Economia

CELULOSE

Arauco reforça compliance para evitar calotes de terceirizadas em sua megafábrica

O objetivo é impedir que calotes milionários, como os aplicados por terceirizadas da Suzano, repitam-se em Inocência

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A Arauco, que constrói em Inocência a maior linha única de produção de celulose do planeta, intensificou o trabalho de compliance no Projeto Sucuriú, para que os calotes verificados em obras semelhantes, como na recém-inaugurada megafábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, não se repitam.

“Falando sobre o que a Arauco tem feito, nós temos um compliance muito forte, muito rígido. Temos toda a cadeia documental dos nossos parceiros, buscamos todas as garantias possíveis para termos esses acordos firmados”, disse ao Correio do Estado o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco, Teófilo Militão.

Em Inocência, cidade distante 330 quilômetros de Campo Grande, a Arauco vai investir US$ 4,6 bilhões (R$ 27,8 bilhões, na cotação de sexta-feira) para levantar, nas margens do Rio Sucuriú, a 50 km da zona urbana da cidade de 7 mil habitantes, a maior planta processadora de celulose em linha única do mundo, com capacidade para processar 3,5 milhões de toneladas por ano do composto feito a partir de florestas plantadas.

Para levantar tal empreendimento nos próximos três anos, a empresa deverá empregar 18 mil pessoas durante todo o processo (mais que o dobro da população da cidade), com um pico de 12 mil trabalhadores no auge da obra.

Um projeto dessa magnitude envolve dezenas de empresas terceirizadas e quarteirizadas, além de grandes fornecedores nacionais e pequenos fornecedores locais. E é para fazer com que esta cadeia não tenha atritos que Militão diz que o setor de compliance da empresa está trabalhando com afinco.

O calote em Ribas

A ideia é que os calotes aplicados por empresas terceirizadas, como ocorreu com as parceiras da Suzano em Ribas do Rio Pardo, não se repitam. Em março deste ano, meses antes de a maior fábrica de celulose do mundo entrar em operação (que será superada pela unidade da Arauco), começaram a aparecer os primeiros calotes.

Quem puxou a fila foi a VBX Transportes Ltda., empresa mineira parceira da Suzano e de outras fábricas pelo Brasil em outros empreendimentos, mas que, desde novembro de 2023, desapareceu da cidade de Ribas do Rio Pardo sem pagar seus parceiros e trabalhadores.

O custo da mão de obra, na época, foi assumido pela Suzano. A medida evitou sanções mais severas por parte da Justiça do Trabalho, uma vez que a finalidade de todo o trabalho da cadeia de serviços foi para atender a Suzano.

Ficaram para trás os fornecedores privados. Eles vão de pequenos hotéis e postos de combustíveis de Ribas do Rio Pardo até mesmo ao gigante do comércio de combustíveis Ipiranga Produtos de Petróleo S.A.

Tamanho do calote

Somados, os valores das causas dos 14 processos contabilizados na Justiça de MS contra a VBX, segundo apurado pelo Correio do Estado, já se aproxima de R$ 2,5 milhões. Muitos deles têm como devedor solidário a Suzano S.A.

Também há outra empresa acusada na Justiça de aplicar calote em quarteirizadas: a Enesa S.A., que é apontada pela GD Fabricação e Montagem de Equipamentos Industriais Ltda. como devedora de R$ 7 milhões em danos materiais, lucros cessantes em contrato e mais indenização por dano moral.

A Enesa alega não ter dado calote e, inclusive, tenta trabalhar no canteiro de obras da Arauco, desde que passe pelo compliance.

 

Ribas do Rio Pardo

Lista das empresas que sofreram calote de terceirizada da Suzano

  • Agro Máquinas e Terraplanagem: R$ 317 mil
  • PH Agropastoril: R$ 286,5 mil
  • M2 Tratores: R$ 9,8 mil
  • Vieira Construção: R$ 44,8 mil
  • TTZ Martins: R$ 109,9 mil
  • CRG Hotel: R$ 490 mil
  • Locatruck: R$ 132,2 mil
  • LOB Terraplanagem: R$ 120,1 mil
  • Pousada LME Ltda.: R$ 357,6 mil
  • Empresa locadora de máquinas (processo tramita em MG): R$ 1,5 milhão
  • Sérgio Claudemir Papa: R$ 452,4 mil
  • Ipiranga S.A.: R$ 134,7 mil
  • Servtech: R$ 9,8 mil

Fonte: reportagem

 

 

*Atualizado às 15h02

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Duelo de gigantes

STJ leva disputa entre J&F e Paper pela Eldorado para MS

Ministro Gurgel de Faria definiu que a 1ª Vara Federal de Três Lagoas será a responsável por decidir questões relacionadas à ação popular contra a venda da Eldorado Celulose pela J&F para a Paper Excellence

16/12/2024 19h21

Fibras de celulose na Eldorado, em Três Lagoas, são carregadas para comercialização

Fibras de celulose na Eldorado, em Três Lagoas, são carregadas para comercialização Divulgação

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A briga J&F x Paper Excellence está de volta à Justiça de Mato Grosso do Sul, só que desta vez, na Justiça Federal. Nesta segunda-feira (16), o ministro Gurgel de Faria, do Superior Tribunal de Justiça, decidiu que a 1ª Vara Federal de Três Lagoas é a responsável por decidir questões relacionadas à ação popular contra a venda da Eldorado Celulose pela J&F para a Paper Excellence. 

