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Arroba rompe a barreira dos R$ 315 e preço da carne bovina dispara em MS

Dados do Dieese mostram um aumento de quase 10% no preço do quilo da proteína até outubro

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A arroba do boi rompeu a barreira de R$ 315 em Mato Grosso do Sul, ultrapassando o patamar mais elevado até então, que chegou a R$ 300 no mês anterior. O preço da carne bovina também acompanhou a tendência de elevação, apresentando um aumento de 9,48% no acumulado deste ano, conforme os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O valor da arroba do gado registrado nesta semana não era aferido nesse patamar desde fevereiro de 2022, quando a arroba atingiu R$ 312. O aumento reflete uma recuperação no mercado físico, após dois anos e nove meses de desvalorização e oscilações no segmento do gado de corte.

O boi gordo acumula valorização de 52,91% no preço da arroba no intervalo de quatro meses. Em 10 de junho, a arroba estava cotada a R$ 206 
e chegou ontem ao valor de R$ 315,63, uma valorização de R$ 109. Vale destacar que os preços considerados têm como base a cotação no mercado físico, com dados da Granos Corretora.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, ressalta que desde o início deste semestre já havia a expectativa de recuperação do preço da arroba do boi gordo nas principais praças do País.

“No início da seca, o movimento de baixa foi ocasionado pelo excesso de oferta de gado gordo aos frigoríficos, mas desde agosto houve o início de uma redução na oferta de gado terminado para os frigoríficos, que começaram a trabalhar com escalas cada vez mais curtas. Além disso, também houve sensível aumento nas exportações de carne pelo Brasil, alcançando novos e maiores mercados”, enfatiza.

Economista do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Staney Barbosa Melo explica que as altas verificadas nos mercados da carne bovina refletem as dificuldades enfrentadas pela bovinocultura nos últimos dois anos.

“De abril de 2023 até julho deste ano, vimos uma queda abrupta nos preços pagos ao produtor rural, seguido de um período de estabilidade em patamares mais baixos, com poucas janelas de valorização. Isso ocorreu por conta de uma sobreoferta de animais oriundos do período da pandemia [de Covid-19], quando os preços do boi gordo superaram a barreira dos R$ 300 pela primeira vez”, salienta.

Melo pontua que, além da escassez de oferta de animais prontos para a venda, ocorre a disponibilidade menor de bois em confinamento no Estado. “Enquanto Mato Grosso concentra um total de 21% dos bovinos confinados, Mato Grosso do Sul concentra apenas 11%”, aponta.

Para o próximo ano, o economista projeta um cenário de elevação. “Por se tratar de uma atividade produtiva de ciclo longo, tais condições de mercado devem se manter ao menos ao longo de 2025”, analisa.

“Tudo indica que teremos no próximo ano um período de preços e custos mais elevados. Esse período deve estimular a retenção de fêmeas por parte dos produtores rurais, garantindo uma maior oferta de carne bovina no período seguinte”, diz.

CONSUMIDOR

Na ponta do consumidor final, a expectativa é de um aumento ainda maior nos preços da carne bovina, situação que já pode ser confirmada por meio dos últimos dados da inflação oficial do País – medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Campo Grande, há uma elevação de 8,71%, superior à porcentagem nacional (5,81%).

Cortes como a ponta de peito obtiveram um aumento de 14,35% em outubro, como mostra o IPCA. A costela (13,25%), o patinho (9,46%), a alcatra (8,95%) o músculo (8,48%) e a capa de contrafilé (7,48%) também tiveram elevação.

Corroborando com o cenário de elevação, o quilo da carne vermelha de primeira subiu 9,48% até outubro. Dados do Dieese apontam que o quilo saiu de um custo médio de R$ 35,44 em janeiro para R$ 38,80 em outubro.

Melo detalha que quando a demanda de um produto é maior que a oferta, naturalmente os preços sobem. “Esse desequilíbrio ocorre pela conjunção de fatores como a melhora do poder de compra do brasileiro, a falta de oferta de alimentos e, claro, as questões climáticas”, afirma.

Em complemento ao especialista, o doutor em Economia Michel Constantino garante que os preços maiores internamente vão encarecer para o consumidor.
“No fim, você tem preços cada vez maiores. Com expectativas de que continuem produzindo mais, os preços tendem a aumentar um pouco mais”, analisa.

PANORAMA 

Ao longo deste ano, os preços da arroba do boi em Mato Grosso do Sul oscilaram significativamente no mercado físico.De acordo com a cotação da Granos Corretora, em janeiro, a arroba estava cotada a R$ 230,00 e desde então apresentou uma tendência de queda, atingindo R$ 221 em fevereiro e R$ 214,40 em março. 

O valor continuou a diminuir, alcançando R$ 216,88 em junho, o ponto mais baixo do ano. A partir de agosto, o preço começou a se recuperar, subindo gradualmente para  R$ 229,13, e em setembro foi parar na casa dos R$ 252,00. Essa alta acelerou nos meses seguintes, chegando a R$ 290 em outubro e atingindo a máxima até o momento (R$ 315,63), na terceira semana deste mês.

