Raul Seixas já tinha deixado sua marca no rock e na música brasileira graças a uma discografia de muitos clássicos – “Gita”, “Al Capone”, “Meu Amigo Pedro”, “A Maçã”, “Sapato 36”, “How Could I Know”, “S.O.S.”, etc. –, a shows antológicos e a outras aparições públicas sempre pontuadas pela irreverência, que se tornou uma das marcas do roqueiro.

Ele é reconhecido, dentro e fora do rock, como um músico de mão cheia por, entre outros motivos, conjugar a música nordestina com o ritmo de Chuck Berry.

Mas a partida de Raul, mesmo com os fãs sendo meio que preparados por um estado de saúde que ia se agravando até o triste epitáfio, abriu um vácuo ainda hoje sentido na cena musical do País. E, em vez de silêncio, provocou um brado ruidoso de comoção com fôlego que parece não ter fim. 

São dezenas de livros e filmes, como “Raul – O Início, o Fim e o Meio” (2012), de Walter Carvalho, que repassam a trajetória do artista, destacando sempre seu talento, a personalidade irrequieta e as errâncias do destino e da vida desregrada.

A constante renovação de público, desde crianças à terceira idade, junto aos “raul-maníacos” da velha guarda sempre de plantão, garante a presença da marca do Maluco Beleza nas prateleiras de lojas e menus virtuais do comércio on-line mais de três décadas após a parada cardíaca que o levou, em 21 de agosto de 1989, aos 44 anos, em São Paulo. 

Com 17 discos lançados e 26 anos de carreira, dali em diante Raul apenas consolidaria, por força de tanta adoração, o título de Pai do Rock Brasileiro.

Em 2013, depois de 25 anos sem pisar no País, o norte-americano Bruce Springsteen abriu seus shows, em São Paulo e no Rio de Janeiro, cantando “Sociedade Alternativa”, em um português tão bem articulado que surpreendeu não somente pela homenagem, mas também pelo esforço com a língua. 

Por tudo isso, embora exista muita gente que faça críticas e considere até oportunismo, há sempre uma plateia ávida por consumir Raul do jeito que for. É por isso que, quando o mercado editorial sinaliza com novidades, há sempre interesse. 

PAGANDO BRABO

O livro “Pagando Brabo: Raul Seixas na Minha Vida de Amor e Loucuras” apresenta a autobiografia de Tania Menna Barreto, terceira mulher de Raul. O lançamento da Ibis Libris Editora conta histórias e aspectos menos conhecidos da sua vida pessoal e ao lado do cantor. 

No dia 21 de agosto, completaram-se 35 anos da morte de Raul. Tania diz que resolveu contar sua história para “não haver distorções e não se criar uma lenda distante da verdade”.

Raul Seixas teve cinco mulheres, três delas mães de suas filhas Simone, Scarlet e Vivian. Com Tania, Raul compôs músicas como “Pagando Brabo”, também título do livro, e viveu o prenúncio de seu sucesso. 

Para a produção de sua autobiografia, Tania Menna Barreto teve a colaboração do jornalista baiano Tiago Bittencourt, que hoje reside em Brasília e que também já lançou uma publicação sobre Raul em 2017.

UNIVERSO SEIXISTA

Segundo a produtora cultural Gabriela Mousse, uma das prefaciadoras, Raul Seixas foi como um meteoro, um fenômeno. Até hoje, dificilmente um show acontece sem o famoso “Toca Raul”, e seus fãs estão sempre atentos a qualquer coisa que lhes permita conhecer mais de perto o seu ídolo querido. 

“Tania é extremamente corajosa, fala o que pensa, doa a quem doer. Sempre se mostrou muito livre, muito dona de si, e sempre esteve fora dos padrões. Talvez por isso Raul a escolheu, e juntos viveram todas as loucuras e amores”, diz Gabriela.

