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Previsões Climáticas Apontam Desafios para Pecuaristas nos Próximos Meses

Previsão de La Niña e Tempo Seco Apresentam Desafios para Produção Pecuária

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Os pecuaristas devem se preparar para enfrentar desafios climáticos significativos nos próximos meses, de acordo com previsões divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e pela Climatempo.

As estimativas indicam que o inverno será influenciado pelo fenômeno La Niña, trazendo condições climáticas distintas das observadas no ano passado, quando o El Niño teve atuação predominante.

Impacto nas Pastagens

Com a previsão de um tempo seco e temperaturas acima da média tanto no Sudeste quanto no Centro-Oeste, a oferta de pastagens deve ser severamente afetada.

A escassez de chuvas, especialmente em regiões do interior de São Paulo e Minas Gerais, pode resultar em pastagens mais pobres, o que impacta diretamente a alimentação do gado e, consequentemente, a produtividade da pecuária.

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Condições Climáticas no Sudeste e Centro-Oeste

No Sudeste, as regiões interioranas de São Paulo e Minas Gerais são as mais afetadas, com previsão de um longo período sem chuvas entre julho e agosto. Apesar das temperaturas elevadas, as ondas de frio que atingiram a região em julho aumentam o risco de geadas, fenômeno que pode continuar em agosto. Setembro também deve manter o padrão seco, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas.

No Centro-Oeste, a previsão é de um inverno extremamente seco, com poucas chuvas previstas para agosto. Embora possam ocorrer temporais isolados em partes de Mato Grosso do Sul, as chuvas serão escassas. O norte de Mato Grosso e Goiás deve receber apenas pancadas esparsas de chuva em julho. Agosto trará mais dias frios, especialmente no sudoeste de Mato Grosso do Sul, onde há risco de frio intenso e geadas.

Repercussões Econômicas

Além das adversidades climáticas, os pecuaristas precisam ficar atentos às estimativas de volumes de gado confinados e às tendências das exportações para projetar seus ganhos nos próximos meses. A combinação de pastagens escassas, clima seco e temperaturas elevadas pode resultar em aumento dos custos de produção e desafios adicionais para manter a competitividade no mercado.

Essas informações são cruciais para que os produtores rurais ajustem suas estratégias e mitiguem os impactos das condições climáticas adversas, garantindo a sustentabilidade de suas operações.

As próximas semanas serão decisivas para o planejamento dos pecuaristas, que devem considerar todas essas variáveis ao tomarem decisões estratégicas. Monitorar as previsões climáticas e ajustar o manejo do gado conforme as condições esperadas pode ser a chave para atravessar esse período com o menor impacto possível.

A Climatempo e o Cepea continuarão atualizando as previsões e orientações para os pecuaristas ao longo dos próximos meses.

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Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul despenca 18,8% em Julho devido à seca prolongada

Produtividade da cana em Mato Grosso do Sul cai 18,8% em julho devido à seca prolongada, impactando negativamente as lavouras, mas qualidade da matéria-prima melhora com aumento de sacarose

26/08/2024 04h00

Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul Despenca 18,8% em Julho devido à Seca Prolongada

Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul Despenca 18,8% em Julho devido à Seca Prolongada Reprodução IA

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A seca severa que assola a região Centro-Sul do Brasil tem causado impactos significativos na produtividade dos canaviais.

De acordo com dados recentes divulgados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registrou uma queda expressiva de 18,8% no mês de julho, em comparação ao mesmo período da safra anterior.

A média de produtividade dos canaviais colhidos no estado em julho foi de 782 toneladas por hectare, uma redução drástica em relação às 963 toneladas por hectare alcançadas no mesmo mês da safra 2023-2024.

O déficit hídrico acentuado é apontado como o principal fator dessa queda, que tem gerado preocupações entre os produtores de toda a região Centro-Sul do Brasil.

Além da redução na produtividade, o déficit hídrico acumulado ameaça impactar ainda mais as lavouras que serão colhidas no ciclo médio e tardio.

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No acumulado da safra, que vai de abril a julho, a produtividade no estado também sofreu uma diminuição significativa, passando de 94 toneladas por hectare em 2023-2024 para 82 toneladas por hectare em 2024-2025, representando uma queda de 6,2%.

Por outro lado, a qualidade da matéria-prima, medida pelo teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), apresentou uma ligeira melhora.

No mês de julho, o ATR em Mato Grosso do Sul subiu de 1.379 quilos por tonelada de cana em 2023-2024 para 1.398 quilos por tonelada na safra atual, um aumento de 1,4%. Esse aumento na qualidade é resultado do clima mais seco, que favorece o acúmulo de sacarose na cultura da cana-de-açúcar.

Apesar da queda na produtividade, a melhora na qualidade da matéria-prima pode ajudar a compensar parte das perdas para os produtores. Contudo, a situação segue crítica, e a falta de chuvas continua a ser uma grande preocupação para o setor canavieiro na região.

O Centro de Tecnologia Canavieira, líder global em ciência e inovação para a cana-de-açúcar, segue monitorando de perto a evolução da safra e os impactos climáticos sobre as lavouras.

A empresa, que possui o maior banco de germoplasma de cana do mundo, com mais de 5 mil variedades, publica mensalmente o boletim "De Olho na Safra", que traz análises detalhadas sobre a produtividade e a qualidade da cana nas principais regiões produtoras do Brasil.

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Agro brasileiro é destaque mundial em sustentabilidade, aponta pesquisa da Mackenzie

Descubra como o agronegócio brasileiro se destaca mundialmente em sustentabilidade, liderando em práticas agrícolas ecológicas e enfrentando desafios tecnológicos para continuar crescendo no mercado global

19/08/2024 05h00

Agro Sustentável

Agro Sustentável Reprodução IA

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O agronegócio brasileiro se consolidou como o mais sustentável do mundo, segundo uma pesquisa recente conduzida pela Mackenzie.

A pesquisa, que abrangeu nove países e entrevistou 4.500 produtores rurais, foi apresentada durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio (ABAG), destacando o avanço do Brasil em práticas agrícolas sustentáveis.

Entre os principais pontos, a pesquisa revela que 61% dos produtores rurais brasileiros utilizam insumos biológicos no manejo de pragas, uma porcentagem significativamente superior à registrada na União Europeia (25%) e nos Estados Unidos (12%).

Apesar de uma leve queda em relação ao ano anterior, o uso de biofertilizantes cresceu 12 pontos percentuais, com 63% dos produtores adotando essa prática.

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O estudo também aponta o Brasil como líder em outras práticas sustentáveis, como plantio direto, rotação de culturas e o uso de energia limpa nas fazendas.

No entanto, o país ainda enfrenta desafios em áreas como automação agrícola, com carências em tecnologia de precisão e conectividade no campo.

Além disso, a pesquisa ressalta a necessidade de expandir as áreas cultivadas em até 80 milhões de hectares até 2030 para atender à crescente demanda global por alimentos e energia.

A restauração de terras degradadas foi destacada como uma das principais estratégias para alcançar esse objetivo, com o Brasil desempenhando um papel crucial nesse processo.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, reforçou que o Brasil não é apenas uma potência em recursos naturais, mas também em bio competitividade, com alta produtividade e baixas emissões.

Ele também destacou o crescimento do mercado chinês e a perspectiva de expansão na Índia como fatores chave para o futuro do agronegócio brasileiro.

Essa liderança do Brasil em sustentabilidade agrícola coloca o país em uma posição estratégica para continuar crescendo no mercado global, especialmente em um cenário de crescente demanda por práticas sustentáveis e alimentos de qualidade.

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