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campo grande

Comércio tem horário de funcionamento diferenciado na semana do Natal; Confira

Horário será estendido na segunda e terça-feira, com horário diferenciado na véspera e dia de Natal

21/12/2025 17h31

Comércio tem horário diferenciado nesta semana

Comércio tem horário diferenciado nesta semana Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O comércio de Campo Grande está funcionando em horário estendido desde o dia 9 de dezembro,para atender a demanda de clientes, que tradicionalmente aumenta no período de fim de ano. Nesta semana de Natal, o comércio também ficará aberto mais tarde, dando chance para quem deixou para comprar os presentes em cima da hora.

A decisão do horário estendido foi tomada com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, nesta semana, segunda e terça-feira o comércio ficará aberto até às 22h, com horário diferenciado na véspera e no dia de Natal, dias 24 e 25, respectivamente. Na sexta-feira (26), o funcionamento volta ao normal.

A exceção será nos estabelecimentos comerciais localizados em hipercentes e nos shoppings, onde o horário será diferenciado.

Confira o horário do comércio na semana do Natal

  • Dias 22 e 23 de dezembro - até às 22h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (das 9h às 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 25 de dezembro - comércio não abre

Reajuste salarial

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 7% para empregados que recebem acima do piso, além de atualizar os valores dos pisos da categoria, que passam a ser de R$ 1.960,00 para empregados em geral e para a função de caixa, R$ 2.151,00 para comissionados e R$ 1.767,00 para auxiliares do comércio, office boys e trabalhadores de serviços gerais.

O vale-alimentação também foi reajustado e passa a ser de R$ 25,00, com a garantia de que não poderá ser suprimido em caso de dispensa e recontratação pelo mesmo empregador ou grupo econômico, evitando alterações contratuais lesivas previstas na CLT.

Um dos pontos centrais da negociação foi quanto à aplicabilidade da CCT em casos de terceirização.

"Coibimos de nosso ordenamento a pejotização nas empresas. Algumas empresas estavam admitindo trabalhadores como pessoas jurídicas, o que é proibido e foge da normalidade do vínculo de emprego”, disse o gerente de Relações Sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo.

 Além disso, foram aprovados novos benefícios para a categoria, como a inclusão do Benefício Social Familiar, obrigatório a todos os trabalhadores, com contribuição mensal entre R$ 10 e R$ 20 por colaborador, e a criação do convênio odontológico mediante adesão, com custo aproximado de R$ 23,20, dos quais R$ 6,00 serão custeados pelas empresas.

Movimentação financeira

O comércio de Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano com expectativas retraídas para o Natal e Ano-Novo.

Pesquisa divulgadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio de Mato Grosso do Sul (IPF-MS), em parceria com o Sebrae-MS, indica queda de 38% na movimentação financeira do fim de ano, que deve alcançar R$ 824 milhões, ante R$ 1,27 bilhão no ano passado. 

O movimento econômico geral segue expressivo, mas a contração, considerada a mais responsável pela série recente, revela um consumidor mais seletivo, cauteloso e com crédito mais restrito. 

Do montante, estima-se que R$ 226 milhões serão destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às confraternizações de Natal e R$ 354 milhões às festas de Ano-Novo. 

Mesmo com menos dinheiro por compra, 69% dos entrevistados dizem que vão presentear no Natal, porém, com gasto médio menor, de R$ 217,36 por pessoa.

Os itens mais buscados seguem o apelo do afeto e do cotidiano, como brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos. A maioria (78%) pretendem comemorar o Natal, quase sempre em encontros íntimos, com gasto médio de R$ 206,35 com alimentação feita em casa. 

Já na virada, 80% dizem que vão celebrar o Ano-Novo, com gasto médio de R$ 294,19, também centrado em comida, encontros familiares e viagens curtas, uma vez que 64% dos que vão viajar permanecerão no Estado.

A economista do IPF-MS e coordenadora da pesquisa, Regiane Dedé de Oliveira, avalia que o afeto se mantém, mas sem exageros.

“Percebemos um consumidor mais prudente, que busca equilibrar o orçamento sem abrir mão das tradições. O aumento do número de pessoas que pretendem presentear indica o sentimento de afeto, mas com escolhas mais calculadas e foco em gastos essenciais”.

O analista técnico do Sebrae-MS Paulo Maciel fala sobre os desafios dos negócios menores.

“A maioria dos clientes, 55%, prioriza a qualidade e busca o benefício para pagamento à vista para economizar. As empresas precisam preparar estoques e melhorar as condições de pagamento”.

Loterias

Resultado da Dia de Sorte de hoje, concurso 1155, SÁBADO (20/12)

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2025 20h28

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1154 da Dia de Sorte na noite desta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões. 

Confira o resultado da Dia de Sorte de hoje!

Os números da Dia de Sorte 1155 são:

  • 19, 14, 13, 07, 08, 28 02, 
  • Mês da sorte: 10 - outubro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1156

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 20 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1155. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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