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'Baque'

Theo Becker faz exame de DNA e descobre que filha não é dele

Theo Becker faz exame de DNA e descobre que filha não é dele

ego

28/08/2014 - 06h00
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Theo Becker estava feliz da vida por ter se tornado pai de Angelina no último dia 5 de julho e planejava um encontro dos seus pais para conhecerem a neta. Antes do encontro, porém, os pais do ex-fazendeiro o aconselharam a fazer um exame de DNA. A mãe do bebê, que Theo mantém a identidade preservada, topou fazer o exame porque, segundo ele, não havia dúvida nenhuma de que a filha era dele. Mas, há três semanas, quando foi buscar o resultado, Theo se deparou com o resultado do exame, que deu negativo.

"Imagina a minha cara... Fui buscar alguns exames, entre eles o DNA. Meu coração batia mais forte no caminho e chegando lá tive essa decepção", relembra Theo, que estava sozinho na hora que abriu o resultado e foi amparado por uma enfermeira.

"Eu não tinha a menor dúvida que a filha era minha, mas quando abri o resultado e não bateu, eu estava sozinho com a enfermeira no laboratório. Fiquei sem chão, só falava 'Meu Deus, meu Deus' e ela disse 'Você não é o pai'. Aí eu me dei conta que não, eu não estava sonhando, então minha filha não é minha filha. O vazio tomou conta de mim. Eu achava que minha filha era a coisa mais perfeita que eu já tinha feito", emociona-se Theo. Angelina é filha de um ex-namorado da mãe.

Para se recuperar do susto, Theo foi para a praia e ficou lá. Só deu a notícia para a mãe da bebê tempos depois.  "Eu fui pra praia e fiquei lá pensando na vida. Não consegui nem falar com ela, esperei minha cabeça voltar ao lugar", conta ele. A conversa só aconteceu dias depois. "Conversei com ela e fiquei um pouco magoado por ela não ter me dado dúvidas de que a filha era minha. Acho que o caso merecia pelo menos a dúvida", desabafa.

'Ex-pai'

A experiência foi traumática para Theo. "O que estou vivendo é um trauma, me sinto ex-pai. É muito estranho", resume ele. "Passei os dias desde que ela nasceu procurando onde ela era parecida comigo, enxergava que era minha filha, sabe?", diz ele.

"Fiquei me sentindo sozinho de novo, me despedindo de uma filha que eu achei que já tinha, que ia crescer com saúde, ia ser minha companheira... Era como se eu já tivesse cumprido parte da minha responsabildade com o mundo. Claro, eu ainda teria de cuidar dela, vê-la crescer e tudo o mais, mas achei que  já tivesse feito uma coisa que eu queria muito", diz ele, que sempre quis ter filhos. "Pensei que agora fosse a hora, já tenho 37 anos. Fiz as contas e pensei que quando eu tiver 50 anos ela teria 13, que era um bom momento, que estou ficando velho", analisa.

Theo está mergulhando no trabalho para superar a fase. "Amadureci nesse tempo todo. Mexi os pauzinhos, vou gravar os primeiro videoclipe da minha banda e percebi que tenho de ser mais responsável", diz ele, que é vocalista da banda Theo e os Beckers. "Não ficou mágoa...  Esta não é a palavra certa. Mas eu me senti mal quando pedi o DNA, porque não havia dúvida, não precisava... E aí deu nisso", finaliza.

"Não posso cobrar nada da mãe, mas vou ficar curioso para ver Angelina crescendo"

Theo sabe que não pode cobrar fidelidade da mãe de Angelina. "Não posso cobrar nada de uma pessoa que eu não tinha um relacionamento sério, não tenho direto a ficar bravo, nem nada. Continuamos amigos e não quero deixar ficar mágoa nenhuma, estou inclusive acompanhando o processo do DNA com o outro cara, que é ex-namorado dela e com quem ela teve uma recaída". De acordo com o músico, a mãe de Angelina teria feito as contas com a ginecologista e concluíram que o pai era ele.

O carinho pela pequena Angelina, entretanto, não acabou depois que Theo abriu o exame. "Lamento que não é do meu sangue, mas tenho um carinho por ela. Fiquei com ela nos braços muito tempo quando fui visitá-la. É louca a sensação", diz ele, que ainda parece não acreditar.

"Mas tenho de pensar em coisas boas. Eu fiquei mais responsável, mais maduro. Tenho de pensar que vou encontrar uma mulher, quero me casar e ter minha primeira filha de novo".

OSCAR 2026

Wagner Moura tem 91,34% de chance de vencer o Oscar, aponta ranking

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

21/12/2025 23h00

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62% Divulgação

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As expectativas brasileiras para o Oscar 2026 crescem antes mesmo do anúncio oficial dos indicados, previsto para 22 de janeiro. Wagner Moura aparece entre os nomes mais fortes da disputa pelo prêmio de melhor ator, segundo um novo levantamento do site especializado Gold Derby.

De acordo com a projeção, o ator brasileiro tem 91,34% de chance de vitória, porcentual que o coloca na terceira posição entre os 15 nomes mais bem colocados na categoria. A lista reúne artistas que já figuram entre os pré-indicados e aqueles acompanhados de perto durante a temporada de premiações.

A liderança do ranking é de Leonardo DiCaprio, com 95,08% de probabilidade, seguido por Timothée Chalamet, com 93,62%. Wagner aparece logo atrás, à frente de nomes como Michael B. Jordan e Ethan Hawke.

As estimativas do Gold Derby são elaboradas a partir da combinação de previsões de especialistas de grandes veículos internacionais, editores do próprio site que acompanham a temporada de premiações e um grupo de usuários com alto índice de acerto em edições anteriores do Oscar.

O Agente Secreto está entre os pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional e de Melhor Escalação de Elenco, em lista divulgada no último dia 16, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A cerimônia do Oscar 2026 está marcada para 15 de março, com transmissão da TNT e da HBO Max, e terá novamente Conan O’Brien como apresentador. A edição também deve ampliar a presença brasileira na premiação: produções nacionais como O Agente Secreto já figuram em listas de pré-indicados da Academia, em categorias como Melhor Filme Internacional e Melhor Escalação de Elenco.

Ranking do Gold Derby para o Oscar 2026 de melhor ator:

1. Leonardo DiCaprio (95,08%)

2. Timothée Chalamet (93,62%)

3. Wagner Moura (91,34%)

4. Michael B. Jordan (83,35%)

5. Ethan Hawke (73,46%)

6. Joel Edgerton (25,24%)

7. Jesse Plemons (7,09%)

8. George Clooney (4,25%)

9. Jeremy Allen White (4,06%)

10. Dwayne Johnson (2,64%)

11. Lee Byung Hun (2,52%)

12. Oscar Isaac (0,83%)

13. Daniel Day-Lewis (0,39%)

14. Brendan Fraser (0,31%)

15. Tonatiuh (0,24%)
 

Correio B+

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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