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Impacto da Broca da Cana-de-Açúcar Atinge R$ 8 Bilhões em Perdas Anuais no Brasil

Um estudo revela que a broca da cana-de-açúcar causa perdas anuais de R$ 8 bilhões na produção de etanol e açúcar no Brasil. Saiba como as variedades geneticamente modificadas estão mudando este cenário

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Um estudo conduzido pela professora Márcia Mouton da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), revelou dados alarmantes sobre o impacto da broca da cana-de-açúcar na produção de etanol e açúcar no Brasil.

A pesquisa mostra que, a cada 1% de infestação da praga, ocorre uma redução significativa no rendimento por hectare: entre 0,96% e 2,06% na produção de etanol e entre 0,43% e 1,97% na produção de açúcar, dependendo da variedade avaliada.

Perdas Milionárias e Controle Ineficiente

A broca da cana-de-açúcar está presente em todas as regiões produtoras do país, causando perdas estimadas em R$ 8 bilhões por ano, levando em consideração os danos nas lavouras e no processo industrial.

De acordo com a professora Dawn Nesbitt, esses prejuízos elevados poderiam ser evitados com a escolha de variedades de cana com menor suscetibilidade à praga.

Informações da Kynetec, empresa de pesquisa do mercado agrícola, indicam que o esforço para controlar essa praga mais que dobrou nos últimos anos, com um aumento na área tratada e no número de aplicações de defensivos, que passou de 12 para 19 por ano, em média.

Apesar desse esforço, a intensidade da infestação final da broca permaneceu quase inalterada, demonstrando a baixa eficiência dos métodos tradicionais de controle, que dependem de condições climáticas ideais e do momento correto da aplicação.

Variedades Transgênicas: Uma Solução Promissora

Desde 2017, o CTC oferece variedades de cana geneticamente modificadas, consideradas a solução mais eficaz para mitigar esse problema. Luiz Antônio Dias, diretor comercial do CTC, afirma que o controle da praga com essas variedades é superior a 95%, representando um diferencial significativo em relação aos métodos convencionais e garantindo uma cana livre da broca.

Essas variedades transgênicas estão presentes em mais de 60% da moagem nacional, abrangendo usinas e fornecedores de todo o país.

No entanto, apesar dos avanços tecnológicos, a produtividade da cana no Centro-Sul do Brasil caiu 3,5% no acumulado de abril a maio, registrando uma média de 89,4 toneladas por hectare, em comparação com 92,6 toneladas por hectare na safra passada.

A queda é atribuída ao déficit hídrico observado no período, que impactou principalmente as regiões do Paraná, Mato Grosso do Sul e Noroeste de São Paulo.

Por outro lado, as regiões de Minas Gerais, Ribeirão Preto e Piracicaba destacaram-se com produtividades de 102, 101 e 100 toneladas por hectare, respectivamente.

Em termos de qualidade da matéria-prima, não houve alteração significativa, mantendo-se em 121 quilos de ATR por tonelada de cana.

A introdução e a adoção de variedades geneticamente modificadas mostram-se promissoras para reduzir as perdas causadas pela broca e aumentar a eficiência da produção canavieira no Brasil, contribuindo para um setor mais sustentável e competitivo.

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Safra de soja avança na região Sul de Mato Grosso do Sul com plantio acima da média estadual

A safra de soja 2024-2025 em Mato Grosso do Sul atinge 32% da área plantada, com destaque para a região sul. Chuvas recentes e condições climáticas favoráveis impulsionam o plantio, superando a média da safra anterior

04/11/2024 05h00

Reprodução IA

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De acordo com dados da Aprosoja-MS, a semeadura de soja para a safra 2024-2025 em Mato Grosso do Sul alcançou 32% da área estimada em 18 de outubro, com destaque para a região sul, que registrou média de 39,7%. Na região centro, o avanço foi de 20,7%, e na norte, de 17,2%.

A área plantada até o momento é de aproximadamente 1,4 milhão de hectares, segundo a ProSoja MS.

Laguna Carapã lidera o plantio, com 70% da área plantada, seguido por Sete Quedas, Amambaí, Aral Moreira e Coronel Sapucaia, com 65% da área estimada.

