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Menos feijão e arroz, mais frango

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O bom e velho feijão com arroz está perdendo espaço no cardápio do dia a dia do brasileiro. Veja só esses números da Inteligência em Agronegócio.

O consumo per capita de feijão no Brasil despencou quarenta e dois vírgula cinco por cento nos últimos quarenta anos passando de vinte e quatro vírgula nove quilos por habitante ao ano para quatorze vírgula três quilos habitante ano.

Nesse mesmo período o arroz registrou queda de trinta e cinco vírgula um por cento caindo de cinquenta e dois vírgula dois quilos habitante ano para trinta e três vírgula nove quilos de habitante ano segunda a COA com o aumento do tamanho da classe média do Brasil ocorreu uma migração do consumo de feijão pra proteínas animais.

É o caso, por exemplo, da carne de frango. A carne de frango, se você pegar um período de quarenta anos, ela cresceu.

O consumo per capita de dois vírgula três quilos habitante ano para os atuais quarenta e três vírgula nove quilos habitante ano. É um crescimento muito grande. Seres que que quem é mais antigo deve lembrar de uma frase famosa do grande Barão do Itararé que dizia que pobre, quando o pobre come frango, um dos dois está doente, né?

Porque eh anos atrás, uns vinte, trinta anos eu cheguei a pegar esse tempo também, era muito difícil você ter carne de frango na no na mesa, só no final só no domingo você tinha, comia um frango, né?

Que era muito caro mas a verdade é que o consumo de frango nesses anos todos se popularizou, o consumo em queda provocou redução da área do feijão entre mil novecentos e dois mil e vinte mil novecentos e noventa e dois mil e vinte a área de cultivo das três safras e feijão no Brasil caiu quarenta e dois por cento passando cinco milhões de hectares pra dois vírgula nove milhões de hectares mas enfim, embora o a área de cultivo tenha caído bastante aí, quarenta e dois por cento, produção cresceu quarenta e um por cento, de dois vírgula dois milhões de toneladas pra três vírgula um, milhões de toneladas.

 


 
A explicação é o aumento da produtividade média que cresceu cento e quarenta e três por cento em trinta anos e quatrocentos e quarenta e três quilos por hectares pra mil e setenta e mil e setenta e oito quilos por hectare.

E vamos continuar falando de feijão que é um assunto muito eh importante no Brasil, né? O feijão com arroz, feijão, é importante pra alimentação da população, né? E também para economia brasileira.

E aí a gente vê aí que as exportações brasileiras de feijão calpi.
 
Sabe que que é o feijão calpi? É o feijão de corda. Então as exportações brasileiras de feijão calpi em dois mil e vinte e dois chegaram a quarenta e seis mil trezentos e cinquenta e três toneladas.

Esse é o número do ministério do desenvolvimento, indústria e comércio e serviços.
 
Esses números representam trinta e quatro por cento em toda a exportação de feijão no país.

O Brasil faturou com essa exportação trinta vírgula dois milhões de dólares, né e os principais países que a gente popular, feijão de corda brasileira foi exportado nos principais países foram: Estados Unidos, AFA, Afeganistão, Paquistão, Canadá e China.

Foi um dos que mais compraram nosso feijão de corda.

O país produziu o ano passado de acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão, seiscentos e vinte e nove vírgula três mil toneladas de feijão calpim nosso feijão de corda.

E quem que produz o feijão calcanhar? Bahia, Ceará, Tocantins, Piauí e o Mato Grosso, né? Foram os principais produtores de feijão calpi, feijão de corda, na safra dois mil e vinte e um, dois mil e vinte e dois.

E pra esse ano o IBRAF ele está ele está projetando aí uma exportação até maior do que de dois mil e vinte e dois, de cento e cinquenta mil toneladas de caupi e do mundo, né? Outro tipo de feijão.

As cultivares de feijão calpi mais exportada nos últimos dez anos, todas elas tiveram como origem o Programa Nacional de Melhoramento Genético da EMBRAPA, né? Ao longo das últimas cinco décadas.
 
Fomos isso, fomos desenvolvida dezenas de variedades de feijão caupi que hoje são, são aí plantados aí praticamente em todo país com destaque para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
 
Eu tenho aqui uma notícia que a Reuters deu com destaque baseada no trabalho da Inteligência do Agronegócio, né? Que é uma empresa que tem bastante dados aí sobre o agro sobre a capacidade estática de armazenagem no Brasil, que é um problema, né? Isso é um problema sério.

Enquanto a produção agrícola está avançando aí cinco vírgula cinco por cento ao ano a capacidade estática no Brasil vem crescendo uma taxa de dois vírgula oito por cento ao ano, quer dizer, a capacidade estática de armazenagem, poucos armazéns pra muita safra, né?

O setor tem capacidade aí de produzir por ano silos pra receber cerca de cinco milhões de toneladas de grãos, né?

Que é abaixo dos níveis do avanço da da produção agrícola que vem crescendo aí por exemplo, só na na safra dois mil e vinte e dois, dois mil e vinte e três, o crescimento foi de vinte vinte milhões de toneladas, vinte milhões de toneladas.

A indústria de silos, ela vem trabalhando bastante aí, mas com com ociosidade, né? Mesmo depois de uma série de investimentos aí pra ampliar as fábricas isso é uma informação Kepler Weber que é líder em produção do armazenado no setor, né?

O Paulo Polezi, que é o diretor financeiro da Kepler, conversando aí com com o Roberto Samura
diz que hoje nós estamos trabalhando em torno de trinta por cento de ociosidade, ocorrentes estão trabalhando com notícias de férias coletivas nas indústrias.

Quer dizer, com toda com todo esse problema de armazenagem as empresas que fazem silos não estão conseguindo entregas né? Não estão conseguindo encomendas né.
 
Esse é um problema muito sério do Brasil e tem que ser resolvido aí porque cada vez mais a safra avança e a quantidade de silos se mantém eh praticamente estável.