“Este livro vai sacudir o universo Seixista, é uma delícia. Ela foi uma importante parceira de composição de Raul, e acho justo que o mundo saiba disso. A música ‘Pagando Brabo’ é uma chance de se conectar com Raul Seixas de forma livre e leve. Vocês vão sentir tudo isso ouvindo-a. Lendo ‘Pagando Brabo’, as conexões serão com Tania, Raul e com muitos outros personagens interessantes. Alguns fatos ainda não eram de domínio público, e Tania os traz à tona”, destaca a produtora cultural.
 

Tania, cantora e compositora, conta que sempre teve vontade de compartilhar suas histórias em um livro. 
“É claro que ter convivido com Raul Seixas, o maior roqueiro do Brasil, é um excelente motivo para não guardar tudo só para mim. Por isso, resgato aqui memórias que mostram sua personalidade e como era estar ao lado dele”, relata a autora.

“Jamais imaginei que Raul se tornaria o fenômeno que se tornou. Jamais pensei que ele seria um imortal. Mas ele sempre disse que ‘tinha vindo ao mundo para deixar sua digital no planeta’. E deixou”, completa.

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ALERTA PARA A EXAUSTÃO

A síndrome do dezembro perfeito

16/12/2025 11h30

Divulgação / Renata Carelli

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Dezembro traz dois fenômenos digitais que podem afetar o bem-estar: as retrospectivas de um ano supostamente perfeito e a pressão estética pelo chamado corpo de verão. O que deveria servir de inspiração tem se tornado gatilho de ansiedade para quem tenta conciliar o esporte com uma rotina de trabalho exaustiva.

O canal Atleta de Fim de Semana, criado pela produtora audiovisual Renata Carelli para servir de guia a uma prática mais saudável do esporte amador, defende que a matemática dessa comparação é injusta.

O erro comum do amador é comparar sua vida integral, que inclui boletos, trânsito, cansaço e limitações, com os melhores momentos editados de influenciadores ou atletas que vivem da imagem.

A vida é complexa demais para caber em um post. Quando nos comparamos com a retrospectiva de alguém, ignoramos o contexto, como a rede de apoio, o tempo livre e os recursos financeiros.

Essa busca por uma estética ou performance irreal no fim do ano gera uma sensação de fracasso, mesmo para quem teve um ano vitorioso dentro de suas possibilidades.

Para virar a chave em 2026, o Atleta de Fim de Semana sugere trocar a meta do corpo de verão pelo corpo funcional. A ideia é valorizar o corpo não pela aparência na praia, mas pela capacidade de viver experiências, aguentar a rotina e gerar disposição.

Confira três dicas que Renata considera essenciais para sobreviver ao fim de ano sem culpa.

NÃO DESISTIR

Não desistir é a verdadeira medalha: no mundo amador, a consistência vale mais que intensidade. Se você teve um ano difícil no trabalho e, mesmo assim, conseguiu treinar duas vezes na semana, isso é uma vitória.

O importante é celebrar o fato de não ter voltado ao sedentarismo, sem se comparar com quem treinou todos os dias.

FILTRE O FEED

Filtre o feed e a mente. Nesta época, o algoritmo privilegia corpos expostos e grandes feitos. Se isso gera ansiedade, a recomendação é prática: silencie perfis que despertam a sensação de insuficiência. O esporte deve ser sua válvula de escape para o stress, não mais uma fonte dele.

REDEFINA O SUCESSO

Redefina o sucesso para 2026: ao fazer as resoluções de Ano-Novo, evite metas baseadas apenas em estética, como perder peso a qualquer custo, ou em números de terceiros.

Trace metas de comportamento, como priorizar o sono ou se exercitar para ter energia para a família. Quando o objetivo é funcional, a pressão diminui e a longevidade no esporte aumenta.

SAÚDE NO VERÃO

Entenda os efeitos das ondas de calor em mulheres que estão na menopausa

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos da fase marcada pela queda dos níveis hormonais e alterações no organismo da mulher; ginecologista orienta como amenizar os efeitos para enfrentar o verão com mais conforto

16/12/2025 09h00

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos comuns durante essa fase da vida da mulher

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos comuns durante essa fase da vida da mulher Foto: Divulgação/Freepik

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A menopausa é um processo natural da vida feminina que marca o fim do período reprodutivo, geralmente entre os 45 anos e os 50 anos. A queda dos níveis hormonais, especialmente de estrogênio, provoca uma série de alterações físicas e emocionais, como ondas de calor, insônia, ressecamento da pele, secura vaginal, depressão, variações de humor, ganho de peso, diminuição da libido e sensação de fraqueza.

Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, muitos desses sintomas tendem a se intensificar. Isso ocorre porque o calor externo potencializa os mecanismos internos de termorregulação, tornando as ondas de calor mais frequentes, intensas e prolongadas.

Segundo a ginecologista Loreta Canivilo, essa combinação pode prejudicar o bem-estar e a qualidade de vida de mulheres que já convivem com os efeitos da menopausa.

“A elevação da temperatura no verão atua diretamente sobre o centro regulador de calor no cérebro, que já está mais sensível durante a menopausa. Por isso, os episódios de fogachos podem se tornar mais desconfortáveis”, explica Loreta Canivilo. Os fogachos são ondas de calor súbitas e intensas no rosto, no pescoço e no peito.

ALIVIANDO OS SINTOMAS

Apesar do desconforto, algumas atitudes simples podem reduzir os impactos da menopausa durante os dias mais quentes.

> Utilizar roupas leves e de tecidos naturais;
Hidratar-se constantemente;
Praticar atividades físicas regulares;
> Priorizar alimentos naturais e ricos em nutrientes;
> Reduzir o consumo de cafeína, bebidas alcoólicas e comidas muito picantes.

METABOLISMO

De acordo com Loreta Canivilo, essas medidas ajudam a estabilizar a temperatura corporal, a melhorar o humor e a favorecer o equilíbrio metabólico.

“Pequenas mudanças na rotina geram grandes resultados. A alimentação adequada e a hidratação, por exemplo, têm impacto direto na redução das ondas de calor e da irritabilidade”, reforça a médica.

TRATAMENTOS E REPOSIÇÃO

Em casos nos quais os sintomas são mais intensos, a reposição hormonal pode ser uma alternativa eficaz. O tratamento, porém, deve ser sempre conduzido com acompanhamento médico criterioso.

Os principais hormônios utilizados são estrogênio e progesterona, mas a testosterona também pode ser indicada em situações específicas, assim como versões modernas da terapia, incluindo o uso de gestrinona.

CADA UMA É UMA

“Cada mulher vive a menopausa de maneira única e nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal. Por isso, antes de iniciar qualquer reposição é indispensável realizar uma avaliação completa, levando em conta histórico médico, exames atualizados e necessidades individuais”, orienta a médica Loreta Canivilo.

A médica reforça que, quando bem indicada e acompanhada, a reposição hormonal reduz significativamente os desconfortos, melhora o sono, aumenta a libido e contribui para o bem-estar geral da paciente.

“Menopower”

(Rita Lee/Mathilda Kovak)

Vestida para matar em pleno climatério
A velha senhora só vai ficar mocinha no cemitério
Chega de derramamento de sangue
Cinquentona adolescente
Quem disse que útero é mangue
Progesterona urgente

Menopower pra quem foge às regras
Menomale, quando roça e esfrega
Menopower pra quem nunca se entrega
Melancólicas, vocês são piegas

Haja fogacho pra queimar essa bruxa em idade média
Em mulher não se pode confiar com menos
de mil anos de enciclopédia
O “chico” é tão incoerente
Ah, me deixa tiririca ao chegar
O “chico” quando vem é absorvente
E quando falta só rezando pra baixar

Menopower!
Pra quem foge às regras
Menomale quando roça e ah, ah, ah, ah
Menopower!
Pra quem nunca se entrega
Melancólicas, você são piegas

Tampax, tabelinha, ora pílulas, ora DIU
Diafragma, camisinha, vão pra mãe que não pariu
Chega do creme de aveia da véia perereca da vizinha
Chega do bom caldo e da “sustância” da galinha

Yeah, yeah yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah

Menopower!
Pra quem foge às regras
Menomale, quando roça e esfrega
Menopower!
Pra quem nunca se entrega
Melancólicas, você são piegas.

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