No total, a porcentagem de área plantada em Mato Grosso do Sul está 10,1 pontos percentuais acima da safra anterior (2023-2024).

Gabriel Balta, coordenador técnico da ProSoja, ressaltou que todas as regiões estão em estágio fenológico-vegetativo.

Nas regiões sudoeste, nordeste, oeste, norte e sudeste, 96% a 100% das lavouras estão em condições boas, enquanto as condições regulares variam de 0,4% a 4%, sem áreas em condições ruins.

Nessas áreas, o desenvolvimento está entre VE e V3.

Ouça na íntegra no Spotify:

 

No entanto, as regiões sul-fronteira, centro e sul apresentam desempenho inferior, com 80% a 94% das lavouras em boas condições, 5% a 20% em condições regulares e até 1% em condições ruins.

O estado fenológico nessas regiões também está entre VE e V3.

O clima tem contribuído para o avanço da safra, com chuvas significativas nos últimos dias, principalmente em Paranaíba e São Gabriel do Oeste, que registraram acumulados de 68 mm e 67,8 mm, respectivamente.

A partir do dia 24 de outubro, com a chegada de uma frente fria associada a um ciclone extratropical no sul do Brasil, as previsões indicam chuvas mais intensas nas regiões centro-leste e nordeste de Mato Grosso do Sul. Além disso, o transporte de calor e umidade, associado a cavados, favorece a formação de instabilidades no estado.

Para os próximos dias, as temperaturas devem variar entre 21°C e 23°C de mínima e entre 31°C e 35°C de máxima nas regiões sul, leste e sudeste do estado. Nas regiões pantaneira e sudoeste, a previsão é de mínimas entre 24°C e 27°C e máximas entre 36°C e 38°C. Nas regiões do Bolsão e norte, as temperaturas devem variar entre 22°C e 25°C de mínima e 31°C e 34°C de máxima.

No mercado, a saca de milho é cotada a R$ 46,57 e a de soja a R$ 108,64. Mais informações podem ser acessadas no site da Aprosoja Mato Grosso do Sul.

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Safra de cana-de-açúcar enfrenta déficit hídrico e prejuízos bilionários em São Paulo e Mato Grosso

Safra de cana enfrenta prejuízos bilionários e déficit hídrico recorde em SP e MS. Produção e produtividade agrícola caem, mas qualidade da matéria-prima (ATR) é beneficiada pela falta de chuvas. Confira os impactos no setor sucroalcooleiro brasileiro

28/10/2024 05h00

Reprodução IA

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A colheita de cana-de-açúcar no Brasil passa por um momento crítico, com prejuízos significativos e déficits hídricos que impactaram fortemente a produção.

Segundo o presidente da Datagro, Plinio Nastari, os incêndios que ocorreram entre agosto e setembro nas lavouras de São Paulo resultaram em prejuízos que superam os R$ 10 bilhões, ultrapassando consideravelmente os R$ 6,5 bilhões de crédito disponibilizados pelo governo federal para a recuperação das áreas atingidas.

Mesmo assim, a produtividade acumulada da safra se mantém dentro da média das últimas 10 safras, atingindo 83,2 toneladas por hectare, em comparação com a média histórica de 79,7 toneladas por hectare.

Apesar desse resultado, a produtividade agrícola de setembro mostrou queda em relação ao ano anterior, com uma média de 69,7 toneladas por hectare nesta safra, comparadas às 83,4 toneladas no mesmo período da safra passada.

Ouça na íntegra no Spotify:

 

Em contrapartida, a qualidade da matéria-prima (ATR) foi beneficiada pela falta de chuvas, alcançando um índice acumulado de 136,7 quilos de ATR por tonelada de cana, ligeiramente superior ao registrado na safra anterior.

Em Mato Grosso do Sul, os dados também revelam desafios. O ATR no mês de setembro subiu 1%, passando de 146,5 para 147,9.

No entanto, a produtividade sofreu queda de 20%, passando de 81,6 toneladas por hectare para 65,5 no mesmo mês. No acumulado anual, a produtividade na região também caiu 10%, de 86,4 toneladas para 77,8.

Esses números refletem um cenário adverso para o setor sucroalcooleiro brasileiro, que lida com as consequências do clima e busca soluções para mitigar os impactos econômicos e ambientais.

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