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Saiba as diferenças entre endometriose e câncer de endométrio

Especialista explica as diferenças entre as duas doenças, ligadas ao aparelho reprodutor feminino e que se desenvolvem no corpo do útero

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Uma em cada 10 mulheres sofre com os sintomas da endometriose no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, que registrou no ano passado mais de 26,4 mil atendimentos e 8 mil internações somente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Por sua vez, o câncer de endométrio – terceiro tumor ginecológico mais comum no País, superado apenas pelos tumores no colo do útero e no ovário – deverá ser diagnosticado neste ano em 6.540 brasileiras, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em 2020, o número de mortes por câncer de endométrio no Brasil chegou a 1,9 mil, segundo o Atlas da Mortalidade por Câncer.

Uma dúvida recorrente no atendimento a pacientes com endometriose é se a doença pode evoluir para câncer de endométrio. As duas doenças estão relacionadas ao aparelho reprodutor feminino. Mais que isso, ambas se desenvolvem no endométrio, o tecido do corpo humano que está localizado no interior do útero, também chamado de corpo do útero.

As duas doenças implicam na proliferação de lesões e precisam ser tratadas de maneira precoce. “No entanto, não existe evidência de que a endometriose evolua para câncer de endométrio”, informa a oncologista Andréa Gadêlha Guimarães, que atua em instituto oncológico de São Paulo.

ENDOMETRIOSE

A endometriose é uma doença que, embora benigna, pode acometer mulheres de diversas faixas etárias, desde a primeira menstruação (menarca) até a menopausa, e que impacta diretamente a qualidade de vida das pacientes. Ela ocorre quando o endométrio cresce fora do útero. Em ocorrências normais, esse tipo de tecido deve revestir apenas o interior do útero.

A causa exata da endometriose não é conhecida, mas a maioria das teorias se concentra no funcionamento das células, dos hormônios e do sistema imunológico. A enfermidade geralmente é diagnosticada por meio de exame pélvico, ultrassom ou laparoscopia. 

Os sintomas mais comuns são dor pélvica, principalmente durante período menstrual, dor durante a atividade sexual, sangramento vaginal anormal e infertilidade.

“Mais frequentemente, o tecido endometrial pode se implantar e crescer anormalmente nos ovários, resultando na formação dos chamados cistos de chocolate, e também nas trompas de Falópio, nos ligamentos uterossacros, no trato gastrointestinal e, menos frequentemente, na pleura, pericárdio ou sistema nervoso central”, afirma a oncologista.

O tratamento da endometriose, em linhas gerais, depende da intensidade dos sintomas e da extensão externa do tecido. Pode ser realizado por meio de medicamentos que suspendem a menstruação, e, no caso de lesões maiores ou mais extensas, a indicação poderá ser um procedimento cirúrgico.

CÂNCER DE ENDOMÉTRIO

O câncer de endométrio, por sua vez, é uma doença maligna caracterizada pela proliferação anormal das células do endométrio, com o potencial de se espalhar para outras partes do corpo (metástase). 

Acomete, principalmente, mulheres após a menopausa, em geral acima dos 60 anos. “Apenas cerca de 20% das mulheres com câncer de endométrio estão na fase pré-menopausa”, diz Andréa Guimarães, que também aponta a obesidade como fator de risco.

Entre os sinais de alerta e possíveis sintomas estão sangramentos anormais e fluxo menstrual mais intenso que o habitual ou, ainda, qualquer sangramento vaginal nas mulheres que se encontram na menopausa.

“Entre os sintomas, cerca de 90% das mulheres com câncer de endométrio têm sangramento vaginal anormal após a menopausa ou entre períodos menstruais. Entre 5% e 20% com esse sintoma na pós-menopausa têm câncer de endométrio. Isso pode indicar também uma série de outras doenças, mas é preciso consultar um especialista para saber a causa”, recomenda a especialista.

DIAGNÓSTICO

A descoberta do câncer de endométrio em fase inicial é importante para o sucesso do tratamento. De acordo com um levantamento da American Cancer Society, quando a doença está restrita ao corpo do útero (endométrio), 96% das pacientes estão vivas após cinco anos. 

Quando a doença se espalha do útero para estruturas próximas ou linfonodos, a taxa de cura é de 71%.

No câncer de endométrio metastático, que se espalha para partes distantes do corpo uterino, como pulmões, fígado ou ossos, as chances de cura em cinco anos caem para 20%.

Os principais sinais de alerta de câncer de endométrio são sangramento vaginal anormal, principalmente na pós-menopausa, dor na pelve persistente, presença de massa na região pélvica e perda de peso inexplicável.

A cirurgia é o tratamento padrão para o câncer de endométrio, consistindo em histerectomia (remoção do útero), geralmente acompanhada por retirada das trompas e dos ovários (salpingooforectomia bilateral) e dos gânglios linfáticos da pelve e retroperitônio.

O procedimento, explica Andréa Guimarães, pode ser feito com técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica. Dependendo do tipo de câncer e da extensão do tumor, quimioterapia e radioterapia também podem ser usadas no tratamento.