A definição do ministro do Superior Tribunal de Justiça é em caráter liminar, até que o mérito seja julgado. Mas concentrará todos os processos sobre o assunto - pelo menos em ações civis públicas - na circunscrição de Três Lagoas da Justiça Federal. 

Na cidade do interior de Mato Grosso do Sul, distante 326 quilômetros de Campo Grande, e na divisa com o Estado de São Paulo, já existe uma ação popular sobre o tema. Ela foi ajuizada pela Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Mato Grosso do Sul (Fetagri-MS). 

Dentro da Paper Excellence, empresa de capital indonésio, a decisão foi vista como um alento entre tantas batalhas judiciais e administrativas que têm perdido nos últimos meses.

Já dentro da J&F, também conforme informações de bastidores, não deveria haver muitos motivos para a Paper comemorar. 

A determinação vale, segundo o texto do ministro, para “decidir provisoriamente sobre questões urgentes relacionadas à ação popular” e até que o próprio STJ julgue o mérito da competência.

Em 2017, a holding J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, concordou em vender a Eldorado para a Paper por R$ 15 milhões, mas, em 2018, surgiram disputas legais entre as empresas.

O principal ponto de conflito envolveu terras, com ações judiciais em Chapecó e Três Lagoas questionando se a Paper, empresa brasileira de capital estrangeiro, poderia ser dona de terras pertencentes ou arrendadas pela Eldorado sem aprovação do Congresso Nacional. Favreto concedeu uma liminar impedindo a formalização do negócio, enquanto a J&F argumentou que a decisão causaria prejuízos irreparáveis à empresa e à soberania nacional.

O juiz Gurgel de Faria determinou que as decisões urgentes fossem concentradas em Três Lagoas para evitar conflitos entre decisões judiciais e negou a suspensão das decisões do TRF-4. A Paper, por sua vez, alegou que a questão das terras era secundária e foi manipulada pela J&F. A J&F, no entanto, destaca que a Paper já havia perdido tentativas anteriores de extinguir a ação.

Além disso, o STF ainda não decidiu uma ação que poderia liberar investimentos estrangeiros em terras brasileiras. A Paper, que afirmou não ter interesse em possuir terras, comprometeu-se a se desfazer delas ao assumir a Eldorado, o que foi protocolado em órgãos como o Incra e a AGU. A J&F baseia-se no contrato de compra e venda, que exige que a Eldorado mantenha a quantidade de terras plantadas, excluindo áreas de preservação.

A Paper, entretanto, contesta que a questão das terras surgiu apenas após as disputas entre as partes.

A outra disputa em MS

NO final de 2019, Mário Celso Lopes, ex-sócio dos irmãos Joesley e Wesley Batista - controladores da J&F - no epreendimento da Eldorado, entrou com uma ação judicial em Três Lagoas para reivindicar sua parte na empresa.

Após o fracasso inicial, um agravo relâmpago no TJMS, com liminar concedida pelo desembargador Nélio Stábile, deu à empresa MCL, de Mário Celso, o direito de participação na Eldorado, transferindo, indiretamente, o controle acionário da J&F (que possui 51% da Eldorado) para a Paper Excellence.

Na época das mensagens interceptadas, o conflito envolvendo a J&F e Mário Celso Lopes, que poderia beneficiar a Paper Excellence, estava ativo no TJMS, dificultando para a J&F a reversão da decisão ou o cancelamento do agravo concedido.

O caso foi finalmente resolvido em 2020, quando o Superior Tribunal de Justiça, com relatoria da ministra Nanci Andrighi, decidiu unanimemente (9 a 0) que o foro adequado para a disputa era uma das varas empresariais de São Paulo (SP).

Na Justiça paulista, o controle da Eldorado permaneceu com a J&F. A contenda, então, seguiu para a corte arbitral, onde a Paper Excellence obteve mais avanços.

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Loterias

Resultado da Lotomania de hoje, concurso 2711, segunda-feira (16/12)

A Lotomania tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

16/12/2024 19h18

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2711 da Lotomania na noite desta segunda-feira, 16 de dezembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 9 milhões.

Confira o resultado da Lotomania de hoje!

Os números da Lotomania 2711 são:

  • 72 - 33 - 80 - 17 - 02 - 07 - 10 - 45 - 73 - 18 - 46 - 65 - 64 - 87 - 39 - 49 - 89 - 20 - 90 - 74

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2712

Como a Lotomania são três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 18 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2712. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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