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AGENDA CULTURAL

Ziriguidum, Ziraldo e Cazuza

Samba, pop e DJ em feira de economia criativa, peça com personagens de cartunista e tributo a roqueiro carioca e a Cássia Eller são destaques; curtas-metragens de MS no Transcine e estreia de anime baseado em "O Senhor dos Anéis" também são destaques

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Sim, vai ter samba amanhã na 16ª Ziriguidum Feira Cultural e de Economia Criativa. Mas também vai ter chorinho, DJ e pop autoral no evento, que volta a ocupar a Praça do Preto Velho, das 16h às 22h, na “Edição Especial Samba” deste sábado. 

Tudo de graça, com muita arte, gastronomia e belas lições de empreendedorismo. As atrações musicais serão o grupo Sambacaos e seus convidados, a cantora Isa Ramos (samba), o DJ Magão, o grupo Som que Chora (choro) e a cantora Berbella Mortis.

A Ziriguidum vai apresentar ainda a exposição “Coletiva Dorcelina Folador”, com trabalhos expostos e realização de pinturas, e um desfile que vai mostrar ao público as peças produzidas durante o Programa Envolva-se 2024, uma iniciativa do projeto Sesc Mais. São bolsas, saias, chapéus, quimonos e outros itens confeccionados com a técnica de upcycling a partir de roupas e acessórios de jeans usados.

Além do desfile, a plateia poderá conferir, ao vivo, o relato cheio de carisma das costureiras sobre a experiência com esse trabalho e suas histórias de luta e de superação. Todos os itens estarão à venda, e o melhor: a renda vai integralmente para elas. 

A Ziriguidum tem como mestre de cerimônia a apresentadora Romilda Pizani. A Praça do Preto Velho se localiza no encontro das avenidas Fábio Zahran e Salgado Filho. Programão!

CÁSSIA E CAZUZA

Na Cervejaria Canalhas (Rua Oceano Atlântico, nº 99, Chácara Cachoeira), a noite de hoje é dedicada a dois ícones do rock brasileiro – e da MPB. Dividindo o palco, Bortoti e Beca Rodrigues vão apresentar o show “Exagerados”. O repertório é formado por canções de Cazuza (1958-1990), que fez sucesso à frente do grupo Barão Vermelho antes de seguir em carreira solo, e de Cássia Eller (1962-2001), talvez a melhor voz de todos os tempos do rock nacional.

Os ingressos estão à venda por R$ 20 (+ R$ 2,50) pela plataforma Sympla, e a cervejaria abre às 18h. O show começa “lá pelas oito”, segundo a produção do evento. 

“Bete Balanço”, “Blues da Piedade”, “Ideologia”, consagradas na voz de Cazuza, que também compunha suas próprias letras, e “Malandragem”, de Cazuza e Frejat, “O Segundo Sol”, de Nando Reis, e “Palavras ao Vento”, de Moraes Moreira e Marisa Monte, consagradas na voz de Cássia, são alguns dos clássicos que vão ganhar releitura nas vozes de Beca e Bortoti.

ZIRALDO

“O Menino Maluquinho” (1990), “Flicts” (1969) e “O Menino Marrom” (1986), as três histórias mais famosas do cartunista, escritor e dramaturgo Ziraldo (1932-2024), aparecem juntas, no palco, a partir da releitura do Grupo Bota Fulô (SP), no espetáculo “Ziraldo e suas Histórias”. 

A montagem da trupe paulista pode ser conferida neste sábado, às 16h, no Sesc Teatro Prosa. Os ingressos são gratuitos pelo Sympla ou no local, instantes antes da apresentação, desde que haja desistência. 

Confira a sinopse: “Nesta peça divertida, voltada ao público infantil e família, os mambembes palhaços Xepa e Bonsai contam – de forma lúdica e engraçada – as três histórias mais famosas escritas pelo autor Ziraldo: ‘O Menino Maluquinho’, ‘Flicts’ e ‘O Menino Marrom’”. 

Em cena, os artistas apresentam uma releitura dessas obras e convidam o público para exercer a imaginação, transformando objetos comuns em elementos marcantes das histórias do autor. Classificação indicativa livre. Endereço: Rua Anhanduí, nº 200. Mais informações: (67) 3311-4300 ou (67) 3311-4417 (WhatsApp).

TRANSCINE

O projeto Vizinhança na Praça, do coletivo Transcine – Cinema em Trânsito, chega à sua reta final com a exibição de filmes na Praça do Jardim Carioca, amanhã, a partir das 19h. A entrada é franca. 

Na programação, quatro produções sul-mato-grossenses: “Fujona – Em Busca da Liberdade” (documentário), de Lu Bigatão; “Campo Grande das Araras” (documentário), de Rosiney Bigattão e Lu Bigatão; “Retrato do Artista Quando Coisa” (experimental), de Filipi Silveira e Larissa Neves; e “Delongas” (experimental), de Tania Sozza.

A escolha do Jardim Carioca, um bairro periférico de Campo Grande, foi estratégica, como explica Mariana Senna, produtora e uma das fundadoras do coletivo.

“Escolhemos o Jardim Carioca porque é uma comunidade que sente essa necessidade de acesso à arte e à cultura, especialmente pela distância do Centro. Quando conversamos com lideranças do bairro, percebemos esse interesse em participar do projeto, que leva arte, cultura e entretenimento às famílias”, afirma.

Financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio de edital da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, o projeto já passou por cinco cidades: Terenos (26/10), Jaraguari (2/11), Nova Alvorada do Sul (9/11), Rochedo (15/11), Ribas do Rio Pardo (23/11) e Sidrolândia (30/11). As sessões contam com intérprete de Libras e pipoca gratuita para os espectadores.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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