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Queda na Produtividade da Cana-de-Açúcar Preocupa Produtores do Centro-Sul

A produtividade da cana-de-açúcar caiu 25% na safra 2024-2025 devido ao déficit hídrico, preocupando produtores do Centro-Sul

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A produtividade da cana-de-açúcar apresentou uma queda significativa de 25% nesta safra, no acumulado de abril a junho, segundo dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

Os canaviais colhidos nos ciclos médio e tardio devem enfrentar um impacto ainda maior devido ao elevado déficit hídrico. Embora a safra 2024-2025 no Centro-Sul mostre-se similar à do ano anterior, a falta de chuvas continua a ser uma grande preocupação para os produtores da região.

Produtividade em Declínio

No mês de junho, a produtividade dos canaviais no Centro-Sul foi de 899 toneladas por hectare, 15% inferior ao registrado no mesmo período da safra passada, que foi de 912 toneladas por hectare.

No acumulado da safra, a produtividade também se manteve abaixo do observado no ciclo anterior, registrando 897 toneladas por hectare contra 927 toneladas por hectare na safra 2023-2024.

Os dados do Boletim de Olho na Safra, divulgados pelo CTC, ressaltam que os canaviais colhidos nos ciclos médio e tardio deverão sofrer os maiores impactos devido ao déficit hídrico acumulado.

No entanto, a qualidade da matéria-prima, medida pela ATR (Açúcares Totais Recuperáveis), colhida em junho, foi superior em quase todas as regiões, exceto em Assis e nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Qualidade da Matéria-Prima

No acumulado dos três primeiros meses da safra, a qualidade da matéria-prima mostrou-se bastante similar à do ano anterior.

Houve um aumento da qualidade em praticamente todos os estados, passando de 125 quilos por tonelada de cana em 2023-2024 para 1257 quilos por tonelada de cana nesta safra. Esta condição é esperada, dado que o clima mais seco favorece o acúmulo de sacarose pela cultura.

Crescimento na Pecuária

Enquanto a cana-de-açúcar enfrenta desafios, a pecuária em Mato Grosso do Sul registra crescimento. O abate de novilhos precoces no estado cresceu 55% este ano.

De janeiro a junho, a Associação Sul-Mato-Grossense de Novilho Precoce contabilizou mais de 99.445 animais abatidos, um aumento de 5524% em relação ao mesmo período de 2023.

Este crescimento reflete a tendência observada em todo o país e destaca os ganhos do associativismo, que reúne mais de 150 pecuaristas no interior do estado, impulsionando os números recordes.

Este cenário de aumento de qualidade na produção agrícola e de crescimento no setor pecuário demonstra a resiliência e a capacidade de adaptação dos produtores da região Centro-Sul do Brasil, mesmo diante de adversidades climáticas e econômicas.

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Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul despenca 18,8% em Julho devido à seca prolongada

Produtividade da cana em Mato Grosso do Sul cai 18,8% em julho devido à seca prolongada, impactando negativamente as lavouras, mas qualidade da matéria-prima melhora com aumento de sacarose

26/08/2024 04h00

Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul Despenca 18,8% em Julho devido à Seca Prolongada

Produtividade da Cana em Mato Grosso do Sul Despenca 18,8% em Julho devido à Seca Prolongada Reprodução IA

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A seca severa que assola a região Centro-Sul do Brasil tem causado impactos significativos na produtividade dos canaviais.

De acordo com dados recentes divulgados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registrou uma queda expressiva de 18,8% no mês de julho, em comparação ao mesmo período da safra anterior.

A média de produtividade dos canaviais colhidos no estado em julho foi de 782 toneladas por hectare, uma redução drástica em relação às 963 toneladas por hectare alcançadas no mesmo mês da safra 2023-2024.

O déficit hídrico acentuado é apontado como o principal fator dessa queda, que tem gerado preocupações entre os produtores de toda a região Centro-Sul do Brasil.