A incidência desse tipo de câncer tem aumentado, potencialmente em razão de uma variedade de fatores, sobretudo, o aumento crescente da obesidade, diabetes e mudanças nos comportamentos reprodutivos, como alta taxa de nuliparidade (mulheres sem filhos). 

Por isso, fatores como a gravidez, a prática de atividade física frequente e a manutenção do peso corporal saudável atuam como prevenção.

Projeto cultural

Após encantar alunos, show "Pop & Poesia" chega a mais três escolas a partir de hoje

Jerry Espíndola e Ju Souc levam clássicos regionais aos estudantes do EJA da Rede Municipal de Ensino com sucesso

15/04/2024 15h23

As últimas apresentações do "Pop & Poesia" estão prontas para conquistar mais uma vez o coração dos alunos do Eja. Foto: Leandro Marques

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O projeto "Pop & Poesia" está chegando ao fim com três apresentações emocionantes programadas para a próxima semana em escolas de Campo Grande. Sob a liderança dos talentosos músicos e amigos Ju Souc e Jerry Espíndola, os próximos shows estão marcados para os dias 15, 16 e 17 de abril, sempre às 19h30.

Depois de oito apresentações bem-sucedidas em escolas de bairros periféricos da capital, o projeto continua sua missão de compartilhar cultura e emoção. As apresentações continuam a acontecer em escolas municipais de diversos bairros, proporcionando uma experiência enriquecedora aos alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

A singularidade do "Pop & Poesia" reside na excelência musical dos artistas e na interação calorosa com o público. Com um repertório criteriosamente selecionado, os espectadores terão a oportunidade não apenas de apreciar clássicos regionais, mas também de conhecer novas composições fruto da parceria entre os músicos. O objetivo do projeto é envolver as pessoas na rica cultura regional e despertar a curiosidade sobre as histórias por trás das músicas.

Marlene Barros, uma estudante de 40 anos que está concluindo o Ensino Fundamental na Escola Municipal Profª Maria Regina de Vasconcelos Galvão, expressou sua gratidão pela oportunidade de vivenciar o show.

"Eu gostei muito do show, muitas músicas da minha infância, que ouvia bastante e me trazem muitas recordações boas."

A diretora da escola, Ângela Maria de Brito, também elogiou a iniciativa e compartilhou o encantamento dos alunos com o espetáculo.

Tem muita gente aqui que nunca foi num show na vida, nunca viu música ao vivo e todos estamos encantados com o que vimos hoje”, afirma.

Com a promessa de noites repletas de emoção, cultura e entretenimento, as últimas apresentações do "Pop & Poesia" estão prontas para conquistar mais uma vez o coração do público campo-grandense.

O "Show Musical - Pop & Poesia" é um projeto financiado pela Lei Paulo Gustavo (LPG) do Ministério da Cultura, Governo Federal, por meio de edital da Secretaria de Cultura e Turismo de Campo Grande. Mais informações podem ser encontradas no Instagram (@jerryespindola) e (@soucju).

Confira a programação:

- Segunda-feira (15 de abril) - E. M. Prof. Antônio Lopes Lins, rua Cibele, 460 - Portal Caiobá;
- Terça-feira (16 de abril) - E. M. Carlos Vilhalva Cristaldo, rua Pádua Gazal, 13 - Jardim Aeroporto;
- Quarta-feira (17 de abril) - E. M. José Mauro Messias da Silva, Rua Ivo Osman Miranda, 13 - Vila Moreninha IV.

*Com informações da assessoria

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PLATAFORMAS DIGITAIS

Confira as sugestões de filmes e séries desta semana

A dica da semana é o filme brasileiro "Rio 40 graus"

15/04/2024 14h34

"Rio 40 graus" está disponível no Globoplay e na Amazon Prime Video Divulgação

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“Rio 40 graus” é considerado um marco do cinema brasileiro, filme de Nelson Pereira mostra o Rio de Janeiro para além do estereótipo e possui críticas ainda muito relevantes para a cidade

Um dos mais importantes filmes do cinema nacional, “Rio 40 graus” (1955) foi o primeiro longa-metragem do cineasta Nélson Pereira dos Santos e um precursor do movimento chamado “Cinema Novo” no Brasil. Ao passo que as grandes companhias cinematográficas do país na época se preocupavam em tentar reproduzir um estilo hollywoodiano de contar histórias, “Rio 40 graus” inaugurou uma nova linguagem ao retratar o Rio de Janeiro – na época, capital do país – de uma forma realista, sem os floreios de “cidade maravilhosa” que povoavam o imaginário das pessoas. Atualmente, o filme está disponível no Globoplay e na Amazon Prime Video.

Uma espécie de drama com documentário, “Rio 40 graus” acompanha a trajetória de 5 meninos de uma favela carioca em um dia de domingo. Juntos, Zeca, Sujinho, Jorge, Paulinho e Xerife saem pelos pontos turísticos da cidade (Maracanã, Quinta da Boa Vista, Copacabana, Corcovado e Pão de Açúcar) para vender amendoim. Além de usarem o dinheiro para ajudar suas famílias, em especial Jorge – cuja mãe está doente e precisando de dinheiro para comprar remédios –, os meninos também desejam usar parte do valor arrecadado para comprar uma bola de futebol. Ao mesmo tempo, o filme aborda um conjunto de tramas paralelas, como a chegada de um coronel para visitar o Corcovado e a gravidez de uma migrante nordestina.