Além da redução na produtividade, o déficit hídrico acumulado ameaça impactar ainda mais as lavouras que serão colhidas no ciclo médio e tardio.

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No acumulado da safra, que vai de abril a julho, a produtividade no estado também sofreu uma diminuição significativa, passando de 94 toneladas por hectare em 2023-2024 para 82 toneladas por hectare em 2024-2025, representando uma queda de 6,2%.

Por outro lado, a qualidade da matéria-prima, medida pelo teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), apresentou uma ligeira melhora.

No mês de julho, o ATR em Mato Grosso do Sul subiu de 1.379 quilos por tonelada de cana em 2023-2024 para 1.398 quilos por tonelada na safra atual, um aumento de 1,4%. Esse aumento na qualidade é resultado do clima mais seco, que favorece o acúmulo de sacarose na cultura da cana-de-açúcar.

Apesar da queda na produtividade, a melhora na qualidade da matéria-prima pode ajudar a compensar parte das perdas para os produtores. Contudo, a situação segue crítica, e a falta de chuvas continua a ser uma grande preocupação para o setor canavieiro na região.

O Centro de Tecnologia Canavieira, líder global em ciência e inovação para a cana-de-açúcar, segue monitorando de perto a evolução da safra e os impactos climáticos sobre as lavouras.

A empresa, que possui o maior banco de germoplasma de cana do mundo, com mais de 5 mil variedades, publica mensalmente o boletim "De Olho na Safra", que traz análises detalhadas sobre a produtividade e a qualidade da cana nas principais regiões produtoras do Brasil.

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Agro brasileiro é destaque mundial em sustentabilidade, aponta pesquisa da Mackenzie

Descubra como o agronegócio brasileiro se destaca mundialmente em sustentabilidade, liderando em práticas agrícolas ecológicas e enfrentando desafios tecnológicos para continuar crescendo no mercado global

19/08/2024 05h00

Agro Sustentável

Agro Sustentável Reprodução IA

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O agronegócio brasileiro se consolidou como o mais sustentável do mundo, segundo uma pesquisa recente conduzida pela Mackenzie.

A pesquisa, que abrangeu nove países e entrevistou 4.500 produtores rurais, foi apresentada durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio (ABAG), destacando o avanço do Brasil em práticas agrícolas sustentáveis.

Entre os principais pontos, a pesquisa revela que 61% dos produtores rurais brasileiros utilizam insumos biológicos no manejo de pragas, uma porcentagem significativamente superior à registrada na União Europeia (25%) e nos Estados Unidos (12%).

Apesar de uma leve queda em relação ao ano anterior, o uso de biofertilizantes cresceu 12 pontos percentuais, com 63% dos produtores adotando essa prática.

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O estudo também aponta o Brasil como líder em outras práticas sustentáveis, como plantio direto, rotação de culturas e o uso de energia limpa nas fazendas.

No entanto, o país ainda enfrenta desafios em áreas como automação agrícola, com carências em tecnologia de precisão e conectividade no campo.

Além disso, a pesquisa ressalta a necessidade de expandir as áreas cultivadas em até 80 milhões de hectares até 2030 para atender à crescente demanda global por alimentos e energia.

A restauração de terras degradadas foi destacada como uma das principais estratégias para alcançar esse objetivo, com o Brasil desempenhando um papel crucial nesse processo.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, reforçou que o Brasil não é apenas uma potência em recursos naturais, mas também em bio competitividade, com alta produtividade e baixas emissões.

Ele também destacou o crescimento do mercado chinês e a perspectiva de expansão na Índia como fatores chave para o futuro do agronegócio brasileiro.

Essa liderança do Brasil em sustentabilidade agrícola coloca o país em uma posição estratégica para continuar crescendo no mercado global, especialmente em um cenário de crescente demanda por práticas sustentáveis e alimentos de qualidade.

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