Apesar de, há muito tempo, o filme ser considerado um marco do cinema nacional, nem sempre foi assim. Na realidade, o longa sofreu com a censura na época do lançamento e a sua exibição foi proibida nos cinemas do país. O filme chegou a ser acusado de ser uma grande mentira e espalhar uma visão muito negativa da cidade – que, inclusive, nunca havia chegado aos 40° C de temperatura. Houve uma campanha para liberar a exibição do filme, que teve repercussão internacional entre artistas e intelectuais. A obra conseguiu sair da lista de filmes proibidos apenas no governo de Juscelino Kubitschek, em 1956.

 

A Disney Plus disponibilizará “Under The Bridge”, um original Hulu, no dia 17 de abril

A Hulu é uma plataforma de streaming norte-americana que vem se destacando no mercado por suas produções originais bastante premiadas, como foi o caso de “The Handmaid 's Tale” (2017). O serviço da empresa não está disponível no Brasil, porém, através de parcerias com outras plataformas, é possível assistir esses originais no país. Esse será o caso com o novo original da Hulu, “Under the Bridge”, uma série de “true crime” baseada no livro homônimo da autora canadense Rebecca Godfrey. Dessa vez, a responsabilidade de distribuir o original ficou a cargo da Disney Plus, que disponibilizará a série no Brasil a partir do dia 17 de abril em sua plataforma.

A série acompanha as investigações de um crime real que chocou o Canadá, no ano de 1977.  A história começa com o desaparecimento de uma menina de 14 anos chamada Reena Virk, que saiu para encontrar as amigas em uma festa e nunca mais voltou. Quando a adolescente é encontrada morta de uma forma brutal, a investigação corre para tentar encontrar os responsáveis pelo crime. Dentre os principais suspeitos estão um grupo de 7 meninas e um menino, todos entre 14 e 16 anos de idade.

“Under The Bridge” aborda o caso pelos olhos da escritora Rebecca (Riley Keough) e da policial local Cam (Lily Gladstone), que unem forças para tentar desvendar os acontecimentos que levaram à morte da jovem. Juntas, elas começam a investigar a realidade dos adolescentes acusados e, com diferentes abordagens, conseguem fazer com que a verdade vá se revelando até que o caso seja concluído de forma inesperada. O caso de Reena Virk, na época, escancarou de forma trágica os perigos do bullying e suas consequências desastrosas para os jovens. Ajudou a mostrar o quanto era importante que o assédio moral nas escolas fosse um tópico mais discutido e combatido no país – e no mundo.

 

Nova série da Netflix mergulha mais fundo no universo de “Sandman”, criado por Neil Gaiman, e conta a história de dois meninos que investigam mistérios depois da morte

Um dos escritores mais famosos e bem-sucedidos da literatura contemporânea, o autor britânico Neil Gaiman tem uma obra bastante versátil, que vai desde livros e contos, até histórias em quadrinhos e séries televisivas. Dentre os seus trabalhos mais conhecidos, estão “Sandman” (1989) – que ganhou nove Eisner, importante prêmio da indústria norte americana de quadrinhos –, “Deuses Americanos” (2001), “Coraline” (2020) e “Good Omens” (2019). As histórias criadas por Gaiman são um prato cheio para os amantes de fantasia e do macabro, uma vez que o escritor consegue manipular com maestria o que é conhecido como “o desconhecido”, criando novas realidades a partir de um universo pré-existente.

Sendo assim, todas as vezes que as histórias de Gaiman recebem uma adaptação cinematográfica, elas recebem uma atenção especial. Continuando uma parceria frutífera com a Netflix, no dia 25 de abril chegará à plataforma de streaming mais uma parte do universo criado pelo autor em “Sandman”. Com o título de “Garotos Detetives Mortos”, a primeira temporada do original contará com 8 episódios e dará um espaço narrativo especial para dois personagens que aparecem, de relance, na edição de 1991 de “Sandman”. Depois dessa aparição, a dupla até ganhou uma série de HQs próprias, que compunham o universo de spin-offs de “Sandman”.

Em “Garotos Detetives Mortos”, os protagonistas são os personagens Edwin Paine (George Rexstrew) e Charles Rowland (Jayden Revri), dois jovens britânicos que se conheceram após a morte e se tornaram melhores amigos. Juntos, os dois fantasmas fogem do Inferno e da Morte para solucionar mistérios no plano Mortal. Ao longo das investigações, a dupla ajuda outros fantasmas a solucionar os casos que levaram às suas respectivas mortes. Os protagonistas também irão contar com a ajuda da vidente Crystal Palace (Kassius Nelson) e de sua amiga Niko (Yuyu Kitamura). Juntos, eles vão encarar diversos desafios, como bruxas poderosas e seres sobrenaturais.

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